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História Drop of water - Apartment


Escrita por: Gessikk

Notas do Autor


Oi, leitores! Sim, isso não é uma miragem... estou realmente fazendo uma atualização rápida e estou bem feliz com isso.
A música do capítulo é do Bobi Andonov que eu achei que combinava bastante com o clima do capítulo (tanto o ritmo como a letra), mas também queria destacar que “Feel Something” do Jaymes Young me ajudou demais na hora de escrever. Se alguém tiver a curiosidade de ver a letra (ou se já conhecer), deve perceber que em algumas partes fui intimamente inspirada pela música.
Resolvi trazer mais um capítulo cheio de Mapp para vocês e espero que se divirtam.
Boa leitura!

Capítulo 30 - Apartment


As cicatrizes se espalhavam em espaços irregulares, algumas tão pequenas que eram difíceis de enxergar, outras longas e profundas denunciando feridas que demoraram para sarar. Pintinhas se uniam as marcas de dor, colorindo a pele branca, descendo pelo percurso das costas e adornando hematomas recentes. A nuca exibia um chupão grosseiro e pequenos arranhões se escondiam na extensão do peitoral rígido. O cabelo liso e escuro contrastava com as fronhas brancas, os fios bagunçados e livres caiam sobre a testa.

— Gosta do que vê?

A voz masculina rouca de sono fez Lydia estremecer na cama. Surpresa, os olhos verdes se arregalaram e recaíram sobre Mitch, se deparando com o rosto bem desperto e a íris castanha envolvida em humor ao flagrá-la o admirando durante o sono. A mulher lambeu os lábios grossos e respondeu concordando com a cabeça, sem confiar na capacidade de formular frases completas. Estava tonta diante a beleza natural que ele emanava. Lindo. Insuportavelmente sexy pela manhã.

A boca fina sorriu devagar, um movimento breve que logo foi substituído pela nova expressão que moldou os traços masculinos. Relaxado, Rapp virou de barriga para cima e ergueu uma mão em direção a Martin, tocando-a no rosto. Distraída, a mulher ofegou e fechou as mãos em torno dos lençóis abaixo do corpo, os olhos cravados na ereção que se exibiu sem pudor, marcando com indecência por baixo da cueca preta. Sentada na cama, se remexeu, desconfortável com as expectativas que reviraram os pensamentos em conjunto as lembranças da noite anterior. Era inacreditável estar ali, na casa de Mitch, vendo-o tão confortável com a sua presença.

Lydia usava uma camisa branca que o agente emprestou para que usasse como pijama. O tecido ficava largo, curto e transparente, deixando as pernas nuas e permitindo um vislumbre dos seios. Os olhos preguiçosos de Mitch percorreram todo o percurso do corpo feminino, demorando-se em cada pedaço de pele exposta até fazê-la sentir o coração disparar. Ela permaneceu parada, ansiosa e remoendo um vestígio de vergonha. Por fim, após deleitar-se com o que via, Rapp passou a inspecionar o rosto da ruiva. O olhar era tão doce que a Martin prendeu a respiração por um momento.

— Linda — elogiou encarando-a com firmeza, sem constrangimento, sem hesitação. Os lábios da mulher se abriram ao soltar um suspiro surpreso e rendido.

Sonolento, Mitch esfregou as pálpebras com as costas das mãos, se espreguiçou esticando os braços por um breve instante e se levantou da cama sem dizer mais nada. Lydia o observou em total silêncio, curiosa e hipnotizada ao observá-lo seminu, andando sem preocupação pelo quarto. Lembranças da conversa e do sexo oral se misturavam na mente, girando por sua cabeça repetidas vezes, sem cessar. Lambeu os lábios mais uma vez e conteve dentro da boca um comentário erótico ao analisá-lo com cuidado, devorando-o enquanto Rapp ia até o banheiro, onde escovou os dentes. Martin sorriu sozinha ao perceber que ele teve o mesmo instinto que ela, quando acordou alguns minutos antes que o homem despertasse.

