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História Dragon Slayer Freezing Force - Run Natsu Run


Escrita por: ClarePhantomhiv

Capítulo 9 - Run Natsu Run


Gray Fullbuster estava pasmo, mas, ao mesmo tempo, receoso. A garota parecia boa demais pra ser verdade! E se bateu mentalmente por ter trazido Natsu junto. Vai que a garota era um travesti? Ou ainda um homem, ou uma maníaca? Não queria que Natsu visse ele passar essa vergonha. Só que a curiosidade foi mais forte e ele acabou indo em direção à piscina de Magnólia, mas não antes de deixar Natsu no corpo de Bombeiros, pra ele conversar com o pessoal.

“Natsu, fica aqui que eu já venho, ok? Preciso ir na sorveteria e como eu sei que você não gosta de lá, nem te chamei.” Gray mentiu.

“Ainda bem que não chamou, seu imbecil, vai lá com seus sorvetinhos. Você tem certeza que não vai na piscina ver a tal mulher?

“Tenho, claro que eu tenho! Certeza que aquilo era trote, a mulher era boa demais pra ser verdade! Talvez seja mesmo um homem, né? Deixa eu ir.”

Natsu assentiu e ficou sentido por Gray, já que o amigo parecia empolgado com a tal ligação.

Gray seguiu rumo à sorveteria, até onde Natsu poderia ver, mas ele desviou seu caminho. Lógico que ele veria se ela existia ou não. Era um homem ousado, de palavra, não seria esse trotinho que iria derrubá-lo, não?

Já tinha passado por tantas auguras na vida, que uma a mais ou a menos não faria diferença. Gray sempre foi considerado diferente, por todos à sua volta! Desenvolveu um fetiche curioso, ele simplesmente não gostava de roupas. Era um cara que estava muito do satisfeito com a vestimenta original. A implicância com roupas começou quando ele foi pra escola e um amiguinho sujou a roupa. A encrenca foi tanta que ele apanhou e isso traumatizou a pequena criança, contudo, ele adorava ser diferente das outras pessoas! Aquilo era um máximo, já que as suas características eram tão comuns.

Em todas as oportunidades que tinha, ele perdia uma peça de roupa. Absolutamente todas, até mesmo no batizado de sua priminha, ele tirou a roupa e foi sagaz o suficiente pra dizer que ele queria nadar. O que não o livrou de uma surra mastodôntica.

Claro, claro, ele se mantinha vestido até quando dava, mas não eram raras as vezes onde ele simplesmente tinha que sair da classe e ficar nu no banheiro. Por pelo menos uns cinco minutos, o que não fazia mal algum.

Sua mãe, a senhora FullBuster, carola como era, achava que o pobre garoto estava endemoniado e chegou a um ponto onde ele mesmo acreditava nisso. Sua mãe achava que era o demônio da luxúria e em vez de sentir vergonha, passou a se amar cada vez mais. Demônios eram temidos e respeitados. Isso era tudo o que ele mais queria.

Crianças crescem e suas ações passam a ter maiores consequências, como na primeira vez que tirou a camisa perto de uma escola infantil. Foi sem intenção, ele nem tinha reparado no letreiro, mas aquele fato ofendeu e muito a comunidade de Magnólia, o que fez com que Gray ficasse marcado pelos profissionais da lei.

Teve uma outra vez em que tirou a camiseta e a calça em um shopping center, mas ainda bem que ele era adepto da cueca samba-canção, mas isso não fez com que ele se livrasse das implicações.

Foi mandado pra tratamento psicológico pesado, onde foi constatado que esse era um distúrbio relacionado a exibicionismo, mesmo que inconsciente. Ele não lembra o nome, mas lembra que o terapeuta recomendou que ele fizesse aula de artes sensuais, ou mesmo aulas de Strip tease. Gray achou que estivesse tirando sarro da cara dele, mas o terapeuta ficou tocado. A situação daquele rapaz era crítica e somente uma exibição periódica poderia fazer com que aquela situação se amenizasse. Também lhe receitou uns remédios, opção que foi totalmente recusada pelo mesmo e o terapeuta lhe indicou uma casa noturna e recomendou que ele ficasse em lugares gelados.

