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História Dramione. - Ligados por um torneio. - Terceira Prova II


Escrita por: rxiz

Notas do Autor


Hello friends!

Voltei com um novo capítulo, espero que gostem! <3
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Perdoem se tiver algum erro de digitação, edição etc. Estou postando pelo celular, já que aqui na minha terra tá chovendo ... relâmpagos kakaka depois irei editar bonitinho *--*

Capítulo 47 - Terceira Prova II


- Hermione –

Como na última prova, instantes antes que de fato começássemos, eu estava com Draco e ele segurava minha mão, encarando o que nos esperava pelos próximos dias, a maldita floresta proibida. 

- Dessa vez não vou deixar que aconteça algo a você. – O ouvi dizer. 

- Já disse que não devia prometer o que não pode cumprir. – Rebati. 

- Se tivesse me dado um beijo de boa sorte da outra vez tudo teria dado certo. – Retrucou. 

- Sabe que não precisa mais dizer essas bobagens para poder me beijar, não é? – Perguntei, puxando seu rosto para perto do meu e depositando um beijo em seus lábios. – Boa sorte. – Falei. 

- Não são bobagens. – Respondeu ele, rolando os olhos. – Nós vamos vencer. – Assinalou ele, parecendo empolgado com o que nos esperava. 

Após alguns instantes em silêncio ouvimos o que estávamos esperando, um som similar a um apito, o que indicava que deveríamos começar. Tínhamos dez minutos de dianteira, antes que os outros também entrassem na floresta. 

- Accio vassoura! – Murmurou Draco, parado a um pé de adentrar sob a escuridão das árvores. 

As regras gerais do torneio eram similares as do tribruxo e, portanto, nós podíamos fazer uso de alguns objetos se os trouxéssemos com uso de magia. Dito isso, elaboramos uma estratégia, a qual envolvia, além de evitar Harry e Pancy, evitar a todos. Seguiríamos voando até a parte central da floresta e nos ocuparíamos com as outras duplas que conseguissem chegar até lá, considerando que já estariam exaustas tanto pelo caminho quanto pelas lutas. 

Não era a estratégia mais corajosa que pensamos, mas era inteligente. Não gastaríamos energia à toa e estaríamos preparados para lutar quando fosse necessário. Além disso, enquanto voamos podíamos checar o ambiente e ter uma noção do que nos esperava caso precisássemos retornar a pé ou nos esconder em outros pontos da floresta. 

Obviamente eu pensava nisso e também no medo que sentia de cair da tremenda altura em que Draco estava voando, pois embora eu me sentisse segura com ele, aquela situação não era exatamente tranquila para mim. 

- Senti falta disso. – O ouvi dizer, apertando o enlace envolta do meu corpo. 

- Voar? – Perguntei a ele, distraída observando o que havia abaixo de nós. 

- Voar com você. – Explicou. – Devíamos fazer isso mais vezes. – Cogitou. 

- Não devíamos não. – Discordei e ele bufou. 

- Você deveria seriamente considerar aprender a voar. – Murmurou. – Sabe, aprender de verdade... Caso precise, é bom saber. 

- Não é hora para se preocupar com minhas habilidades de voo. – Retruquei. 

- Diz isso porque tem medo. – Rebateu. – Se bem que parece bem menos tensa do que quando fazíamos as aulas... – Comentou. – Tem praticado? – Questionou. 

- Não. – Respondi. 

Eu voei um pouco por aí enquanto estava com Dominic”, foi o que minha vozinha interna respondeu, embora eu não pudesse dizer isso para ele. Quer dizer, até poderia dizer, mas não seria uma boa ideia, considerando o modo como ele reagia a qualquer menção deste outro sonserino. 

- Não? – Insistiu ele. – Bom, então... – Continuou, silenciando-se de repente e bufando. Aparentemente ele havia chego à conclusão correta sozinho. – Andou voando com Barbizan, não é? – Questionou, parecendo desgostoso. 

- Um pouco... – Murmurei em resposta. – Por que não pousamos por aqui? – Perguntei, evadindo do assunto. 

- Quer mesmo pousar aqui ou fugir da conversa? – Questionou ele, astuto. 

- Não há nada para conversar. – Respondi. – Quero mesmo pousar por aqui. – Afirmei. – Olhe... É um local aberto, mas logo ali tem uns abetos que podemos usar para nos esconder. – Apontei. – Temos magia, mas pode ser útil. – Cogitei. 