Assim que Mitch saiu do banheiro, o cabelo bagunçado e o rosto ainda cheio de sono, Lydia se deu conta de que não ia suportar a tentação. Apertou as coxas uma contra a outra, de repente muito ciente de que a noite anterior não havia sido o suficiente. Rapp voltou a cama com um olhar presunçoso, mas não fez nenhum movimento para romper a distância entre eles. Apenas se deitou sem se cobrir, os músculos relaxados, a boca brincando de sorrir em uma confiança muda.

— Eu não quero trabalhar hoje — ela confessou prolongando as palavras, esquentando de vontades.

— Ah é? Então o que você quer fazer? — Mitch provocou com a voz preguiçosa, a expressão despretensiosa em contraste aos lábios acolhidos em uma camada de malícia.

Por algum motivo que não soube discernir, Lydia não pulou em cima dele como o corpo implorava para que fizesse. Em vez disso ficou parada, quieta, presa nos olhos castanhos que transbordavam de uma rara descontração. Mitch franziu o cenho, um traço breve de confusão lambendo o rosto pela falta de resposta, porém ergueu um braço e alcançou o rosto feminino com cuidado. Quase que imediatamente, a Martin fechou os olhos e relaxou a cabeça, descansando o peso sobre a palma calejada. Devagar, escorregou o corpo até deitar-se na cama. O polegar de Rapp fez círculos em seu maxilar, roçou de leve nas bochechas e se concentrou nos lábios fartos, deslizando por todo o contorno. A mulher entreabriu a boca e raspou os dentes contra ele. Ainda com as pálpebras fechadas, ela o ouviu arfar.

— Quero ficar aqui com você — Lydia respondeu tardiamente, a testa franzida carregando uma tonelada de emoções não ditas — e esquecer todos os problemas. Nesses últimos dias senti tanto a sua falta, fiquei tão preocupada... e estou tão cansada.

Lydia parou de falar e apesar das palavras não reveladas, Mitch entendeu. Encarando-a com uma intensidade arrebatadora, Rapp foi capaz de compreender e sentir no próprio corpo os sentimentos que de repente, a mulher despejou. Ele conhecia aquela sobrecarga, o esgotamento resultante do trabalho tão pesado. A Martin estava cansada de sentir medo, cansada das ameaças e de presenciar a morte tão de perto. Cansada dos ataques, de toda luta e tensão. Ela só precisava se desfazer em uma montanha de sensações tranquilas. Precisava de horas dedicadas a ela mesma.

O estresse nas feições de Lydia só se desmanchou com o contato brusco das bocas. Foi empurrada para o lado com uma força não planejada e mãos grandes se acomodaram em seu pescoço e nuca quando o corpo de Mitch se colocou sobre ela. Foi beijada com vigor, uma mistura de grosseira e doçura, a língua macia empurrando a dela, os dentes beliscando os lábios grossos, dedos calejados dançando em sua pele e cabelo, o peso do tronco esguio esmagando seus pulmões, pernas se encontrando, quadril contra quadril. A ruiva se agarrou aos ombros largos e cravou as unhas na carne sensível. Ele a despiu de uma só vez, arrancando a blusa e jogando-a no chão para senti-la nua grudada ao seu tronco.

Tons de branco, preto e cinza coloriam a vida de Mitch, mas no encontro de corpos, no segundo em que se enroscava com Lydia, uma chuva de tintas se derramava sobre suas pálpebras fechadas. Ele passava a enxergar a cor da esperança, da alegria e do desejo. Lydia era feita de tons de vermelho, amarelo, rosa e azul. O excesso de vida que habitava nela escorregava até ele, se multiplicando, o envolvendo, o invadindo. A intensidade da mulher era forte o suficiente para o livrar do torpor violento que todos os dias o destinava a uma morte constante.

