(Bianca)
Todos me comprimentam com os parabéns e seja bem vinda, menos ele. O pessoal aos poucos vai saindo da sala de reuniões e fica apenas eu e Luan ali. Pego os papeis com os cronogramas que Nane me passou, e percebo que tenho que comprar uma pasta. Junto tudo sobre os olhares de Rafael, e quando pego minha bolsa e me preparo pra sair ele diz um, espera.
Me viro para ele e está com os olhos vidrados em mim.
Luan: - parabéns, eu espero que você tenha e viva uma boa experiência aqui. E se ver que não vai aguentar, é só dizer. Diz sério.
Qual é a desse garoto? Ele acha que eu sou o quê?
Respiro fundo e digo: - qual é, Luan? Você acha que eu não posso dar conta, é isso?
Ele se levanta e ajeitando a manga da jaqueta diz: - não. Jamais. Eu só tô dizendo pra você não ter medo de pedir arrego.
Bianca: - olha aqui Luan, eu não sou a Beatriz, eu ao contrário dela, tenho força de vontade. E não é porque não escolhi uma faculdade como ela que sou incapaz, então,, para com essa que vou pedir arrego. E só estou aqui porque o seu pai me chamou, então você vai ter que me aturar, Santana. Vou em direção a porta.
Luan: - te digo o mesmo, Fernandes.
Me viro para ele e digo: vai se ferrar, Rafael. Acabo de falar e ele rir rouco.
Mal sabe ele, que assim ele me destrói.
Me viro novamente para sair e acabo esbarrando em um rapaz.
- Ai, desculpa. Digo envergonhada.
Xxx: - tudo bem, você deve ser a Bianca. Sou Roberval, mais todos me chamam de Rober também conhecido como testa. Diz e sorriu.
Bianca: prazer, Rober.
Luan: - cuidado, boi. Essa daí é como furacão. Escuto aquilo e devido os olhos mentalmente.
- Tenho que ir, foi um prazer, Rober. Digo e saio da sala sem ao menos olhar na cara de Luan, se ele quer guerra, guerra ele vai ter.
******
(Luan)
- Cara, tua cunhada é linda! Testa diz admirado e apenas dou de ombros.
Luan: - ela é a cara da Beatriz, boi. O mesmo rosto. Mexo no celular.
Rober: - eu sei. Mais ela tem algo que tua boyzinha não tem, sei lá. Dar de ombros.
- Tem ternura, e é meiga. Um anjo. Digo fitando o teto. Olho para ele e está com um sorrisinho sacana nos lábios.
- O que foi? Digo como quem não quer nada.
Rober: - você precisa ver tua cara quando fala dela. Os olhos brilham.
Luan: é, pode ser. Brinco com meus dedos.
- Você está apaixonado, Luan? Diz com os olhos arregalados.
Respiro fundo e digo: - sempre fui, cara. Mais só descobri quando ela se mandou para Espanha. E acabei sabendo que foi para me esquecer.
Rober: caralho! Isso parece até novela caramba! O que você vai fazer?
Luan: - nada, ela fez questão de deixar bem claro que não quer por causa da irmã. A jeito meus óculos no rosto.
- Pesado, era por isso que vocês travam quase se matando com o olhar?
Luan: - eu estou dando um gelo. E estou a provocando.
- Tu é perverso, cara.
Me levanto e digo: - só um pouco. Meu celular vibra no bolso, e é Beatriz dizendo que acabou a aula.
Tenho que ir. Vou buscar Beatriz e levar ela para jantar. Digo e faço careta.
Rober: - vai levar a gêmea errada. Ele se levanta.
Luan: - não me diga. Ironizo.
- Boi, só uma coisa. Dar um jeito nisso logo, porque do jeito que ta, não dar para ficar. Aconselha.
Luan: - vamos ver até onde eu aguento. Digo e dou dois tapinhas em seu ombro.
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( Bianca ).
Um mês e 15 dias depois.
Já fazem um Mes e 14 dias que comecei a trabalhar na central, e está sendo tranquilo. Apesar de eu ter que me virar em mil junto com Nane para acompanhar a carreira de Luan, estou adorando.