Não ouvi nenhuma resposta, mas ele pousou. O observei, olhando ao redor e vendo se realmente acreditava ser um bom local para ficarmos. 

- Talvez devêssemos ficar no alto. – Disse ele, cortando o silêncio. – Aparentemente você não tem mais tanto medo... – Murmurou, sem olhar para mim. – E poderíamos ver quando os outros se aproximarem. 

- Quer passar dias em uma copa de árvore? – Perguntei descrente. 

- Você passou bastante tempo nas alturas nas últimas semanas... – Tornou ele, provocando-me. – Uns dias na copa serão fáceis. – Afirmou, encarando as árvores como se escolhesse uma. 

- Draco, não comece. – Pedi. – Não é hora para fazer birra. – Assinalei. – Poderíamos mesmo ver os outros, mas como vamos dormir? Comer? Fazer uma fogueira? – Questionei. 

- Não estou fazendo birra. – Rolou os olhos. – E vamos dormir em turnos. – Definiu. – Não daria para ser de outro modo... – Deu ombros. – Podemos descer para buscar comida, frutas e coisas que possamos manter na mochila. – Explicou. – Já temos água... – Lembrou-me, pois era o único item que poderia ser levado. – Daremos um jeito de ficarmos aquecidos... – Murmurou, obviamente vendo o quão difícil seria essa tarefa. – Mesmo no chão, se fizermos fogueira vai chamar muita atenção. Tanto dos outros quanto das criaturas. – Arrematou. 

- Certo. – Suspirei, derrotada. – Vamos ficar nas copas. – Concordei. – Se eu perder algum pedaço do meu corpo porque congelei de frio vai se ver comigo. – Ameacei e ele rolou os olhos. 

- Você vai ficar bem. – Afirmou, subindo novamente na vassoura e esperando que eu fizesse o mesmo. – Prometi que nada vai te acontecer, não é? – Questionou. – Isso inclui não perder partes do corpo por congelamento. 

Suspirei pesadamente e subi na vassoura com ele. Pousamos em um galho alto, o qual parecia forte o bastante para suportar o peso de nós dois e equilibramos a mochila em um galho paralelo, assim como a vassoura uns galhos abaixo, onde ele facilmente a alcançaria quando preciso. Preocupava que aquilo pudesse cair e acabar por chamar atenção, mas preferi ficar em silêncio. Sentei-me, encostando-me ao tronco da enorme árvore em que estávamos e me permiti olhar para baixo, o que foi uma péssima decisão. 

- Merlin. – Murmurei, voltando a fechar os olhos. 

- O que foi? – Perguntou ele num sussurro. – Viu alguém? 

- Não... – Bufei. – Os outros ainda devem estar longe. – Cogitei. 

- Nem tanto. – Discordou ele. – Pelo menos duas duplas já devem estar por aqui.

- De todo modo, temos que esperar o sinal. – O lembrei. – Ninguém fará nada antes disso. – Disse, sabendo que só podíamos começar depois que todos entrassem em campo.

- Então, o que houve? – Retornou. - É tão alto. – Estremeci, tornando a abrir meus olhos. – Tão inseguro. – Adicionei. 

- Nada vai acontecer a você. – Repetiu. – Cave inimicum! – Exclamou ele, escondendo-nos dos demais. – Chegue para lá. – Pediu, indicando que eu me desencostasse e lhe desse espaço, passando perigosamente de um tronco para o outro e sentando-se atrás de mim. – Nada. – Reafirmou, passando os braços ao meu redor. 

- Acha mesmo que isso é necessário? – Perguntei, encostando minha cabeça nele. 

- Acho. – Afirmou. 

- Não é birra por causa da questão do voo? – Me permiti perguntar. 

- Não, não é. – Riu. – Olhe... – Começou ele, suspirando pesadamente. – Não vou mentir. – Assinalou. – Não me agrada em nada saber que você voou por aí com aquele ou qualquer outro cara... – Contou. – Mas, pelo menos isso trabalhou um pouco o seu medo. – Considerou. 

- Muito maduro da sua parte. – Elogiei. – Eu não... 

- Não esperava, não é? – Completou. – Eu sou mesmo incrível e cheio de surpresas. – Vangloriou-se. – De todo modo, ficar nas copas faz parte do meu plano para proteger você. – Explicou. 