A Martin firmou as mãos no peitoral reto e o empurrou. O homem reclamou sem interromper o beijo, um som grave soando do fundo da garganta em forma de resistência. Os dedos delicados não desistiram da missão, pressionando até por fim Mitch ceder o controle, permitindo que ela o jogasse de volta ao colchão. As bocas se separam por segundos torturantes, tempo o suficiente para Rapp absorver a expressão determinada e faminta da mulher. Ela se sentou sobre o quadril masculino, os joelhos afundando no colchão, o peso o ancorando-o no lugar, tornando-o refém das suas vontades. O beijou com grosseira.

Mitch segurou o traseiro feminino e a puxou, fazendo-a se esfregar contra sua ereção. Lydia gemeu em seus lábios, mas o surpreendeu ao agarrá-lo pelos pulsos e afastá-lo de seu corpo. Incomodado, Rapp fugiu do beijo, uma reclamação se formando na garganta, porém ficou mudo ao entender as intenções da Martin. Os olhos verdes brilhavam ao dominá-lo com as mãos pequenas, apertando os punhos masculinos com força, satisfeita ao render o homem, prendendo os braços compridos contra a cama. As sobrancelhas ruivas se ergueram em desafio e ele só pode sorrir, deliciado com o domínio súbito que ela exerceu em contraste a consciência do quanto seria fácil livrar-se da prisão erótica.

Para o prazer de Lydia, Mitch não exibiu nenhuma relutância. A boca fina se fixou em um sorriso safado e os olhos castanhos se divertiram em silêncio enquanto cedia o controle. A mulher lambeu os lábios devagar antes de beijá-lo nos lábios uma, duas, três vezes seguidas. Desceu a boca até o maxilar bem desenhado, roçando e deixando a barba curta a pinicar e o mordeu no pescoço. Rapp fechou os olhos e inspirou com força, lutando contra o desejo repentino de libertar-se do aperto das mãos delicadas para agarrar-se a ela. Arrepios correram de cima a baixo por sua coluna e precisou trincar os dentes para conter a vontade de gemer quando ela passou a chupar sua pele e a girar o quadril, se esfregando contra o seu púbis.

Mitch foi devorado. Com uma lentidão assustadora, Lydia o mordeu, puxou, sorveu, lambeu. Pescoço e nuca, peitoral e mamilos. Os lábios fortes descobriram cada canto do corpo exposto, provando, se deleitando, explorando. O tempo todo a mulher manteve as mãos firmes nos punhos masculinos, o apertando contra a cama enquanto escorregava o quadril pelas pernas de Rapp, fazendo-o sentir sua umidade, deslizando e inclinando-se o suficiente para a boca alcançar o abdômen firme. Só o libertou por breves instantes, tempo o suficiente para tirar a cueca que o cobria e logo voltou a prendê-lo na cama. O beijou no baixo ventre, a língua morna molhando a pele arrepiada, esbarrando, de propósito, o rosto na ereção pulsante. A Martin parou de repente, ergueu o rosto e o encarou nos olhos com uma seriedade atípica.

— Se você me tocar, eu vou parar — avisou com a voz rouca antes de soltar os braços masculinos. Ela tinha o apertado com tanta força que marcas vermelhas já se pronunciavam nos punhos recém libertos.

— Porra, Lydia, não faz isso comigo — o homem reclamou baixinho, mas não resistiu ao comando. Os olhos desesperados de desejo e ansiedade. Lydia respondeu com um breve sorriso que se desfez quando o segurou pela base da ereção.

Mitch agarrou com força os lençóis abaixo do corpo e virou a cabeça, sem conseguir conter um xingamento que soou abafado contra o travesseiro. Espremeu os lábios um no outro e estremeceu ao ser abocanhando pela boca quente e firme. O homem trincou os dentes e inclinou o pescoço para enxergá-la com os lábios o envolvendo enquanto o empurrava contra a língua. Rapp suspirou quando a Martin jogou o cabelo para o lado, impedindo que os fios ruivos a atrapalhasse e permitindo que ele a enxergasse por completo.

