História Duas Bellas e um Grande Segredo - Uma filha

POV Edward

Incrível como o tempo passa rápido. Já fazia um mês desde que Bella e eu transamos pela segunda vez.

Depois daquele dia, Bella passou a dormir em minha casa duas vezes por semana; cada vez que fazíamos amor, parecia mil vezes melhor que a anterior, era indescritível, perfeito, mas somente pelo fato de ser com BELLA, se fosse qualquer outra, não seria assim.

Bella parou de freqüentar o bar aos sábados e a usar roupas vulgares, mas, infelizmente, isso não a impedia de, vez por outra, fumar ou beber.

Eu não entendia, mas Bella parecia revezar o tempo que ficava comigo. Quando passávamos o dia juntos, às dezoito em ponto, ela ia embora e quando não nos víamos durante o dia, a noite ela vinha me ver e dormia comigo.

Nada sobre as regras havia mudado. Eu e todos os Cullen, com exceção de Alice e Rosalie, continuávamos proibidos de irmos a Forks ou a casa de Bella. Isso era meio que uma lei para ela, as coisas tinham que acontecer desse jeito, e nada no mundo a faria concordar de outra maneira.

Alice e Rosalie estavam mais estranhas e ligadas a Bella do que jamais vi. Todos os dias elas iam visitar Bella e todos os dias voltavam radiantes, como se tivessem acabado de voltar de algum shopping ou algo do tipo. Inicialmente, Emmett e Jasper não ficaram muito satisfeitos com essa situação, mas logo passaram a não se importar quando suas mulheres começaram a compensá-los na cama.

Bella passou a ser mais receptiva comigo, já aceitava, quando estava de bom humor, que eu a tratasse da mesma maneira que a tratava nos velhos tempos, a diferença é que agora, eu podia dar-lhe presentes sem que a mesma fizesse um escândalo, mas os presentes precisavam ser “ligeiramente realistas, no mínimo”, como dizia ela.

Esme e Carlisle estavam radiantes por ter Bella de volta, sempre que a mesma vinha nos visitar, o que estava acontecendo com considerável freqüência, elas faziam o possível e o impossível para agradá-la.

Emmett não tinha permissão pra fazer brincadeirinhas constrangedoras com Bella, mas normalmente isso não o impedia; eu podia ver o quão feliz ele estava por ter “sua inspiração para piadas”, como ele mesmo denominava, de volta.

Jasper ainda apresentava certa dificuldade em conviver com Bella, pois a mesma não havia cessado nem diminuído a sessão de auto-flagelo; Jasper esforçava-se bastante para conviver normalmente com Bella.

Outra coisa que incomodava bastante Jasper eram os sentimentos de Bella; freqüentemente eu via, através da mente do meu irmão, o nível de sofrimento que meu amor sentia. Nem mesmo em tempos de guerra, Jasper vira sofrimentos tão profundos, nem mesmo quando ele via a agonia de um humano por perder um ente querido de maneira trágica, nada se comparava a intensidade os sofrimentos de minha Bella. Jasper não compreende, e isso acaba por assustá-lo, ele não sabe dizer quantas feridas Bella possui, nem sabe dizer o quão profundas elas são; isso não era normal de Bella, ele sabia disso. Desde que a conheceu, ele nunca a virá com tamanha dor, ele tenta evitar pensar nesse tipo de coisa perto de mim, mas as vezes eu consigo ler seus pensamentos, ele denomina Bella como “Morta-viva” ou “Prisioneira perpétua de sua própria dor”.

Isso me preocupava bastante, principalmente por Jasper evitar me mostrar a real intensidade dos sentimentos dela. Eu tinha medo de não compreender exatamente o que se passava com ela.

Jasper sempre convertia os sentimentos ruins de Bella para boas emoções, mas sua preocupação era muito plausível, afinal, ele não estava com ela vinte e quatro horas por dia, o que o impedia de afastar tais sentimentos sempre que eles viessem a torturar Bella.

Apesar de não ter conseguido resolver esses problemas, eu já havia feito um grande avanço o que me proporcionava atualmente, felicidade.

Não havia palavra melhor para descrever meu estado de espírito; eu me sentia feliz, pleno... Completo.

Bella havia voltado a trabalhar, mas todos os dias eu a levava e buscava no trabalho; além de almoçarmos juntos todos os dias, sem exceções.

Sim, minha vida estava finalmente ganhando sentido novamente, eu finalmente tinha conseguido me desgrudar quase que cem por cento da agonia.