- Eu vou precisar de mais detalhes para entender. – Pedi, desconfiada. 

- Simples. – Disse rapidamente. – Como disse, você é minha maior distração. 

- Sei... 

- Mas, você não pode me distrair se estiver segura... – Continuou e eu entendi antes que ele seguisse falando. 

- Por Merlin! – Exclamei. – Você é um idiota! – Ladrei irritada, tentando sentar-me de modo que pudesse ver seu rosto. – Seu idiota, trapaceiro! – Segui. – Pretende me largar aqui e lutar sozinho?! – Adivinhei, mas resolvi perguntar por segurança. 

- O plano era ficarmos aqui e termos o elemento surpresa a nosso favor. – Corrigiu. – Mas, o seu plano parece muito melhor... – Considerou. – A depender de quem for... – Deu ombros. – Se eu achar preciso. – Continuou, parecendo seriamente considerar essa bobagem. 

- Isso é ridículo. – Murmurei, indignada. – Draco, percebe o quanto isso é ridículo? – Perguntei, embora ele obviamente não soubesse que era absurdamente ridículo. – É um torneio em duplas! – O lembrei. – E sua estratégia vai ser me deixar de fora? De novo?! – Continuei, suspirando pesadamente. 

- Nunca te deixei de fora. – Discordou. – E não disse que vou te deixar de fora, só se for necessário. – Murmurou em um tom calmo que me dava vontade de bater nele. 

- Se for necessário?! – Repeti. – Quem é você para saber se eu posso ou não lutar? – Perguntei irritadíssima. – Quando aparecer alguém eu vou descer, nem que tenha que pular daqui. – Ameacei. 

- Hermione, seja razoável. – Pediu ele. 

- Draco, não seja ridículo. – Rebati e ele riu. 

- Não disse que vou lutar sozinho. – Murmurou, puxando meu rosto e fazendo-me encara-lo. – Estou dizendo que, caso ocorra uma situação como da última vez, tenho que ter algum meio de te manter segura. – Deu ombros. – Esse é o meio que encontrei.

- Me manter presa, quer dizer. 

- Eu não posso ver as coisas chegarem naquele ponto de novo. – Afirmou. – Você não sabe o quão difícil foram os dias que você ficou desacordada. – Disse ele, citando isso mais uma vez. – Não faça isso comigo. 

- Eu não vou te assistir lutar. – Discordei. – Somos uma dupla. 

- E eu não vou te assistir tentar se matar. 

- Então não se atreva a me deixar aqui. – Disse a ele. – Quando alguém aparecer, não banque o engraçadinho. – Pedi e ele deu um sorriso que me irritava. 

- Como eu disse, não estou tentando te deixar de fora. – Reafirmou. – Ficarmos aqui é o mais seguro para nós dois, mas se, por acaso, você se ferir eu arrasto você até aqui e te deixo em segurança até finalizar a prova. 

- Você é um idiota egoísta. – Me ouvi retrucar. – Aquela situação não foi difícil só para você. – Bufei. – Sabe como me senti te vendo lutar sozinho e então sendo pego? – Perguntei. – Não, não sabe! – Exclamei. – E eu não vou me sentir assim de novo. – Prometi a nós dois. – Lutar sozinho? Pode desistir porque não vai acontecer. – Afirmei. – Eu não preciso de proteção e...  

Eu desatei a falar, irritada com todo aquele suposto plano absurdo, quando Draco tampou minha boca com as mãos, impedindo-me de falar e então fazendo um sinal para que eu ficasse em silêncio. Feito isso, ele apontou para um ponto pouco distante de onde estávamos, onde caminhando à surdina vinham dois outros estudantes. 

- Lá vem nosso primeiro lenço... – Sussurrou Draco em meu ouvido. Eu era capaz de sentir em sua voz o quão animado ele estava com isso. 

- Vamos esperar que cheguem mais perto. – Sussurrei de volta. – Eu fico com o da esquerda. – Decidi. – Lançamos um imobilus e descemos para pegar a porcaria do lenço. – Pensei rapidamente. 

- Certo. – Concordou ele prontamente. 

