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História Drink Flames - Fraquezas.


Escrita por: drewcult

Notas do Autor


Olha quem apareceu.... Bem, as explicações ficam para as notas finais ok?

Boa leitura. ❤

Capítulo 9 - Fraquezas.


Fanfic / Fanfiction Drink Flames - Fraquezas.

Três semanas depois.

— Nunca estive tão cansada. — Malia diz enquanto andamos juntas na direção do vestiário. Hoje foi mais um treino exaustivo, e não é pra menos para o final da temporada. 

— Eu só espero que ela volte logo, as coisas são bem menos difíceis com ela aqui. — falo pendendo a cabeça para trás. 

Estou me referindo a Serena que não vem a aula há alguns dias, também não atende as ligações e a mãe dela disse que nos últimos dias ela só tem preferido se dedicar a ela mesma, o que é meio estranho para a "abelha rainha", afinal ela nunca se afastou tanto de mim ou da Malia.

Malia dá de ombros e abraça os cotovelos enquanto me acompanha, e como a paz não dura muito, consigo ouvir a voz de Stacy se aproximando, está falando de como vai sua relação com Justin, com quem eu não converso há exatas três semanas. Nosso último episódio juntos foi na biblioteca, e depois disso não conversamos mais. A única coisa que me restou foi arrependimento, porque durante nossa relação notei que eu sempre estava no lugar errado na hora errada, e então boom! Olhe só o que aconteceu. 

Stacy o transformou no tipo de cara desprezível, está sempre atrasado para a aula ou agindo como um idiota, isso resultou notas finais nada agradáveis e agora o bonitinho passa mais tempo na escola. Bem feito. 

— Parece que você não está se dando muito bem sem a sua amiguinha, hm? — a loira irritante começa a andar ao meu lado e posso escutar as risadinhas de suas amigas que estavam um pouco para trás. — talvez a professora tenha que encontrar uma capitã mais experiente e profissional. — ela gargalha da própria piada em um pedido para suas amigas fazerem o mesmo.

Manter a calma é a melhor escolha. Fecho os olhos por breves segundos e ao abrir apresso os meus passos. 

— Stacy, por que não vai achar o que fazer? — Malia pergunta sem conseguir segurar a raiva.

— Eu sei exatamente o que fazer. Melhorar o grupo indicando uma capitã melhor a professora, assim paramos de envergonhar nossa escola com falta de profissionalismo. 

Ela só pode estar brincando. 

— Falta de profissionalismo?  — paro de andar e me viro para ela sem poder me conter, eu não aguento mais ficar calada. — é isso mesmo? Porque tudo o que eu vi até agora foi a sua hipocrisia. Deixar de treinar para transar no vestiário é algo profissional, Stacy? — ergo as sobrancelhas. As amigas dela se olham e cochicham entre si enquanto Stacy me encara de boca aberta. — somos líderes de torcida, nossa função e pular e dançar em quadra, não no colo de todo garoto que te oferecer sexo. — falei alto o bastante para que o corredor ficasse agitado e cheio de pessoas curiosas, lamento por terem chegado tarde.

Olhando em volta pude ver Justin no meio das pessoas, ele me olhava fixamente e tinha seriedade no semblante.  Encará-lo me faz sentir pena de nós dois por termos perdido tempo um com o outro. 

— Lexi. — escuto Malia sussurrar e segurar o meu braço, então foi me puxando para fora dali.

— Eu não suporto ela, não suporto! — exclamei jogando a mochila no chão quando entramos no vestiário. Vou para perto do espelho e espalmo as mãos no mármore da pia— Aquela garota acaba com a minha paciência, ela me odeia tanto e eu estou começando a deixar de querer ignorá-la. 

— Tornar o sentimento recíproco não é saudável, Lexi, acredite.

— Malia você não entende. Ela, ela.. — sinto meu rosto queimar assim como os meus olhos e me calo balançando a cabeça e prendendo o lábio inferior entre os dentes. Ninguém aqui sabe como é ser perseguida por essa vagabunda invejosa, eu lido com isso há três anos.

— Ela está com o Justin. — a ruiva sussurra me fazendo a fuzilar, mas nós duas sabemos que é verdade. 

