História Dulcis Destination - Seu cheiro, Minha perdição

A lua estava lá, brilhosa em seu mais lindo esplendor sendo enfeitadas pelas suas companheiras, as estrelas.

Enquanto ela banhava a floresta abaixo de si iluminando o caminho de dois lobos que corriam entre uma discussão divertida.

-Chanyeol ele é meu!

O outro lobo corria mais a frente rindo internamente.

-Vamos Lu, quem o pegar primeiro fica com o prêmio.

O outro rosnou e a floresta pode ouvir o uivo risonho do lobo maior que si. O cheiro de sua presa ficou mais forte enquanto o cansaço parecia a domar e logo o lobo cinza com detalhes pretos tinha as presas em volta do pescoço do grande veado.

-Que droga Chanyeol. Eu te trouxe como companhia não para você me roubar a minha presa.

-Calma Hyung, não tive culpa aquele veado tinha um cheiro tão bom. Se você conseguisse correr mais teria o alcançado antes de mim.

-Não me irrite ou te espanco aqui mesmo.

-Como se você alcançasse.

-Ah cale a boca!

O mais baixo dos dois rosnou dando as costas ao irmão mais novo. Os dois eram alfas de um clã muito bem composto, de família respeitável eles se viram forçados a assumir a liderança do clã quando seu pai e seu tio, o beta da matilha, foram mortos em uma emboscada de revanche, sendo Chanyeol o alfa mesmo sendo novo foi ele que ficou no lugar de líder, mas diferente do que pensavam não houve desavença entre os irmãos eles eram mais unidos que tudo e um título idiota como costumavam dizer não mudaria nada. O laço dos dois era forte o suficiente o que os permitiam dividir pensamentos apenas com um olhar ou um comportamento. Mas isso não era só o que os unia eles também, de um tempo para cá descobriram que podiam compartilhar muito mais devido ao grau de afinidade que passaram a ter era quase possível ver o fio que os ligavam e isso só aumentou com o tempo.

Chanyeol incorporou o alfa assim que chegaram aos limites da cabana que dividia com o irmão. Era a casa principal do vilarejo, mas ainda sim não deixava de ser uma casa simples. Cumprimentou a todos que cruzou seu caminho e enfim entrou na casa se deixando relaxar mais uma vez. Não há muito tempo depois da morte de seu pai ele descobriu o motivo de seu pai sair e se preocupar tanto, era muita responsabilidade mesmo para dois homens fortes como o antigo alfa e beta, as pessoas cobravam muito deles e lhes enchiam de problemas para resolver, como se não bastasse ter que proteger todo o vilarejo e administrá-la eles tinhas que resolver problemas pessoas também, mesmo que para ele as pessoas fossem legais às vezes o enchia o saco. Mesmo que todos o conhecessem ali, que o tenham visto crescer e aprontar todas que podia, ainda sim o tratava como um importante alfa, ele não gostava muito achava que era muita frescura, ali todos eram uma família para Chanyeol não haveria necessidade daquilo, mas os costumes os forçavam então ele dançava como ditavam, contudo não deixava de ser cortês com todos, mesmo que às vezes eles lhe estressassem muito.

-Channy, precisamos acompanhar o descarregamento e carregamento das frutas para as lojas humanas vá se arrumar estamos quase saindo!-seu irmão apareceu na sala, já tomado banho e vestido para sair. Isso era outra coisa que Chanyeol achava cansativo. Mas novamente era seu dever e não devia protestar.

-Certo.

Já haviam quase terminado de fazerem as entregas os irmãos dessa vez estavam sendo acompanhado pelo beta e amigo da família, Kim Jongin, ou para os mais íntimos Kai, os dois realmente gostavam dele o tinham como irmão e Kai a eles tanto que sua mãe já tinha se acostumado com a companhia constante deles com o filho. Kai era um rapaz charmoso e esperto que conquistou de cara a amizade com Chanyeol assim que se cruzaram pelo vilarejo. De sorrisos fáceis e áureos bondosas foi amizade a primeira vista, já com LuHan precisou muito mais esforço foi em uma caçada quando Chanyeol acabou se ferindo e Kai o ajudou sem medir esforços. Luhan naquele dia fez questão de manter Kai perto de seu irmão mais novo, afinal alguém precisaria fazer o papel de irmão mais velho quando ele não estivesse por perto e mesmo que Kai fosse novo Luhan viu nele um cara de iniciativa. Os três conversavam de forma mais tranqüila, aliviados e apressados para finalizarem as entregas. A última entrega seria para uma loja de doces e essa notícia fez com que Chanyeol ficasse muito feliz. Ele amava doce. Era seu vício preferido e não era segredo para ninguém. Ele estava quase pulando no banco quando enfim a camionete foi parada e antes de sair pode ouvir o riso baixo de seu irmão.

-Chanyeol-ah se comporte esta parecendo uma criança, se comporte ou irão achar que é um adolescente a flor da pele.

Ao contrário do que possa parecer à frase veio de Kai e não foi mais do que um alerta.

