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História Dream girl - Going home


Escrita por: Ali_

Notas do Autor


Oi meus amores!
Tenho uma noticia ótima para vocês <3
Vou começar uma nova fanfic com minha amiga, se chamará ordinary girl.
Em breve trago a sinopse.
Boa leitura!

Capítulo 8 - Going home


A noite passou se arrastando.

Justin dormia com uma expressão tranquila, apoiado na parede. Minha cabeça estava apoiada em sua perna, e o resto do meu corpo estava no colchão duro.

 A sala estava fria e escura, e eu tinha calafrios a cada minuto.

Não consigo aceitar o que aconteceu horas atrás. Aquela garota sorridente, que sempre foi bondosa comigo, era uma traidora.

Ela estava fingindo.

Estar usando o vestido dela nesse momento me dava tanto nojo que nem poderia descrever. 

Não importa o que aconteça com nós dois, só desejo que Chaz descubra quem ela é e faça algo a respeito.

Ou melhor, de a ela o que ela merece.

-Brooke? -Ouvi Justin sussurrar. -Você está acordada?

-Sim. -Falei, o mais baixo que consegui, e senti Justin se mexer levemente.

-Chaz não vai parar até nos achar. -Ele falou, tentando passar confiança, mas sentia o medo em sua voz.

Ele está tão diferente.

Ele sempre estava com aquela armadura de durão e bad boy, mas agora eu sentia que ele era apenas ele.

-Volte a dormir. -Falei, me arrumando em suas pernas.

Por uma breve momento ele colocou uma de suas mãos em meu cabelo, mas logo a retirou.

...

Quando acordei a luz do sol iluminava o cômodo, passando por uma pequena e alta janela.

Justin ainda dormia tranquilamente.

Dei um pulo, me sentando rapidamente quando a porta foi aberta com violência. Justin também acordou, parecendo alarmado.

-Bom dia, pombinhos. Como está meu casal preferido? -Perguntou o homem, entrando na sala com tranquilidade.

Ao menos Kylie não estava com ele desta vez, por que eu sentia ainda mais vontade de matar ela do que ele.

-Hoje a mocinha vai dar uma volta comigo. -O homem disse, se aproximando de mim. 

Justin ficou de pé ao meu lado, encarando o homem.

Logo mais quatro homens enormes entraram na sala, segurando Justin, enquanto o homem me levava pelos cabelos para fora do quarto.

...

Já ouviu que tudo que está ruim pode ficar pior?

Estava sentada em uma sala ministra e completamente escura. Nem um sinal de luz. 

Me esforçava para não surtar, mas estava sendo muito difícil.

Não saberia dizer a quanto tempo eu estava ali. Não ouvia um som sequer a muitas horas.

Só me pergunto o que eu fiz para merecer isso.

Meus olhos estavam fechados com força quando ouvi uma voz, me fazendo dar um pulo.

A porta agora estava aberta, e o mesmo homem de sempre me encarava.

-Tenho uma visitinha mais que especial para você. -Falou, me puxando pelos braços com brutalidade.

Fiquei de pé, bufando com raiva enquanto ele me arrastava pelo longo corredor cinza.

Chegamos em uma sala, a última. Ele abriu a porta, me jogando em uma cadeira de ferro dura.

-Mas que porra! -Gritei, tentando me levantar e socar ele, mas fui emburrada de volta com ainda mais brutalidade.

Ele segurou meu rosto com força, me obrigando a encara-lo.

-Se você se mover, e te amarro com ferro quente nessa porra de cadeira, querida. 

O homem se afastou de mim, saindo pela porta, a batendo com força.

Não tive coragem de me mover.

Por que ele tem tanta raiva de mim? Por causa do meu pai?

Uma traição que aconteceu a muitos anos seria o suficiente para ele alimentar todo esse ódio? Ainda mais depois de ter matado meu pai e o pai de Justin?

Depois de alguns minutos o homem voltou, e alguém, cujo rosto não conseguia ver, estava atras dele.

Desta vez o homem esboçava um sorriso debochado no rosto.

-Se comportando, querida? -Falou, sem se mover.

Fiquei em silêncio, o encarando diretamente nos olhos.

Ele deu apenas dois passos, ficando próximo a mim, acertando um tapa estalado na minha bochecha esquerda.

-Isso é por não me responder. -Falou, e eu senti meu rosto arder.

Com certeza ficaria roxo.

Tive que usar todas as minhas forças para ficar imóvel, e não pular no pescoço desse desgraçado.

-Bem, querida, te trouxe uma surpresa. Afinal, que garota não gostaria de rever o príncipe que tirou sua virgindade? -Falou, em um tom sarcástico.

Senti meu corpo todo gelar quando ele se moveu, me deixando ver o rosto do homem que estava atras dele.

Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto as lembranças vinham na minha cabeça, mas eu não derramei nenhuma.

O cara que tinha me estuprado em Londres, no verão do último ano, me encarou, sorrindo sarcasticamente.

Esse desgracado foi quem mandou esse homem me estuprar.

Ele é o culpado de tudo.

Enquanto o homem se aproximava, várias cenas vinham na minha cabeça.

Desde o estupro, até o terrível ano que se passou depois dele.

Como eu tremia cada vez que algum cara encostasse em mim. Como as lembranças voltavam, como eu bebia e cheirava cocaína desesperadamente para afastá-las.

-Não diga para ele que os outros que vieram depois foram melhores, ele vai ficar muito bravo. -O homem disse, e eu o encarei com toda a raiva que eu sentia.

