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História Drink Flames - Aula Particular


Escrita por: drewcult

Notas do Autor


Boa noite Babies!

Boa leitura.

Capítulo 6 - Aula Particular


Fanfic / Fanfiction Drink Flames - Aula Particular

Há uma eletricidade quando o meu batom vai em direção ao seu beijo, é patético como nós dois ficamos meio ferrados, grudados um no outro. Estamos nos antecipando agora, devíamos ir devagar? — Julia Michaels.

 

Me olho no espelho e sorrio para mim mesma gostando do que vejo. Estou vestida com um short de couro preto e uma blusa de mangas longas cor de ameixa. Nada muito diferente do que uso diariamente, Justin consegue me deixar um pouco idiota, mas isso não quer dizer que eu vá deixar que ele mude também o meu vestuário.

Bagunço meu cabelo com os dedos e não satisfeita com o resultado volto a arrumar os fios com a ajuda do pente.

Minha indecisão chega a ser irritante.

Depois sento na cama e me estico alcançando o par de high tops da Chanel que estavam jogados perto do criado mudo por um motivo desconhecido. Ergo as sobrancelhas sacudindo a cabeça sem querer saber porque eu joguei meus tênis favoritos sem cuidado.

Termino de calçá-los e me levanto em um pulo escutando buzinas. Vou até a janela e não consigo conter um sorriso idiota ao ver o loiro escorado em uma evoque da cor cinza chumbo.

Sem querer que minha mãe apareça para estragar tudo eu desci o mais rápido possível, chegando perto do carro noto os olhos dele faiscando para o mim e paro na frente dele comprimindo os lábios.

Meus olhos percorrem todo o corpo musculoso e atraente coberto por uma regata longa, calças pretas e supras combinando. Justin usa um boné com suas iniciais e é inevitável pensar no quanto deve ter custado aquilo. Mesmo tendo condições financeiras boas, mamae nunca foi de me apoiar com coisas "desnecessárias". Isso chega a ser triste, porque um pônei rosa na quarta série não era desnecessário, não para mim.

— Quer uma foto? Dura mais.

— Acho que sou muito pequena para esse carro. — Comento algo idiota para não dar atenção a fala dele, faço beicinho e ele ri.

— Não é com o tamanho do carro que você precisa se preocupar. — Já vai começar com os duplos sentidos. Parece que a aula da Srta. Swan fez efeito para ele. — Relaxa, não tô falando do meu pau. — arregalo os olhos com o descaramento dele e tento me recompor rapidamente.

Justin pisca pra mim e abre a porta do carro. Eu poderia considerá-lo um cavalheiro por isso, mas sei que só está fazendo porque quer me levar pra cama.

Entro no carro, em seguida ele faz o mesmo e dá a partida. Tomo a liberdade de aumentar o som do rádio quando percebo que está tocando "crazy in love" da Beyoncé. Me ajeito no banco e canto baixinho junto com a voz angelical da mulher maravilhosa que é a Queen B.

— Para onde vai me levar? Não sei exatamente que tipo de estrada é um bom lugar para aprender a dirigir. — olho para ele que está sério e com a atenção no trânsito.

— Conheço um lugar que por sorte está vazio hoje.

Por que precisa estar vazio? E se ele for me matar? Ai meu Deus pare de bobagem, Lexi. — Repreendo a mim mesma. Afinal que idéia mais ridícula, tudo o que ele fez até agora foi me dar boas sensações.

— É longe? — Olho para a janela um pouco apreensiva. Eu sou uma idiota, estava tudo bem até eu ter essa idéia maluca de que ele vai me fazer mal.

— Não muito. — Dá de ombros.

Eu espero mesmo que não seja, porque se eu chegar muito tarde é capaz de amanhã não estar viva para contar a história, mas óbvio que não vou dizer que estou com medo da minha mãe, ele vai me achar uma criança.

Quinze minutos se passam e o silêncio só não é absoluto porque Jason Derulo está cantando "It Girl" numa rádio que até então não decepcionou com músicas ruins. Estamos em uma rodovia que corta uma floresta, já estive aqui antes e não me lembro de dar em algum lugar muito movimento.

É o fim, ele vai me matar. Eu deveria tee escutado minha mãe.

Saio dos devaneios quando Justin coloca sua mão quente na minha coxa, com o susto acabo dando um pulo.

— Você tá bem? — Concordo freneticamente e coloco minha mão por cima da dele, estou prestes a tirá-la dali quando seus dedos pressionam minha pele que parece queimar com aquele toque.