Não sabia se ficava contente com essa concordância tão rápida ou se ficava desconfiada depois de todo o discurso “vou te proteger te mantendo presa em árvores” e etc. Aquilo era ridículo e eu realmente esperava que ele não levasse a sério. De todo modo, eu o conhecia bem o bastante para saber quão dramático ele era e desconfiar que ele pudesse sim levar toda aquela baboseira adiante. 

- Agora. – Sussurrou ele. 

- Imobilus! – Dissemos os dois ao mesmo tempo, alcançando nosso primeiro objetivo. – Viu? – Falei, virando-me para ele. – Trabalho em equipe. – Murmurei. – Ande logo, vamos descer. 

O lenço estava amarrado ao tornozelo da garota, então o retiramos e voltamos para nosso esconderijo ridículo na copa da árvore. Draco o encarou alguns instantes antes de atiçar fogo a ele, indicando que havíamos conseguido desclassificar uma das duplas do torneio. 

- O primeiro de muitos. – Murmurou ele. 

- Sim, SE continuarmos trabalhando em equipe. – Rebati e ele encarou-me sorrindo. Em algum ponto no meio de tudo aquilo a discussão aparentemente havia terminado. – Sabe que se não tivesse me contado o plano, talvez tivesse funcionado, não é? – Perguntei. 

- Estava pensando nisso. – Suspirou. – Teimosa do jeito que é... – Bufou. – Até parece que iria concordar com qualquer coisa que eu dissesse. 

- Se fizesse sentido. – Dei ombros. – Agora, uma bobagem dessas? Nem em mil anos eu concordaria. 

- Te manter segura não é bobagem. – Replicou ele, beijando-me. 

- Eu sei me cuidar, Draco. – Tornei. 

- Sei que sabe. – Respondeu. – Mas... – Continuou, inspirando profundamente. – Um pouco de preocupação não faz mal, não é? 

- Faz, se me deixa louca de irritação, faz. – Rebati. 

- Você é impossível, sabia? – Devolveu, rolando os olhos. 

- Você que é. – Bufei. – Me prender em uma maldita árvore... Ridículo. – Rolei os olhos, silenciando-me. 

Nós continuamos sentados ali, observando ao nosso redor, durante o que me pareceu uma infinidade, mas que na realidade talvez tenha sido cerca de uma ou duas horas, quando outra dupla apareceu em nosso campo de visão e nós os vencemos, utilizando do mesmo esquema feito antes, retornando ao ponto de observação em seguida. 

Eu os conhecia, sabia quão bons bruxos ambos eram e, por isso, tínhamos esperança de ter conquistado mais pontos, através de duplas que eles tivessem derrotado. Quando a terceira dupla surgiu, já após anoitecer, eu começava a dar razão à estratégia absurda de Draco. Nós dois éramos bons com feitiços, mas eu não estava totalmente crente de que teríamos vencido a todos eles, se não tivéssemos o elemento surpresa a nosso favor. 

Em pouco tempo após anoitecer, a floresta tornou-se tão escura que eu mal podia ver minha mão esticada em frente a meu rosto. Decidimos por dormir em turnos, tanto para evitar cairmos dali, quanto para evitar sermos atacados. Durante a noite, nossa preocupação era real e eu duvidava que um de nós fosse realmente conseguir adormecer. 

Enquanto era dia, lutávamos contra outros alunos, mas a noite as criaturas da floresta eram mais ativas e nós definitivamente não queríamos um encontro com nenhuma delas. Não podíamos acender nenhuma luz, pois chamaria a atenção, tampouco podíamos fazer barulho. 

Eu podia sentir os braços de Draco tensos ao meu redor, indicando que mesmo que tenhamos combinado que eu faria o primeiro turno, ele ainda estava desperto. 

- Draco, relaxe. – Sussurrei, embora eu mesma estivesse preocupada. 

- É mais fácil falar do que fazer. – Rebateu ele, sussurrando de volta. – Por que não tenta dormir primeiro? – Sugeriu. 

Eu aceitei a proposta, pois no fundo eu estava com sono, e sabia que ele não adormeceria tão cedo. Fechei meus olhos e encostei minha cabeça em seu peito, atentando-me a minha própria respiração e tentando ficar mais calma de modo que, mesmo que não caísse no sono, ficasse um pouco mais relaxada. 

Eu estava quase dormindo quando Draco chamou minha atenção, despertando-me do meu estado de sonolência. Ele segurava uma de minhas mãos e senti o aperto tencionar no mesmo instante em que sua voz chegou aos meus ouvidos. 

