História DreamCatcher - Imagine Lucas Olioti “T3ddy” - Fourteen — “New AP”

Point. Of. View. Lucas Olioti

Acordei sentindo um peso a mais sobre minha barriga, contrai a mesma e abri meus olhos rapidamente, mas me condenei por isso a partir do momento que a luz invadiu minhas pupilas sem dó nem piedade, depois de ter focalizado a vista foquei na criatura deitada sobre meu abdômen, seu cabelo era espalhado por meu peito e alguns fios caiam sobre seus olhos ainda fechados, levantei minha cabeça para olhar Alex e Muca que dormiam de costas um para o outro e Muca roncava feito um porco, senti a garota se remexer e voltei a olha-la, coçava seus olhos vagarosamente enquanto cruzava as pernas viradas para mim em posição de índio, ela me encarou e soltou um leve sorriso de lado, depois disso se inclinou em minha direção e me deu um beijo na bochecha e se levantou, fiz o mesmo e peguei as cobertas para dobra-las, S/n praticamente se jogou em cima dos garotos para acorda-los, os dois com o susto, caíram da cama, causando uma crise de riso em mim e na garota, senti uma lágrima caindo do meu olho e depois de me recompor a enxuguei.

— Bom gente, vamos levantando, tomando banho e fazer as malas, porque daqui a gente vai direto pro AP que o Youtube alugou pra nós, lá vamos encontrar o pessoal que falta. – S/n falou e terminou de forrar a cama. – Vou pro quarto, não se esqueçam de que vamos ao supermercado depois.

E depois disso saiu.

[...]

Entramos no supermercado com S/n levando o carrinho, a garota foi direto para a seção de doces, enquanto eu e Alex fomos para a seção de comidas normais, pegamos torradas, bolachas, biscoitos, macarrão, molhos, feijão, arroz, essas coisas de almoço, que é claro que quem ia fazer era a Maria, -uma senhora que iria ajudar a gente no AP- voltamos para a parte de doces e encontramos a garota pulando pra pegar algo na última prateleira, saquei meu celular e tirei uma foto desse momento histórico de um ser baixinho fui ajudar.

— Mas o que tá acontecendo aqui? – Falei entre risadas, S/n me olhou brava e cruzou os braços.

— Não consigo alcançar aquelas balinhas na prateleira. – Falou fazendo bico ri ainda mais. – Não ri, é um a situação triste para minha pessoa.

— Pode ser pra você, mas para mim tá divertidíssimo. – Falei e alcancei o pacote com facilidade e joguei-o dentro do carinho. – Pronto baixinha, vamos?

— Não sou baixa, você que é uma girafa. – Foi andando na frente levando o carrinho.

— Ué, a culpa é da altura? Não te ajudo mais. – Falei e comecei a colocar as coisas na esteira do caixa. S/n olhou pra mim e arregalou os olhos.

— Não! Ajuda, por favor. Eu assumo, sou baixinha, mas continua me ajudando. – Grudou em mim, passando os braços pela minha cintura por trás.

— Tá, mas diz que me ama e que não vive sem mim. – Tentei e senti uma tapa leve nas minhas costas. – Não tá mais aqui quem falou. – Levantei um braço em sinal de rendição e terminei de passar as compras, pagamos e saímos do supermercado segurando as sacolas de papel.

— Quem tá com as chaves? – Falei depois de um tempo e S/n levantou a chave em sua mão livre, entregou para Alex e fez uma cara de pensativa.

— Acho que estou esquecendo algo. – Coçou o queixo e saiu correndo de volta ao supermercado.

— Vai colocando as coisas dentro do carro que já volto. – Gritei para Alex e a segui, encontrando-a na seção de doces, a garota olhava pelas prateleiras, agoniada.

— Não to achando meu celular e a última vez que eu vi ele foi aqui. – Mexeu em alguns pacotinhos de bala e deu um grito, virei pro outro lado fingindo não lhe conhecer, sai andando calmamente. – ACHEI! O que é isso Lucas? Ta fingindo que não me conhece?

— Como? Quem é você? – Me fiz de desentendido e voltamos ao carro.

— Nossa Lucas, que infantilidade... – Revirei os olhos e puxei-a pra um pequeno vão que tinha entre o mercado e uma parede de uma lanchonete, coloquei uma mão em sua cintura e a puxei para mim, S/n espalmou suas mãos em meu peito enquanto ainda a puxava e grudei nossos lábios, pedi passagem com a língua e a mesma cedeu rapidamente, senti suas mãos subindo em direção ao meu cabelo e puxar alguns fios, distanciou seu rosto do meu e abri os olhos, olhou para mim e mordeu meu lábio inferior, puxando de leve. Demos mais alguns selinhos e saímos do vão com sorrisos de lado.

[...]

Já estávamos no AP do Youtube, era bem grande até, primeiro vem a sala grande, num tom de cor branco, com dois sofás de quatro lugares, duas poltronas, um centro grande e no rack, a TV que pega Netflix e internet, em cima da mesma havia vários quadros coloridos, mas sem foto, sem esquecer do tapete fofinho que pega toda a sala que irá ajudar para as noites de filmes, logo após um balcão americano da cozinha que vira uma mesa e tem vários bancos altos, as paredes tinhas uma tonalidade de vermelho claro, uma janela com vista direta para o jardim, em baixo da janela tem o fogão de oito bocas, ao lado a pia e a geladeira, no oposto do fogão, armários que pegam do chão ao teto e por fim a porta de vidro do jardim, uma área toda gramada com balanços de madeira pintados de branco, espreguiçadeiras da mesma cor e uma piscina grande, ao redor de tudo árvores altas com boa sombra pra relaxar. Na parte de cima do AP, havia quatro quartos de cor creme que teríamos de dividir entre eu, S/n, Alex, Luba, Cellbit e Felps. Todos os quartos eram equipados com banheiros completos e closet, as camas de cada quarto eram de solteiro, mas ainda assim largas, dois criados-mudo ao lado de cada cama, mais um tapete que pega todo o quarto e de frente para as camas, uma escrivaninha com PC completo, algumas prateleiras e uma poltrona rotatória.

Além dos quartos, no mesmo andar e no fim do corredor tinha uma sala com uma TV bem grande e mais um tapete da cor azul, com várias almofadas em cima, que eu e S/n batizamos de “Sala fofa” não me pergunte o porquê. Agora que já apresentei o AP pra vocês, vamos voltar à vida real.

Todos já haviam chagado no apartamento e agora estávamos dividindo os quartos.

- Eu acho melhor ficar eu e a S/n, o Cellbit e o Felps, e o Luba, Alex e tu, Lucas. –  Gabs, que veio com Felps, falou pegando uma almofada e colocando no colo.

— É melhor, e se quiserem trocar, é só falar com o colega de quarto. Sabe se quiser se pegar com alguém. – Alex falou olhando para mim.

— Wow, acho que temos um casal aqui. – Luba falou pra provocar e o resto do pessoal fez um coro de “hmmmmm”.

— Chega né, vamos dormir, que o mal de vocês é sono! - S/n falou sonolenta e saiu puxando Gabs para o andar de cima.

— Ei Lucas, como é essa história com a S/n – Cellbit falou malicioso pra mim e revirei os olhos.

— Nada não. – Falei e subi também.