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História Dream in a Dream - TEN (NCT) - Euforia


Escrita por: bella_trix_

Notas do Autor


Oi meus amores! Por meio dessa nota venho avisar que essa história está perto do fim, a pelo menos uns 3 ou 4 capítulos. Desde o começo (considerando o contexto muito realístico da fic) eu já pensava em não prolongá-la, será algo breve, mas eu espero que tenham gostado muito de tudo e que gostem ainda mais do que está por vir. Aliás, já tenho uma história nova em mente e ela não para de martelar pra sair da minha cabeça e ser escrita aqui, mas no momento a minha prioridade é Dream in a Dream. A minha maior felicidade agora é ver que estou perto de terminar um projeto de escrita pela primeira vez na vida (lê-se: uma fanfic) e isso me deixa com mais vontade de trazer toda a minha criatividade desse site. Enfim, depois exponho mais sobre meu próximo projeto, vamos à leitura! ❤️

Capítulo 8 - Euforia


Fanfic / Fanfiction Dream in a Dream - TEN (NCT) - Euforia

Meu celular estava conectado ao bluetooth da minha pequena caixa de som, e Bad Alive ressoava por todo o meu dormitório. Pensei que não iria dormir a noite inteira pensando em Ten, mas a verdade é que eu dormi feito um bebê feliz. E hoje é o tão esperado dia – com certeza pelos meus superiores – em que iríamos começar a trabalhar com os meninos. Eu estava animada, mas também seria um dia a menos com os meninos na minha conta. Porém, isso não importa agora, hoje é dia de trabalho. Enquanto danço e canto pelo quarto, me arrumo para o longo dia. É estranhamente bom acordar de manhã depois de passar dias acordando tarde por conta de bebedeira. Foram os melhores dias, e tenho certeza que os que virão vão fechar tudo com chave de ouro.

Depois de estar pronta, desliguei a caixinha de som, peguei meu crachá e fui em direção à porta do dormitório. Ao abri-la, a súbita imagem de Ten a poucos centímetros de mim me invadiu por completo. Tudo aquilo havia acontecido. Era tudo real. Expirei o ar daquela manhã com um enorme sorriso no rosto e tranquei a porta atrás de mim, antes de sair saltitando igual uma criança para fora do prédio 3.

No caminho do refeitório chequei as mensagens do grupo do trabalho, a única coisa que gravei foi a mensagem que dizia que iríamos começar com o NCT 127 hoje e mais nada, estava presa entre dois mundos – o dos meus pensamentos e o que eu estava distraidamente andando com a cara enfiada no celular tentando disfarçar o quão lunática eu me encontrava. Encarei a caixa de mensagens de Ten por um momento. O que eu envio? Um simples “bom dia” seria formal demais e um “oi” seria a coisa mais depravada que eu escreveria. Estou ansiosa para te ver hoje, por mais um beijo, outro abraço, a adrenalina de te ter por perto. Comecei a escrever o que seria um bom dia seguido de não sei o que, mas quando dei de cara com o peito de Yuta na entrada do refeitório, deixei o celular de lado e o coloquei no bolso da minha calça.

– Meu deus, perdão – falei apressada antes de ver em quem eu tinha esbarrado.

O japonês se encontrava com suas roupas matinais e seus cabelos presos por uma liga, e todo o seu jeito natural o deixava ainda mais charmoso e bonito. Ele sorriu de lado, parecia se divertir com o meu desespero repentino.

– Pode esbarrar em mim assim quantas vezes quiser, ippeuni – o comentário me deixou sem graça, mas Yuta ainda sorria enquanto me fitava com seu olhar penetrante.

Eu não poderia negar nunca na minha vida que eu era apaixonada por cada detalhe de cada um desses meninos, e conhecer eles só fez meu amor aumentar. Mas sempre tem aqueles em especial que mexem com você.

– Se eu fizer isso pode acontecer algum acidente – falei, sem seguida olhando ao redor. – Está esperando alguém?

– Só tô dando uma volta, os preguiçosos que vivem comigo ainda estão tentando acordar – ele ainda sorria, agora com suas mãos dentro da sua calça moletom.

– Eu esperaria vocês, mas tenho que ir preparar tudo com a equipe.

– A gente se vê mais tarde, então.