— Ele é outro imbecil. — ri sem humor e juntei as mãos por baixo da torneira automática que ao notar a presença das minhas mãos liberou a água. Após lavar as mãos molhei o rosto e encarei meu reflexo com atenção com as minhas mãos passeando no contorno do mesmo. 

Notando alguns traços de minha mãe no meu rosto eu acabo lembrando de todas as vezes em que ela achou ter encontrado o homem certo. Eu sempre a olhava e pensava o quanto ela estava sendo boba mais uma vez se jogando no abismo que acaba com ela deitada no nosso sofá se entupindo de sorvete e assistindo titanic. Sempre fui rude com ela e pensei que seu passa-tempo favorito é se ferrar no amor, mas hoje eu percebo que tudo o que ela estava fazendo era ter esperança de que em algum momento o homem certo iria aparecer. 

Justin chegou na minha vida de um jeito ridículo, e eu escolhi entrar na conversa dele e me deixar levar. Pensei que o loiro de olhos claros fazia bem pra mim, mas Bieber foi só um momento na minha vida, rápido e espontâneo, mas que foi forte o suficiente para me decepcionar e me fazer sentir o que a minha mãe sempre tentou me explicar e com minha cabeça dura eu julguei como drama. 

O fato é que não importa se é atração, paixão ou amor, pois os três dependem de confiança reciprocidade. 

— Você só precisa relaxar, deixar de lado todo esse estresse. — Malia diz pegando minha mochila e a colocando no banco de madeira no centro do vestiário. — Tome um banho e vá pra casa, eu passo lá mais tarde e podemos fazer maratona de alguma série ou saga. — ela dá de ombros e eu respiro fundo. 

— Você não vai ficar?

— Tenho que ajudar meu pai com a festa surpresa para a minha mãe, lembra? — ela faz careta — se eu deixar nas mãos dele vamos ter o exército cantando o hino americano na nossa sala.

Ri e cruzei os braços concordando com a cabeça. 

— vai salvar o aniversário da sua mãe, vai. — brinquei apontando para a porta e ela piscou manuseando a cabeça positivamente. 

Depois de ficar sozinha eu peguei minha toalha e a enrolei por cima da roupa, então me despi com um pouco de dificuldade, mesmo tendo que fazer isso toda semana eu nunca vou me acostumar.  Deixei no banco as coisas que iria usar. A escola estava praticamente vazia nesse horário, só os alunos da detenção que estavam aqui, e nenhum deles entraria no banheiro feminino.. eu espero.

Adentrei a cabine e estendi a toalha sobre a porta, girei o registro e fechei os olhos quando as gotas d'água entraram em contato com meu corpo. A água quente deixou meus músculos rígidos, assim me senti totalmente entregue a sensação relaxante.  

Passei de trinta minutos naquele banho, a treinadora abominava isso, mas é bom aproveitar que estou sozinha, bem,  pelo menos agora. Pude notar movimentação do lado de fora há minutos atrás, mas felizmente não vi ninguém ao deixar o box enrolada na toalha rosa. Segui até o banco e franzi a testa encontrando minha mochila aberta. Tenho certeza que fechei. 

Só o que me falta é lidar com roubos.

Enfiei a mão dentro da bolsa e felizmente meu celular estava a salvo, mas a mochila estava de fato muito vazia. 

Espere aí, onde estão minhas roupas?!  

Travo o maxilar e cruzo os braços quando escuto uma risadinha, é claro, quem mais poderia ser?  

— Pensei que você fosse menos infantil. — me viro pra Stacy que sorri e dá de ombros.

— Pra acabar com você eu posso ter a idade que precisar. — ela dá de ombros e se escora na parede, posso ver meu vestido na sua mão. 

— para de ser idiota, me dá isso logo. — vou caminhando até ela, mas paro quando ela segura meu vestido prestes a rasgá-lo. — Stacy, não. — a repreendo do jeito mais sério que posso.

— Está na hora de você aprender que não pode falar comigo daquele jeito, orfãzinha. — travo o maxilar e respiro fundo. — onde está o seu pai mesmo, Lexi?


— Me devolve. — sussurro tentando evitar a pergunta dela. 

— em um bar? — ela puxa o vestido e o tecido começa a falhar. 