Era impossível desviar o olhar. O corpo masculino tremia de prazer, a respiração acelerada e desregulada ressoando alto enquanto murmurava sons arrastados de satisfação intercalados a incentivos imorais para que ela continuasse. Lydia deliciava-se com o que fazia, soltando barulhos eróticos enquanto chupava, lambia, beijava e insistia em movimentos repetitivos de vai e vem. Mitch sentia-se enlouquecido com a impossibilidade de tocá-la, porém reprimiu seus impulsos para desfrutar do domínio delicioso que ela exercia sobre o seu corpo. Deixando-a assumir o total controle, a observou soltar um gemido sufocado, com os olhos fechados, expressão concentrada e boca ocupada.

— Vem cá, Lydia... — sem suportar mais a sucção gostosa, prestes a se deixar dominar pelo prazer, Mitch chamou baixo e soltou o lençol para puxar o cabelo ruivo pela nuca, as mãos firmes, porém cuidadosas ao tocá-la no couro cabelo e afastá-la de si — vem sentar no meu pau — pediu sem vergonha, o olhar transbordando de desejos reprimidos.

Lydia ergueu a cabeça devagar e engoliu em seco, atingida pelas palavras e desnorteada com o sabor de Mitch tomando cada canto de sua boca. Concordou com a cabeça e demorou alguns segundos para reencontrar a própria voz, os olhos fixos em Rapp, observando o rosto excitado e o corpo rendido. As mãos grandes em seu cabelo provocavam arrepios em todo lugar.

— Camisinha, — ela pronunciou com a voz embolada e apontou para o banheiro — na minha bolsa.

Mitch não respondeu, apenas se desvencilhou com delicadeza do corpo feminino e se levantou em um único impulso. Por alguns momentos, Lydia ficou sozinha na cama, arfando, trêmula, sentindo-se molhada e incomodada, ansiosa por algum estímulo. Apoiou as costas na cabeceira, sentando-se com as pernas abertas, a mente girando em torno de desejos, a língua formigando com o gosto de Rapp. Não teve pudor ao arrastar as mãos pelo próprio corpo, uma agarrou os seios com vontade e a outra dedilhou pela barriga, descendo devagar até o lugar que mais pedia por atenção.

 O homem gemeu da porta do banheiro ao deparar-se com a cena imoral, os olhos vidrados ao vê-la se massagear nos seios e vulva, tocando-se com lentidão e demonstrando uma experiência nítida. Ela retribuiu o olhar, o rosto corado e melado de suor, os lábios inchados, o cabelo bagunçado grudando na testa e ombros. Não havia nenhum resquício de vergonha no rosto de Lydia, ela estava deliciosamente confortável com a situação, os músculos relaxados sobre a cama, os olhos foguentos e a expressão em um limbo entre diversão e malícia. Com um sorriso indecente, a Martin flexionou os joelhos, os pés apoiados no colchão e abriu mais as pernas. Mordeu a boca e fechou os olhos ao enfiar dois dedos em seu interior, reprimindo um gemido quando fez um movimento conhecido dentro do corpo, alcançando um ponto capaz de fazer suas pernas bambearem de prazer.

Rapp soltou um xingamento e andou com passos longos até o colchão, subindo de joelhos e largando a camisinha, mas, ao invés de se aproximar de Lydia, se sentou na beirada da cama. Por um momento, a surpresa e a confusão que banharam o rosto feminino fizeram com que a mulher hesitasse, as mãos parando de se mover sobre o corpo. Mitch a encarava com a feição selvagem, a íris castanha a devorando com lascívia.

— Continua se tocando, quero assistir — a voz masculina soou com uma firmeza inesperada e a ruiva nem pensou na possibilidade de desobedecer.

