História D.U.F.F - versão spideypool. - Capítulo3- movido a raiva.

P.o.v Peter.

Segunda-feira chegou, e eu fugi durante o final de semana inteiro dos meus "amigos", e aproveitei para fazer uma pesquisa apurada sobre D.U.F.F e realmente Wade tinha razão eu era um maldito D.U.F.F. Mas não tinha como escapar, afinal eu tinha que ir para a escola. Acho que a única palavra que me resumia nesse momento era raiva.

Me arrumei, coloquei qualquer roupa com minhas meias coloridas e chinelo de dedo, me olhei no espelho e quase gritei um sonoro foda-se. Desci as escadas de casa com pressa, fui em direção a cozinha e vi algo que não merecia, Steve e Tony se agarrando. Suspirei. Como eu queria morrer. Mas como não podia, fiz um barulho para mostrar que estava presente, eles se separaram:

- era só o que faltava para fazer o meu dia melhor- resmunguei.

Steve corado disse:

- ei, Peter, não vai pra escola?- perguntou calmo.

- vou, por que?- perguntei .

- é que você está usando um pijama- observou o loiro.

- não era você que disse para mim usar o que eu quiser? Pois bem, vou com essa roupa pra escola hoje- disse exaltado.

Tony fechou o semblante:

- Peter, não seja grosso com o Steve, só porque você está de tpm, agora peça desculpas! - disse bravo.

- desculpa, Steve... É que eu acordei mal hoje- disse me sentindo culpado.

- tudo bem, todos tem seu dia ruim- respondeu ele com um sorriso.

Sentei peguei uma maçã e um suco, mastigue rápido e tomei o suco:

- ei, Tony, onde está a tia May?- perguntei.

- hoje ela acordou melhor e foi para o hospital, ou seja, ela tem plantão, então não vem pra casa- respondeu .

- okay, vou indo então, tchau!- disse me levantando.

- ei, Peter, não vou dizer nada sobre você ir para escola assim hoje, mas procure não usar mais essas roupas- disse Tony.

Nem respondi, saí de casa, entrei no carro e fui para escola.

Ao chegar lá, quase tive um piripaque, havia parado meu carro e percebi com desgosto. Até a merda do meu carro parece um D.U.F.F. Bufei. Ele era um Polo cinza 2006, enquanto os outros carros eram ferraris, ou provavelmente haviam custado o valor da minha casa. Saí do estacionamento quase correndo, entrei na escola e fui rapidamente rumo ao meu armário, senti que as pessoas me observavam. É o D.U.F.F ta revoltado seus merdas, tive vontade de gritar. Porém, segui meu caminho é cheguei em meu armário, tudo estava tranquilo até ouvir meu nome ser chamado:

- Pet!- era Harry e Johnny.

Tive vontade de fugir, porém fiquei e os encarei sério:

- onde você esteve ? E ou! Que roupa é essa?!- disse Johnny.

- é a roupa que estou usando! Algum problema? !- quase gritei.

- não , cara, nenhum!- respondeu ele.

Me voltei para meu armário e o abri:

- você saiu da festa e nem nos avisou... o que aconteceu?- perguntou Harry.

- como se vocês tivessem sentido minha falta!- disse bravo.

-ei, qual é Pet ?! É claro que sentimos, nos preocupamos com você- disse Harry e Johnny concordou.

Eu ri amargurado e me voltei para eles:

- sei... vocês sabem o que significa D.U.F.F?!- perguntei exaltado.

Ambos negaram:

- não mesmo?! Então, eu vou dizer, significa designated ugly fat friend! E sabe o que isso tem haver comigo? Tudo! Descobri que sou chamado assim por todos!- falei rápido quase gritando.

Ambos riram como se eu tivesse contado uma piada:

- fala sério, Pet, onde você ouviu isso?- perguntou Johnny.

- ouvi com o Wade- respondi.

Eles riram mais alto:

- Wade?! Wade Wilson?! Você só pode estar brincando!- disse Harry entre os risos.

- podem rir, mas pelo menos Wade disse a verdade para mim!

- ai, fala sério Pet!

- é por isso que quero distância de vocês dois- disse decidido.

- o quê? - disseram os dois.

- isso mesmo que vocês ouviram, quero dar um tempo na nossa amizade.

- você está louco? Somos melhores amigos! Não damos um tempo!- quase gritou Harry.

- pois eu estou dando! Agora se me dão licença, vou provar para a merda do mundo que existe um Peter Paker sem Harry e Johnny! - disse alto e saí andando quase soltando fumaça pelos ouvidos.

Tive a maior parte das minhas aulas, faltando somente uma, porém antes eu tinha almoço. Sentei sozinho e comecei a olhar ao redor, percebi que todos os grupos de amigos tinham um D.U.F.F, o grupo do Teatro, esportistas, nerds, entre outros, isso só me fez ter mais raiva.