E por falar no nosso amado, mal vi ele esses dias. Ele tem trabalhado muito e as poucas vezes que nos vimos não trocamos mais que duas palavras.
Hoje é uma terça feira, e tenho que lançar o sorteio do camarim do show de Niterói no site, cidade que Luan se apresenta na quinta. E é o que estou fazendo agora.
Publico no site e Nane chama minha atenção.
- Bi, eu preciso falar com você. Na verdade, pedir um favor. Diz brincando com a caneta em sua mesa.
Bianca: - pode falar. Digo arrumando meus papéis.
Nane: - preciso que você me cubra na quinta feira em Niterói para entregar as pulseiras do camarim aos vencedores. Vou ser madrinha em um casamento e seu Amarildo disse que desde que você aceite ir no meu lugar, não teria problema.
Escuto aquilo e quase infarto, viajar com Luan? Meu Deus!
- Como? O Rober não pode fazer isso? Digo meio nervosa.
- Testa vai ta ocupado com nosso pupilo, então. Dar de ombros.
- Luan não ta falando direito comigo. Tento fugir.
Nane: - UE, e quem disse que ele precisa falar com você? Ignora ele e pronto. Diz e dou um sorriso fraco.
Por favor, bi. Eu não posso furar nesse casamento. Inclina a cabeça de lado.
Bianca: - ai, ta bom. Digo e ela comemora. Respiro fundo e faço uma careta.
Nane: - ta tudo bem? Diz preocupada.
Ta, é só uma cólica forte. Explico.
Que horror. Toma um remédio.
Bianca: já tomei. Digo e baixo a cabeça.
(...)
- Nane, posso usar seu PC? Luan diz entrando na sala com seu perfume marcante.
- Claro, chefinho. Vou aproveitar para tomar um café, alguém quer? Eu e Luan respondemos que não, e ela sai.
Ele se senta e nem sequer olhou na minha cara. Idiota.
Vejo Luan praguejar alguns palavrões, e deduzo que não está conseguindo o que quer.
Bianca: - quer ajuda? Digo com medo.
Luan: - não consigo salvar as melodia das músicas que Dudu mandou. Me levanto e digo: chega para lá. Peço e ele da um pequeno espaço e me sento na ponta da mesma cadeira que ele.
Sinto Luan passar o braço por trás de mim, e colocando a mão na minha cintura diz: - tô com saudade. Sua voz sai rouca e é o suficiente para que eu me arrepie,
- Para Luan, por favor. Digo manhosa e sinto ele rir contra minha pele depois de cheirar o meu pescoço.
Porque ele faz isso comigo?
Primeiro, passa um mês inteiro sem falar comigo direito, e agora vem dizendo que ta com saudade. Isso é covardia, porra! Só porque estou sensível e carente.
Seja forte Bianca. Resista.
Luan: - você não ta com saudade de mim? Diz baixo alisando o meu cabelo.
Salvo as melodias em sua pasta de arquivos, e digo: - pronto, ta tudo aí. Tento sair, mais Rafael me prende contra seu corpo, e diz: responde, bi. Você não sente a minha falta?
- Responde vai. Acaricia minha cintura.
Bianca: - pelo amor de Deus, Luan. Não faz isso comigo, por favor. Consigo me levantar mais quando ando mais a frente, sinto uma tontura, e a dor da cólica aumenta.
Luan: - eu sei que esses dias não te tratei bem, mais é que eu tava te ignorando porque não consigo ficar perto de você e não querer te abraçar, ou beijar. Desculpa, isso é muito infantil não é? Ele põe as mãos em meus ombros.
Passo as mãos no rosto e digo: - ta tudo bem, Luan. Esquece isso, ta?
Respiro fundo, sentindo que algo está errado comigo. Não aguento mais, e corro no lixinho existente ali, e coloco tudo que comi no almoço pra fora.
- Bianca, meu Deus! Luan vem até mim e prendendo o meu cabelo diz: o que você comeu?
Bianca: - eu tô bem, Luan. Digo isso e depois de vomitar de novo amoleço em seus braços.
Ele me segura pela cintura e diz: - não. Você não está ben. Nane, corre aqui! Ele grita, e quando abrem a porta a última coisa que escuto é Luan pedindo para ligar para minha prima, depois disso, apaguei nos braços dele.
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