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História Drink Flames - Coincidência ou falta de sorte?


Escrita por: drewcult

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 2 - Coincidência ou falta de sorte?


Fanfic / Fanfiction Drink Flames - Coincidência ou falta de sorte?

Seis dias depois.

Dou mais um gole no líquido amargo que me faz contrair os lábios deixando clara minha desaprovação pelo Drink feito por sei lá quem, só sei que veio parar nas minhas mãos. 

Olho para a mesa de madeira centralizada entre todas as garotas sentadas em círculo e travo o maxilar manuseando a cabeça negativamente quando a garrafa parou de girar indicando que Ally me faria um desafio. 

Isso mesmo, desafio. Uma festa do pijama não pode garantir muita diversão quando se está ao lado de patricinhas mimadas, mas como uma líder de torcida acabo fazendo parte desse grupo, então vim pra festa para representar. 

Bem, no nosso jogo não tem a parte da verdade, e quando a garrafa te aponta está lhe arremessando em um desafio que caso não cumprido te obriga a exercer uma série de consequências ditadas pela dona do desafio não cumprido. Se o jogo me assusta? Não. Mas devo dizer que estou desconfortável agora que Ally tem o controle sobre mim. 

Sério, justo a melhor amiga da garota que mais me odeia no colégio?


— Manda bomba. — comprimi os lábios apoiando minha mão no chão ao lado do meu corpo.


A morena deixa um sorriso sacana se formar e balança os ombros como quem não quer nada, mas estou ciente de que ela quer me ferrar muito.


Ally se inclina começando a cochichar com Stacy, sua melhor amiga que carrega a maior antipatia por mim pelo fato de eu ser capitã das líderes de torcida. Inveja? Pois é. Reviro os olhos violentamente sendo obrigada a esperar as duas vadias terminarem o planinho ridículo e divido meu olhar entre as meninas que me olham apreensivas.


Qual é gente? Essas duas cabeças de lula não conseguiriam me impressionar com um desafio maldoso, acreditem.


Bem, mas mesmo assim se Serena e Malia estivessem aqui tenho certeza que me matariam por estar jogando. São minhas duas melhores amigas que não aceitaram o convite de Stacy e Ally, obviamente para a festa das duas mocreias.


— Lexi — Olho para Ally que sorri amarelo e volta a falar enquanto gesticula com as mão — eu te desafio a ficar de lingerie… — Dá uma pausa rindo com Stacy. — pode ie para o banheise preferir.


Se isso é tudo o que elas conseguem fazer eu realmente preciso ensiná-las a serem más.


— Isso é sério? — Ergo uma de minhas sobrancelhas emitindo um riso nasalado. — sem problemas, eu garanto que não uso papeis higiênicos para ter seios maiores então posso me despir aqui mesmo. — sorri provocando elas e me levantei começando a tirar a roupa, até que a loira que não era a dona do desafio resolve se pronunciar bastante irritada.


— Você vai ficar de lingerie e ir até a casa do vizinho perguntar se ele pode lhe dar açúcar. — Stacy proferiu me deixando estatística e no fim ri de deboche acompanhada por mais algumas meninas.


Fodeu. Parece que a patricinha consegue pensar em mais do que gloss labial e sapatos caros.


— Está tarde e frio de mais pra isso não acha? — balbuciei conduzindo uma mecha de cabelo para trás da orelha. 


— Aproveite e peça uma blusa também. — Ally acrescenta me mandando uma piscadela. Cobra.


Certo Lexi, não tem problema. No máximo a vizinhança por aqui se resume em homens de meia idade casados, e se eu tiver sorte não irei me expor para um pedófilo estuprador.


— Você não precisa fazer isso. — Valerie se pronunciou um pouco acanhada. Ela é uma das únicas garotas decentes do grupo, até me surpreendi quando vi ela nessa festa.. 


— É lógico que precisa. Cale a boca. — Stacy esbravejou me fazendo revirar os olhos.


