História .dying in LA - .glass of wine

Não era nascido na América, era puramente coreano, não havia sequer uma descendência ou dupla nacionalidade. Mas simplesmente, Doyoung adorava aquele lugar, para ele os Estados Unidos eram o melhor lugar do mundo todo especialmente a cidade de Los Angeles. Não era segredo para ninguém que o passado daquele local era obscuro e até hoje não era uma nação muito calma e pacífica, mas ainda assim tudo que vivia lá era o que queria para sempre. Não aguentava quando os amigos acabavam com o país e as pessoas de lá na sua frente como se sua paixão pela pátria adotada não significasse nada, ninguém levava em consideração que era quase considerado um cidadão americano já que os papéis para seu tão sonhado Greencard estavam em andamento.

Qual o motivo de continuar vivendo ao redor daqueles que não se importavam nem um pouco? 

Pegou o primeiro voo que conseguiu para LA, havia voltado para Seul por um tempo para passar alguns dias com sua família e amigos de infância, mas fora destruído com as palavras de pessoas com quem se importava até demais. 

Ao fundo, alguma música indie rock tocava calmamente provavelmente Panic At The Disco ou Fall Out Boy não estava realmente prestando atenção, bebericava o vinho em uma taça pedida no bar do hotel em que estava hospedado. Escrevia algumas coisas para quando fosse encontrado soubessem o que fazer. 

Desceu um pouco ao bar novamente para reabastecer seu vinho, pois sua garrafa havia acabado e via diversos rostos por ali, sonhadores, vivendo seus dias dourados na grande cidade onde se viam estrelas no chão. Mas naquele momento reflexivo Doyoung sabia exatamente o que deveria fazer. Pegou seu vinho e regressou a seu quarto. 

Naquela taça inocente haviam sido misturados venenos fortes que em pouco tempo iriam o matar. Doyoung estava calmo, parecia um drink em um paraíso, era como se fosse um vampiro bebendo sangue com gelo. Mas tudo bem, ninguém o conhecia e ninguém estava cuidando de si enquanto sua alma escapava de seu corpo. Finalmente descansaria em paz. 

No dia de seu enterro, de volta a Seul, aquelas mesmas pessoas que haviam acabado consigo choravam em seu túmulo. Seu espírito conseguia ver aquela hipocrisia toda. Mas o que ele poderia esperar daqueles com quem tanto se importou em vão?

As pessoas são assim, só te dão valor no seu leito de morte e só se arrependem quando é tarde.