O intervalo acabou, e assim fui para a aula de química, chegando lá me joguei no meu lugar, Wade entrou, quase morri, havia me esquecido que tínhamos aula juntos. Ele me viu e veio em minha direção, olhei em sua direção e quase o matei pelo olhar, ele pareceu gelar e foi para seu lugar.

A aula ocorreu bem e logo terminou, comecei a arrumar minhas coisas quando ouvi o professor chamar Wade:

- sr. Willson, devo dizer que se continuar com notas baixas, irei comunicar o seu técnico e não poderá mais participar do seu insolente jogo violento.

- ah, qual é, professor! Eu vou conseguir recuperar, não esquenta com isso!- disse Wade.

- é bom mesmo, sr. Wilson.

Wade logo saiu da sala, e em minha cabeça uma lâmpada se ascendeu. Saí da sala com pressa e fui rumo a área de esportes que fica fora da escola, estava atravessando o gramado quando na minha frente apareceu um anjo de cabelos vermelhos. Suspirei. Era Mary Jane, ela parou e me olhou:

- meias legais!- elogiou enquanto sorria.

- obrigada, mas tenho algo mais interessante para te mostrar- disse.

E assim, fui até ela a puxei pelos braços e selei nossos lábios, nos beijavamos com fervor. Pisquei. Era só fruto da minha debil imaginação. Eu estava na frente dela é não a respondi:

- a...a..a...b-bem eu tenho que ir- e assim eu fui embora.

Ai , eu sou um idiota! Ótima maneira de conquistar uma garota, Peter. E foi com esse pensamento que fui a área de exercícios.

Ao chegar, logo avistei Wade correndo, como sempre treinando para ser um ótimo atleta. Argh. Nem acredito que vou fazer isso. Corri para alcanca-lo:

- Wade! Ei , Wade!- gritei.

Ele parou de imediato e se virou, não consegui parar a tempo é trombei com Wade, caímos e eu fiquei por cima dele, estávamos muito perto e meus óculos haviam caído, ou seja, não enxergava nada, a não ser o rosto daquele idiota que estava quase colado ao meu:

- Petey! Não sabia que você me queria tão perto- disse malicioso.

- cala a boca!- me levantei e comecei a procurar meus óculos.

- aqui- disse Wade me devolvendo eles- acho que não devia fazer isso, afinal você fica melhor sem essa porcaria.

- essa porcaria me ajuda a enxergar!- rebati.

Me sentei na grama e comecei a respirar calmamente, estava ofegante, afinal não tenho costume de fazer exercicios, muito menos correr, Wade riu e se sentou ao meu lado:

- está todo ofegante por ter ficado tão perto de mim?- questionou.

- vai se ferrar- digo quase me engasgando- não sou do tipo que pratica esportes.

- percebi- riu, e assim eu dei um soco de leve no braço dele- então, o que quer com o papai aqui?- perguntou.

Só por ele falar assim ja pensei em desistir, revirei os olhos e disse:

- ouvi o professor de Química chamando sua atenção e pensei em lhe oferecer ajuda.

Ele arregalou os olhos:

- você tá falando sério?! Você me odeia! Por que iria me ajudar?!

- eu vou te ajudar, e assim você me ensina a deixar de ser um D.U.F.F e conquistar a Mary Jane.- disse calmo.

- sabia que não seria de graça!- exclamou- e quem diria, Petey, você afim de uma gata como ela!

- não me chama de Petey!

- é o costume!- disse folgado- e respondendo a sua proposta, não.

Me levantei:

- não? !

Ele se levantou e deu de ombros:

- só irei aceitar se você tirar os óculos e pedir com voz infantil, lembra, quando eramos crianças você fazia isso- riu.

- não vou fazer isso!- disse bravo.

- okay, tchau Petey!- disse ele saindo de perto.- e eu gostei do pijama!

Argh. Eu não mereço. Não podia deixa-lo ir. Com rapidez puxei a barra da regata dele e disse:

- okay! Eu faço!

Ele se virou e sorriu:

- então faz!- disse entusiasmado.

Suspirei. Tirei meus óculos e encarei o borrão que eu acreditava ser Wade:

- Wade, pofavo ajuda o Peter! Peter precisa da ajuda de Wade!- disse fazendo voz de choro- pofavo!

Ele riu e eu coloquei meus óculos de volta, Wade ria com a mão sobre o rosto:

- e então? - perguntei impaciente.

- okay! Eu te ajudo também- respondeu ainda com a mão sobre o rosto.

- e quando começamos?- perguntei contente.

- hum... deixe-me ver... - e assim, ele me olhou de cima a baixo, ainda com a mão sobre o rosto- sábado! No shopping!

- tá! E .. Wade, você está com algum problema no rosto?- perguntei confuso.

- não! E agora me deixa que eu tenho que treinar!- e assim, saiu correndo apressado.

Fiquei sem entender, porém senti que a vida poderia ser bonita outra vez, e com um sorriso de satisfação saí dali. Apesar de Wade ser um lunático, eu ainda tenho esperança de que ele vá me ajudar.