História Drunk - Stuart e Fajitas

ED P.O.V

- Stu! – disse assustado enquanto me separava dela e ela colocava a mão na boca.

- Perdi alguma coisa? – Stu nos olhava com os braços cruzados.

- Bem é... que. Posso explicar. – Tentei argumentar.

- Ed, esquece. Não precisa explicar nada. Esta tudo bem.

- Aff vocês dois, vou dormir que ganho mais.  – April deixou a sala.

- Sério Stu? Não esta bravo?

- Não, aliás eu sei que não tem nada a ver com o que eu acabei de ver e nem com a nossa conversa mas, quer ir comer Fajitas?

-Que?- comecei a rir. – Claro. Só nós dois?

- Sim, digamos que é um “jantar romântico” para você se sentir melhor. – Stu fez aspas e ria.

- Mas credo, tente nascer de novo que aí poderemos cogitar o fato de ser um jantar romântico.

- Nossa, seu abusado. Não sabe tratar uma dama, merece ficar sozinho. – Imitou uma moça dando pite e gargalhou indo para o carro.

- Seu idiota. – Eu ria demais do bom humor dele. – Me espera. – fui atrás.

                                                       *************

Estávamos em um restaurante diferente, que agregava em seu cardápio comidas de diferentes regiões e diferentes gostos, o lugar era decorado com chapéus pendurados em suas paredes. Stu pegou um, e não evitamos de tirar uma foto, ele na frente com uma cara de “por que viemos para cá” e eu dando joinha.  Fazia um tempo que não saímos. E ele era também o pai dos conselhos, eu realmente amo esse cara. Estávamos comendo fajitas, e bebendo cerveja, colocando todo o assunto em dia, até que ele faz a pergunta.

- Então – Deu um gole da cerveja. – O que anda rolando com a minha irmã?

- Stu, não esta acontecendo nada.

- Sei. E eu sou o tio patinhas e tenho um cofre gigante cheio de dinheiro em casa. Coé Ed, o que foi aquele beijo que eu vi?

- Um impulso meu, eu não devia ter beijado ela.

- Impulso? Ed, eu me lembro do impulso entre vocês no passado.

- Como assim?

- Não se faz de desentendido que eu sei que você lembra, ela provavelmente já soltou.

- Do encontro?

- Isso, viu como lembra. Minha irmã mudou muito desde aquele dia.

- Eu na verdade não lembro, eu sei que ela me odeia.

- Não é pra tanto também, digamos que você esqueceu algo que a envolve, e ela é muito severa quando se trata de ter sido deixada para trás.

- Eu... não.

- Escuta Ed, te tenho como um irmão, por que como filho não dá, sou muito novo e lindo para isso. – Ele riu e eu também. – April era e é determinada, romântica e sensível.

- Estamos falando da mesma April? Por que aquela que esta lá em casa, me odeia, é ousada, bebe mais do que eu, e ainda revoltada.

- Isso é o resultado de um esquecimento.

- Esta dizendo que ela ser assim é minha culpa?

- Exatamente. Bom na verdade você só contribuiu em metade, a outra foi à relação com nossos pais. Mas eu quero que você se lembre de quando vocês se conheceram.

Flashback On...

“Era primavera em Londres mas precisamente era abril e eu tinha acabado de fechar contrato com a Atlantic Records, e conheci Stu e de brinde a April, ela me olhou dos pés a cabeça quando entrei na sala do irmão dela, eu tenho quase certeza de que ela percebeu que eu a encarei, por que quando percebi ela já mantinha os olhos nos meus e seu rosto estava com a cor muito parecida com os dos meus cabelos. Lembro-me claramente que ela vinha espiar nossa reunião de tempo em tempo pela fresta da porta. Eu talvez estivesse interessado naquela morena com os olhos tão penetrantes.”

Flashback Off...

- Sim, eu lembro.

- Neste dia, depois que nossa reunião havia acabado, e você foi embora ela ficou me questionando completamente tudo sobre o ruivo que eu teria que cuidar.

- Eu não sabia.

- Claro que não, até por que se eu não contar, ela nunca iria contar.

- Mas, por que isso agora? Quer dizer, quatro anos depois.

- Porque, creio que vocês são parecidos e se merecem.

- Como é? Estou recebendo permissão? Benção?

- Não! Até por que provável que ela te mate antes que vocês tenham algo.

- Stu, não teremos nada. Ela me odeia.