— Relaxa Vall, deixa a loira oxigenada ter o gostinho de me dominar pelo menos uma vez. — Todas riram, até mesml Ally, e Stacy nesse ponto já estava vermelha como um pimentão de tanta raiva.


Sem paciência para protestar eu terminei de me despir e joguei minhas roupas para Valerie que era a única garota confiável naquele meio. Antes de sair me olhei no espelho da porta da sala e ajustei a lingerie em meu corpo, além daquilo só estava com meias brancas e pantufas rosa. 


Por favor, pedófilo estuprador não!


Peço aos céus enquanto saio da casa. Dou uma olhada para trás encontrado o grupo de garotas me observando por entre o vidro da janela. Argh. Serena e Malia com certeza vão me estrangular.

A noite está fria e alguns trovões anunciam um temporal que provavelmente pegaria a cidade em alguma horas, corro os olhos por toda a rua e mesmo constatando que está deserta eu ainda me sinto observada, afinal me encontro semi nua no meio da rua. 

Eu odeio aquelas duas, é oficial.

Parando diante da porta de madeira com espelho em volta eu olhei mais uma vez para as garotas por cima do ombro.

Engoli em seco tentando manter minha sanidade mental já que seria a única coisa a me restar após perder toda a dignidade nesse desafio ridículo e toquei a campainha duas vezes. 

É um ótimo dia para o vizinho ter decidido sair, não?  

Dois minutos se vão e nada. Um sorriso vitorioso ganha meus lábios, mas quando estou prestes a voltar a porta se abre me revelando o completo oposto de um velho pedófilo estuprador. O garoto loiro tem os fios alinhados em um topete perfeito, olhos caramelados que só perdem destaque para os lábios rosados e carnudos que logo de cara me fizeram enrubescer com pensamentos importunos. 

Droga, Ally ganha de mim na categoria vizinho delicioso.

Mas espere. Esse rosto não é estranho.  — Meu inconsciente grita, e devo dizer que concordo plenamente. Aqueles olhos eram inconfundíveis, eu já vi ele antes. 

Nos meus sonhos.

Engoli em seco, ou melhor, eu tentei. Minha boca estava mais seca do que tudo e não tinha nada para engolir. Pisquei algumas vezes e o fato de estar de lingerie na frente de um desconhecido — conhecido — vem à tona me dando um pânico desconhecido. 

O olhar surpreso do jovem me faz querer sumir, mas algo me diz que agir normalmente é minha melhor escolha.


— Boa noite. — pigarreio ficando nas pontas dos pés por duas vezes seguidas e forço um sorriso recebendo o mesmo, só que completamente sacana e sensual. O garoto se escora no batente enquanto me come com os olhos sem pudor e por um instante eu olho para meu próprio corpo vendo a lingerie roxa. 

Não é mais um sonho, eu realmente estou fazendo isso.


— Puta noite maravilhosa. — a voz rouca e sensual me leva ao céu por míseros segundos. 


— Certo. — disfarcei posicionando as mãos na cintura e travei o maxilar olhando para o lado buscando coragem para a outra parte do desafio. — Eu… — deixei a fala no ar por pura confusão mental.


Existe um jeito menos ridículo de pedir açúcar na casa de um vizinho gostoso desse? 


— Você…? — ergue as sobrancelhas me incentivando a prosseguir.


— Eu? —arregalei os olhos. Tudo bem, já estou parecendo louca por estar vendo um  garoto parecido com o dos meus sonhos e agora ainda fico agindo assim. Lexi DeWitt, continue assim e irá acabar num manicômio. Sacudi a cabeça me recompondo. — Você pode me dar um pouco de açúcar? — Coloco as palavras para fora evitando os olhos cor de mel dele.


— Hm. — travou o maxilar ainda analisando meu corpo. 


Ele não se cansa?


— E se puder também aceito sua blusa. — pisco apontando para a peça de lavagem cinza que ele veste. As mangas são compridas e estão dobradas até a metade do braço, deixando algumas — muitas —  tatuagens aparecerem. 


