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História Dragon Slayer Freezing Force - Walking dead?


Escrita por: ClarePhantomhiv

Capítulo 2 - Walking dead?


Natsu se encontrava em um furacão. Se alguém perguntar pra ele o que aconteceu em seguida do tal telefonema, ele não saberia dizer. Sentia-se como se a pele dele tivesse sido arrancada e tivessem embrulhado a alma dele e não conseguisse sair, se estivesse correndo de um rio de magma e o mesmo o estivesse alcançando. Aquele não era ele.

Era outra pessoa que tinha tomado seu lugar, alguém morto, não era ele. Estava se refestelando na lama da tristeza, com uma espécie mórbida de êxtase, iniciou a análise dantesca dos fatos. Parecia que os pensamentos dele foram totalmente transformados e sua alma foi jogada em um universo paralelo. Ele sabe que Gajeel cantou na cerimônia do seu avô, mesmo que tenha sido pavoroso, sabe que Lucy fez um discurso maravilhoso sobre ele, lhe garantiu que os espíritos o estavam recebendo de braços abertos e o apoiou como nunca.

Pensava o quanto era agraciado por ter aqueles amigos ali.

Mesmo que ela também lhe parecesse distante, que parecesse desgastada, ela foi uma verdadeira companheira para ele, que tipo de companheira, ele não saberia dizer. Nunca saberia como retribuir.

O pessoal dos bombeiros mandaram um dragãozinho de pelúcia com os seguintes dizeres: Dragneel, meu velho, bota fogo lá no céu! Qualquer pessoa se ofenderia, mas ele conseguiu entender a piada. E eram melhores que aquelas coroas de flores horrorosas.

Laxus fez todas as instalações necessárias para o memorial e incrivelmente não berrou e Gajeel fez toda a estrutura metálica. Os dois fizeram dois dragões que subiam ao céu. Como eles fizeram aquilo em um dia só, Natsu nunca saberia, só sabia que agradecia de todo o coração. Nunca achou que eles gostassem tanto dele.

Gray ajudou nos preparativos e também para servir os comes e bebes. Ele nunca entendeu porque as pessoas tinham que comer em velórios. Ok, sem divagar, mas ele agradecia mentalmente por Gray estar ali, servindo comes e bebes, coisas quentes, ainda por cima.

Ele oferecia uma bebida quente para Natsu praticamente o tempo todo, porque tinha visto em um seriado que o melhor para tempos difíceis era oferecer uma bebida quente, e mesmo que isso não fizesse parte de sua personalidade, se manteve vestido o tempo todo. Natsu agradeceu internamente por isso e soube o quanto Gray o considerava. Nudez era vital para ele, então...ele viu isso como uma verdadeira prova de amizade.

Sting e Rogue também prestaram suas condolências, mas Natsu não se lembrava dos exatos dizeres. Também não sabiam dizer o porquê estavam ali. Eles moraram juntos um tempo antes de Natsu mudar para a Dragon Freezing Slayers. Aconteceram uns enroscos e ele saiu, achando que a amizade estava perdida, contudo a visita deles contrariou todas as convicções. Percebeu que Sting e Rogue eram muito amigos de Lucy, como Gray, mas ele nem se importava. Não era algo pra se importar. Ele estava sentindo uma ausência. Sabia que faltava mais alguém para vir. Claro que recebeu as condolências dos Strauss, mas somente Mirajane e Elfman assinaram. Obviamente que eles não apareceram. Mas ela não! Ela não apareceria. Não depois do que ele fez com ela, não depois de tudo o que falou..contudo, a amizade dela fazia falta. Muita falta, mais falta do que ele podia imaginar.

A única certeza que ele tinha era que Happy estava em seus braços. Happy o mantinha ligado ao seu avô e mais alguém. Alguém de quem ele precisava mais do que nunca, mas que tinha dispensado em situações similares.

Ele não estava conseguindo responder a todas as condolências, não estava conseguindo nem comer. Lucy perguntava se ele estava bem e ele respondia mecanicamente, nada tinha aquele arroubo vívido. Aparentemente, era uma reação totalmente plausível.

Frank trouxe o esboço do obituário, coisa que ele nem sabia pra que servia, vai ver só mais um lembrete de que o avô tinha morrido...contudo ele terminou de ler e o brilho voltou aos seus olhos, era como se a sua alma tivesse retornado.

Lucy se alarmou: “Natsu, você está bem?”

“Sim. Lucy. Obrigado. Você é ótima e sem seu apoio eu provavelmente não poderia suportar, mas apareceu isso, que vai aparecer no jornal de Magnólia e a pessoa que escreveu, parecia conhecer demais o meu avô! Dá uma olhada.”