Apesar das bochechas que foram invadidas por uma onda mais forte de rubor, as mãos de Lydia voltaram a se ocupar no ofício prazeroso. Apertou o seio direito, dedicando-se ao mamilo sensível enquanto a outra mão se concentrava no centro das pernas, se estimulando com movimentos circulares. Extasiada por estar mais uma vez se masturbando na frente de Mitch, a mulher deixou-se guiar pela imoralidade dos pensamentos e desfrutou da sensação erótica de ser observada daquela forma, se alimentando do desejo que emanava dele.

Com os olhos vidrados na cena a sua frente, Mitch envolveu a própria ereção e fez um movimento conhecido para cima e para baixo, devagar, se torturando. A visão era deliciosa, irresistível. Pulsava de desejo ao ver como ela se divertia e o quanto estava molhada, devorava-a com olhar e decorava mentalmente o som dos gemidos que a Martin soltava. Era enlouquecedor a bagunça de emoções que Lydia provocava nele. A excitação o corroía de dentro para fora, mas havia algo mais profundo ardendo em seu peito que tornava tudo ainda mais prazeroso.

O resquício de domínio que a mulher tentava manter sobre si quebrou em mil pedaços. Os dedos se tornaram mais ávidos nos seios e no centro das pernas, entreabrindo a boca ao liberar um novo gemido. Cravou os olhos claros no corpo de Mitch, engolindo a excitação do rosto, o peitoral despido com gotículas de suor, os braços definidos com músculos magros e bem distribuídos, a mão grande envolvendo aquela parte tão tentadora do corpo.... tudo aquilo era demais. Vê-lo se masturbar açoitava seu ventre com um contorcer doloroso, fazendo-a se sentir cada vez mais molhada, desesperada para ser tocada e invadida por ele, ao mesmo tempo em que a tortura da espera revirava sua mente de satisfação pela luxuria que os envolvia.

— Não seja tão ansiosa, Lydia, se toca devagar para a gente aproveitar.  

Lydia apertou as pernas, esmagando a mão entre as coxas, sufocada com o pulsar repentino no centro do corpo que fez seu ventre se retorcer. Escancarou os lábios sem acreditar que Mitch estava mandando na forma como ela deveria se masturbar e, apesar de sentir-se tão perto do ápice, não pode resistir à vontade esmagadora de agradá-lo, acatando ao pedido rouco. Reprimiu o mover dos dedos, obrigando-se a ir com maior lentidão, delirando ao observar a loucura presente nos olhos castanhos. Arfando, voltou a separar as pernas para se mostrar, deliciada por desfrutar do delicioso fetiche que Rapp tinha em controlar na cama em contradição a satisfação recente de tê-lo dominado até machucar os punhos masculinos e sem receber nenhum tipo de resistência. Ela amava aquela possibilidade de troca, de deixá-lo mandar tendo a certeza de que poderia assumir o controle quando quisesse.

Em pouco tempo, a respiração de Rapp tornou-se muito acelerada, o peito subindo e descendo com força, dolorido de excitação enquanto observava a cena erótica e os ouvidos se afogavam nos sons desavergonhados que a mulher fazia. Seus braços e mãos tremiam com o desejo avassalador, as costas suadas e a boca salivando pelo jeito que ela dizia seu nome e se estimulava. Não existia nada mais imoral e satisfatório do que vê-la tão rendida e entretida. Sentia-se quente como o inferno, prestes a entrar em combustão e ainda assim lutava bravamente para manter a masturbação lenta enquanto tentava aliviar parte do peso da tensão sexual que Lydia descarregava em seu corpo. O jeito como ela olhava para a sua ereção, como se estivesse prestes a montar em seu quadril, só tornava tudo mais difícil. Seu autocontrole se sustentou por mais alguns minutos e então... ele não suportou mais.