— Sim. —  Molho os lábios.

— Tem certeza? — fito o retrovisor e quase engaso quando vejo que ele está me olhando. Rapidamente balançou a cabeça concordando pela terceira vez — Hm. não gosto que mintam pra mim. — ele sorri de canto daquele jeito lindo e que só ele consegue.

Justin tira sua mão da minha coxa e se estica tentando puxar algo que está por trás do banco, fica irritado quando não consegue.

— Lexi, pega uma cerveja pra mim por favor. — olho pro banco traseiro vendo uma sacola.

— Se for dirigir não beba, Bieber. — tento me distrair com a brincadeira e parar com a paranóia de que esse Deus grego vai me matar.

— E se for um viadinho medroso siga as leis do trânsito. — diz secamente e eu logo me arrependo da brincadeira.

Reviro os olhos me esticando, mas com a sacola estava mais para o lado da porta acabei tendo que tirar o cinto e ficar de joelhos sobre o banco.

— Como eu imaginei. — Ele fala e eu o indago com um olhar por cima do ombro, franzo o cenho puxando a sacola para mim, depois volto a me sentar direito e cruzo as pernas deixando a mercadoria no meu colo.

— O que é como imaginou? — tiro uma cerveja da sacola e dou para ele

— Você fica gostosa pra porra quando está de quatro. — Enrubesço, mas tento disfarçar olhando para a rua. — Digo, pessoalmente, pois eu já te vi assim há algumas horas. — arregalo os olhos. Esse garoto não bate bem, não mesmo.

 

Engulo em seco e olho para ele que está bebendo sua cerveja enquanto segura o volante com uma mão, mas Justin sendo Justin acaba por dar o seu jeito, e como se não bastasse as palavras indiscretas ele deixa a lata entre as pernas e volta por a mão na minha perna, dessa vez próximo a minha virilha.

Filho de uma puta.

Estou me xingando mentalmente por dar liberdade para ele me tocar assim, mas o que posso fazer? Depois de praticamente me masturbar pra ele enquanto ele fazia o mesmo para mim, acho que não tenho tanta dignidade e moral para repreendê-lo no que deve ser a coisa mais inocente que estamos fazendo desde que bati na porta dele só de lingerie.

— Você já pode parar de me provocar?

— estou te provocando? — fuzilo ele com os olhos e ele continua — Não fiz nada gata. Acho que você que está tão interessada que fica criando coisas na sua cabeça.

Ele não tem medo de morrer?

— Justin, tem noção do quanto eu quero te matar as vezes?

— Lexi, tem noção do quanto eu quero te foder toda hora?

Me mexi desconfortável e ele dá uma risadinha. Idiota.

Me calo completamente quando ele vira o carro entrando em uma rua de terra, não me parece muito seguro, mas um ótimo lugar para matar alguém e enterrar o corpo.

Olho para a janela tentando formular um caminho de volta caso eu precise correr, mas não sou muito boa com caminhos, muito menos no meio de tanto verde, verde e mais verde. Já era, vou morrer.

Os minutos se vão e quando vejo ele estaciona o carro e sai do mesmo sem me falar nada.

Misericórdia, ele vai mesmo me matar.

Justin abre a porta ao meu lado e levo um susto, mas disfarço dando um sorriso que não foi retribuído.

Claro, por que ele vai sorrir antes de te matar? — meu inconsciente aparece depois de me deixar em paz por pelo menos uma hora.

Desço do carro e olho para os dois lados, estamos diante de um galpão aparentemente abandonado. É O FIM!

Com receio vou até ele. A brisa fria me faz arrepiar, abraço os cotovelos e respiro fundo tentando manter a calma.

— Está com frio? — Sussurro um "sim" e vou até ele que agora está diante do porta-malas. — tenho algo para acabar com o seu frio. — piscou e se esticou para abrir o porta-malas.

É agora que ele pega a faca. — avisa meu inconsciente.

Justin abre e se inclina para pegar a arma que vai usar para me matar.

— Por favor, não! — Grito e ele me olha assustado.

— O que foi? — indaga e volta a postura normal sem pegar nada.

— O que vai pegar aí?  — ele ergue uma das sobrancelhas e volta a se inclinar. Recuo um passo e forço os olhos quando ele levanta novamente.

— Uma blusa? — pergunta num tom óbvio e eu abro um olho encarando um moletom nas mãos dele.