Só existia uma ultima coisa que também me magoava; todos os dias, a todo momento oportuno eu dizia a Bella que a amava, que ela era minha vida, mas a mesma não parecia acreditar em mim e pior... Ela nunca disse que retribuía tal amor. Alice me confortava dizendo que isso era apenas medo de se magoar novamente, que no fundo, Bella também me amava, mesmo desacreditado, eu me forçava a acreditar nas palavras de Alice, elas faziam minha dor diminuir.

Eu realmente odiava os dias que eu precisava ir caçar, ficar longe de Bella, mesmo que por um curto período como era, atualmente é bem mas difícil do que antigamente era. Eu tenho me esforçado ao máximo para tornar as viagens de caça as mais curtas possíveis,

Emmett já não ia caçar comigo por conta disso. Ele dizia que eu estava mais insuportável que o normal.

Hoje havia sido uma exceção; Emmett precisava caçar. Ele e Jasper haviam feito uma aposta para ver quem agüentava ficar mais tempo sem se alimentar, a brincadeira durou quinze dias e foi quebrada pro Alice que ao ver o deslize que Jasper cometeria, acabou com a brincadeira e arrastou Jasper para uma caça de urgência a alguns dias.

Eu já havia me programado de caçar e como Jasper acabara de voltar de uma caçada e Rosalie se recusou a acompanhá-lo, Emmett concordou em ir comigo.

Já era nosso segundo dia de caça, mais algumas horas e voltaríamos para casa. Eu estava a observar, entediado, Emmett se divertindo as custas do urso.

–Preciso conversar com Esme. – comentei. – Aparentemente, ela não lhe ensinou a nào brincar com a comida.

Emmett revirou os olhos e finalmente mordeu o urso.

–Você está muito chato, maninho. – reclamou Emmett assim que terminou sua refeição. – Deveria se divertir de vez em quando. Um pouco de diversão não faz mal a ninguém, sabia?

Revirei os olhos.

–Emmett eu não... – Não consegui terminar a frase pois fui interrompido pelo toque do meu celular. – Espere... – pedi enquanto pegava o aparelho. Era Carlisle.

–Carlisle? – atendi um pouco apreensivo, Carlisle nunca nos ligava durante uma caça.

–Carlisle? – repetiu Emmett igualmente surpreso e preocupado.

Fiz sinal para que esperasse para Emmett ao mesmo tempo que Carlisle respondeu.

–Filho, - a voz dele estava tensa, tensa como jamais havia visto. – Voltem para casa. Agora.

–O que houve? – perguntei ligeiramente nervoso. Algo estava errado, muito errado.

–Apenas venham. – pediu ele – Explico quando chegarem... – em seguida a ligação caiu. Guardei o celular e encarei Emmett.

–Vamos voltar. – foi tudo que disse, Emmett assentiu com a cabeça e começamos a correr de volta para nossa casa.

Meus pensamentos estavam longe, o que havia acontecido? Por que Carlisle estava tão nervoso? Por que eu tinha a sensação que algo estava para acontecer? Seriam os Volturi? Não, acho difícil... Mas então? O que era? O que?

As perguntas eram sem fim, o que me impedia de enlouquecer era a esperança de obter as respostas assim que adentrasse em casa.

Cerca de uma hora depois, finalmente, chegamos em casa, esta mais parecia um campo de guerra. A confusão estava armada ali.

Tentei, através dos pensamentos de meus familiares, entender o que acontecia ali, mas nada fazia sentido, todos tinham pensamentos desconexos.

Esme estava sentada no sofá, com a mão na boca, olhando fixamente para o nada e repetindo infinitas vezes em sua cabeça “Não acredito! Como? Como isso aconteceu? É... É um milagre!”

Rosalie e Carlisle discutiam fervorosamente:

–Nós tínhamos o direito de saber! – gritava Carlisle.

–O que podíamos fazer? Ela nos deixou de mãos atadas! Não podíamos contar! – rebatia Rosalie.

Alice e Jasper estava numa discussão similar:

–Edward tinha o direito de saber, Lice! – Jasper estava exaltado o que não era normal dele.

Opa. O que tem eu?

–Ela não queria que ele soubesse! – gritava Alice sem parar.

Ninguém parecia ter percebido minha presença ou a de Emmett.

–Ei! – Emmett chamou a atenção de todos com um grito. – Da para alguém nós explicar o que está acontecendo? – pediu ele.

