História Dream Destroyed (YoonSeok) - Um olhar...

Senti um arrepio percorrer meu corpo e meu ombro dolorido gritou de dor com a batida.

- Olha pra onde anda! Não conseguiu tirar os olhos dos novatos que alí estão e por isso se atrevou á andar distraído? - Ouvi sua voz, uma da qual senti felicidade em presenciar, era doce e perfeita para se escutar ao pé do ouvido.

Que pensamentos eram esse Yoongi? 

- Me desculpe, eu estou procurando a emergência e acabei me distraindo um pouco. - Mantinha minha mão segurando meu ombro, e os olhos fechados por conta da dor.

Estávamos os dois no chão, com nossas coisas espalhadas, parecia mais uma típica cena de filme onde um cara com um guarda chuva encontra um mulher sozinha debaixo da chuva, mas ele continuou á me encarar e tentava decifrar o que se passava no meu ombro.

- Eu sei que está me olhando, pode parar por favor? - Senti minhas bochechas esquentarem, provavelmente estavam da cor da minha camiseta tomate.

- Não estou te olhando, estou tentando imaginar qual loucura cometeu para ter uma perfuração assim... - Suspirou e se ajeitou.

Abri meus olhos e vi um ser vestido de branco, sapatos de couro, um relógio no pulso, uma cacharrel listrada por debaixo do jaleco, olhos escuros, cabelo preto feito carvão e covinhas tímidas que apareciam quando sorria.

- E-e-eee... Eu-u preciso urgente de um médico que me ajude. - Falei e desmaei do nada, sem sinais de vertigem e nem de reações alérgicas.

Meu corpo foi de encontro com o chão novamente, em câmera lenta bati a ponta dos meus dedos no piso.

Em questão de segundos o rapaz do qual eu tinha batido, coloco seus braços por debaixo da minha cintura e me levantou com rapidez, minha cabeça pendia enquanto ele corria pelos corredores.

- Por favor alguma enfermeira pode me ajudar? É primeiro dia e antes mesmo de eu tomar meu café da manhã um paciente vem de encontro comigo. - A última frase pronunciou baixo, como se fosse só para mim ouvir.

Foi a recepção e duas mulheres se espantaram quando viram meus lábios esbranquiçados e alguns ferimentos nas partes descobertas, quando correu minha camisa se levantou deixando á mostra a barriga branca feito doce de coco como dizia minha avó.

- Qual o nome do paciente? - Uma delas perguntou e sem ter o que responder, pensou em qualquer coisa. 

- O nome dele... - Fitou á bancada cheia de cartões e um calendário.

- Eu preciso do nome dele senhor. - O olhou curioso.

- É... - Pensou - É Jung Hoseok! Pode me dar a folha para eu assinar, preciso leva-ló urgente para realizar alguns exames.

Ela virou o caderno de frente com ele, e lhe deu uma caneta, com dificuldade apoiou meu corpo na bancada e ergueu umas das pernas para que eu não escorregasse, assinou seu nome e saiu novamente correndo para um dos quartos.

Entrou em desespero e com cuidado me colocou sob á maca, retirou meus sapatos e nervoso mordeu o lábio inferior com força.

- O que vou fazer primeiro? Ele tem um ferimento grave no ombro, preciso ver se não houve penetração de ferrugem e também verificar essa desnutrição aparente. - Abriu os três primeiros botões do seu jaleco, se sentia sufocado.

Vestiu luvas e uma máscara, tratou de colocar soro e retirar um pouco de sangue de mim.Depois viu meus batimentos, e examinou meus olhos.

Permaneci desacordado, enquanto ele ía e vinha ansioso.De vez em quando verificava o quanto de soro já tinha tomado e se eu me mechia.

- Eu não sei o que fazer... - Bufou e ouviu que a porta se abriu, ficou perplexo era o diretor do hospital.

- Senhor... Ele desmaiou na minha frente, eu pensei que podia fazer isso sozinh... - Antes de terminar de falar levou uma bofetada que podia ser ouvida do lado de fora do quarto, cerrou os punhos e se curvou diante dele.

- Seu desgraçado! O que pensa que está fazendo?  É seu primeiro dia e decide por conta própria cuidar de um paciente? - Gritava, por isso acordei e sem pensar duas vezes não abri meus olhos, fiquei assim para escutar.

- Mas eu fui procurar por um médico ou uma enfermeira e todos estavam festejando á nossa chegada, eu resolvi trazê-lo aqui para fazer exames e ver se não era algo pior do que pensei. - Tentou se explicar, mas não adiantou recebeu novamente outra bofetada, do qual o fez cair de joelhos no chão.

Fiquei triste por ele, eu sabia da dor que ele estava sentindo, passei anos nadando nesse oceano e agora me sentia tão mal que deixei uma lágrima triste sair.

O diretor saiu e bateu á porta com força, de joelhos ainda no chão começou á chorar baixinho e soluçar, eu podia me apaixonar por sua bondade comigo mas me atrevi á fazer outra coisa.

- Ju-nn-g? - O chamei e ele se virou para mim com os olhos marejados e com as maçãs do rosto avermelhadas.