A vergonha vem à tona e aposto que meu rosto está vermelho como um tomate.

— E-eu já sabia. — Dou uma risadinha tentando disfarçar e pego o moletom vestindo em seguida, Justin resolve agir como se eu não tivesse bancado a maluca e trava o carro. Mas… por que ele travou?

— Não precisa do carro pra me ensinar a dirigir?  — aponto para o veículo acompanhando os passos dele para dentro do galpão.

— Só me segue gata. — diz todo risonho e eu me pergunto qual é a graça. Palhaço.

Entramos no galpão e é tão grande que eu consigo entender o que é desmatamento só de pensar em quantas árvores viraram móveis para que esse lugar fosse feito.

Estudando um pouco o ambiente avisto um carro no meio do lugar que por mais enorme que seja está repleto de... Nada.

Me sinto pequena perto dessa caminhonete.

— Já vi que você está com medo que eu danifique sua Evoque. — cruzo os braços.

— por que arriscar meu bem mais precioso se posso usar o carro que foi comprado justamente para ser danificado? — Levanta as mãos em rendição e dá um sorriso de canto. 

Por que esse canalha é tão gostoso? 

— Não sou uma destruidora.

— Você não, mas sua inexperiência sim. — ele é tão irritantemente correto!

Mas espere.

— Você comprou esse carro só pra..

— Meu pai comprou. —se escora no capô do carro e eu paro na frente dele. — É tipo pra treinamento, por isso o galpão. — gira o dedo indicador me mostrando todo o lugar.  

Por que o pai dele precisa de tudo isso para treinamento? E que tipo de treino? Meu Deus, quanta frescura.

— Entendi. — Mentira.

— Já quer começar? — sacudo a cabeça positivamente e ele dá de ombros saindo da minha frente.

Entramos no carro, ficar diante do volante chega até ser estranho, mas tento não pensar nisso quando ele está me dando as instruções.

— Tente não ficar nervosa porque se acontecer você vai começar a ficar perdida e nós dois vamos perder a paciência. — piscou e eu revirei os olhos. — vou dar meu máximo pra não te mandar pra puta que pariu. 

— me mande que eu te envio para o cemitério.  — ele ri negando com a cabeça e eu dou língua. — Pode começar. — ele assente.

Justin coloca a alavanca na posição P, e me olha.

— agora pise no freio para liberar o engate. — concordo e faço isso. — Vou mudar mais uma vez e você solta o freio acelerando devagar, beleza? — faço que sim e ele muda o câmbio para a posição D, aperto o volante respirando fundo e faço o que ele disse.

O carro da um impulso assustador e não sai do lugar.

— Meu Deus! — grito e ele gargalha.

— Calma!

— Calma?  Eu sou muito nova pra morrer.

— e muito bonita também.

Encaro ele com os olhos semicerrados e o mesmo ri dando de ombros.

— Vou te bater. — mostro o dedo do meio e ele se aproxima.

— Quem precisa de umas palmadas aqui é você, hm? — nego com a cabeça — pois eu acho que é. — Pisca. — acha que esqueci quando você desligou na minha cara e eu fiquei tendo que te imaginar nua quando eu poderia estar vendo.

Porra!

— Tive um imprevisto... — Chamado Margot DeWitt Estraga Prazeres.

— Foda-se. Você merece apanhar por aquilo. — ele morde o lóbulo da minha orelha lentamente e depois vem para perto do meu rosto.

Vai começar. 

Justin está tão perto que nossas respirações se tornam uma só, o hálito de menta me dá calafrios e por impulso não hesitei em beijá-lo. Ele retribui sem enrolação, agarra minha cintura e me leva para o seu colo onde me acomodo sem problema algum.

— Não deveria estar me ensinando a dirigir?  — pergunto entre o beijo.

— Você me deixou duro e desligou na minha cara, então acho que isso pode esperar um pouco, não é? — sorri com o que ele disse e pressionei meu quadril contra o dele o fazendo arfar.

Os lábios dele estão tão envolventes quanto da última vez que nos beijamos, e sinto o desejo me consumir cada vez mais, trazendo-me sensações tão gostosas que eu poderia ficar nesse beijo por horas sem me cansar da aproximação com o loiro que tem mestrado em enlouquecer qualquer garota.

