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História Drowning Lessons - Green Palace


Escrita por: littlezackary

Notas do Autor


Oi gente?
Bem no capitulo passado vcs perceberam que havia um garota no passado do Frank; que ele carregava a fotografia dela na carteira e tals...
Vou explicar isso mais a frente na estória.
Bem essa imagem é como eu imagino o Frank nessa trama, com todo esse perfil policial...
Boa leitura.

Capítulo 5 - Green Palace


Fanfic / Fanfiction Drowning Lessons - Green Palace

Eu havia acordado bem cedo naquela manhã de quarta-feira. Combinei com Jamia que a buscaria em seu apartamento, e depois iríamos escolher um apartamento no edifício Green Palace.

Havia passado quase um mês e meio desde o último assassinato. Embora a morte da cantora tenha chamado muita atenção da mídia, quase não se falava mais sobre o caso.

O que nos beneficiava.

Esse é o problema das pessoas comuns: esquecem tudo muito rápido.

Quando os três dias de luto passam, ninguém mais derrama lágrimas por um cadáver.

E não foi diferente comigo. Não foi diferente com ela.

Mas ela, havia sido um capítulo que passou. Um capítulo que eu guardava dentro de mim.

 

Estacionei e enviei uma mensagem para Jamia. Seu prédio era azul e branco. Não era tão luxuoso quanto o que iríamos viver; um dos motivos da empolgação dela ao bater a porta do carro.

-Pronto para exercer seu papel de Thomas? – Jamia falou, passando um batom vermelho, sem sequer olhar para um espelho.

Mulheres são bem estranhas.

-Nasci pronto. –Dei partida no carro.

 

Estacionei o carro na esquina, e dei a Jamia a aliança dourada que Watson havia me dado. Antes de sair, eu havia avaliado a jóia, e lá tinha escrito "Thomas" e na outra "Jamia". Eu juro que eu sorri. Dei uma gargalhada tão tremenda, que pude sobressair o barulho do pêndulo do meu velho relógio, em meio ao silêncio da minha sala. Era realmente irônico.

Primeiro que era pela razão de que eu nunca me imaginei "casado”, segundamente pela razão de que era com Jamia.

Havíamos contatado com a proprietária do edifício uma semana antes, e ela prontamente aceitou nos receber para verificarmos os apartamentos.

Ao chegarmos à frente, não pude deixar de olhar para a última janela do terceiro andar, em busca daquele ser curioso e assustador.

Mas como em algumas vezes passadas, não havia nada. Apenas as únicas janelas negras.

Era curioso, como o apartamento de Gerard era o único com cortinas pretas, enquanto as outras se misturavam dentre o bege e o branco.

As cortinas dele combinavam mais com aquele prédio.

Jamia estava completamente diferente. Usava um vestido preto, com uma bolsa Chanel e sapatos de salto. Clareou os cabelos, estavam achocolatados. Estava... Aceitável para aquele mundo.

Eu havia feito algumas tatuagens, não só pelo personagem, mas por eu querer dar uma reviravolta no que eu era.

Mas claro que não eram visíveis, afinal, quando estamos fardados em condecorações, ou até mesmo em campo, as tatuagens não podem ficar expostas.

Thomas teria um cordão, pelo qual ele sempre usava. Era uma espécie de medalhão, onde dentro havia uma foto sua e de sua esposa. Mas claro, que este medalhão era uma escuta.

Tanto vigiávamos, quanto estávamos sendo vigiados por nossa base formada no outro lado da rua, afinal, estávamos lidando com um possível assassino, ou a assassina.

 

Havia uma senhorinha, na entrada do Green Palace. Estava num vestido de manga longa verde, de corte reto. Seus olhos eram igualmente verdes, mas diferente dos meus, não eram amendoados. Eles eram vivos, e notáveis a longa distância. Ela parecia uma boneca de luxo. Unhas em estileto, pintadas de vermelho, cabelos loiros platinados, quase que brancos e um semblante acolhedor.

-Vocês devem ser os Iero! – Ela falou, abrindo os braços, e cumprimentou Jamia com um aperto de mãos e um beijo no rosto.

-Estamos ansiosos para conhecer os apartamentos... –Falei me sentindo sem jeito.

