Depois de ver que a noite caia sobre o céu fui até meu quarto, confesso que não sou cobra pra me preparar para o bote, só confirmei pra ver se eu estava em perfeitas condições...
Fui até o "quarto ao lado" E bati na porta.
-Lucy... -Ele disse se escorando ao batente da porta. -Aquela escultura estava sem camisa e o que eu mais queria naquele momento era me agarrar nos cabelos daquele homem.
-Ah, eu só vim ver se você estava bem e se não precisava de alguma coisa. -Disse segurando as mãos e me controlando.
-Ah, eu to bem... e você? -Ele diz dando um sorriso safado. (Pare com isso!)
-Eu? To ótima. Só preciso de um favor. -Digo dando alguns passinhos para perto dele.
Ele me olhou com uma sombrancelha erguida.
-Que tipo de favor? -Ele diz com outros olhares.
-Ah, não sei... -Digo tentando bancar a inocente. -Você pode escolher o favor que você quer fazer pra mim. -Digo com o rosto próximo ao dele.
-Ok. -Ele disse me puxando pela cintura para dentro do quarto e iniciando um beijo ofegante. Foi mão pra tudo que é lado. Entrelacei minhas pernas na cintura dele e senti sua mão percorrer ao meu corpo. Estranhei pelo fato dele ter parado a mão um pouco perto do meu pescoço.
De repente do nada ele segura meu pescoço com força e para o beijo me deixando a alguns centímetros longe do chão.
-Matt... -Digo tentando tirar a mão dele do meu pescoço. Ele vira a cabeça para o lado e me leva contra a parede fazendo eu bater com força com a cabeça na mesma.
Surgia dificuldades para respirar e ele começava a apertar mais meu pescoço.
Seus olhos aos poucos ficaram pretos por completo. E agora ele me olhava com uma expressão de ódio.
-Você vai voltar para o inferno sua vagabunda! -Ele disse e eu sentia minha respiração desacelerar.
Ele soltou a mão e eu cai no chão com tudo.
Eu puxava todo ar que podia.
-Quando eu fiquei sabendo que você estava com os velhos amigos do senhor Matt, achei que fosse a solução perfeita para acabar com você. E foi não é mesmo?
Estranho pelo fato de ele dizer Matt em segunda pessoa, mais com certeza ele não era o Matt, Ele era um demônio. Sam me falou sobre as características deles, e os olhos pretos eram a marca registrada.
Ele tirou um pequeno canivete do bolso o abrindo em seguida era uma lamina brilhante e parecia muito afiada. O olhei com os olhos arregalados com a mão em meu pescoço que estava dolorido.
-Desgraçado. -Digo tentando me levantar mais minhas pernas estavam fracas.
Ele riscou o canivete em meu braço direito e eu tentei uma tentativa de grito que ele abafou com a mão.
-Não queremos acordar seus amiguinhos não é mesmo? -Ele diz com um sorriso sarcástico.
Ele fez alguns outros cortes lentamente nos meus dois braços os mesmos sangravam ao ponto de escorrer em meu braço e sujar minha roupa e pingar no chão.
Lágrimas descia sobre meu rosto e eu não sabia se gritava de dor, chorava de dor, ou sentia raiva dele, ou raiva de mim por ser burra.
-Fraca... -Ele disse parando um pouco com os cortes. -Do que adianta isso? -Ele diz levantando o pulso que estava a marca estranha. -Se não sabe usar. -Ele diz soltando meu braço.
Minha garganta arranhava pelas minhas tentativas de gritos. E a dor só aumentava.
Ele cortava acima de meus peitos e em minhas pernas, eu estava com sangue por toda a roupa e eu só implorava pela morte.
Ele fazia mais e mais cortes, e eu achava horrível de a que ponto um ser chegaria para torturar alguém provavelmente ele odiava, porque realmente por amor ele não fez aquilo.
-Quem... quem te mandou aqui? -Digo com a voz falhada e ele sorriu.