Mitch interrompeu o toque gostoso no próprio corpo e engatinhou até Lydia, sentando-se ao seu lado e apoiando as costas na cabeceira. Não deu tempo para que ela raciocinasse, levando as mãos até o corpo feminino e erguendo o seu peso sem nenhuma dificuldade. Fez com que ela se sentasse sobre suas pernas e engoliu o arfar da Martin ao iniciar um beijo bruto. Dominou o mover das línguas e grunhiu ao puxá-la com força pelo traseiro, a arrastando para mais perto até que a ereção grudou na barriga feminina. A mulher se remexeu e gemeu baixo durante o beijo, mordendo-o e passando a se esfregar contra ele. As mãos delicadas se arrastaram pelas costas tensionadas e apertaram os braços fortes antes segurá-lo onde pulsava de desejo. Rapp gemeu e ela foi obrigada a se desvencilhar do beijo por poucos instantes, virando a cabeça até encontrar a camisinha esquecida no colchão.

Foi Lydia que tomou a iniciativa de pegar o preservativo e abrir a embalagem para logo depois desenrolar pelo comprimento de Rapp com uma lentidão exagerada, feliz ao ouvi-lo grunhir pela expectativa. O envolveu com firmeza em torno da palma da mão e o encarou por um segundo, lambendo os lábios em uma exibição muda de satisfação com o que via. Sentindo-o latejar, ergueu o quadril o suficiente para posicioná-lo bem no meio de suas pernas. Fechou os olhos, inclinou a cabeça para trás e se sentou aos poucos, sentindo-o abrir caminho para dentro do seu corpo. Arfou com a sensação de ser ocupada por ele, os dedos calejados apertavam seu traseiro com força. Antes que pudesse se mover, os lábios finos a beijaram no pescoço e dentes firmes a morderem.

Lydia envolveu os ombros de Mitch, buscando apoio ao girar o quadril para os lados, rebolando devagar, gostoso. Manteve a cabeça inclinada para trás, deixando espaço para que o homem consumisse toda a pele de seu pescoço e aos poucos, o dominou. Afundando os joelhos no colchão, a mulher assumiu um ritmo regular no rebolado para depois subir e descer o quadril, provocando atrito entre os corpos. Aliviada, gemeu e repetiu a ação com mais força, estremecendo com o som gerado pelo atrito de suas peles. Rapp aprovou a ação subindo uma mão até o cabelo ruivo e soltando um murmúrio de prazer enquanto a boca deslizava em direção aos seios firmes.

Eles se agarraram e se derramaram um no outro. Acima da excitação e do prazer, Mitch foi engolido por emoções novas que corroeram seu estomago e se embolaram nos pulmões, dificultando a respiração. O som dos corpos se encontrando dominava o quarto, unindo-se aos gemidos que escapavam de ambos os agentes no intervalo entre os beijos molhados e necessitados. Lydia era incansável, firme e ritmada, rebolando, subindo e descendo o quadril, tremendo pela satisfação carnal. Dentro de si, o coração batia com força o suficiente para ameaçar a quebrar as costelas enquanto se entregava a vontade de se fundir ao homem que a acolhia em um misto de um desespero erótico com algo além que não pode discernir.

Contra todo o cansaço, Lydia foi mais rápido, arrepiada com a sensação dos seios esbarrando no peitoral colado ao seu tronco. Mitch a incentivou sussurrando o seu nome com imoralidade enquanto as mãos se espalmavam pela nudez exposta, tocando-a em todo lugar que tinha acesso. Ele desejava, mais do que tudo, ser capaz de decorar com a ponta dos dedos cada centímetro daquela pele. Rapp gozou cravando as mãos no quadril feminino, as pálpebras cobrindo os olhos, as pernas e braços estremecendo com o súbito alívio. Ao abrir os olhos, ainda atordoado, viu que a Martin estava no limite, prestes a alcançar o próprio clímax. O homem sentiu a boca salivar com o desejo que rompeu seus pensamentos e o fez parar os movimentos da mulher com um puxão restritivo. Ela o encarou inconformada, os olhos preenchidos por algo semelhante a raiva, mas ele a calou com a explicação necessitada:

— Quero que você goze na minha boca.