Nunca mais tive nada com ninguém, e não acho que jamais vou ter.

-Ela está quieta demais, não acha? -O cara perguntou para o homem, que concordou com a cabeça.

-Hoje não, vamos com calma nessa tortura. O melhor ficará para o final. -Falou, dando um sorriso diabólico.

Não, mil vezes não. 

Eu prefiro ser torturada, prefiro morrer, prefiro passar por qualquer coisa do que por aquilo de novo.

O homem me pegou pelo braço, me levantando e me arrastando de volta para a sala em que Justin estava. 

Assim que abriu a porta ele me empurrou, saindo e nos trancando novamente.

Justin se levantou do outro lado da sala. As marcas em seu rosto e corpo ficavam ainda piores e mais evidentes durante o dia.

-Brooke, está tudo bem? -Ele falou, se aproximando e correndo seus olhos por mim, verificando se eu estava machucada.

Concordei com a cabeça, mordendo meu labio com força, mas logo comecei a chorar.

E não era um choro qualquer.

Eu desabei, de joelhos no chão, e chorei como nunca tinha feito antes, pior que um bebê.

Justin ficou alguns segundo parado na minha frente, mas logo se abaixou e me abraçou.

Enterrei meu rosto em seu pescoço, soluçando, e ele me abraçou com força.

-Eles fizeram alguma coisa com você? -Perguntou.

-Não... Quero dizer, mais ou menos. -Falei, tentando me controlar. Eu nunca tinha contado o que tinha acontecido para ninguém, ninguém mesmo.

Eu estava em um racha, e seria presa se prestasse depoimento sobre o estupro. E seria um escândalo enorme parabéns minha mãe.

Tirei meu rosto do pescoço de Justin, me afastando para encara-lo.

-Aconteceu alguma coisa, você está péssima... -Ele falou, me fazendo rir.

Fiquei séria, fazendo Justin levantar uma sobrancelha e me encarar.

-Eu nunca... Contei isso para ninguém. -Falei. Eu precisava contar para ele. -Eu fui estuprada. O cara que me estuprou está aqui. 

Encarei ele nos olhos, e não consegui decifrar sua expressão. Parecia uma mistura de ódio com pena.

Ele me abraçou, e eu me senti segura, como não me sentia a muito tempo.

-Quando nós sairmos daqui vamos atrás desse desgracado e mataremos ele da pior forma possível. -Ele disse, me fazendo rir.

Me soltei dele, e ele sorriu para mim.

Deus, ele é tão bonito. Mesmo com rosto machucado, ele continua lindo.

Ele está tão... Diferente.

-Por que você está assim? -Falei, e ele arqueou uma sobrancelha.

-Assim como? -Perguntei.

-Sei lá... Sem ser um babaca. -Falei, e ele fez uma cara de ofendido.

-Quando alguma pessoa prova que se importa comigo, eu não deixo mais ela sair do meu lado. -Falou. -Além disso, Brooklyn Fields, a senhorita é uma gatinha.

Eu estou rindo em um cativeiro, com um Justin Bieber legal e gentil, que disse que não vai mais me deixar sair do seu lado, e que eu sou uma gatinha.

Me inclinei para a frente, sem acreditar no que eu estava fazendo.

Colei meus lábios com os de Justin devagar, e ele levou sua mão até minha nuca, me puxando com força. 

Sua outra mão foi para minha cintura, e ele a apertou.

Pela primeira vez depois do que tinha acontecido eu não senti medo ou dessespero. Eu me sentia segura.

...

O restante do dia foi arrastado e desesperador. O medo de que o homem fosse voltar a qualquer momento me esmagava.

Justin dormia, encostado na parede, e minha cabeça estava apoiada em seu ombro. Uma de suas mãos estavam em volta da minha cintura.

Eu não sei dizer o que está acontecendo com ele, mas é algo bom.

Fechei meus olhos, tentando dormir, quando escutei uma explosão.

Um barulho muito alto, que fez eu e Justin levantarmos em um pulo.

Ficamos de pé, nos encarando. Minhas mãos tremiam devido ao susto.

Justin fez sinal para eu ficar quieta com o dedo e eu concordei com a cabeça. Ele andou até a porta lentamente, encostando seu ouvido nela.

Andei até ele e escutei algumas vozes.

-Entraram! Chame os outros. -O homem de sempre falou, em voz baixa.

-Checamos as guaritas, senhor. Estão todos mortos. Explodiram tudo. Você precisa fugir. -Um guarda disse, e o homem saiu xingando em outra língua.

Ouvi barulhos de disparos.

-Aqui! -Alguém gritou.

Quase chorei de alivio ao reconhecer a voz da Bella.

Nos afastamos da porta e logo alguém começou a dar marretadas. Em poucos minutos a porta tinha sido derrubada.

Chaz, Bella, Ryan e... Kylie.

-Ela! -Gritei, avançando contra Kylie, mas Bella me segurou. 

-Nós sabemos, e ela vai pagar. -Ela disse, seria. -Mas foi ela quem nos trouxe aqui. 

Encarei as duas, até que cedi e dei um abraço apertado em Bella.

-Você está bem? -Chaz disse, me dando outro abraço.

-Sim. -Falei, me controlando para não chorar de alegria.

-Vem. -Justin disse, segurando minha mão com força. -Nós vamos para casa.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar, amo ler os comentários de vocês❤️
O que vocês acharam desse novo Justin? Quis mostrar como ele mudou, por que ele realmente viu que ela se importa com ele, e que no momento em que ele estava fragilizado ele foi quem realmente é :)


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