Eu sou horrível com formalidades que exigem contatos. Eu sempre ficava constrangido, pois eu não sentia vontade de cumprimentar as pessoas de volta.

-Meu nome é Angelina Green. Venham, tenho muito que lhes mostrar!

Ela parecia bem animada, levantava as mãos para o alto, e sorria toda hora em nossa direção.

Mas claro que eu não era tolo. Ela estava se esforçando o máximo para parecer gentil, mas isso apenas surtiu efeito em Jamia.

Ao entrarmos por completo no térreo do edifício, não pude deixar de notar o ambiente com requintes luxuosos. Eu havia entrado lá no dia do crime, mas não tive tempo de observar a decoração e a arquitetura daquele lugar.

Ele era mais bonito por dentro.

Tudo parecia esculpido com muito esmero. As colunas que sustentavam o edifício, o corrimão das escadas... As janelas... Tudo era muito bonito.

As janelas do térreo tinham cortinas brancas, e o carpete e os tapetes eram em diferentes tons de vermelho, mas igualmente escuros.

-Aqui é o térreo. Aquele ali – A senhora Green apontou para um homem moreno, que aparentava quase quarenta anos, que estava atrás de um balcão de mármore folheando uma revista - É Raj, nosso porteiro.

Pelo nome, ele era de origem indiana.

Na diagonal do porteiro, e embaixo das duas escadas, havia uma grande porta de madeira rústica.

-Para onde leva aquela porta? –Perguntei realmente curioso.

-Ao jardim. Este prédio foi construído ao redor de um jardim... Ali é onde nos reunimos todas as noites. Sempre jantamos juntos, mas não é obrigatório vocês virem jantar também, afinal, os apartamentos contam com cozinhas... – Ela apontou para um salão médio, com uma mesa parecida com a da minha sala. A diferença era em sua dimensão, que era quatro vezes maior que a minha.

-Nós adoraríamos jantar com os outros moradores! –Jamia falou.

-Bem, vamos subir então.

Subimos o lance de escadas como ventríloquos. Era interessante, como tudo que é muito luxuoso, sempre me pareceu longínquo. E era interessante também, a forma como as pessoas desse mundo se comportavam. Sempre tão perfeitas; tão bonitas; aparência tão limpa...

Claro que eu não era pobre. Minha profissão me dava uma vida de classe média, mas por eu ter sido criado por família pobre, meus hábitos eram simples.

Pessoas ricas demais sempre me pareceram asquerosas.

Passamos pelo segundo andar, e logo subimos ao terceiro. Ele era igualmente de vermelhos diferentes. Até o papel de parede era luxuoso. Um carmim, com desenhos de moldes de quadros vitorianos. Várias mesinhas brancas encostadas ao longo do corredor, com espelhos em cima e um jarro de lírios, tulipas e orquídeas.

-Bem, este é o mais indicado para vocês.

Ela nos apresentou o apartamento de número 16.

Ele já era todo mobiliado. Um papel de parede vermelho, móveis brancos. Uma grande janela com cortinas beges, um tapete felpudo abaixo da mesa de centro, e um grande lustre no meio do teto da sala.

-Nossa...! – Falei, não contento minha admiração.

-Gostaram? – A Senhora Green falou com orgulho, juntando as mãos e as colocando no canto do ombro

-Claro, se apenas a sala é assim... Imagine os outros cômodos... – Jamia falou, olhando todo o perímetro do ambiente.

-Quanto está? – Perguntei, mantendo o disfarce.

-500 mil dólares.

-Oi? – Jamia se virou, saindo de seu estado catatônico.

-Posso fazer por 450... Mas 500 mil é o preço que o avaliador deu...

-Preciso falar com minha esposa um instante... – Falei, achando aquela frase extremamente esquisita.

Angelina nos deu espaço, ficando do lado de fora do apartamento.

-Quem vai ser nosso fiador Frank?! Isso aqui são 500 Mil dólares... Watson não tem nenhum patrimônio avaliado nesse preço... Ninguém que nós conhecemos tem...

-Me deixe pensar Jamia. Já sei... Quem vai bancar isso aqui é o Estado... Talvez o prefeito do condado nos ajude... – Tirei o celular e busquei o número de Watson.