-Ninguém me mandou aqui. -Ele diz tombando a cabeça para o lado ao ver meu sofrimento começou a sorrir. -Eu quero matar você, porque não quero que você vá com Lúcifer. -Ele diz e eu fico um pouco confusa.
-Então quer o que? -Digo com a respiração acelerada.
-Eles estão apostando um belo prêmio pela sua cabeça no inferno, e eu não posso perder a oportunidade.
-Ótimo... Agora os demônios também querem meu belo corpo? -Digo tentando abrir um sorriso.
Ele sorriu balançando a cabeça.
-É impressionante, mesmo com a face da morte na sua cara você continua com esse seu humor. Eu posso te matar sabia? -Ele diz tentando parecer ameaçador.
Soltei uma risada fraca.
-Você não vai me matar se seus irmãozinhos de olhos pretos me querem, você me matando ficaria de castigo não é mesmo?
Ele me olha furioso e volta a me cortar. Não sinto mais meu corpo de tanta dor. Minha vista começa a ficar um pouco tremida, começo a olhar em volta e vejo que ninguém esta ali para tentar me ajudar, talvez meu destino seja esse, virar a princesinha de Lúcifer e "acabar com a humanidade" Como ele disse. É uma pena, eu ser tão jovem e tão fraca.
Sinto uma luz muito clara sobre meus olhos e de repente o demônio cai no chão.
Lagrimas de desespero descem sobre meu rosto só de pensar que poderia vir mais tortura.
Vejo Castiel tirando uma faca das costas do demônio e me olhando com um olhar apavorado.
-Castiel! -Digo tentando erguer meu braço até ele mais o mesmo tomba para o chão.
-Meu Deus! -Castiel disse se ajoelhando ao meu lado. -Vai ficar tudo bem Lucy...
-Eu acho que eu vou bater as botas. -Digo sentindo um gosto ferroso na minha boca e pequenas linhas de sangue saltam da minha boca eu começava a tossir sem parar.
-Eu acho que é o meu fim. -Digo o olhando nos olhos voltando a me encostar na parede. -Ele toca com os dois dedos em minha testa e de repente todas as feridas saem, mais eu sentia uma dor por dentro e eu não conseguia nem falar. -Ou não. -Digo tentando sorrir.
Ele olhava em meus olhos e eu nos dele. Era como se eu estivesse me sentindo segura.
Ouço alguém arrombar a porta Sam e Dean entram armados.
-Cadê o Matt? -Dean disse depois vendo o que restava do que provavelmente um dia foi o Matt.
-O que ouve aqui? -Sam disse vindo até nós e vendo meu estado deplorável.
-Demônios. -Castiel disse passando meu braço sobre seu pescoço me fazendo levantar.
-O Matt? -Disse Dean confuso.
-Não era o Matt, era algum demônio que possuiu ele. -Castiel disse.
-Lucy o que ouve? -Sam disse me encarando.
-Eu não sei, eu passei pelo corredor e ele me puxou pra cá e começou a me torturar eu não sei direito. -Menti. Bom na verdade eu omiti, não poderia dizer que eu fui até o demônio achando que era só um homem gostoso, eu não tenho culpa tá, eu não sabia... não me culpem. Senti uma dor de cabeça soltando um leve gemido.
-O que ouve? -Castiel disse em um tom preocupado.
-Eu não sei.. ai.. -Digo sentindo como se alguém fincasse algo em meu cérebro. Meu pulso aonde estava a marca começou a doer.
Comprimi os lábios quando senti que a dor só aumentava.
Olhei para a marca vendo a mesma ficar em um tom brilhante. Castiel arregalou os olhos.
-O que é isso Lucy. -Ele disse em um tom de apavoramento.
-Eu não sei. -Digo e de repente solto um berro agonizante de dor, era como se meu braço estivesse queimando. Senti alguma coisa percorrer minhas veias e quando vejo estou no chão e Sam Dean e Castiel tentavam me animar sem sucesso. Era como se eu estivesse ali e ao mesmo tempo não. Fiquei fitando o nada por alguns segundos e quando vejo meus olhos pesam e eu apago.
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