Ela arfou e concordou de imediato, se desconectando do corpo masculino com tanta ansiedade que Mitch teve que reprimir um riso, satisfeito de vê-la tão desejosa. Rapp arrancou a camisinha usada, deu um nó e jogou em algum lugar antes de deitar-se entre as pernas abertas de Lydia, que já estava estirada no colchão, consumida pela excitação avassaladora. Ela agarrou o cabelo castanho com força, empurrando-o para mais perto quando os lábios finos a tocaram e despejaram o hálito quente. Flexionou as pernas e a coluna arqueou, saindo por instantes do colchão ao sentir a língua macia e habilidosa deslizando como que em um beijo, o nariz roçando bem de leve, a barba rala provocando um incomodo irresistível. 

Devido ao excesso de estímulos e ao longo tempo resistindo ao clamor das terminações nervosas, Lydia não suportou por muito tempo. Mitch a sugou, lambeu e beijou com um animo não comedido, soltando suspiros de satisfação enquanto se empenhava e se embebedava do sabor e da consistência, sempre atento ao que ela reagia melhor. A mulher se desfez aos poucos, deixando o tornado crescer em seu ventre explodir pelo corpo, estilhaçando sua sanidade enquanto todo o ar dentro dos pulmões fugia pela boca e nariz, deixando-a vazia e molenga, lutando para respirar.

Rapp não se afastou de imediato, demorou-se no corpo feminino, agarrando-a nas coxas, incapaz de se distanciar enquanto sorvia a lubrificação que a mulher expeliu. Lydia ficou deitada, os braços cansados caídos ao lado do corpo e os olhos vidrados em Mitch, observando a inclinação das costas largas enquanto ele se divertia entre as suas pernas e a acorrentava com novas ondas de desejo. Quando por fim ergueu o rosto, Rapp sorria e a mulher se deu conta que durante o sexo era quando o moreno parecia mais ser capaz de sorrir. Os lábios finos agora avermelhados e inchados denunciavam pura satisfação.

O homem sustentou o próprio peso e se colocou por cima de Lydia, arrastando os joelhos para frente até deixar o rosto bem de frente ao dela, exibindo a feição alegre e sensual. Desnorteada por sensações e sentimentos, a mulher só o encarou e esperou pelo que ele ia fazer, repleta de expectativas. Para a sua surpresa, Mitch a beijou em uma bochecha e logo em seguida na outra. Os lábios finos a pressionaram na testa, maxilar e por último, selaram contra a sua boca em um beijo curto extremamente doce, gentil. Depois, deitou-se ao lado dela com intensa despreocupação, alheio a surpresa impregnada na Martin. Confortável, o agente iniciou um assunto enquanto os dois ainda tentavam regularizar a respiração:

— O que você pretende dizer para Irene para justificar a falta no trabalho?

— Estou pensando em ser sincera e explicar que eu estava sem vontade de trabalhar e que preferi ficar transando o dia inteiro — Lydia respondeu em tom baixo e divertido, um sorriso expandindo-se pelo rosto ao ouvir o homem rir.

— É um ótimo motivo, ela vai ter que entender. — Ele murmurou ainda risonho, sem nenhuma consciência do quanto ficava lindo com aquele raro bom humor. Inclinou-se para pegar o celular na cômoda ao lado da cama e espremeu os lábios ao ver a hora — O que acha de eu encomendar uma comida para a gente?

Lydia o encarou já animada com a possibilidade. Depois dos dias infernais que enfrentou, parecia um sonho a ideia de faltar o trabalho, passar o dia inteiro na casa de Mitch e ainda comer alguma besteira. Pensou por apenas alguns instantes antes de expor a sua vontade:

— Eu quero pizza e cerveja.

— Na primeira refeição do dia? — Apesar das palavras, os olhos castanhos brilharam em aprovação e ele logo abriu no celular um aplicativo de pedidos de comida para buscar o almoço que ela desejava.