— E qual é o seu nome? — ele questiona dando uma olhada por cima do ombro e analisando se tinha mais alguém na sala atrás dele. 


— Pra você eu sou a garota do açúcar. — ri pelo nariz e mandei um beijo no ar para ele. — Se bem que agora estou com mais vontade de um salgado. — olho para cima trazendo a mão até o queixo com um ar pensativo. — Desculpe o incomodo, loirinho. —pisquei e girei os calcanhares, porém fui impedida pelo loiro que me segurou com um pouco de força.


Meu Deus do céu, é agora que ele me leva pra dentro e abusa de mim, eu tenho certeza disso.


O loiro me solta levando as mãos até a barra da blusa e a retira deixando seu peitoral liso e tatuado aparecer. Meu queixo foi parar no chão e quando percebo isso estou piscando em uma sequência exagerada para disfarçar o mico que acabei de pagar 


— Aqui está, gatinha. — Que botão eu uso para ele repetir isso com essa voz tão viciante? Merda. 


Pego a blusa por impulso e a visto ali mesmo. A barra alcançou metade das minhas coxas e serviu como um vestido largo. 


Devolva isso para ele agora. — Meu inconsciente ordena revoltado com tudo aquilo, mas resolvo atender minha Deusa interior que está relaxada em um sofá meditando na voz atraente do loiro desconhecido — conhecido —


Dou um meio sorriso para ele antes de virar e correr de volta para a toca das cobras, fecho a porta me escorando na mesma com a respiração descompensada. Me sinto completamente desnorteada com o que acabei de fazer, ou melhor, com quem acabei de ver. 

Enquanto isso as meninas estão saltitantes pela sala, gritando e vindo até mim cheias de perguntas. Todas menos duas. Ally e Stacy. 


Essas vadias acharam mesmo que iam se dar bem?



Minha mãe estacionou o carro e eu a encarei sorrindo.


— Venho te buscar na saída?  — Perguntou apoiando as mãos no seu colo.


— Não. —  Neguei com a cabeça. — eu dou meu jeito. — Pisquei e saí do carro antes que ela pudesse reclamar, minha mãe tem um cuidado doentio por mim e isso chega a me irritar, porém os dias que ela fica mais estranha são nas quartas, quando tenho as consultas com Anastasia. Não sei porque, mas ela não gosta nada que eu faça essas sessões.


Me encaminhei para dentro do colégio cumprimentando alguns conhecidos pelo caminho, avistei a diretora Marlee e ao passar por ela abaixei um pouco a saia do uniforme querendo evitar sermão. 


Depois dela ignorei os garotos descarados que me comiam com os olhos, esse é apenas mais um hábito normal dos alunos da Billard. Sempre estão agindo como se eu fosse uma novata gostosa que eles querem comer. Argh.

Os próximos quinze minutos foram para que eu conseguisse chegar à sala de aula e assim me acomodasse em meu lugar, onde fiquei esperando Serena e Malia com o pingo de paciência que eu não tenho.

Logo a loira e a ruiva adentraram a sala. Se as conheço bem a realidade é que algo ruim aconteceu. Respirei fundo e esperei que as mesmas se sentassem. Malia fica na carteira da frente e Serena ao meu lado.

   

     — Já podem me contar. — Disse séria, mas com meu foco mantido em algum ponto perdido na minha frente.


     — Collin. — Serena foi muito curta e clara. Por canto de olho vejo Malia revirar os olhos e limpar uma lágrima.


Lá vamos nós de novo.


Collin é o ficante de Malia, e ela parece não aprender nunca. Ele vive em um mundinho ridículo em que ele usa quem for pra chegar onde quer, e esse objetivo já fui eu. Ele e eu ja nos beijamos algumas vezes antes mesmo da Malia entrar no colégio, e quando eu soube que ela estava interessada logo saí do "relacionamento". Me sinto uma boba por ter enxergado um futuro para os dois, porque quando ele notou que me afastei usou minha amiga pra ficar próximo, depois de um tempo eu e Serena criamos confiança, só que algumas mancadas ainda nos fazem ter algumas dúvidas, como por exemplo quando ele tentou me beijar no baile de verão e no dia seguinte culpou a bebida me fazendo prometer que não contaria para Malia… é, ele é um idiota.