Gray foi lá e conheceu o pessoal do Puppies e fez um teste e passou. A coisa era fácil e simples. O negócio era impor limites. Se os limites fossem estabelecidos, nada de mal aconteceria. O bico na sorveteria foi porque o dono da boate pediu, mas ele se viu encantado com o reino dos sabores dos sorvetes, sem falar que o extremo frio o impedia de se despir desnecessariamente.

Cada vez mais, ele estava apaixonado pela arte do strip, achava fascinante, sem falar que ele sentia cada vez menos necessidade de se despir em locais inadequados. Virou devoto de São Vito e conheceu o Lendário Magal. Sem falar que começou a fazer aulas de dança e culinária.

A entrada pra Dragons( que ainda não tinha esse nome) se deu quando Gray estava sendo detido mais uma vez por atentado ao pudor, ele ainda estava em fase de aceitação com a necessidade de ser um stripper, nem tinha começado na boate.

Ele até estava controlado, mas infelizmente, ele tinha se despido quase que completamente na frente de uma academia da terceira idade. A situação era desesperadora, já que essa era a terceira vez que ele estava fazendo isso, desobedecendo ao aviso-prévio da polícia que dizia que ele seria jogado em uma cela cheia de tarados.

Só que de repente, ele estava completamente molhado, incluindo suas roupas. Laxus e Gajeel tinham ensopado-o, fazendo com que o flagrante delito se transformasse em uma reação óbvia. O argumento utilizado para salvá-lo foi esse. Gray nunca entendeu o porquê daquele encenação.

“Bom, você não é realmente um tarado. A gente só não queria ver um cara inocente ir pra cadeia. Chame isso de bondade.” Laxus respondeu.

“Você tem onde morar?” Gajeel perguntou

“Bom, eu moro em um quartinho, mas eu vou me mudar pra boate na segunda-feira.” Gray respondeu.

“Vem morar com a gente. Moramos nós e mais um cara. Se você vai trabalhar em boate, vai ganhar uma grana. Precisamos de gente pra dividir.” Laxus falou.

“Mas por quê? Vocês não me conhecem, eu posso ser um ladrão, pelo menos tipo de tarado eu tenho. Por que vocês estão fazendo isso?” Gray perguntou

“Porque a gente pode ajudar. Você parece que precisa de ajuda, a gente ajuda. Simples assim. Acordamos com vontade de ajudar, sem falar que a gente sabe que esses policiais estão marcando você. Tem um monte de delinquentes por aí que eles nem ligam, mas você...a gente já ficou de olho. Só por isso. Se você falar que mora em uma boate, já sabe a merda que vai dar. Cara, vai lá. Fica uns dias, se você não curtir, pode sair. Tranquilo e calmo.” Gajeel respondeu.

“Tem um quarto pra mim?” Gray perguntou

“Sim.” Laxus respondeu.

“Então eu topo, mas só pra ver se eu gosto. Muito obrigado.”

Gray foi, antagonizou com Natsu logo de cara, mas o clima na república era tão bom que ele foi ficando e ficando. Era respeitado em suas diferenças. Claro, não podia impedir que as pessoas o estranhassem, mas as piadas eram de praxe, sem falar que ele também participava e se divertia muito.

A boate era sua segunda casa, ele se dedicava cada vez mais, sem falar da surpresa com as clientes mais ousadas. Elas colocavam dinheiro em cada lugar...que até Magal duvida. Gray adorava ser chamado pra dançar para um casal, já que ele tinha dons de reacender a chama da paixão. Ele sempre usou máscara, apesar de se identificar com cartão de visita. Até mesmo a foto do cartão, ele está mascarado e com um chapéu semelhante ao do Zorro, mas tinha uma pena amarela.

Só que por mais que ele se prevenisse, sempre acontecia algum probleminha. As pessoas o confundiam com um garoto de programa, já se viu em situações assustadoras envolvendo travestis e revólveres, coisa que ele não quer repetir. Por isso as atitudes de prevenção.

Quando ele terminou esse devaneio, estava diante do complexo esportivo de Magnólia. Entrou decidido a desfazer esse mal-entendido e perguntou por uma pessoa chamada Juvia.

A recepcionista disse que hoje era o dia de folga dela, mas ela sempre dava uma passada por lá pra ver como estavam as coisas.