– A gente se vê.

Quase tropeço andando para dentro do refeitório enquanto mantinha um contato visual inquebrável com Yuta. Quando o assunto era eles, eu parecia uma pateta. O tailandês me deixava leve e calma. O japonês me causava uma euforia que me queimava de dentro pra fora. O coreano, com seus enormes olhinhos brilhantes, me deixava mais vermelha que um tomate. Contudo, isso não era algo a ser discutido hoje, afinal eu só queria focar no trabalho e ver o tailandês, nem que seja no final do dia.

Depois do meu café da manhã, segui para o local marcado aonde todos da equipe iriam se encontrar. A instalação com os dormitórios era apenas um lugar para se estabelecer, reabastecer e descansar. O estúdio em que fotografaríamos estava localizado ao lado do prédio principal, onde conhecemos Ye-jun. Iríamos chegar mais cedo para montar os equipamentos e separar as roupas que os meninos iriam vestir. Tínhamos dois fotógrafos com seu auxiliar – que iria filmar toda a sessão –, três maquiadores e três estilistas – e eu, que me encaixo em “auxiliar de estilista”, mesmo não trabalhando com isso, apenas dei sorte.

Ao chegar no local, começamos a arrumar todas as coisas e tínhamos ajuda de alguns funcionários da empresa. Eu, Juliana, Rosa e Marcos separávamos as roupas de acordo com a estatura e o peso de cada menino do 127. Eu sabia de cor qual roupa caberia em cada um deles, é como se eu os conhecesse tão bem como suas próprias mães, mas isso apenas se deu por eu ter os observado esse tempo inteiro. Tirando a parte que eu estava surtando.

O estúdio estava montado, as câmeras e luzes estavam sendo posicionadas e a poucos minutos nossos modelos iriam chegar. É isso, eu estava no lugar que menos imaginava na minha vida. Eu havia chegado no topo das minhas expectativas profissionais pra esse ano, e me sinto feliz por isso. O mérito é meu, e os agradecimentos vão para os três estilistas chefes da nossa empresa. E nunca me esquecerei dos vinte e três homens e meninos que, pelo fato de existirem e serem talentosos e merecedores do que conquistaram, me inspiraram. Foi por causa deles que eu cheguei aqui, tive a chance de mostrar minhas ideias e coloca-las em prática. E eu sei que, apesar do fato de que não nos veremos em um futuro breve, nós nunca nos esqueceremos. E eu espero um dia revê-los e poder rir de tudo que aconteceu. Meu deus, Beatriz, você nem vai embora hoje e já tá com esse drama todo!

Voltei a encarar minha conversa de 1 dia atrás com Ten, ainda eram 8 da manhã, e ele não iria trabalhar hoje, o que eu estava esperando exatamente? “Está olhando para o lugar errado”, foi a última coisa que ele escreveu. Digitei a senha do WIFI de um papelzinho que havia pegado na recepção e meus olhos pousaram na tenda que as fotos iriam ser tiradas à minha frente. Isso até que seria uma ótima ideia. Posicionei a câmera e bati uma foto do local, em seguida enviei para Ten.

[08:40 AM] Eu: [Foto] Imagina só você ali amanhã.

Todo mundo já passou pelo dilema de puxar assunto com a pessoa que você gosta. Mas eu não gosto do Ten assim, só tenho uma “quedinha”. Que na verdade é tombo enorme, não é, queridinha?

Eu andava de um lado para o outro enquanto bebericava um copo de café, estava ansiosa para a chegada dos meninos e para que o celular enfim vibrasse com uma mensagem do tailandês. Para a minha surpresa, o celular vibrou primeiro, e eu não pude deixar de mostrar o meu sorriso mais bobo. É uma mensagem, apenas uma mensagem, acorda garota!

[08:50 AM] Ten: Eu diria que mal posso esperar para fotografar nesse lugar, mas eu tenho certeza que é o lugar que tá ansioso pra ser fotografado comigo kkkkkkkkkkkk.

[08:50 AM] Eu: Me da um pouquinho dessa auto estima, por favor! Kkkkkkk eu vou completar sua fala dizendo que tô super ansiosa pra ver como você vai sair nas fotos amanhã.

[08:51 AM] Ten: Por que precisa da minha auto estima? Você é tão linda...