Ele logo atendeu e eu expliquei toda a situação. Ele ficou de retornar e três minutos depois, ele ligou falando que o chefe de segurança asseguraria um apartamento de mesmo preço para ser o seguro para o Green Palace, caso não pagássemos as parcelas do condomínio.

Sim, além dos 500 mil dólares, ainda tinha a taxa do condomínio, que era mil dólares.

-Senhora Green... Vamos comprar o apartamento. – Falei.

-Uh! Fizeram um ótimo negócio, vamos abrir um vinho para comemorar!

Vinho. Aquelas palavras me deixaram em alerta.

Vinho.

Vamos abrir um vinho...

-Tenho muitos vinhos aqui, quais vocês querem?

Jamia me olhou, com aquele olhar sugestivo. Ela também começou suas suspeitas.

-Por hoje nós evitamos bebidas. Que tal quando nos mudarmos na próxima semana?

-Será formidável senhor Iero! Além do mais, todo morador novo é recebido com uma boa festa no jardim!

-Que agradável! – Jamia exclamou em bom tom.

-Certo, mais tarde mando um funcionário meu enviar a documentação para vocês. Mas existe um porém, se não for um incômodo...

Franzi o cenho tentando imaginar o que era.

-Qual é o entretanto? – Jamia perguntou.

-Vocês devem preencher um formulário com seus dados, data de casamento, cidade de origem... Esse tipo de coisa... Por segurança... Depois do que aconteceu com a pobre Piper, estou mais vigilante... – Ela falou com certo tom de tragédia.

Como ela conseguia parecer tanto com uma boneca da terceira idade de porcelana?!

-Tudo bem, no envie o formulário junto ao contrato de compra, que preencheremos com prazer!

Ao sairmos, achei interessante o fato de tudo ser muito silencioso. O edifício parecia inabitado, e o que mais me atraía em meio todo aquele luxo não eram os móveis, nem os lustres de cristal. Era o tal jardim circunscrito no meio do Green Palace.

Pesquisando alguns dias antes, soube que a senhora Green era muito conhecida por suas festas em seu tão querido edifício, e que a maior parte de sua fortuna está concentrada na venda e nos alugueis das propriedades da família Green.

Mas havia algo nela, que ainda não sabíamos.

-Vocês são os poucos pelo qual se interessam em visitar os apartamentos do terceiro andar... – Ela falou, descendo as escadas de forma graciosa. – Nos anos 30, circularam rumores de que ele era mal assombrado, e vocês sabem que murmurinhos passados de boca em boca sempre sofrem alterações. Mas moro aqui desde pequena, e nunca vi nada. O senhor Way é o primeiro morador do terceiro andar.

Percebi que Angelina gostava muito de falar; principalmente falar o que pensa.

-Way? – Me fiz de desentendido...

-Oh, não o conhece? A família dele era dona de um circo magnífico! Mas depois de um incêndio misterioso, onde morreram os pais e a avó dele, ele decidiu depois que ganhou os direitos por herança, fechar o circo.

Era uma história realmente curiosa. Aquele homem que transparecia ser tão assombroso tinha uma história quase tão dramática quanto a minha.

-E o que ele faz hoje? – Jamia perguntou passando a bolsa no ombro.

- Ele é poeta e pintor. Seus quadros são tão magníficos quanto os espetáculos do circo de sua família!

-Ele parece ter um espírito bem artístico, não é? –

 Indaguei por alto, algo que eu já tinha certeza.

-Ele não pintou nenhum quadro para a senhora? – Perguntei, observando algumas pinturas de paisagens no térreo.

-... As pinturas do senhor Way são extremamente... Tristes... Frias e perturbadoras... – Ela pareceu hesitar ao responder, mas quando sua voz saiu, estava envolta de um tom preocupado.

Jamia me olhou, sugestiva novamente.

-Que pena... Então... Temos que ir... – Falei sentindo um clima de vácuo se proliferar por todo o ambiente.

-Oh, que dó de que vocês teem de ir agora, os adorei tanto!

-Na próxima semana nos vemos... Até mais senhora Green!

-Até queridos!


Notas Finais


Sei, está pequeno mas espero compensar no próximo.
Esse é meu tt : @poolofblond qualquer dúvida, okay?


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