— Cala a boca. 

— na prisão? 

— por favor. — minha voz embargada me faz abaixar a cabeça. Eu já não estava mais pedindo pelo vestido, é que ouvir sobre o meu pai é uma tortura.

— morto? — meu coração gelou. Senti meus dedos formigarem e meu estômago revirar conforme um nó se formava na minha garganta. Levantei a cabeça para encará-la e a loira sorriu quando de fato rasgou parte do vestido no meio, o tecido se rompe junto com a minha paciência e quando vejo estou empurrando a loira na parede.


— EU MANDEI VOCÊ CALAR A BOCA!  — ela me olhou com ódio e ao vir para cima de mim recebeu um tapa, mas eu não tive tempo de revidar o empurrão forte que me fez parar no chão depois de uma forte pancada com a cabeça. 


Eu sabia que precisava levantar, mas era como se os comandos não fossem possíveis de atender. A loira diante de mim estava deformada pela minha visão, e seus gritos ficavam cada vez mais longe. Pude ver seu olhar preocupado, mas o medo era de ser pega, e não o fato de que eu estou quase inconsciente. Stacy deixou o vestiário, tentei gritar para que ela não fizesse isso, mas minha voz não saiu, e em alguns segundos eu desmaiei.



Silêncio. Está muito silêncio quando abro os olhos, mas não enxergo nada e só posso ter certeza de que não estou cega quando meu celular vibra e acende perto de mim, é uma mensagem de Malia, mas o que me chama atenção é o horário. Marca nove da noite, a escola já está fechada há algum tempo. Ótimo. 

Meu choro é o único som no banheiro, me pergunto o que aconteceu para estar tão escuro. Uma queda de energia? Bem, o fato é que eu não consigo me mexer, é como se a fraqueza me impedisse. 

— Agora que eu já te ajudei posso ir pra casa? — escuto a voz vinda do lado de fora, posso jurar que conheço muito bem o dono dela.

— Quase, Sr. Bieber. — reconheço essa voz.

Srta. Louise respondeu abrindo a porta e eu tenho que fechar os olhos quando sua lanterna é apontada para mim.

— Céus! — ela arregala os olhos e eu continuo imóvel sem poder demonstrar meu alívio por ter sido encontrada. O loiro atrás dela revira os olhos passando na sua frente. 

— Que foi? Outro inseto idiota? — ele debocha, mas seu semblante muda quando o faixo de sua lanterna me encontra. — Lexi. — Justin sussurra incrédulo e corre até mim se ajoelhando ao meu lado. — o que.. Quem, quem fez isso com você?  — ele praticamente grita enquanto corre o olhar por meu corpo estirado no chão. 

Eu queria responder e poder sair logo daqui, mas minha voz não saía. Que droga está acontecendo comigo? A única coisa que eu de fato estou sentindo é frio, e percebendo isso o loiro se livra de sua camiseta e me puxa para si podendo me vestir.

— Precisamos levar ela ao hospital!  — ele diz me pegando no colo e enquanto isso a professora junta as minhas coisas dentro da mochila com bastante pressa

— você não pode simplesmente sair com ela nesse temporal, Justin. Não é seguro! 

— e não fazer nada é seguro? — ele grita assustando a mais velha. Pressiono os dedos em seu ombro e o loiro me olha imediatamente. 

— Eu estou bem. — afirmo com a cabeça. Não sei o que de fato aconteceu, mas aquela fraqueza absurda está finalmente abandonando o meu corpo. 

Bieber respira fundo e eu emito um grunhido baixo quando os braços fortes me apertam contra o calor do seu peito, fecho os olhos apreciando o perfume do loiro que começa a me levar para fora daquele vestiário onde não pretendo voltar tão cedo.



Abaixo a cabeça recuando mais uma vez do contato visual. Justin está olhando fixamente para mim enquanto tomo o chocolate quente que uma das professoras preparou para mim logo que a energia voltou. Por isso todos estavam aqui até tarde, a tempestade provocou um apagão e os alunos da detenção ajudaram os professores a ter certeza que o prédio estava vazio.