Ouvi um barulho de vozes que não cessaram por nenhum segundo desde que adentraram o estúdio. Olhei ligeiramente pelo canto do olho, eles haviam chegado. Mas a mensagem me parecia mais convidativa à minha expressão mais boba possível naquele momento; eu estava sorrindo por minutos e as minhas bochechas já começavam a doer.

[08:52 AM] Eu: Mas eu não sou linda como você... tenho que sumir um pouco agora, os meninos chegaram!

[08:52 AM] Ten: Boa sorte hoje, deixa meus meninos bem bonitos! Ps: você é linda como eu sim, até mais e não discutiremos mais isso.

– Então era o Ten esse tempo todo? – a voz atrás de mim era um tanto familiar, mas me fez pular num susto me fazendo soltar um grito abafado.

– Yuta?

Aparentemente o japonês estava curvado sob o meu ombro, o que o permitiu ver minha conversa com Ten, mas meu susto me afastou subitamente dele. Sua expressão era neutra, mas seus olhos pareciam curiosos.

– Você me assustou! – falei colocando o celular dentro do bolso da minha calça e levando minha mão ao peito.

– Desculpe – ele disse coçando a nuca com a mão direita – eu ia te dar um abraço, mas não deu muito certo.

– E o que quis dizer com “então era o Ten o tempo todo”? – não é como se ele soubesse de algo. Não acredito que o Haechan foi fazer fofoca!

– Você estava tão sorridente olhando para o celular... – ele deu de ombros, ainda com as mãos dentro da calça igual como ele estava em frente o refeitório – e eu pensei que dessa vez eu iria perder pro Tae, mas tinha o Ten – ele falava mais para si do que para mim e rindo consigo mesmo.

– Bom, eu não sei o que isso quer dizer, mas eu não tenho nada com eles.

E eu realmente não tinha, e mesmo se tivesse, por que isso era da conta de Yuta eu não sei. Mal trocamos palavras, apenas olhares e sorrisos que eu não sei o que significam, apesar de me deixar um pouco acesa.Yuta era educado, meigo e sagaz, ele não era como os outros, e definitivamente estava longe de ser alguém ruim. Afinal, é o Yuta Nakamoto que todos conhecemos.

– Eu não sei o que você tem com eles, mas as aparências de vocês não enganam, aliás, espero que escolha um logo, porque o Haechan não parou de me importunar desde que ele chegou – ele falou soltando uma risada e apontando para onde o amigo estava. – Imagina o que os coitados do Taeyong e do Ten vão ter que ouvir daqui pra frente.

– Como assim? – ri junto com ele. Eu vou MATAR o Donghyuck!

– Todos os meninos já sabem que eu e Taeyong estamos a fim de você, o Hyuck queria bancar o cupido. Já o Ten era uma suspeita entre nós, e ela se confirmou ontem quando ele te levou para o Museu das Estrelas, é o lugar favorito dele.

– Então todo mundo já sabe? – meu coração batia mais rápido a cada segundo que eu via os rostos dos meninos nos observarem.

– Não há segredos no NCT – ele sorriu maroto pra mim, e eu pude me sentir sorrindo também, mas de nervoso. – E não se preocupe, a floresta, tudo aquilo é nosso segredinho.

– Só não conta pro Haechan, por favor, ele tem potencial pra ser fofoqueiro, por mais que queira fazer boas ações – falei e rimos juntos. – E agora?

– Agora, Nakamoto Yuta se retira da jogada e resta apenas Taeyong e Ten, mas eu sei que o Ten ganha – ele começou com um tom narrativo, terminando a frase com outro tom de brincadeira.

– Eu sou um jogo pra vocês? – cruzei meus braços e levantei uma sobrancelha.

– O amor é um campo de batalha, milady – Haechan surgiu do meu lado direito como uma sombra, silencioso e quase imperceptível.

– Como?! Você tava ali! Ali!

Apontei insistentemente para onde o mais novo estava há alguns minutos, junto dos meninos amontoados perto dos maquiadores. Não tinha como Haechan além de observador ser tão sorrateiro assim. Isso me deu um pouco nos nervos, eu queria poder amarrá-lo para ele parar de saber tudo. Porém, ele me divertia, e era extremamente engraçado. E eu adorava ele mesmo assim.