- Acorde. – Sussurrou ele, tenso. – Não estamos mais sozinhos. – Assinalou, fazendo com que meus olhos se abrissem em um rompante. 

- Onde? – Sussurrei de volta. 

- Ouça. – Foi o que ele sussurrou de volta. 

Atentei-me aos sons ao nosso redor e não demorou muito para que eu ouvisse também. Senti meu corpo gelar ao notar que o som estava mais perto do que eu havia cogitado e nem sequer estava no chão. Seja lá o que fosse, estava nas árvores, assim como nós. 

Apurei os ouvidos e continuei ouvindo, tentando distinguir os sons naturais da floresta dos sons que não deveriam estar ali. A essa altura da noite, a temperatura havia caído bastante, e eu imaginava que no dia seguinte – se ainda estivéssemos ali – a neve iria nos alcançar. Meu corpo tremia e eu não sabia dizer se era em resposta ao frio ou ao medo que eu sentia a cada farfalhar que ouvia das árvores, a cada barulho que parecia dizer que algo se aproximava de nós. 

Sabia que estávamos cobertos pela proteção do feitiço, mas, por algum motivo, eu não sentia que estávamos realmente protegidos. Algo que me dizia que estávamos próximos demais de algo que não gostaríamos de encontrar. Sair de onde estávamos naquela escuridão não parecia uma boa opção, tampouco ficar ali seria agradável. 

Queria falar com Draco a respeito do que deveríamos fazer, mas eu sabia que no momento a melhor opção  para nossa segurança  era permanecer em silêncio. Seguimos assim, nesse acordo silencioso, pelo que me pareceu uma eternidade. Presos na tensão, atentos aos sons ao nosso redor e tentando até mesmo respirar de modo silencioso. 

Não imaginava que pudéssemos nos sentir ainda mais tensos do que estávamos, mas, afinal de contas, era possível. Quando tudo se silenciou e eu comecei a cogitar a possibilidade de estarmos seguros, as coisas pioraram exponencialmente. O silêncio que havia se instaurado se quebrou com um baque ao nosso lado, fazendo nossos corpos imediatamente se tencionarem e eu sentir um arrepio passando por cada centímetro do meu corpo. 

Apertei a mão de Draco e respirei fundo, preparando-me para o que viria adiante. Ambos sabíamos que não tínhamos nenhuma boa escolha, teríamos de sair e enfrentar a escuridão da floresta ou ficar e enfrentar nosso vizinho de árvore. Independente do que fizéssemos, eu me consolava repetindo mentalmente que se estivéssemos juntos, tudo ficaria bem. 

Senti seus braços firmarem ao meu redor, dando-me um abraço, ele apertou minha mão por um instante e então me soltou, movimentando-se silenciosamente e afastando -se de mim. Tentei não me desesperar, sabendo que ele estava tentando alcançar a vassoura e que, em seguida,  isso nos levaria a voar por aí na escuridão sem enxergar onde íamos. 

Graças a Merlin tínhamos deixado a vassoura mais perto durante a noite, achando que poderia ser necessário, então mesmo no escuro ele pode pega-la. Senti sua mão passar ao redor de minha cintura, indicando que era hora de irmos, instantes antes de algo pesado subir onde estávamos. 

O tronco balançou com o peso e eu pude distinguir uma figura grande e ameaçadora encarando-nos, embora não pudesse realmente nos ver.  Tremi ao constatar que isso mudaria no instante em que estivéssemos fora dali. Não sabíamos se era algo que poderia nos perseguir, mas definitivamente era algo que me preocupava. E eu sabia pela tensão que emanava de Draco que ele estava tão nervoso quanto eu. 

Subi na vassoura junto a ele e inspirei profundamente, atentando-me ao ar entrando e saindo de meus pulmões. Apertei a mão de Draco e ele levantou voo, saindo dali a uma velocidade a qual jamais imaginei que voaria um dia, visando atingir a maior altitude que pudéssemos. 

Ousei olhar para trás, mas nada vi. Na escuridão que se estendia atrás de nós tudo que eu podia distinguir eram os sons que preenchiam o ambiente. Entre eles, um grito agudo e ensurdecedor que parecia querer nos alcançar. 


Notas Finais


Então? :)


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