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História Dream house - Convocação


Escrita por: YukkiNekko

Notas do Autor


Tudo bem que um colegial pode se apaixonar facilmente, mas eu diria que ninguém irá se identificar com esta história, apesar da maioria desejar isso.

Boa leitura!

Capítulo 1 - Convocação


Um estudante (ou deveria ser) de uma escola um tanto quanto monótona.         Os professores ensinam bem, mas os alunos não permitem a si mesmos aprenderem tanto quanto deveriam. Era difícil de acreditar que uma minoria considerável reprovaria. Isso talvez se aplicasse a mim por ter parado com os estudos, mas isso é claro, em circunstâncias normais. 

- E-ei... A-Alice... podemos conversar?  - não acredito que estava chamando-a pela primeira vez. 

Estávamos na saída da escola,  cercados pelos muros azuis e seu portão aberto enquanto os alunos saíam como animais. Meu celular marcava 11:30 da manhã,  e o clima estava levemente frio, agradável pelo começo do dia. Olhei um instante ao redor e só conseguia enxergar nuvens cobrindo o brilho do sol, cobrindo até mesmo o céu. Ela estava linda como sempre, era difícil estar diante dela. Seus cabelos pretos e longos levemente se movimentavam com o vento. Sua bolsa era idêntica à que eu guardava meu notebook, preta, porém com detalhes e um pequeno laço da mesma cor. Ela acabou se virando pra mim. Era realmente perigoso,  estava muito tímido pra tentar continuar algo. Seus olhos eram azuis, um azul claro, forte e intenso. A pele era incrivelmente branca (não um cadáver,  bom vocês entenderam), sua boca era pequena, mas muito fofa. Ela tinha a minha altura: 1,70. Exatamente por isso nossos olhares estavam tão... perfeitamente alinhados. Se fosse ao menos um pouco mais corajoso,  já estaríamos namorando. Seus seios foram levemente escondidos pelo uniforme da escola. Embora continuassem tão lindos e chamativos.

- Hm? O-O que foi... hmm... Allen certo? Precisa de alguma coisa? - ela dizia um pouco envergonhada.

Ei, realmente isso é sério?  Uma garota pode chegar a esse ponto? Meu coração ficou acelerado em tão poucos gestos. Acho que isso é bem avançado, pra uma primeira conversa deve ser o suficiente,  talvez ela não goste muito de garotos tão diretos. 

- Ah... é só que... precisava de ajuda pra estudar pra prova de física da semana que vem. - poderia ter pensado em uma desculpa melhor, que frustrante.

Pelo menos não gaguejei como havia imaginado. Ela acabou aceitando gentilmente... como esperado de uma garota tão fofa. E sabia meu nome... (isso é irrelevante,  idiota). 

Minha família é de classe média-alta,  e mesmo assim fico insistindo em ir a pé pra casa. Talvez por que até metade do caminho eu consigo vê-la... diria que sua bunda também não é nada mal (sou um stalker pervertido?!). Isso por que a sua bolsa não a esconde. Não tenho um amigo com quem possa compartilhar essa admiração, pelo menos não aqui. O caminho até minha casa não era grande coisa,  20 minutos eram suficientes. Cheguei no horário de sempre.

- Allen! Sua mãe está em casa? - um dos vizinhos chamava minha atenção. 

-Ah... não,  ela está trabalhando durante a tarde. Algum problema? - enquanto dizia, o homem se aproximava. Aparentava ter cerca de 45 anos.

- Não, não. É que chegou algo para o seu endereço, e o carteiro deixou comigo. - ao final da frase me entregou uma carta com um botão vermelho prendendo-a. 

- Obrigado, darei a ela quando chegar. - só faltava estar escrito "Plataforma 9 3/4" pra que eu começasse a chorar de felicidade. 

Assim que entrei, vi um pacote cheio de embalagens de chocolate sobre o sofá e a televisão ligada. Aquilo com certeza poderia ter sido feito por mim,  mas minha mãe certamente cuidaria disso caso visse. Posso concluir que ela não voltou pra casa ontem, mas tudo bem, é um emprego delicado. Arrumei a sala e preparei meu almoço (sim, eu sei cozinhar). Coloquei algumas músicas enquanto comia. Acabei fazendo macarrão com molho de tomate, um clássico muito bom. Lavei a louça e decidi dormir por algum tempo. O sonho é irrelevante. Quando acordei, percebi que haviam se passado três horas, o relógio marcava 3:40 da tarde. Meus verdadeiros amigos me esperavam.