– Ele é tão onipresente que dá raiva – Yuta sussurrou no meu ouvido, mas não impediu que o mais novo ouvisse.

– Ei, eu tô aqui ainda, viu? – o ruivo acenou para o japonês, que revirou os olhos brincalhão. – E ai, o bonitão aqui te chamou pra sair?

– Esquece isso, Hyuck! Eu já perdi pro Ten mesmo – Yuta agora se encontrava com os braços cruzados sob o peito, observando o movimento de meninos e maquiadores logo à frente.

– Há, eu já sabia – disse o ruivo seguindo o olhar do mais velho.

– E me incentivou mesmo assim? Você é um idiota, sabia?

Eu nunca pensei que fosse presenciar algo assim. Tentei ao máximo segurar minha risada, mas ela acabou saindo, mesmo com todo o meu esforço. Mas isso não parecia impedir a importante discussão de Yuta com Haechan sobre ele ter bancado o “cupido”.

– Mas eu ainda acredito no Tae, ele só precisa ser um pouco mais corajoso – Haechan disse por fim.

– Vocês estão realmente discutindo sobre quem vai ficar comigo na minha frente? – perguntei enquanto seguia o olhar deles.

Johnny, Taeil, Taeyong e Doyoung estavam sentados enquanto os maquiadores faziam o seu trabalho. Os outros meninos balbuciavam enquanto riam entre si. Em 90% do meu dia eu ouço a risada de Mark, não posso mentir que é uma das minhas favoritas.

– O Hyuck não sabe ser discreto – o japonês soltou um breve suspiro.

– Percebi.

– É uma tática simples: fale o que sente e espere a resposta – e o mais novo tinha razão.

Nem tudo é tão fácil para se resolver apenas com palavras, mas uma frase pode mudar tudo.

À medida que os meninos ficavam com a maquiagem pronta, eu os levava para uma pequena sala para que pudessem se trocar atrás de uma cortina. As roupas estavam separadas com seus respectivos nomes. Enquanto os maquiadores terminavam o resto do trabalho, eu guiava Taeyong até a pequena sala.

– Sua roupa está aqui – peguei uma roupa embalada num saco transparente e o entreguei – e você pode se trocar ali.

– Obrigado – Taeyong sorriu enquanto pegava o pacote e se dirigia para a cortina. – Você pode ficar de guarda aqui por um instante, por favor?

Não tinha como eu negar o pedido daqueles olhinhos, sorri e acenei em positivo com a cabeça e o moreno sumiu atrás das cortinas.

– Tô doida pra ver vocês todos vestidos, quero ainda mais ver como vai ficar nosso catálogo – falei animada enquanto Taeyong ainda estava atrás da cortina.

– Uau, essa roupa é muito bonita e confortável – ouço sua voz do outro lado.

– Você gostou? Vem aqui, deixa eu ver! – eu parecia uma criancinha ansiosa pelo presente.

Eu estava de costas para a cortina quando senti duas mãos taparem meus olhos, o movimento de Taeyong me pegou de surpresa.

– Me segue – sua voz no meu ouvido me fez arrepiar, e ainda sem visão de onde eu estava andando, segui seus movimentos.

– O que você tá fazendo? – ri enquanto tentava não tropeçar em alguma coisa.

Meus olhos agora enxergavam um lugar fechado, eu estava dentro da cortina. Me virei e dei de cara com um Taeyong a poucos centímetros de mim, porém eu fiz nossa distância parecer maior quando me afastei para olha-lo de cima a baixo. Eu havia acertado em cheio, Johnny, Doyoung e Taeil que já estavam vestidos estavam completamente deslumbrantes, sem contar o quanto estavam lindos. E Taeyong não era diferente, o conceito streets caía tão bem neles quanto uma luva. Sua maquiagem era leve, deixando um pouco mais da sua pele natural, os olhos estavam marcados como sempre. O menino doce que eu conhecia estava sob a pele de um lobo, mas não deixava de ser um cordeirinho. Um sorriso satisfeito se fez no meu rosto me fazendo morder o lábio inferior. Eu sou uma gênia!

– Você tá perfeito! – eu não conseguia conter a minha animação enquanto olhava Taeyong, seu cabelo penteado para trás num topete um pouco bagunçado, deixando uns fios de cabelo cair sob seu rosto.