Coloco uma mecha irritante do meu cabelo para trás da orelha e volto a envolver o pescoço dele para não colaborar com o fim do nosso beijo. Justin adentra suas mãos no meu short e aperta minha bunda fazendo-me gemer entre o beijo. Mordo seu lábio com força e dou uma risada sentindo o gosto fraco do pouco sangue que acabei arrancando dele.

— Vagabunda. — Murmura baixo.  e sem muito esforço ele acaba com todo o clima.

Ele não tem o direito de usar esses nomes sujos comigo, não mesmo.

Me afasto dele que me olha estranhando minha reação, mas agindo feito homem e usando a burrice da natureza masculina ele tenta me beijar outra vez, o empurro contra o banco e tento sair do seu colo, mas sou impedido pelos braços que envolvem minha cintura com força.

— Me solta.

— O que foi?

— Você.. Argh. Não foi nada, agora me solta. — a seriedade não abandona meu tom, e com isso ele me leva mais a sério, ao menos o bastante para me soltar.

Sento de volta no banco do motorista e passo as mãos no rosto já mais do que irritada.

— Qual é a porra do problema das mulheres?— pergunta irritado e eu sem paciência saio do carro arrumando minha roupa. Justin logo sai também, olho para ele com a cara fechada.

— Quero ir pra casa.

— Lexi caralho, o que eu fiz?

— Justin você..  — ri sem humor. É inacreditável, ele deve estar tão acostumado a chamar as garotas desse jeito que nem se toca mais. — você não faz nem idéia?  — Ironizo e ele trava o maxilar, parece que tem alguém puto. — me leva pra casa.

— Não até você falar o que tem de errado. — ele sorri amarelo e eu retribuo.

Se ele não sabe não sou eu que vou dizer.

— Então acho que vamos ficar aqui por um bom tempo. — pisco para ele voltando pro carro.

— Porra. — Ele grita me assustando e eu o olho por cima do ombro.

— Justin você..  — paro de falar quando escuto passos e olho pra porta me assustando quando um homem entrou.

— Droga. — Justin resmunga e coloca as mãos nos bolsos da calça.

Ele não parece feliz e algo me diz que o loiro está encrencado.

— Acho que já falei sobre trazer pessoas aqui, Bieber.

Observo curiosa, e quando ele chega perto consigo ver que é o mesmo homem que entrou no escritório quando eu e Justin estávamos sozinhos lá.

Mas é sempre o mesmo sermão? Justin não pode levar os amigos em lugar nenhum? Céus. 

— Ela não vai arruinar os seus esquemas, Jeremy.

Será que são mesmo pai e filho? Por mais que pareçam fisicamente, não se tratam da maneira "correta".

— Pode ter certeza que não é essa a minha preocupação. — Ele ri sem humor e traz seu olhar para mim pela primeira vez, e de um jeito assustador fica parado, meu coração chega a palpitar. Ficamos assim por pelo menis um minuto. Certo, eu devo dizer algo.

— Olá. — digo sorridente tentando ser simpática e não me lembrar que estou irritada por culpa do Justin.

Jeremy dá um tempo para guardar minha voz, parece assustado, e pelo visto nota que está me deixando desconfortável, então respira fundo e engole em seco.

— Alexie. — sussurra de modo quase inaudível.

Por mais esquisito que seja, eu me lembro desse nome, me lembro muito bem, mas não é uma certeza e pode ter sido qualquer pessoa, o fato é que a maior possibilidade é dele estar enganado, então não devo alimentar a confusão.

— Não, você deve estar me confundindo. — Ele fecha os olhos por breves segundos parecendo ser gravemente atingido pela minha simples resposta — por mais parecido que seja, eu me chamo Lexi, só Lexi. — sorrio e ele continua sério me deixando sem graça.

— Acho que está na hora de irmos. — Justin entra na conversa forçando um sorriso e pega minha mão, até estranho esse ato dele.

O loiro dá um passo e Jeremy segura meu braço com um pouco de força, arregalo os olhos.

Viu? Quem vai te matar é ele. — meu inconsciente sempre tão positivo.

— Pai. — Justin encara Jeremy completamente sério, o mesmo lança um olhar cheio de desdém para o mais novo e me solta visivelmente descontente.

Fico sem entender nada, mas depois de uma cena tão estranha a melhor coisa é sair dali. Seguro a mão do Justin com força me esquecendo até mesmo que estou com raiva dele,  saímos do galpão e eu até que enfim pude respirar normalmente.

O que foi que aconteceu ali dentro?!

 


Notas Finais


All the love. M.


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