“Como ela é?” Gray perguntou

“Bom, Juvia-san é uma mulher excêntrica. Mas tem muito bom coração! Sem falar que é linda, mesmo com aqueles cabelos azuis. Ela é estranha, de verdade. Não é uma mulher comum. Você quer fazer aulas de natação?”a recepcionista indagou.

“Pode se dizer que sim. Você não teria uma foto dela por aí, né? Isso é meio esquisito.” Gray respondeu.

“Bom, tem um poster dela bem na sua frente, na verdade de toda a equipe. Ela é a de cabelo azul.”

Gray ficou embasbacado, sem falar que tinha a impressão que já tinha visto aquela mulher em algum lugar, mas ela era lindíssima. Cabelos azuis! Como o maiô que estava vestindo. Olhos azuis também, sem falar na boca que era pecaminosa. Aquilo não era possível! Isso era sorte demais. Ela o procurou, então deve ter interesse em um show particular! Meu São Vito, o que ele faria?

A recepcionista estava chamando ele há um tempo considerável. “Quer que eu dê um recado pra ela?”

“Fala que o Gray passou por aqui, pode ser?”

“Claro! Tem telefone pra ela retornar?”

“Ela tem meu telefone. Obrigado.”

Ele saiu muito animado da piscina e se lembrou que tinha deixado Natsu nos bombeiros. Foi correndo pra lá, mas se deparou com o ruivo na frente da sorveteria que estava fechada.

“Onde você tava, seu idiota?”

“Eu fui comprar uns negócios pra sorveteria, agora vou comprar roupas. Vamos lá no shopping?”

“Mas as roupas lá são caras!”

“Não interessa! Vamos?”

“Fazer o quê, né?”

 

Natsu já estava de saco cheio, nem em seus piores pesadelos se via com Gray fazendo compras. Nem com Lisanna ele fazia compras, ele simplesmente detestava. Começou a pensar nela outra vez. Tudo bem, ele estava pensando nela fazia tempo, mas daquela vez, o pensamento começou a despertar sensações. DE NOVO! Tinha certeza que era dela que Gajeel tinha falado e agora ele começava a lembrar de tudo o que tinham vivido, todos os toques, as promessas, as brigas. Tudo! Ele tinha tomado sua decisão! Iria desistir dela! Não tinha esse direito. Não tinha o direito de querer ficar com ela mais uma vez, nada de segunda chance. Ele tinha que ser miserável pelo resto da vida.

Ele estava resignado e imerso em pensamentos, quando ouviu Gray cacarejando algo sobre quando ele iria procurá-la.

“Cala essa boca Fullbosta. Você nem foi na piscina ver a sua 'cliente' e também...”Natsu parou.

“O que foi Foguinho, continua falando seu idiota. Cansou? Morreu? Hey Natsu? Acorda velho!”

Ele não podia acreditar no que estava vendo. Era ela! Tinha que ser ela! Lisanna estava em uma loja de roupas, experimentando e fazendo poses naquele vidro. Natsu sentiu um soco, mas nem sentiu. Só sentia a atração naquele momento. Seu coração nunca bateu tão forte e ele foi até onde ela estava.

Lisanna fazia poses displicentes. Fazia um biquinho ali, outro acolá! Estava com um vestido azul meio berrante, mas Natsu a achou linda. Ele chegou mais perto, tão perto que ele praticamente espremeu seu rosto no vidro, mas como ela não teve nenhuma reação, provavelmente ela não estava vendo.

Nunca em sua vida ele acharia que ela estava em Magnólia! Esse tempo todo!!!! Ela sumiu, Mirajane e Elfman se mudaram há tempos, achava que ela tinha ido junto! Mas não! Ela estava ali! A mulher de sua vida! O seu único amor e o seu maior fracasso como homem, estava bem ali! Iria aproveitar aquele momento ao máximo!

Natsu ficou vendo ela experimentar as roupas, quase todas. Quando estava com um vestido de alças, chegou um cara muito estranho e a cumprimentou.

O ruivo sentiu seu sangue ferver e percebeu que mesmo que quisesse, não conseguiria vê-la com outra pessoa. Seu egoísmo, somado com o amor que sentia por ela, não permitiria que aquilo acontecesse, ele lutaria. De um jeito ou de outro, haveria uma luta.