– Gostou? Essa roupa é muita boa – ele diz se olhando no espelho estreito que se encontrava encostado na parede perto de nós.

– É perfeita, você tá muito lindo.

Cheguei mais perto de Taeyong para tocar nas vestes, a blusa largada, o casaco, a calça, o tecido todo parecia realmente muito confortável.

– Gosto desses brincos – meus dedos agora estavam nos três brincos que se encontravam na cartilagem da sua orelha.

Eu me mantinha presa nos meus pensamentos sobre as roupas, o trabalho e em como eu havia acertado no meu palpite, quando a mão de Taeyong pousou em cima da minha, segurando a mesma e me puxando para perto. Se tivesse uma câmera por perto, com certeza capturaria essa cena de dorama numa intensa lentidão, e o foco seria a minha cara de palerma.

– E eu gosto de você – ele observava dos meus olhos até a minha boca enquanto proferia as palavras que me deixaram atônita por alguns segundos.

Nem nos meus sonhos mais loucos eu ouviria um “eu gosto de você” do Taeyong, o líder do NCT inteiro, aquele garoto que eu só via em clipes, fotos e vídeos aleatórios na internet. Apenas o admirava de longe, esperando que um dia ele me notasse. Mas eu nunca pensei que esse dia iria realmente chegar, muito menos que o que eu fosse sentir no momento seria indiferença e não euforia. Seria loucura se eu dissesse que esperava que outra pessoa proferisse essas palavras?

– Ãn? – foi tudo que eu consegui dizer enquanto o moreno me puxava para mais perto, fazendo nossos corpos se colarem.

– Eu gosto de você – dessa vez ele sussurrou apenas para nós dois. – Desde aquela noite no terraço, até as nossas conversas aleatórias durante o dia quando nos encontramos.

Uma de suas mãos me segurava pela cintura, a outra depositava carícias na minha bochecha. Já as minhas mãos se encontravam uma no seu peito e a outra estava sob seu ombro.

Fale o que sente e espere a resposta. Haechan foi precisamente cirúrgico com essa frase, e Taeyong esperava uma resposta minha. Por outro lado, essa resposta não precisaria vir agora. Não agora. Depois de alguns segundos de puro silêncio – lê-se: uma eu totalmente muda – Taeyong me beijou.

Era o mesmo beijo doce daquela noite de que eu me lembrava estar alcoolizada junto com Taeyong em um terraço iluminado pela luz das estrelas. Não era aquele beijo intenso, molhado e com vontade de Ten. Para de pensar nele, para! Um barulho vindo da porta da pequena sala nos fez afastar subitamente. Eu e Taeyong nos olhamos assustados enquanto o barulho de passos se aproximava mais e mais.

– Ali estão as roupas, a sua está com seu nome – era alguém da minha equipe.

– Obrigado – a voz doce de Jungwoo era incomparável.

Quando os passos se afastaram, Taeyong e eu concordamos com olhares que deveríamos sair dali, não importa o que Jungwoo pensasse – ele já sabia de seja lá o que estiver acontecendo aqui.

– Vamos, preciso examinar quem já está pronto pra ver se está tudo ok – falei enquanto saía de trás da cortina e Taeyong me seguia. – Oi Jungwoo – acenei para o loiro que estava procurando sua roupa, sem dar tempo de ele responder e saindo rapidamente dali.

Quando saímos da sala, Taeyong começou a rir e o meu suspiro de alivio mais parecia um lamento. Se me pegassem ali nos braços de Taeyong eu estava fodida.

– Você – apontei o dedo no rosto do moreno – me coloca em cada situação.

– É excitante, pode admitir – ele riu me seguindo enquanto eu andava para os meninos que já estavam prontos.

A manhã e tarde de fotos foi incrível, Juliana, Rosa e Marcos pareciam tão animados que eu não conseguia conter meu enorme sorriso a sessão inteira. Trocamos ideias e dirigimos elogios aos meninos enquanto interferíamos nas fotos.

Quase no final da sessão, o NCT 127 estava reunido para uma foto em conjunto da coleção. Peguei meu celular e bati uma foto, novamente a enviando para Ten.

 [15:32 PM] Eu: [Foto] Seus meninos estão bonitos?