-Eu tenho a mesma idade que você Jongin!

Chanyeol revirou os olhos fingindo estar chateado pela comparação.

Kai apenas bateu em camaradagem no ombro do amigo e foi descarregar as caixas da ultima entrega.

-Parece que a loja esta sem clientes… Eu irei avisar sobre a chegada da encomenda, o dono com certeza pegará as caixas pro trás.

Luhan saiu antes de ouvir qualquer confirmação que viesse e entrou na pequena loja, o ar de dentro era condensado ainda sim trazia aroma tão atraente não o enjoado que vinha dos doces, o lugar era limpo e bem organizado com um baixo som de fundo que ele parabenizou mentalmente pela escolha. Finalmente o loiro parou de se encantar pela decoração e se apoiou no balcão vendo a movimentação na cozinha sua audição era boa o suficiente para que ele ouvisse o que eles falavam, mas preferiu não ser intrometido. Olhou sobre o balcão vendo uma pequena sineta para chamar o atendente e ele se encantou ainda mais com o local. O atendente que o recebeu tinha cabelos tingidos de vermelho, seus olhos grandes diferentes dos orientais o atenderam com um educado sorriso desenhado em coração e ele achou que nunca viu pessoa mais encantadora como aquele atendente, sua áurea tinha gentileza que transbordava em seus olhos. E enfim sua voz alcançou seus ouvidos.

-Em que posso lhe ajudar senhor?

-Boa tarde, desculpe vir tarde mais as encomendas das frutas estão lá fora, onde posso despachá-la?

-ah sim. Pelos fundos, por favor. Vocês precisam que assine alguma coisa?

-Não verdade sim…

-Bem, irei chamar meu chefe então. Tem alguém que irá despachar as caixas? Eu posso ajudar a agilizar o processo.

-Sim ele esta lá no carro.

-Certo. Um momento, por favor.

Luhan viu o outro retornar por onde surgiu e voltou a observar o local, ele realmente havia gostado era aconchegante.

-Desculpe a demora senhor.

Ele iria dizer que não houve demora nenhuma, o que realmente não houve, mais o cheiro que lhe tomou o olfato o deixou embriagado. Era doce. O cheiro que se aglomerava por aquela loja, diferente do outro esse o chamava. E então com um susto LuHan se viu encarando aquele que lhe tomava a lucidez.

Chanyeol senti antes que o cheiro lhe alcançasse. Sua ligação com seu irmão o alertou como uma onda, mais forte do que já sentiu uma energia esmagadora tão inexplicável que ele não conseguiu sair do lugar pelo infinito minuto que passou. Assim que teve o controle de seu corpo de volta ele correu para dentro da loja, sem saber explicar a força que o puxava com tanto afinco simplesmente parou do lado do irmão, contudo todas suas intenções foram apagadas da mente assim que, pois os olhos sobre o menor que estava em frente ao seu irmão. A pele abaixo de seu tórax queimou delicada enquanto ele sentia mãos invisíveis traçar o nome daquele com quem ele sempre sonhara. Bakhyun. Então ele finalmente pode dizer que era real, aqueles olhos ao qual ele se viu perdido desde seu primeiro sonho, aqueles lábios que eram capazes de desenhar o mais belo dos sorrisos que Chanyeol já viu.

Com os cabelos pretos e os olhos tão escuros, mas brilhantes que era capaz de se ver refletido ali, Chanyeol finalmente pode respirar. E era assim que Chanyeol se sentia como se estivesse respirando pela primeira vez.

Seu irmão a seu ver se encontrava na mesma forma e compartilhava os mesmos sentimentos que se. Eles iriam compartilhar de um consorte, não que não fosse normal eles muito desses tipos de acontecimento, mais era quase raro encontrar um destinado imagine compartilhar um. Mas ele ficou feliz. Ele iria compartilhar com seu irmão para ele era mais fácil do que compartilhar com um estranho.

-Então onde devo assinar?

A voz que chegou aos seus ouvidos pareceu entrar por todos seus nervos e se emaranhar em cada fibra de seu ser, era tão suave que parecia ser cantada, tão delicada como o dono dela e Chanyeol se viu mais preso do que abelhas em volta do favo de mel.

Pareceram que passousse muitos minutos antes que LuHan se recompôs e entregasse a folha de recibo a Baekhyun. Seu irmão como sempre era alguém invejável, e Chanyeol sempre o tinha como exemplo mesmo em um momento como esse que o próprio Chanyeol gostaria de se jogar sobre o menor e mandar sua lucidez ao raio que o parta LuHan se encontrava totalmente controlado. Era incrível e Chanyeol sempre o parabenizava por isso.

-Por favor, assine aqui.

-Tudo bem.

Chanyeol não conseguiu evitar encará-lo seu maior desejo no momento era poder erguer a mão e tocá-lo sua pele parecia tão convidativa tão macia que Chanyeol poderia jurar que seria a primeira de sua perdição. A segunda com certeza seria aqueles lábios.