- Eu não quero saber sobre isso, só que se caso acontecer de novo, tenha cuidado por que além de minha irmã ela também é mulher orgulhosa.

- Eu sei disso. O Pai dos conselhos ataca novamente.

- Calado. Come suas fajitas que esta ficando tarde, e eu quero voltar para minha companheira.

- Esta com a Sara ainda?

- Sim, por quê?

- Vivem brigando. Achei que o Stuzinho estaria na pista de novo.

- Cala a boca Ed, o dia que isso acontecer pode ter certeza que estarei aproveitando melhor minha noite de quarta feira.

- A para que eu tenho meu charme.

- Sim, a cabeça de fósforo. – Ele gargalhou sem pena, e levantou chamando o garçom.- Vamos te deixo em casa.

- Ainda bem, achei que teria de ir a pé.

- Ué e o taxi?

- Saí sem carteira.

- Ahhh então estava esperando que eu pagasse suas fajitas?

- Mas claro, eu fui C.O.N.V.I.D.A.D.O. – Falei pausadamente.

- Oras seu, vou roubar do seu próximo cache. – Ele riu novamente.

Stuart e eu viemos no carro fazendo piada um do outro, e lembrando as turnês passadas e de nossas confusões. Ele me deixou em casa e nem desceu do carro.

- Se cuida Ed. – Disse de dentro do carro.

- Pode deixar. – Fechei a porta e fui em direção a minha casa.

Quando cheguei à sala, April estava dormindo com um micro pijama na sala. Shorts curto e uma regata que acentuava mostrando as curvas perigosas do caminho para o inferno, por que seria isso que aconteceria se eu por um momento fosse visto por ela a admirando. Tentei ignorar, subi os três primeiros degraus e parei no meio da escada, mordi os lábios, eu não iria aguentar subir e deixar ela aqui em baixo ainda mais assim. Desci novamente e fui até ela no sofá, senti o cheiro no ar de morango, poderia ser o shampoo dela ou algo do tipo. Passei os cinco minutos olhando, para os lábios que horas atrás os tomei posse, e os cabelos que estavam pedindo para serem afagados. Parei de agir como um maníaco sexual e a acordei, esfregando o seu braço e chamando o seu nome.

APRIL P.O.V

- Hã, que? – Estava enxergando tudo turvo, só conseguia ver um borrão laranja que identifiquei sendo o Ed.

- Acorda April.

- Por que você não me deixa em paz?

- Porque não estou com sono e preciso de companhia.

- Para fazer o que?

- Assistir um filme deitado no único lugar da casa que tem aquecedor.

- Seu quarto?

- É, como você sabe? – Ed estava com segundas intenções, ou era coisa da minha cabeça? Mas eu queria passar um tempo e descobrir coisas que ele poderia estar escondendo, tipo a conversa que teve com o Stu.

- Desconfiei, por que também não vi aquecedor em nenhum lugar da casa.

- Mas então topa?

- Pode ser, já que fui acordada mesmo.

Subi acompanhando o Ed, e já assistíamos a o filme enrolados. Belo filme, combina demais com o caso dele. Enrolado e confuso, fora que ultimamente andava muito mais difícil de arrancar as coisas dele, já que assim como eu, ele se acostumou com a bebida.
Mas quando estava quase no final do filme eu me toquei que ele estava dormindo encostado no meu ombro, e por um momento tive uma sensação de que estava aonde deveria estar, e que não deveria jamais sair. Logo cai na realidade, precisava sair daquela cama e de perto dele, eu delicadamente tirei o lençol de mim e ia me esgueirando pela cama para não acordá-lo, quando consegui virar de lado para finalmente estar livre ele me abraçou por trás e percebi que Ed, havia me encaixado em seu colo, sim estávamos de “conchinha” e estava respirando junto ao meu pescoço. Eu tentava olhar para ele, e nas poucas tentativas que tive sucesso vi que estava dormindo, teria que ficar acordada até ele se mexer e mudar a posição.

ED P.O.V

Ela estava imóvel, minha vontade era de rir, mas não podia sair do meu papel de dorminhoco que não controla seus movimentos, eu sentia o seu cheiro tão perto que comecei a ter que me pensar em abacaxis para não levantar nenhuma suspeita levantar no sentido literal. Ela acabou dormindo percebi quando sozinha virou para mim e depositou a mão na minha cintura. Tão linda, que eu não queria dormir, apenas observá-la, mas o sono me venceu e eu me juntei aos seus sonhos.