Lucy encheu os olhos de lágrimas e disse: “Natsu...a pessoa que escreveu devia conhecer demais você e seu avô! Olha que espetáculo!!! As estrelas concordam com tudo o que isso diz. Confie em mim.”

“Lucy, o que mais as estrelas dizem?”

Lucy pareceu em transe quando disse isso: “Isso vai desencadear várias mudanças interessantes na sua vida, meu amor. Existem várias galáxias conspirando para que muitas coisas aconteçam, vários ciclos se encerrem e vários recomecem.” e desabou.

“Lucy, você está bem??? “

“Natsu, o que aconteceu?”

“Você me falou algumas coisas que as estrelas te disseram.”

“Falei?”

“Sim. Falou e pareceu que estava em outro mundo!! Você viu o vovô??”

“Perdão meu amor, eu não me lembro. Mas eu acho que pelo menos você poderia mandar um cartão pra essa pessoa, né? Para agradecer tão belas palavras.”

Natsu ponderou por uns momentos. Ele tinha não tinha noção de quais pessoas poderiam ter escrito aquilo. Pessoas que o conheciam, que o amaram. Pensou em ir ao jornal pedir informações sobre quem foi quem escreveu, todavia, imaginou que a pessoa podia ter juntado algumas informações sobre seu avô.

Só que ele estava com a impressão que Lucy estava certa. Aquilo que estava escrito transformaria e muito a sua vida. Não por retratar a perca de seu avô, mas por outro motivo que ele não tinha a menor noção. Se bem que ele não era muito conhecido por ser uma pessoa de bom senso.

As coisas citadas vinham de alguém que amava muito seu avô e sabia muito bem do que estava falando, sem falar do conhecimento mórbido que tanto o impressionava e assustava, sem falar em uma espécie de repulsa que estava começando a esvanecer.

Saiu correndo e foi ao jornal de Magnólia. Chegando lá, se apresentou e pediu pra falar com a pessoa que escreveu o obituário. O editor disse que ele não era o único, porque em um surto de inspiração, a pessoa tinha feito um trabalho excelente no dia de hoje.

“O que essa pessoa é? - Natsu indagou.

“Como assim o que é? É a pessoa responsável pelos obituários da cidade e dos arredores.” - o editor respondeu.

“Homem ou mulher?”

“Não posso dizer!”

“Mas por que não???”

“Regras de editorial”

“Regras de editorial?????????”

“É! As pessoas responsáveis pelo obituário não são apresentadas, são completamente escondidas pelo jornal. São as regras e não vou desobedecê-las.”

“Cara, eu tenho que falar com ela, er..quer dizer, com a pessoa que escreveu isso! Eu preciso agradecê-la.”

“Pega um cartão e escreve um obrigado. Eu entrego, não tem problema.”

“Eu quero entregar pessoalmente!”

“Vai ficar querendo. Eu sinto muito, se você está aqui pra falar com o obituarista, quer dizer que alguém da sua família faleceu, mas essa discussão é inútil. Veio uma garotinha aqui pedir a mesma coisa e eu recusei. Ela parecia um amor, com os olhinhos vermelhos cheios de lágrimas, e eu tive que recusar. É meu trabalho, por favor, coopere.”

“Ok, então entregue o cartão, tá?”

“Beleza”

Natsu percebeu que o céu tinha recebido alguém muito maneiro, mas não conseguia exprimir aquele agradecimento em palavras. Ele achava que sabia quem era e provavelmente ele receberia uma resposta rápida. Meio ríspida, indubitavelmente, mas receberia. Ele podia fazer um poema, mas lembrou-se que é uma porta pra escrever. Então escreveu “obrigado”, ele quase completou com o nome, mas lembrou das regras e ficou com medo de prejudicar. E também ele não é tão bom com chutes assim, né? Não arriscaria fazer esse papel ridículo.”

Fried Justine, que também faz as vezes de cabeleireiro, sabia que a pessoa em questão não suportaria receber o tal cartão, embora ele não pudesse jogar fora, ele não entregou. Guardou bem fundo em uma gaveta e prometeu que um dia entregaria. Depois se dirigiu ao cubículo do obituário e deu à responsável, alguns dias de folga. Ficou receoso que ele voltasse e ocorresse um encontro indesejado. Ele sabia o quanto a tal pessoa era apaixonada por esse daí, sabia que ele a tinha dispensado de uma forma desonrada e não queria que ela retomasse todo o sofrimento. Era a única coisa que podia fazer por ela. 


Notas Finais


Eu sei que tem gente pelo menos dando uma lidinha...se puderem comentar o que estão achando...eu agradeceria muito!! Beijão.


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