— Você precisa mesmo ficar me olhando assim? — pergunto baixo e dou uma risada, porém ele permanece sério e não se move. As minhas pernas que estão sobre o colo dele ficam arrepiadas quando seus dedos tocam meu joelho, e eu volto a encará-lo.

— quem fez isso com você? — o loiro trava o maxilar após a pergunta.

Os minutos que demorei para responder usei pensando se seria produtivo dizer a verdade, mas afinal por que não seria? 

Justin espera pacientemente, e quando abre a boca provavelmente para insistir na pergunta eu fecho os olhos e digo:

— Stacy. 

Ao abrir os olhos me surpreendo, pois ele parou de me olhar e agora está manuseando a cabeça negativamente enquanto brinca com os dedos de suas próprias mãos. 

— Eu vi a discussão de vocês no corredor.

— É, eu vi você lá. Foi mal por dizer a verdade à sua namorada.

Ele me olha imediatamente e então se inclina até que ficamos muito próximos.

— Stacy não é a minha namorado, ela só força a barra. 

— Não acho que ela precisou te falar naquele vestiário.

— foi um erro, beleza? Eu não queria fazer aquilo, mas eu.. — ele balança a cabeça e dá um soco na arquibancada ao lado do corpo. — eu sou homem porra. Isso não é desculpa, sei que não. Só que aquela garota tentou e conseguiu, e o fato de você ter me enfrentado naquela biblioteca me deixou com um ódio enorme, isso me motivou a continuar. 

Eu fico estática o encarando. Ele quer dizer o que eu acho que quer?

— quer dizer que..


— quero dizer que a minha vontade de ter você é quase tão grande quanto a de te deixar irritada. Tudo o que eu disse naquela biblioteca não passou de uma desculpa para mim mesmo, um jeito de mostrar que eu não estou nem aí. mas acredite, se eu não ligasse não estaria aqui agora. Eu posso ser um filho da puta. Mas Lexi.. — ele segura meu maxilar e aproximou nossos lábios. — eu sei reconhecer quem vale a pena, e você com certeza vale.

Abro a boca em um perfeito "O" encarando os mares cor de mel que me fitam de um jeito apaixonante. Pressiono os dedos na xícara em minhas mãos e sinto borboletas no estômago quando a respiração dele se junta com a minha. Estou prestes a me entregar a um beijo quando..

— Lexi! — olho minha mãe no outro lado da quadra. Ela corre até mim e eu já sinto vergonha antes de.. — Princesa, meu amor! — a mais velha me abraça com força. 

— Mãe!  — exclamo mas a morena me ignora. 

— eu vim assim que a chuva passou, Lexi você nunca mais, nunca mais vai ficar depois da aula entendeu? — eu reviro os olhos concordando e escuto a risadinha rouca do Justin. Minha mãe se afasta imediatamente e o encara. Justin fica surpreso, mas não recua. Afinal ele é muito bom em encarar.

— Mãe, esse é o..

— vamos. — ela me corta antes que eu possa terminar a apresentação, Justin respira fundo e abaixa a cabeça. — Lexi, agora. — ela enfatiza e eu acabo levantando obrigada. — mas que roupa.. — ela olha a blusa de Justin em meu corpo com desdém e comprime os lábios. Eu poderia pedir para que ela deixasse a ignorância de lado, mas não quero tornar aquilo ainda mais desconfortável, então o que faço é sorrir para Justin e por fim sair andando daquela quadra.



Notas Finais


E aí, estavam com saudades? Porque eu sim.

Não acho que tenha alguma desculpa descente. Eu deveria saber separar as coisas, ou pelo menos ter avisado, só que não fiz isso e peço desculpas. Alguns problemas sérios acabaram me deixando sem criatividade nenhuma, e acreditem, não foi um probleminha bobo. Minha mãe infartou e isso contribuiu muito para que eu pensasse em tudo, menos em ecrever, só que graças a Deus tudo deu certo, e alguns meses depois.. Aqui estou eu, a criatividade voltou e eu espero que vocês entendam o meu lado. Obrigada por você que leu até aqui, se quiser comentar saiba que estou esperando ansiosamente por isso.

E eu sei que é meio tarde, mas não posso deixar de dizer: FELIZ ANO NOVO!!

Até o próximo capítulo. Sz


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