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História Dragon King - Capítulo um


Escrita por: Namooni

Notas do Autor


Espero que gostem!

Capítulo 1 - Capítulo um


Betagem por Muzzx

 

As ruas da cidade estavam agitadas, a maioria dos comércios estava fechado, restando apenas alguns restaurantes ou barracas de rua; nas praças, a decoração em vermelho se misturava às luzes que iluminavam a tudo na noite escura, deixando a cor tão viva que parecia em chamas. Os cidadãos da alcatéia festejavam com suas famílias, conversando e comendo. No centro de tudo, estava a bandeira que levava o símbolo da província e hasteada em um mastro alto, continha um dragão desenhado em estilo tribal. O animal engolia sua própria cauda, simbolizando o eterno retorno, mesmo que o festival ali comemorasse algo que todos esperavam que não retornasse.

Perto da meia-noite, um cerimonialista puxou de dentro de um baú uma bandeira e a estendeu em um mastro menor, abaixo da que representava a província. No pano branco, estava um dragão desenhado em estilo oriental. Seu corpo esguio, parecido ao de uma enguia, enroscava-se em um galho de uma árvore de sakura, com algumas flores rosadas perto de seu corpo.

Afastados da multidão, uma pequena família composta apenas de mãe, pai e filho observava tudo — em especial o garotinho cujo nome era Seokjin, que observava atentamente à bandeira branca com o dragão e as flores de sakura. Ele conhecia bem aquela imagem, pois a mesma estava cravada em sua pele desde o dia de seu nascimento. O cabelo rosado no mesmo tom das flores também o entregava, mesmo que estivesse coberto a todo momento por algo.

Quando deu meia-noite em ponto, fogos de artifícios começaram a ser soltos enquanto a bandeira com o dragão e a árvore era queimada. O povo gritava de alegria. Era a centésima comemoração pela morte do quinto rei dragão; sendo este JungHo, o insano.

Os olhos da criança se encheram com o brilho das chamas e dentro de si, sentiu algo doer. Seus pais apenas ajeitaram a touca que cobria os fios rosados dele e agarraram suas mãos, o levando de volta para casa.

__

Mais um ano se passou, mas a data ainda era a mesma. Em uma casa distante da cidade, coberta por árvores e protegida por rios, o garoto de cabelos rosáceos observava por entre as copas os fogos explodindo no céu, indicando ser novamente aquele dia do ano.

A porta do quarto do menino se abre e logo a mãe do mesmo entra, olhando com pesar seu filho na janela. O garoto coloca a mão em seu quadril, onde a marca que o condenava terminava e então, se volta para a sua mãe. Ele sabia o que seus pais iriam fazer e sabia também que aquilo era o melhor para si.

A mulher guiou o filho até a cama, na qual ele se deitou de bruços, e ela amarrou as mãos e os pés dele enquanto sussurrava que tudo ia ficar bem. O pai chegou logo em seguida, com uma tocha pequena em mão.

Ambos os adultos se entreolharam, a preocupação era evidente, mas mesmo assim, eles não hesitariam agora. O homem levou a tocha flamejante de encontro às costas do garoto — mais especificamente, na marca do dragão.

Seokjin gritou de dor quando as chamas começaram a queimar sua pele. Podia sentir o fogo passando do topo de suas costas até o fim de seu quadril, deixando um rastro de sangue. A mãe chorou vendo a dor de seu filho, mas não interrompeu o que o pai fazia.

O menino desmaiou em questão de minutos e, ao final de tudo, o sol já subia enquanto os pais estancavam o sangue da queimadura que cobria toda a extensão das costas da criança.

__

Era começo de primavera, as árvores estavam gloriosamente verdes, as flores vivas e o sol brilhando, ainda que não estivesse tão quente. O garoto, agora alguns centímetros mais alto e um ano mais velho, segurava com força a mochila que trazia boa parte de suas roupas, que não eram muitas. Ele observava à sua frente o enorme templo que se erguia. Sua madeira, embora aparentasse estar velha, evidentemente não cederia tão cedo, mesmo estando exposta ao vento que era constante naquele ponto tão elevado.

Seokjin olhou para trás. A paisagem do topo da montanha era estonteante, mesmo que não fosse tão alta. O céu azul, o chão verde e marrom, as árvores e, não tão longe, uma pequena cidade que há muito fora abandonada.

À sua frente, seus pais conversavam com uma mulher idosa, que mesmo aparentando estar com bastante idade, ainda preserva a postura digna de um soldado. Seus fios ainda se mantinham negros, assim como seus olhos se mantinham afiados. Ela não era qualquer uma, era uma protetora do templo da Deusa Ômega e ainda que estivesse perto de uma cidade abandonada, a razão de sua existência era a proteção daquele recanto sagrado.

Os pais do garoto viraram para o mesmo e a mulher mais velha seguiu o olhar deles, observando a criança de modo avaliador. A mãe fez um sinal para que o menino se aproximasse e o mesmo a obedeceu.

Com seus passos pequenos e ligeiramente hesitantes, ele andou até estar ao lado de sua mãe, ainda sentindo o duro e avaliador olhar da anciã em sua frente. A mulher mais velha pareceu ponderar enquanto o pai e a mãe da criança a observavam com atenção, sentindo suas mãos suarem. Aquela era a última esperança deles de manter o filho vivo.

A idosa fez um breve sinal positivo com a cabeça e aquilo tirou um enorme peso das costas dos pais do menino. A mãe abraçou a criança e o pai agradeceu a anciã, mas o garoto, a principal peça daquilo tudo, não estava entendendo nada.

Ele sabia que aquele dragão que já estava tatuado em sua pele quando ele nasceu não era uma coisa boa e que graças a isso ele e seus pais nunca ficavam em alguma aldeia por mais de seis meses. A mãe da criança finalmente o soltou, seus olhos vermelhos fizeram o coração de Seokjin apertar e ele abraçou novamente a mulher que lhe trouxe à vida.

A anciã, que observava a cena, esperou a mãe soltar de novo o filho para dizer que estava na hora de entrar. A criança, ainda confusa de seu destino, indagou aos pais o que estava ocorrendo, mas sua mãe apenas disse para ele seguir a mulher e que, algum dia, eles iriam se ver novamente.

Seokjin entendeu na hora o que estava acontecendo. Seus pais o entregaram para que a idosa o protegesse naquele templo. Ele se tornaria um discípulo da Deusa Ômega.

Ao fundo, a paisagem escurecia enquanto o sol caía, deixando um tom alaranjado no céu. Os pais de Seokjin se despediram do filho enquanto saiam pelo caminho que vieram e o menino, ainda estático na frente do templo, só pensava no que seria dele agora.

 


Notas Finais


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