Capítulo 1.
Peles quentes, quarto feito sauna, corpos se envolvendo de uma maneira sensual e romântica.
Gemidos, juras de amor e beijos dos lábios masculinos que tocavam toda a pele imaculada.
Aquela era a primeira vez que ele tocava a pele da sua recém esposa.
– Rin, eu te amo. –disse num gemido rouco, deixando a pele suada da esposa completamente arrepiada.
– Também te amo, Sesshomaru. –as lágrimas de felicidades insistiam em descer.
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Suado e ofegante, ele acorda.
Seu frio coração não batia, mas ele sentia um amor imensurável por aquela mulher que já não existia ao seu lado.
Senta na cama e olha o sol nascer.
Levanta e vai até a janela, deixando o raio solar tocar sua pele.
Ele podia ser tocado por aquele claro, mas os impuros não.
Sesshoumaru sentia algo aquecer seu corpo, e a última vez que sentira isso fora ao lado da sua amada.
Uma brisa toca seu rosto e ele fecha os olhos, sentindo novamente Rin tocar sua pele.
– Eu voltei... –a brisa sussurrava em seu ouvido, arrepiando toda a sua pele.
Sem entender, ele abre os olhos e aquela brisa desaparece do mesmo jeito que veio.
Sem acreditar no que ouviu, ele fecha os olhos e se concentra em sua audição e olfato, tentando procurar por algo.
Sua respiração fica ofegante e seus olhos abrem, mostrando sua pupila completamente dilatada.
– Ela voltou. Minha Rin está de volta! –se veste num piscar de olhos e materializa seu corpo até a menininha que acabara de nascer.
– Ela é linda, meu amor. –Sesshoumaru ouve o pai da pequena dizer estas palavras para a mulher que estava cansada por conta do parto.
– Como iremos chamá-la? –beija o rosinha rosado e curioso.
– Rinne.
– Rinne? –a mulher faz cara feia.
– Que tal Rin?
–Isso! Ela será a nossa pequena Rin.
Kikyou, a mãe da pequena, sorri largo com tamanha felicidade que estava.
Onigumo, feliz com a primogênita, abraça a esposa logo beijando a testa da menor que estava nos braços maternos.
[...]
10 anos depois.
– Rin, seu pai e eu, iremos até a cidade comprar alguns mantimentos. Não entre na floresta, meu amor. Sabe que não pode ir sozinha pra lá. – Kikyou beija a testa da menor.
– Ah, mamãe! –resmunga –sabe que eu gosto de colher minhas rosas lá.
– Rin, eu sempre vou com você, mas hoje não pode, porque vou sair com seu pai. Não teime.
– Ah!!! –volta, pisando duro para casa.
– Menina resmungona. Você mimou muito ela.
– Deixa-a, vamos.
– Ela vai, tenho certeza.
– Querida, Rin já sabe se cuidar. Ela conhece a floresta como a palma da mão.
– Mas amor, ela nunca foi sem nós. Rin só tem 10 anos pra ficar perambulando por aí sozinha.
– Deixe a garota pegar as flores dela. Vamos, não se preocupe.
Com um frio na barriga, a mulher deixa a filha sozinha em casa.
[...]
– Será que ele estará lá? –suspira, vendo os pais saírem na caminhonete.
Rapidamente a menina se veste, penteia seus longos cabelos e passa um simples brilho nos lábios.
Não esqueceu o perfume de morangos e logo saiu sorridente, adentrando a floresta perigosa.
Cantarolando, ela começa com a pequena cestinha em mãos, colhendo lindas flores.
– Era uma vez... Um lugarzinho no meio do nada... Com sabor de chocolate.... E cheiro de terra molhada –cantarolou, antes de ser interceptada.
Uma matilha de lobos selvagens atacaram-na, e a garota caiu no chão, aos gritos, enquanto estava sendo devorada.
– Socorro!!!! SOCORRO!!!! Sessho... maru... –disse, antes de desfalecer.
Segundos depois, gritos de animais sendo massacrados foram ouvidos. Uivos de dor preenchiam toda a floresta e logo os lobos já não viviam mais.
Um único vampiro havia massacrado uma matilha inteira de lobos selvagens.
– Rin, meu amor. Não me deixe, por favor. De novo não. –uma lágrima escorre dos seus olhos e o instinto grita em seu íntimo.
Mordeu o pulso e fez a garota ingerir seu sangue…
[...]
No dia seguinte, ela acorda com uma dor horrível na cabeça.
– Que pesadelo estranho –suspira forte –Mas, no meu sonho, ele nem veio me salvar. –sente uma lágrima escorrer.
Coloca a mão sobre o peito.
– Por que meu coração palpita tanto, quando penso nele? Por que sempre sinto vontade de vê-lo? Será que fui enfeitiçada por ele?
– Rin, você está bem? –vê sua mãe entrar em seu quarto.
– Sim, mamãe. Por que não estaria?
– Não sei, você dormiu o dia todo de ontem e só acordou agora.
– Que horas são?
– Cinco horas da tarde.
– Quê! –a garota pula da cama, um pouco assustada.
Sua mãe toca em sua testa e percebe a garota febril.
– Tá doente. Vou preparar uma canja. –fala inocente, sem saber que o organismo da filha estava se desintoxicando por conta do sangue de um vampiro que salvou a vida da mesma.
A mulher sai e a garota vai até a janela, como se algo a chamasse.
Sente a brisa do ambiente, sem ver que alguém a vigiava ao longe sobre uma árvore.
– Sesshoumaru, você não veio me salvar em meu pesadelo. –diz baixinho com um tom triste.
O albino se contém e fica em seu canto para não dizer-lhe o que realmente havia acontecido.
– Quando te verei novamente? –desanimada, fita a floresta ao longe, como se procurasse por alguém.
– Em breve. –ele diz, mas sabendo que a mesma não ouviria.
– Rin, aqui está. Coma tudo. –sua mãe a flagra na janela – Filha, você está febril, não pode pegar o sereno.
– Estou bem, mamãe.
A mulher fecha a janela e a menina revira os olhos.
– Por que anda suspirando pela casa? Está gostando de algum garoto da sua escola?
A menina cora, e fica mais vermelha que um tomate.
– Claro que não.
– Eu, na sua idade, paquerava seu pai, mas ele nem me dava bola. Também, ele era um nerd. –ri de lado.
– E o papai tinha quantos anos?
– Ele tinha uns treze anos.
– E você dez?
– Não, eu tinha uns onze...
"Sesshoumaru já é muito velho, será?" "Será que ele gosta de mim pelo menos como irmã?" –pensa inocente.
Tola menina, nem imagina que ele é completamente apaixonado por ela.
– Eu te amo, Rin. –ele sussurra, como se ouvisse o apelo dela, e a menina sente seu coração palpitar sem explicações – Por isso não devemos precipitar nada. Esperarei você amadurecer para que seja totalmente minha.
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