A sala foi tomada pelo silêncio, todos os Cullen voltaram seu olhar para mim, pareciam temerosos, apreensivos, aspirados.

Ótimo. E agora, o que eu havia feito?

Instantaneamente todos os pensamentos, com exceção do de Emmett que estava tão perdido quanto eu, mudaram para coisas como “Como vamos contar à ele?”, “Como ele reagirá?”, “Ele vai surtar...”

Agora sim eu estava ficando preocupado. O que havia acontecido? Acho que eu mesmo já tinha a resposta, pois todos os meus pensamentos voltaram-se para uma só pessoa. Bella.

–O que houve? – insistir ao ver que ninguém diria nada tão cedo. Eu não queria acreditar que algo havia acontecido com Bella, mas era melhor eu saber de uma vez. – O que aconteceu com Bella?

–Filho... – Carlisle se forçou a dizer alguma coisa, ele veio em minha direção e me abraçou. – Precisamos lhe contar uma coisa.

Eu esperei, esperei ansiosamente pela noticia, eu tinha quase que certeza que algo havia acontecido a mulher da minha vida, mas eu não iria me exceder desta vez, eu esperaria pela confirmação antes de segui-la na vida após a morte.

Os segundos pareciam horas, eu não agüentava mais aquela tortura, era insuportável.

–O que aconteceu com Bella? – insisti com uma voz rouca.

–Se acalme, Edward, Bella está bem. Não é nada com ela. – tranqüilizou Carlisle.

Senti uma onde de aliviou me atingir, se eu fosse humano, tenho certeza que já estaria derramando lágrimas de alivio. Relaxei vigorosamente, cheguei ao ponto de acreditar que meus joelhos cederiam, mas eu consegui me manter em pé.

–Então diga de uma vez, Carlisle... – encorajei-o a continuar a contar, nada poderia ser tão serio.

Carlisle continuava com uma expressão temerosa. Raios! O que aconteceu, em nome de Deus? Novamente tentei vasculhar a mente de meus familiares, mas não encontrei nada de útil.

–Nós... – começou Carlisle assim que viu minha irritação. – Nós descobrimos o segredo de Bella.

Petrifiquei. E agora? A curiosidade queimou dentro de mim, senti a ânsia de saber tal segredo correndo dentro de minha veias, eu queria saber qual era o segredo, eu queria saber o que Bella lutava para esconder de mim... Mas... Eu finalmente estava bem com ela, eu finalmente estava reconquistando um espaço dentro de seu coração, será que valia mesmo apenas arriscar tudo que lutei tanto para conseguir apenas para matar minha curiosidade?

Ao perceberem que eu estava absorvido em meus próprios pensamentos, meus familiares resolveram esperar, mas quando eu nada respondi, Esme se manifestou aparentando surpresa:

–Você não quer saber o que é?

–Eu... – pensei mais um instante. – Eu não tenho certeza se quero...

–O QUE? – Gritaram Alice, Jasper e Rosalie juntos.

–Você não quer? – repetiu Carlisle mais incrédulo do que antes.

–Na verdade... – resolvi ser sincero, não havia porque mentir – Eu finalmente estou feliz com Bella, finalmente estou me dando bem com ela, não tenho certeza se quero estragar tudo apenas para matar uma curiosidade. Bella com certeza ficaria furiosa e cortaria todos os nossos laços novamente, e tudo que eu fiz até agora não terá adiantado de nada. – expliquei.

–O que...? – agora Jasper estava fervorosamente incrédulo e ligeiramente irritado. – Você não pode estar falando sério!

Eu pensei por um instante, julguei tudo que me havia acontecido desde que Bella entrou em minha vida; lembrei-me do quanto eu errei com ela tentando acertar, lembrei-me do quando a magoei, do quanto a fiz sofrer por conta de meus erros e principalmente, lembrei-me do preço alto que agora eu pagava por não ouvir Bella e fazer as coisas a sua maneira. É. Não valia a pena. Desta vez seria do jeito dela.

–Não... – afirmei por fim. – Não vale a pena... Não quero saber!

–Viu... – exaltou-se Alice – Ele não quer saber! Deixem isso para lá! – todos pareceram ignorá-la.

–Mas filho... – Carlisle tentou me persuadir, mas eu não cederia, não erraria com Bella novamente.

