História Dragão Negro - Um novo dia

POV: VOZ

Apesar de estar com tedioso no momento já que tudo acabou, acho que tenho tempo para compartilhar algo meu com vocês... Me diga, o que é “Deus” para vocês? Alguém onipresente e onisciente? Bom nesse caso eu também sou um Deus.

POV: DARTI

Abri meus olhos lentamente, onde é que eu estou? Minha visão turva não ajudou muito a reconhecer o local no qual me encontrava, esfreguei meus olhos para ver se ajudava de alguma forma e com o tempo minha visão foi voltando aos poucos. Me encontrava em uma espécie de maca em uma casa de madeira, olhei em voltas avistando diversas prateleiras, todas contendo potes com líquidos coloridos e desconhecidos. Estava na casa de Gothi sem dúvida.

Tendo descoberto isso me deixei encostar novamente na maca olhando para o teto... Ela realmente morreu?

- Darti? – Quem acabará de entrar no quarto e atrapalhar minha reflexão era a única pessoa que considerava como família no momento.

- Eai Julie, como você está?

- Como eu to? Como VOCÊ está?

- Fora a dor no meu corpo e minha má vontade de me levantar, acho que estou ótimo.

- Se você consegue fazer piadas não pode estar tão mal assim. – Disse ela puxando uma cadeira para sentar ao meu lado.

- Mas e ai? Quais são as novidades enquanto eu estava apagado?

- Sem contar as constantes reclamações de Gothi do por que você ficar queimando qualquer ferida pensando que fogo é a resposta para tudo, nada aconteceu. – Rimos de seu comentário, acho que preciso pegar um pouco mais leve na próxima.

- Imagino a velhinha fazendo isso mesmo, mas e ai como estão os outros?

- Todos estão ótimos, Soluço tinha ficado um pouco preocupado com você, mas com os cuidados da Gothi ele acabou relaxando.

- Ótimo, mas alguma coisa?

- Ta achando que virei jornalista pra ficar sabendo de tudo? Isso é tudo que chegou aqui.

- Você ficou aqui por quanto tempo?

- O tempo todo que você ficou apagado, ou seja, acho que uns dois dias.

- Ficou com a Gothi por dois dias inteiros, é oficial você é incrível.

- Por quê? – Perguntou ela rindo

- Se fosse eu teria pulado da janela nas primeiras horas.

- Imagino.

- Mas e ai? Ta afim de me ajudar a levantar da maca?

- Pensei que você estava com preguiça.

- E estou, mas nada melhor do que a nossa cama, não é mesmo?

Com sua ajuda eu fui indo a caminho da vila, andando mesmo, na entrada da casa meu dragão me esperava. Seguindo conosco em direção a vila, já que eu não estava nem um pouco a fim de carregá-lo nesse momento. Diversos vikings trabalhando na reconstrução de suas residências, várias casas já estavam prontas e novinhas. Esses berkianos são realmente incríveis.

Porem... Não conseguia avistar nenhum piloto em lugar algum, inclusive muitos jovens da vila eu não conseguia achá-los. Perguntei para Julie sobre isso, mas a mesma não sabia a resposta, então nos direcionamos ao local onde sempre deveria haver pilotos, fomos à arena.

Quando chegamos vi um amontoado de jovens reunidos ali, acho que todos estavam entre 12 a 20 anos, mas do por que deles estarem aqui, isso eu não sei. Entramos mais afundo na academia vagarosamente devido aos meus machucados estarem me incomodando um pouco; Chegando ao QG dos pilotos, lá dentro se encontrava Soluço, Astrid, Banguela, Melequento, Perna de Peixe, Cabeça Dura e Cabeça quente, ou seja, todos os pilotos originais de Berk.

- Fizeram uma festa e nem me convidaram? – Disse enquanto entrava com a ajuda da Julie.

- Darti? – Soluço disse vindo em minha direção – Vocês está bem?

- Estou vivo, mas o que é tudo isso?

- Nós estávamos pensando em fazer alguma coisa a respeito da nossa segurança. Desde os ataques constantes eu percebi que apenas nós sete não vamos conseguir defender Berk se algo maior nos atacar, e por isso nós vamos montar os pelotões.

- Pelotões?

- Sim, decidi que cada piloto vai se responsabilizar por cada time de dragão que ele representa. Assim vamos ter um time de dragões representando cada classe.

- Mas e a sua? A classe “ataque”, não é como se existisse muitos dragões para você comandar.

- Você tem razão, eu vou ficar responsável pela administração e ajuda de todos, caso alguém tenha problemas com seu time não vai precisar prejudicar o líder de outro, eu sozinho posso me encarregar disso.

- Se você está dizendo. E quanto a mim?

- Nós temos um time especial para você. – Finalmente Astrid, que antes se mantinha absorvida no planejamento dos times com os outros capitães, veio se juntar a nossa conversa. – Uma vez você me disse que se considerava “a sombra de Berk”, não é?

- Isso mesmo, foi naquela vez no penhasco não é mesmo?

- Isso ai, você vai ter um time para fazer jus a sua reputação.

- Como assim?

- Qualquer um pode se oferecer a fazer parte do seu esquadrão, independente da classe de sue dragão, o que importa são suas habilidades que você julgará e treinará. – Disse Soluço explicando minha nova dor de cabeça.

- Para fazer o que exatamente?

- Você disse que é muito bom em adquirir informações e em infiltrações, mas não deve ser o único com essas habilidades em toda Berk ou mundo. Julie é a prova disso.

- Então você quer um time especial para descobrir prováveis inimigos e ameaças.

- Isso mesmo.

- E quando descobrirmos, o que devemos fazer? – Disse sabendo o que faria, eu sei muito bem o que eu sou. Nada mudou no final das contas.

- Nada, irá se reportar a mim e ponto.

- Como é? – Como é?

- Você me ouviu, caso encontre algum inimigo ou informação relevante irá trazê-la diretamente a mim. Depois decidimos o curso de ação. – Ri de mim mesmo por pensar que o Soluço me pediria algo como eu estava acostumado. Ele nunca deixa a desejar.

- Claro chefe, farei como você quiser.

- Como assim chefe? – Perguntou Astrid fitando Soluço.

- Não, não é nada disso. Darti nós já conversamos sobre isso. – Ri com sua reação, não pude me conter. É parece que as coisas aqui não param nunca mesmo.