- Qual o problema? Dormiu demais burguês? 

- Chegou o riquinho fofo.

- Finalmente meu suporte. 

Sentei-me no sofá da sala após abri-lo. Era perfeito para se deitar. Meu notebook estava sobre minhas pernas e eu estava usando fones comuns. Era uma chamada no Skype. Nem todos eles estavam aqui, muitos começaram a trabalhar,  e outros assumiram uma escola integral. Alguns apenas estudavam a tarde. Nós eramos em 15, mas uma reunião entre todos estava se tornando incomum.  

- Coloquei mais cash! huhuhuhu... - dizia tentando provoca-los.

- Quem liga? Somos um time mesmo. - Rebecca levando tudo a sério como sempre.

- Jogar bem ninguém quer né? - devolvia Guilherme. 

- Gente, como mudo minha skin mesmo? - Gabrielly totalmente perdida. 

A tarde prosseguiu divertida como sempre. Nós jogávamos o famoso Gun Gale Online, um FPS que acabou se tornando febre entre os adolescentes. Mais a noite,  foram todos dormir. Engraçado que estou no segundo colegial e alguns deles sendo mais novos, ainda possuem mais compromisso. Estava mais frio do que durante o dia. Coloquei um filme aleatório de ação e busquei uma coberta bem quente em meu guarda-roupa. Durante o filme, recebi algumas mensagens de uma amiga. Conversávamos pelo Facebook, ela era realmente incrível.  Nunca sequer ouvi sua voz ou vi seu rosto, mas sinto que poderia viver com ela. Cheguei a idealizar um futuro assim,  mas pode haver muitas coisas ruins pelo caminho.  Confio nela, mas talvez seja alguém fora de alcance (mesmo me dizendo que mora aqui também). Bom, eu respeito as decisões. 

A carta entregue pelo vizinho estava ao meu lado,  pensei seriamente em abrir, minha mãe certamente não viria hoje também. Em meio ao pensamento recebi uma chamada do Guilherme, mas dessa vez estava ligando no meu celular. 

- E aí chefe, está preparado para zoar ao vivo?! - a julgar pela voz, estava animado e também não estava sozinho. 

- Não sei o que quer dizer mas eu tô com sono. - tentei parecer indiferente. 

- O que? Não recebeu a carta?! - dizia um pouco mais alto. 

Olhei de relance para a mesma e percebi meu erro. Estava escrito "By Andressa Hawzer", isso significa que era uma carta da minha mãe pra mim. Acabei lendo o nome e associando que seria para ela, talvez o mesmo com o vizinho. A pressa dos humanos é realmente um pecado. 

- Ah sim, bom, recebi uma da minha mãe.  - respondi.

- E você não leu?  Enfim, leia depois por que estamos indo te buscar! - dizia enquanto parecia se locomover com pressa.

- Espera, o que? Você vai vir pra cá? "Estamos"? Você e mais quem?  Pra onde vamos?! - no meio da última frase a ligação caiu. 

Do que ele estaria falando? Pegadinha da madrugada?  Ou talvez... 

Resolvi abrir a carta e a primeira coisa que vi foi uma foto da minha mãe comigo, dez anos atrás,  aos 6 anos de idade. Trazia a seguinte mensagem:

Filho, eu estou ocupada como sempre, me desculpe por isso viu?  Eu sinto sua falta,  muito mesmo. Você está se cuidando direitinho?  Peço perdão desde já por aceitar algo sem lhe perguntar,  mas não havia como. Imaginei que também fosse do seu interesse.  Espero que se divirta, a mamãe te ama, e também estarei te observando meu lindo!

"Estarei te observando" isso pode ser um tanto quanto assustador. Retirei a carta e comecei a ler, até o final. Minha mãe realmente sabe das coisas. Mas a carta não diz muito. Conhecer os amigos virtuais em um passeio, parece muito divertido. Mas isso é tão repentino que parece até um anime, embora eu queira muito acreditar que seja verdade. Então no telefone.... seriam pessoas que eu também conheço?  O Guilherme não estava sozinho. Se realmente estão vindo agora, preciso arrumar algumas coisas antes. Não há como confirmar isso com ninguém, não vou separar muitas coisas,  caso seja brincadeira é só arrumar de novo. Sair daqui pode ser bem libertador, embora eu quisesse ficar pra estudar... pra prova de física. Espero ter outras chances. 







Notas Finais


Desculpa se estiver muito grande, é que não tenho muita noção pelo celular. Enfim... espero que gostem. Caso tenham alguma sugestão comentem (se quiserem).


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