Leiam as notas iniciais
—Lily—
Acordei sentindo uma mão quente sobre a minha, abro meus olhos e vejo que estava em um hospital, olhei para quem segurava minha mão e vi Mahina, eu sorri e acariciei seus cabelos, ela parecia cansada.
— Finalmente acordou. — olhei para a porta e vi Rengoku me encarando sério, suspirei.
— Não tô com cabeça pra sermão. — falei olhando pela janela, estava chovendo lá fora.
— Não perguntei. — ele disse rude — Por que fez aquilo? Só por causa de comentários que você poderia ignorar e superar, ou talvez usar para se tornar melhor no que já é boa? — suspiro.
— Me desculpa, mas eu realmente agi por impulso...sei que foi imaturo da minha parte, por isso quero esquecer isso.
— Esquecer?! Fala sério...! — olhei para ele que estava com as mãos na cabeça — Quando ia me contar sobre sua anemia? — ele me encara, cruzando os braços, fiquei confusa.
— Como assim?
— Não adianta mentir para mim, o médico disse o pó que de você ter desmaiado.
— Eu não tenho anemia! — falei incrédula, ele suspira.
— Você parece não saber...mas não sei se posso confiar em você.. — seus olhos ficaram embargados, eu senti um aperto em meu peito, mas acho que o melhor...
— Me esqueça. — lhe encarei séria — Esqueça tudo que tivemos, eu não posso te fazer feliz. — falei cruzando os braços, ele começou a chorar e veio até mim.
— Não faz isso comigo! Eu posso desconfiar de você em algumas coisas, mas sei que sobre me amar, você não mentiria! — ele disse se controlando para não gritar e acordar Mahina.
— É o melhor para nós dois... — falei já com os olhos embargados.
— Eu não te entendo...você parece querer me afastar sempre! — senti um aperto no peito vendo sua expressão triste e dolorosa.
— Me desculpa...mas eu não consigo... — ele segura minha mão.
— Por favor...não se afaste de mim...! — ele começa a chorar, tentei afastar minha mão, mas ele a segurou com força de vontade — Por favor...! — engoli em seco.
— Rengoku...
— Atrapalho? — olhamos para a porta e vimos Mitsuri, me soltei de Rengoku.
— Não, Rengoku já está de saída. — evitei ao máximo olhar para o loiro, sentindo meu coração em pedaços.
— Você é uma idiota! — ele disse se levantando e saiu chorando, mordi o lábio inferior, Mitsuri entra e fecha a porta.
— Tá tudo bem? — comecei a chorar, Mahina acorda.
— Eu ouvi tudo... — ela disse e me olha preocupada — Não devia fazer isso... — Mitsuri me abraça.
— Eu não sei o que aconteceu, mas você devia se acalmar.
—Rengoku—
Saí correndo daquele hospital, entrei em meu carro e fui pra casa, como ela pode ser tão estúpida?! Por que se afastar de mim?! Comoa se nao pode me fazer feliz?! Kibutsuji Lily...você é estúpida!
Assim que cheguei em casa, vi o resto do pessoal na sala, eles me olham confusos.
— Por que está chorando? — Tanjiro pergunta. Engoli em seco e subi pro quarto.
—Lily—
Depois que me acalmei e conversei com elas, Mahina foi pra casa e Mitsuri foi comer em um restaurante perto do hospital.
Fiquei deitada na cama, encarando a janela...eu sinto como se estivesse colocando todos próximos de mim em um perigo eminente.
Suspiro e fecho os olhos, tenho que parar de pensar um pouco nisso...
— Não vejo a hora de sair daqui... — falei fechando os olhos.
.・゜゜・1 semana depois...
Eu estava treinando no jardim, já fazia uns dias que eu recebi alta do hospital, desde então, me mantenho ocupada, quando não é lendo ou escrevendo, é treinando e me exercitando, não posso perder a forma, ainda mais com essa guerra que virá graças à Mei...
— Ack...! — olhei para trás e vi Tanjiro treinando com Rengoku, o loiro me olha e depois olha para Tanjiro.
— Se concentre! — parei de olhar para eles e continuei meu treino.
Desde aquele dia, não falam o nada além do necessário, eu sentia saudades dele, mas não queria o expôr aos meus problemas.
— Posso treinar com você? — olhei para Mahina que sorria, ela foi a única pessoa que eu não consegui de forma alguma afastar.
— Claro. — abri um sorriso médio e ficamos treinando o combate corpo a corpo, usando nossas respirações para aumentar nossa força e impacto.
•°•°•
Eu saio do banho e me visto, volto pro quarto e me jogo na cama, assistindo Tenkuu Shinpan, eu sentia algumas dores pelo corpo, resultado do treino pesado, mas não me importei.
Ouço alguém bater na porta, presumi ser Mahina.
— Entra! — ela entra, me virei para ela, logo me surpreendendo ao ver Rengoku — Ah...é você... — me virei novamente, ficando de costas pra dele, sem o encarar.
— Podemos conversar?
— Pensei que houvesse deixado claro. — falei ainda assistindo, ele tira o celular da minha mão, lhe encarei — Dá pra me devolver? — falei séria.
— O que eu preciso fazer? — fiquei confusa.
— O que?
— O que eu preciso pra você acreditar que eu te amo? Atirar uma granada? Cortar minha mão? Me jogar de um precipício?! — fiquei surpresa.
— Eu não duvido do seu amor por mim!
— Então...porque?! — ele segura minha mão.
— Só não quero te machucar...
— Não vê que o que me machuca é você se mantendo longe de mim?! — ele começou a chorar, senti um aperto no peito.
— Eu não mereço você...eu não quero mais falar sobre isso, por favor, saía. — ele morde o lábio inferior. Me surpreendo quando ele me abraça.
— Diga e faça o que quiser...eu sempre vou amar você... — engoli em seco, ele se levanta e sai fechando a porta, respiro fundo e uma lágrima teimosa escorre por meu rosto.
— Um dia você vai cansar...e vai me esquecer... — falei sorrindo e peguei meu celular que ele derrubou na cama quando veio me abraçar.
Continuei assistindo, tentando aliviar aquele aperto em meu peito.
Eu fiz a escolha certa?
Continua...
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