Quando ele viu o homem sussurrando no ouvido de Lisanna e a mesma ficando constrangida, ficou furioso. Não via mais nada em sua frente, além daquele homem que parecia se mover em rumo à porta de saída.

Natsu foi correndo e quando o avistou, deu-lhe um gancho de direita no meio da cara! “NUNCA MAIS TOQUE NELA!” Gray ficou alarmado e os seguranças começaram a correr atrás deles. Sentiu uma mão agarrando a sua, correndo em direção ao estacionamento. Era o cretino que, tinha feito aquilo! Como ele ousava?!

Depois da corrida, Natsu foi dar mais um soco, só que foi impedido por Gray!

“QUE PORRA É ESSA NATSU? VOCÊ TÁ LOUCO? QUE MERDA É ESSA?!

“ESSE CRETINO, DESGRAÇADO TEVE A CORAGEM DE TOCAR NA LISANNA, DE FALAR NO OUVIDO DELA, DA MINHA LISANNA!”

“Natsu, presta atenção, você disse que não tentaria nada! Que não tentaria voltar com ela! Você estava com outra, ela também tem direito! Você quer ela de volta? Tudo bem! A gente tem que lutar pelo que a gente quer, mas presta atenção! Você acha mesmo que vai conseguir que ela acredite que você mudou se você continua fazendo a mesma merda?!”

“EU VOU MATAR VOCÊS, MATÁ-LOS!” Ele rosna e começa a chorar!

“Escuta, você é o Natsu Dragneel, ex-namorado da Lisanna Strauss!?

“É, eu não queria ser ex, mas eu sou um idiota.”

“Sua idiotice é lendária, meu caro, lendária! Concordo com o seu amigo, Lisanna também tem direito de recomeçar.”

Antes que Natsu reagisse daquela maneira imbecil novamente, chega uma moça com os cabelos violetas (?) e dá um beijo bem no canto da boca do outro.

“Ooi oi, Ki-Kianana-na, tu-tudo bem?” respondeu rubro.

“O que tá acontecendo aqui?” Ela perguntou

“Esse cara é o que seu?” O ruivo rosnou.

“Meu namorado! Por quê?” Ela respondeu vermelhíssima.

Natsu avaliou que o carinha, ou melhor Erick estava tão embasbacado quanto ele estava vendo Lisanna, então, mesmo que a garota estivesse mentindo, ela tinha feito o que fez pra tirar ele de uma briga e ele gostava dela.

“Por nada! Eu e ele tivemos um desentendimento, mas ele tem razão em tudo o que me disse! Bom namoro pra vocês.”

Natsu se afasta reticente, ele quer mas não quer desistir dela. Sabe que ela merece coisa melhor, mas pensa que ele também pode ser melhor por ela. Ele precisa dela! Ah, só queria um sinal! Pra saber o que deveria fazer.

“Vovô, eu sei que eu sou um merda, mas me manda um sinal pra ver o que eu tenho que fazer, por favor?” Ele reza em seu íntimo.

E de repente escuta o seguinte:

“OOOOOOOOOOOOOOOE, PRESTA ATENÇÃO DRAGNEEL, SE VOCÊ QUER, VAI TER QUE CORRER ATRÁS!!! SÓ QUE VOCÊ TEM CHANCE, VIU?”

Ele vira pra trás e vê a moça de cabelos violetas correndo de volta ao estacionamento.

“Obrigado vovô!” Ele agradece em seus pensamentos.

“Gray, vamos pra casa! Eu tenho uma estratégia pra montar. E como eu sou um burro, eu preciso de ajuda. Pode ser?”

“SIIIIIM, CLARO!! AMANHÃ PRA MIM ESTÁ ÓTIMO! VOCÊ passa o seu endereço Juvia?””

“Gray?”

“Ah, desculpe Natsu, vamos pra casa sim. Só estava finalizando os detalhes do meu compromisso com a Juvia. Vai ser amanhã! Vamos porque eu preciso montar a minha coreografia! Você me ajuda?”

Natsu iria mandá-lo à merda, mas decidiu ser diferente. Já que tinha recebido um presente dos céus, por que não ser bom pelo menos uma vez, né?

“Claro Gray! Eu acho que você tem que usar o Magal, nada de Ney Matogrosso e nem aquelas roupas de múmia!”



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