[15:32 PM] Ten: Wow! Eles estão lindos! Eu vou ficar assim amanhã?

[15:32 PM] Eu: Mais ou menos, o conceito do WayV vai ser um pouco diferente, eu escolhi as roupas que seriam parecidas com o estilo de vocês.

[15:33 PM] Ten: E qual seria o nosso estilo?

[15:33 PM] Eu: Bad Princess!

[15:33 PM] Ten: Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk você não perde uma oportunidade de fazer piada

Ten: Aliás, tá livre hoje à noite? Queria ouvir suas piadas de perto.

[15:34 PM] Eu: Tô sim, vou te contar todas as piadas que eu sei até você dar meia volta e ir embora com medo de mim.

[15:34 PM] Ten: Eu duvido muito.

[15:34 PM] Eu: Para onde vamos?

[15:35 PM] Ten: Ainda não sei, vou pensar em algo...

[15:35 PM] Eu: A gente pode ver algum filme no meu dormitório enquanto comemos alguma pizza, ou qualquer outra comida que você indicar.

[15:35 PM] Ten: Não seria incômodo? Não quero invadir sua privacidade.

[15:35 PM] Eu: Besteira! Você é mais que bem vindo.

[15:35 PM]Ten: Ok, estou lá às 20:00, pode ser?                                                               

[15:36 PM] Eu: Fechado!

Meu gritinho de animação e uns leves pulinhos foram camuflados pelas palmas e palavras de “bom trabalho” dentro do estúdio. A sessão finalmente havia chegado ao fim. Meus meninos foram incríveis, a manhã e a tarde foi muito produtiva e tudo saiu como o esperado e era apenas a primeira sessão, mas eu estava feliz por ter dado certo. E no final do dia eu iria ver Ten, eu queria pular, gritar pela euforia. Sim, aquela euforia.

Quando os meninos já estavam com suas roupas normais e amontoados para ir embora, Johnny veio até mim. Nós já tínhamos organizado tudo para bagunçar na sessão do outro dia.

– Ei, ippeuni, vamos tomar uma vitamina ou um café juntos – ele me chama apontando para ele e os meninos que estavam o esperando. Incluindo um Taeyong de olhos doces, e um sorrisinho que derreteria qualquer coração.

– Vamos. – peguei meu casaco e saímos do estúdio.

Fomos andando até uma cafeteria que tinha ali perto. Todos me faziam perguntas de qual era o conceito geral da ideia da nova linha de moda da minha empresa até quando iria sair as fotos de divulgação. Tentei explicar tudo detalhadamente e todos estavam tão animados quanto eu. Uma coisa que eles não sabiam sobre mim era que eu os conhecia tão bem que nem precisavam ter se apresentado a mim quando nos conhecemos, mas eu queria que tudo soasse natural e não premeditado. E é deixando acontecer naturalmente que a cena a seguir acontece: eu com um copo de vitamina de morango na mão, sentada numa cafeteria em Seul com parte do meu grupo favorito rindo de conversas aleatórias sobre o nosso dia de trabalho juntos.

Quando fomos embora, Johnny foi dirigindo até a instalação. Estávamos eu, Taeyong e Mark no banco de trás e Doyoung na frente. O som do carro estava conectado à playlist de Johnny e todos nós cantávamos em couro as músicas conhecidas. A mão de Taeyong não soltava a minha, ao mesmo tempo a acariciava. Ele fazia de tudo para eu me sentir confortável e acolhida por ele, e eu me sentia, mas as coisas percorriam um rumo diferente dentro de mim.

– Quer sair comigo hoje? – Taeyong sussurrou no meu ouvido.

– Ah, hoje não da – não gagueja, garota! –, tenho trabalho acumulado pra amanhã.

Ouvi um “ok” de volta. É óbvio que eu estava mentindo, eu iria ver Ten. Não é como se eu não quisesse Taeyong, apenas tudo apontava para o tailandês. E a única coisa que não fazia sentido era dispensar o moreno, já que eu iria embora e com certeza não aconteceria nada entre eu e os dois garotos. Mas e se...


Notas Finais


O próximo capítulo vai pegar fogo! *risadas maléficas* (pro sentido de "pegar fogo" não ficar tão explícito rs)


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