–Por favor, pai, não insista. Eu não vou jogar tudo, que tanto lutei para reconquistar, para o alto só para saciar uma curiosidade. Simplesmente não vale a pena. – fui firme, mas eu podia não ser humano, mas também não era feito de ferro, precisava sair dali antes que a curiosidade vencesse. Virei e comecei a sair da sala.

–Bella tem uma filha! – Jasper praticamente gritou tamanho o pânico que sentia.

Estaquei novamente. O... O que ele disse? Só podia ser gozação, certo? Não... Não podia ser verdade! Se fosse, Bella teria me dito, não teria?

Virei-me lentamente, ainda atordoado e encarei Jasper.

–O... O que disse? – forcei as palavras a saírem, as mesma saíram estranguladas e não passavam de um sussurro; eu só podia tem entendido mal.

–Bella tem uma filha. – repetiu ele. – E você é o pai!

Fiquei em choque, não consegui mais respirar, Jasper não possuía nem um vestígio se quer, de humor em sua voz.

Não... Não podia ser verdade... Não... Não podia...

Os pensamentos dos demais Cullen invadiram minha cabeça.

“OMFG! Bella vai matar a mim e a Alice!” – Rosalie.

“Bella tem uma filha? Edward é o pai? OWW! Edward não é tãooo lerdo como pensei! Ei... Espera... Isso... Isso quer dizer que... Eu... Eu sou TIO? OWW! Isso é o máximo!” – Emmett.

“Sinto muito Edward, mas você precisava saber a verdade!”- Jasper.

“Ed, por favor me perdoe, mas Bella ameaçou me manter longe de minha sobrinha se eu te contasse, por favor compreenda...” – Alice.

“Pobrezinho, deve estar atordoado...” – Esme.

“Filho... Filho você esta bem?” – Carlisle.

Não podia ser verdade! Simplesmente não podia! Como...? Quando...? Por que Bella escondeu isso de mim? Não.. Não era verdade... Não podia ser! Eu não posso ter filhos!

Eu queria me concentrar, queria pensar com coerência, queria dizer alguma coisa, ter alguma reação, mas simplesmente não conseguia, e os pensamentos dos demais Cullen não estavam ajudando. Cai de joelhos não chão e tapei meus ouvidos...

–Parem.. Parem... PAREM! POR FAVOR PAREM! – Implorei para que seus pensamentos sumissem da minha cabeça, eu já tinha informação demais na cabeça sem eles, mas não adiantou, seus pensamentos só se tornaram mais alarmados.

–Edward... – senti Carlisle me abraçar mas eu não conseguia dizer nada, eu mal conseguia me mexer.

Continuei a negar a mim mesmo por mais algum tempo. Eu não queria aceitar... Não por não querer uma filha... Mas por pensar que deixei Bella e uma filha na mão.

–Edward, acalme-se por favor... – pediu Carlisle.

–Isso... Isso é possível? – forcei as palavras a saírem.

–Ninguém sabia ser possível filho. Ninguém podia esperar por isso... Nunca houve nada parecido como você e Bella, não podíamos imaginar essa hipótese. Mas se você conhecê-la vai ver que não há duvidas! Ela é a sua cara, meu filho... Ela...

–Vocês a conheceram? – perguntei cortando Carlisle.

–Sim... – respondeu ele receoso novamente.

–Era isso que Alice e Rosalie tanto faziam na casa de Bella. – explicou Jasper.

Após desistir de tentar negar, eu fiquei a pensar sobre o que eu havia feito. Eu sabia o dia que havia gerado essa criança, foi a única vez que Bella e eu consumamos nosso amor antes deu partir. Partir... Isso apertou meu peito... Eu parti e deixei Bella na mão.... O que ela enfrentou depois que parti? Eu pedi sua gravidez inteira... Eu perdi o nascimento de nossa filha... Eu pedi seu primeiro sorriso... Sua primeira fala... Seus primeiros pacinhos... Seu primeiro dia de escola... Perdi tudo... Sim.. Eu sabia que tinha perdido, pelas minhas contas, a menina deveria ter aproximadamente um ano e meio. O que fui fazer? Como eu pude? Como? E por que Bella fez tanto empenho de esconder nossa filha de mim?

Novamente os pensamentos dos Cullen invadiram minha mente.

Jasper me mostrava uma linda menininha, loirinha, dos olhos azuis, com os cachos definidos caindo sobre o ombro, uma beleza indescritível e obviamente sobre-humana, mas ainda sim, graciosa; perguntando-o se ele era Edward Cullen.