Bem, o fato é que assunto teve que ser adiado pelo horário que marcava o início de mais uma aula de física.


Sr. Burns adentrou a classe com sua pose de durão intacta, deixou os livros na mesa e começou sua aula entediante, mesma que posteriormente foi interrompida por batidas na porta. Minha atenção passou dali até o papel que Malia me passou por baixo da mesa.


"Eu fiquei sabendo do que fez ontem e garanto que vou te matar." 


Ri manuseando a cabeça negativamente, mas é óbvio que as meninas foram correndo contar para as que faltaram na festa. Peguei uma caneta.


"Aquelas idiotas pensaram que eu ia ficar com medo, e isso eu não admito."


— Um aluno novo! — escuto a voz grossa do Sr.Burns e o ignoro vendo Malia virar para trás. 


— Você tem certeza de que não existem fotos ou vídeos daquilo, não é?  


Caralho, eu não pensei nisso.


— E-eu não sei. Mas acho elas não seriam capazes disso!  


Claro que não, imagine que aquelas duas víboras fariam algum mal pra você. — Meu inconsciente tira sarro. Eu odeio ele.


— Elas seriam capazes de qualquer coisa pra te afundar, e você colaborou quando aceitou aquele desafio ridículo.


— Eu só não queria parecer medrosa, tá legal? — solto uma lufada de irritação com o sermão.


— Vocês podem parar de conversar e prestar atenção naquele gostoso? — Serena nos repreende. 


De quem ela está falando? — Me pergunto levantando a cabeça e só então prestando atenção no que Sr.Burns falou minutos atrás. Aluno novo?


Quando meus olhos pararam no loiro que tem uma parte do corpo para fora da sala e está ao lado do professor eu sinto como se todo o restante da sala assim como ele soubesse do que aconteceu ontem. 


Só pode ser brincadeira!


Olho para Stacy e Ally que também estão surpresas, mas disfarçam quando olham para mim. 

O garoto novo foi quem me deu a blusa ontem, ou seja, o garoto novo é o mesmo que me viu usando apenas lingerie na rua. 

O loiro gesticula com as mãos enquanto explica algo para o professor e depois de acabarem o mesmo entra por completo na sala, os olhos caramelados me encontram e depois de um semblante surpreso o garoto não hesita em dar um sorriso de canto para mim. 

Puta merda, ele deve achar que sou uma acompanhante de luxo do ensino médio. Céus, eu odeio a Stacy com todas as minhas forças.

Me encolhi na cadeira querendo sumir dali de vez e ir para outra dimensão.


— Turma, este é o novo colega de vocês, é Canadense e seu nome é Justin Bieber. — Arregalei os olhos.


Meu sangue ferveu, gelou, queimou, girou e dançou dentro de mim, me causando uma sensação estranha de enjôo, felicidade, surpresa e medo. 


Justin não tem apenas a aparência, ele é o garoto dos meus sonhos. 

Não pode ser ele, não pode ser ele, não pode ser, não pode, não pode, não pode, NÃO PODE! 


O loiro que agora sei exatamente quem é veio calado até a cadeira ao meu lado ainda com aquele sorrisinho ridículo nos lábios. Se sentou e o Sr.Burns logo voltou a explicação anterior, recapitulando algumas coisas para que o novato pudesse acompanhar. 

Notei os olhos cor de mel faiscando para o meu lado e tentei ignorar, mas foi praticamente impossível quando o mesmo mexeu comigo.


— E aí garota do açúcar? — Seu sussurro provocativo fez meu estômago revirar. 


É oficial, eu estou ficando louca. 



Notas Finais


All the love. M.


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