— Sexo matinal me deixa faminta, — ela se justificou descontraída e encarou a televisão na parede do quarto de Mitch, logo em frente a cama — posso escolher uma série para a gente assistir depois do banho? Ou você prefere filme?

Mitch ergueu os olhos distraídos até Lydia e franziu o cenho, se perguntando qual foi a última vez que parou para se entreter com algo na televisão. Esse era apenas mais um dos prazeres simples da vida que ele tinha abandonado em consequência ao luto devastador pela morte de Katrina, do filho ainda no ventre e da experiência traumática. Há anos, a televisão servia apenas como uma tentativa de calar seus pensamentos ao aumentar o volume e encarar a tela quase sem prestar atenção nas imagens. Porém, ao observar a expressão leve e empolgada da ruiva, Rapp sentiu-se disposto a fazer qualquer coisa capaz de mantê-la com aquele mínimo sorriso nos lábios grossos.

— Pode escolher o que você quiser — respondeu com franqueza, balançando os ombros. Pouco se importava com o que ela colocasse, só queria estar ao lado dela.

A vitória muda que abraçou as feições de Lydia foi o suficiente para acelerar o coração de Mitch. Tranquila com a própria nudez, a mulher se sentou na cama e pegou o controle na mesa da cômoda. Um sorriso de tirar o fôlego dominou a boca só pela breve satisfação de ligar a televisão e repassar na mente as possibilidades do que assistir. Rapp soltou um suspiro admirado e um traço de insegurança se apossou do peito ao reconhecer, de repente, as reações corporais causadas pela presença da mulher. O bolo na garganta, o disparar do coração, a respiração difícil, as mãos suadas e a vontade admirá-la por horas seguidas... não era a primeira vez que sentia isso, mas com Lydia, depois de tudo o que passou, o sentimento parecia muito diferente e assustador.

Lambeu os lábios repentinamente secos e concentrou-se na tela do celular, encarando o cardápio de uma pizzaria enquanto tentava calar a preocupação que se agitou no estômago. Estava decidido a não estragar a atmosfera de paz por culpa de suas inseguranças. Não queria magoá-la afastando-se mais uma vez sem nenhum motivo aparente, cansado de fugir de qualquer sentimento bom que ameaçava a tomar forma no peito. Estava disposto a suportar os demônios internos até sufocá-los e encontrar um caminho de libertação para fora de seu tormento pessoal.

Tomado pelo nervosismo súbito, estremeceu de surpresa quando uma mão feminina tomou a sua. Virou a cabeça para a ruiva, encarando-a com atenção e se chocando ao ver a compreensão nos olhos verdes. Apesar de não ter dito nenhuma palavra, era como se de alguma forma ela fosse capaz de enxergar a luta interna que começou a ser travada em sua mente. Devagar, ela abriu um sorriso encorajador com os lábios espremidos e Mitch teve a confirmação de que a vida que emanava de Lydia era muito mais forte do que os demônios que o consumiam há anos. Ela era uma fonte de sentimentos bons e de calmaria eterna. Soube, naquele momento, que a decisão de a ter em sua casa por algumas semanas seria o suficiente para revirar todo o seu interior e por algum motivo, estava ansioso para isso.    


Notas Finais


É impressão minha ou Mitch Rapp está aceitando os seus sentimentos?! E estão aproveitando esses capítulos de muito Mapp e calmaria? Espero que sim, porque essa felicidade não vai durar para sempre...
Particularmente eu acho o próximo capítulo bem diferente e por isso estou bem ansiosa para postar para vocês. Agora nessa fase da fic vou trazer algumas respostas e novas perguntas.
Como sempre, quero agradecer o apoio de cada um que separa um tempo para ler, comentar, mandar mensagens e favoritar. Eu amo escrever e vocês tornam a escrita algo ainda melhor.


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