Esme e Carlisle mostravam a mesma menininha invadindo nossa casa e Alice e Rosalie se colocando a frente dela para protegê-la.

Rose me mostrou um pensamento já conhecido por mim, agora eu reconhecia a menina, era a mesma e eu vi a algum tempo na mente de Rose, desta vez a visão estava completa, a menina dormia graciosamente enquanto Bella, sim era a voz de minha Bella, cantava uma música conhecida por mim.

Alice me mostrou algo que me desagradou, era Bella raivosa, nervosa como nunca havia a visto assim, gritando e brigando com a mesma menina graciosa, a pequena chorava mas Bella não se comovia.

Parei a pensar... Comecei a me lembrar de alguma coisa, tudo indicava para isso, TUDO. Só eu não percebi.

**F.B. 1** -Ah não.. - ela colocou a mão no rosto e se virou para Angela.

–Angela a... - ela se interrompeu

–Não se preocupe eles não sabem. - ela assegurou.

Bella relaxou e falou.

–Nem devem saber!

**F.B. 2**Disquei o numero do celular de Bella que estava escrito no cartão que ela me dera no dia anterior.

Foram alguns toques até ela atendesse, mas ao invés de "alô" ouvi algo diferente que me deixou, intrigado.

–Escove bem os dentes e se apresse!Se não vamos nos atrasar...Hum, Alô?

Levei alguns segundos para conseguir responder.Com quem Bella estava falando?Aquilo me deixou perturbado, mas eu recuperei minha compostura e falei num tom tranqüilo, como se não tivesse ouvido nada.

–Bella, sou eu Edward!

Ouvi a respiração dela parar por pouco menos de um minuto, provavelmente ela não esperava minha ligação.

–Ah.Oi Edward!Como estas? - a voz dela saiu um pouco tremula e ela foi diplomática demais.

**F.B. 3**-Bom..Você sempre foi um ima para problemas!Me admira você estar viva, sendo que pega estrada todos os dias. - Confessei.

A testa de Bella se enrugou, ela não gostou daquilo.

–Sinto muito que você não goste, mas eu preciso pagar minhas contas, e fique tranqüilo porque eu não vou morrer tão fácil, não POSSO morrer tão fácil - ela falou seca.

–Não pode? - perguntei surpreso e ao mesmo tempo feliz e preocupado, porque ela pensava assim?Seria por mero amor a vida ou porque magoaria outra pessoa que ela ama?Eu tinha certeza de que se fosse a segunda opção, EU não era essa pessoa.Não para ela.Isso me deixou angustiado - Por que você acha que não pode morrer tão fácil?

Bella me encarou por um longo tempo e sua resposta foi a única que eu não queria ter ouvido.

–Existem pessoas que dependem de mim, não posso abandoná-las.

**F.B. 4**-Se fosse ferir apenas a mim Edward, se fosse só eu que seria iludida e machucada, eu dar-lhe-ia uma nova chance...Mas agora não é mais assim... - ela forçou um sorriso e eu a abracei, agora meus soluços eram absurdamente altos e intensos.

**F.B. 5**-Ai você disse que queria sim ter filhos, muito filhos!Aquilo me perturbou, Bella!Eu queria que você fosse feliz!Que realizasse seus sonhos; então eu soube que jamais poderia fazê-la feliz!Jamais poderia lhe dar filhos e...

–Você esta enganado! - Bella me interrompeu com uma voz seria e aquilo me deixou confuso, no mesmo instante que Bella falou ela perdeu a cor, tomando consciência do que falara.

–Como assim enganado?Eu jamais poderia dar-lhe filhos, Bella!Você sabe disso! - eu estava muito confuso, "Bella sabe que eu jamais poderia lhe proporcionar um futuro como esse, porque eu estaria enganado?A menos que...A menos que..." uma luzinha acendeu em minha cabeça eu fiquei estupefado. " Ai meu Deus!AI MEU DEUS!NÃO PODE SER!NÃO PODE SER!"

Continuei paralisado por um tempo, não podia ser verdade!

Bella voltou a si e me chacoalhou de leve.

–Não seja idiota, Edward!Eu sei que você não pode me dar filhos! - ela falou seria - Não era disso que eu estava falando!

Como eu fui idiota nesse dia... Ela tinha me dado a resposta só que eu não quis enxergar...

Não consegui ver mais nada, fiquei alheio a tudo e todos, tentando acreditar em tudo que havia acontecido.