O que poderia fazer para continuar falando com ele? Será que ele sentiu algo sobre nós?! Ah como ele desejava literalmente falar com seu irmão via pensamento na forma humana.

-hmm… Chanyeol tem torta de morango aqui.

E como se lesse seu pensamento seu irmão lhe sorriu cúmplice mostrando sua torta preferida. Ele sorriu, mas diferente do sorriso que ele dava ao falar de doce ele sorriu ao ter a imagem formada em sua mente. Agora definitivamente ele tinha duas coisas para ser seu vício. A primeira era Bakhyun, a segunda seus doces e ele acreditava que o mais baixo ficaria uma perdição com o doce entre os lábios. Chanyeol adoraria lambe-los.

LuHan sorriu mais ainda, não era necessária sua conexão para saber o que seu irmão mais novo pensava, estava explicito em seu rosto, tão transparente quanto às nascentes do rio. Mas ele tinha que se controlar ou Baekhyun poderia sentir medo e não era essa a intenção deles.

-Por favor, me de um pedaço.

Seu irmão pediu educadamente o que o surpreendeu totalmente. Era tão nítido o esforço dele para não mandar tudo para os ares que sua aparente calma na voz o espantava. É seu irmãozinho estava mais que crescendo.

Eles se se sentaram à mesa não muito longe do balcão onde viu o dono de se atravessar e voltar para a cozinha e então ele se virou para o irmão que mantinha o olhar grudado na porta.

-Channy…

-Eu não acredito.

-Eu também não.

-Ele é mais lindo pessoalmente.

-Como assim? -LuHan acaba arqueando a sobrancelha encarando o irmão confuso. Será que seu irmão havia recebido alguma indicação de seu futuro? Poderia ter sido com as bruxas ou os Vandas? Mas a que ponto eles o teriam dito?

-Bem… a verdade é que eu… Eu sonho com ele hyung… desde que completei meu décimo terceiro aniversário eu sonho com ele. Ele estava sempre sentado lendo o mesmo livro em todos os meus sonhos. Mas era como se ele mudasse a cada sonho. Às vezes oscilava. Às vezes ficava tão distante que parecia que eu o espiava pelo buraco da fechadura. Mas era sempre ele. Quer dizer… Eu nunca vi seu rosto… Apenas suas costas, mas eu tenho a certeza que é ele. Eu não sei dizer o por quer, mas eu sei que é ele.

-e por que nunca me disse isso Channy?

-Eu não sei me desculpe, mas… Eu não sei era como se fosse meu segredo hyung.

-Esta tudo bem Channy, só fiquei surpreso só isso. E ele é nosso, isso também é outra surpresa.

-É verdade… Mas sabe, eu não me importo. Na verdade me sinto feliz, muito feliz na verdade por saber que irei compartilhá-lo com você.

LuHan sorriu. Não foi necessário palavras para ele responder o irmão. Chanyeol finalmente se voltou para agora seu segundo vicio e se permitiu apreciá-la. LuHan deu uma ultima olhada para a porta na qual Baek havia sumido e depois se deixou devagar pelo próprio pensamento. Sim, ele também estava feliz.

Baekhyun não acreditava no que sentia. Era estranho, mas ainda sim surpreendentemente envolvente. Ele sentiu seu coração acelerar como nunca antes na vida assim que pôs os olhos sobre os do loiro bonito a sua frente. Ele se controlou bem no inicio ficou confuso, mas quase teve uma síncope quando o grandão entrou como um vendaval em sua loja, por um momento ofegou enquanto seu coração ia a mil. Foi impossível se conter, mas ficou contente por permanecer profissional, afinal era seu local de trabalho. Mas afinal o que acontecia com ele para reagir daquele jeito com aqueles estranhos? Tudo bem que eles pareciam deuses tribais, porém nunca os viu. Aish ele realmente estava precisando sair mais a noite. Fazendo mágica ele conseguiu manter um diálogo breve com o loiro e assim que deu escapou para a cozinha onde se apoiou sobre a bancada buscando por ar fresco e maleável. Aish ele realmente estava perdendo o conceito de nunca se apaixonar.

Olhou em volta procurando por seu ajudante de cozinha e melhor amigo. Onde ele estava afinal? Caminhou por entre as estantes do armazém se chocando com a cena presenciada. Pois as mãos sobre a boca tentando não fazer som algum e deu um passo para trás, não queria que o amigo o visse, infelizmente seus planos foram água baixo quando esbarrou na ponta da prateleira e ofegou ao sentir dor.

O moreno que estava agarrado ao seu amigo se afastou rápido e Kyung tentou se recompor.

-Desculpa, eu não quis atrapalhar. Eu já estou indo não precisa interromper o que estavam fazendo.

Disse não evitando sorri para o amigo. Voltou para a cozinha pondo as mãos nas costas. Ao menos seu amigo estava seguindo sua dica e se divertindo um pouco.

Nossa aquilo realmente doeu.

Reclamou alisando o local que bateu.