História Dynasty - Jeon Jungkook - Chapter 3

Dynasty

Chapter Three

Kim Luísa On

Seoul, 13:45 PM

— Vocês podem parar de falar dele um segundo? Pelo amor de Deus, eu não aguento mais! "Vizinho gato" para cá, "Jeon Jungkook" para lá. Parem, ele é apenas mais um garoto mimado! Ele quase nos atropelou! — Talvez eu tenha surtado um pouco. Vai, eu apenas não queria mais falar dele. Querendo ou não admitir, sei que ele mexeu de alguma forma comigo, e eu não gosto disso.

— Parece que alguém deu uma surtada, o que lhe estressa, minha querida amiga? — Okay, essa foi a gota d'água. Rosé acabou de me provocar até o limite!

— Eu não quero falar dele. Provavelmente é um metido e chato. Nunca ouvi falar dele, e não me importo em saber nada sobre ele também. E se eu fosse vocês, segurava a emoção. Ele é apenas mais um homem em Seoul, tem tantos gatos espalhados por aí. Tirando que, com toda certeza, os gatos que conhecemos em New York são mil vezes mais bonitos que o Jungkook. — Sim, nem eu mesma acreditava nessas palavras. O Jeon era realmente muito bonito, bonito até de mais...

— 'Tá, prima, vamos mudar de assunto então. — diz Jennie olhando para mim.

— Okay... Que tal tomar sorvete? Podemos ir na mesma sorveteria de sempre e pedir nossos sabores preferidos, e depois podemos ficar sentadas na praça que fica em frente a mesma.

— Sim, faz bastante tempo que não vamos lá. Oh, meu Deus! Estamos perdendo os velhos costumes! — fala Jisoo. Por que tão dramática? Ela poderia dar uma canalizada nesse drama todo. Consegue dar, vender, e ainda sobraria o suficiente para uma nação. 

Ninguém ousou dizer mais nada, pois todas sabiam que dar asa à cobra é um caminho sem volta. Alimentar o drama da Jisoo iria aumentar mais ainda o exagero da mesma. Melhor deixar ela no silêncio da vida. Pelo menos é o que dizem, "Às vezes o silêncio é a melhor resposta".

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Depois de alguns minutos de caminhada, já havíamos chegado na sorveteria e também já havíamos feito nossos pedidos. Jennie ficou encarregada de trazer os mesmos até nós. Eu, Jisoo e Rosé, decidimos esperar na praça. Olhando para o lado vejo, Rosé um pouco dispersa. Ela aparentava estar com o pensamento longe. Melhor questioná-la depois.

Olho para o outro lado da rua, e vejo Jennie trazendo os sorvetes. Assim que chega, ela entrega os pedidos de todas, e se senta ao meu lado. Naquela tarde, conversamos coisas aleatórias, colocamos fofocas em dia, e também conversamos sobre as nossas férias.

Seoul, 15:45 PM

As minhas primas já haviam ido embora, Rosé também já tinha ido para sua casa. E lá estava eu, sozinha mais uma vez. Pelo o que eu sei, meu irmão deve estar chegando. Pelo menos isso de bom.

Ouço a campainha, e como Dongyoon deve estar na cozinha auxiliando as cozinheiras, eu vou lá, mas encontro uma das empregadas abrindo a mesma. Termino de descer as grandes escadas e vejo uma mala passar pela porta, e logo depois uma figura masculina. Logo apresso-me em correr até ele e abraçar-lhe.

— Oh, minha princesa! Como você está? Meu voo iria atrasar, então vim de jatinho, para não descumprir minha promessa a vocês. — O mesmo abraça-me fortemente, e por uma fração de segundos, senti-me segura nos braços do meu pai.

— Eu estava com saudades, appa. Eu estou bem, e o TaeTae também, porém o mesmo não se encontra. Deve chegar daqui a pouco. — O mais velho desfaz o abraço e sobe as escadas com as malas.

Ele logo começa a falar sobre como foi sua viagem enquanto eu subia atrás dele, ouvindo cada palavra que o mesmo dizia.

— Então quer dizer que os lucros aumentaram e que a empresa está em um ritmo harmonioso? E que mesmo sem planejar, o senhor fechou uma parceria com uma empresa chinesa? Nossa, que notícias boas, appa! Fico muito feliz pelo senhor, parabéns!

— Sim, mas tem alguma novidade? Algo de interessante aconteceu nesse tempo que fiquei fora?

— Não muita, mas temos novos vizinhos. Se não me falha a memória, a casa ao lado da nossa foi comprada pela família Jeon. Eu até conheci o filho dos vizinhos, ele quase atropelou-me junto com minhas primas e Rosé, hoje mais cedo.

— Jeon? Acho que os conheço de algum lugar, mas que tal um jantar de boas-vindas, em? Seria bem receptivo!

— Acho que um jantar seria ótimo. — Deixo um sorriso falso em meu rosto, ao ouvir as palavras do mais velho. — Quer que eu mande Dongyoon convidá-los pessoalmente, appa?

— Não, para que mandar recado? Um Kim tem que ir lá. Nesse caso, você que fará isso pessoalmente. 

— Eu? Olha, appa, acho que a Dongyoon saberia melhor o que fazer. 

— Isa, está decidido. Você vai lá pessoalmente convidar os Jeon para um jantar formal, aqui em nossa casa. Enquanto isso, pedirei para Dongyoon mandar as cozinheiras prepararem um cardápio variado.

— Eu posso fazer isso, além do mais, o senhor que os conhece. Por favor, appa!

— Como dito anteriormente, você que irá. Na verdade, não sei o que ainda faz aqui. Ande, quero que vá agora, Luísa!

— Okay, okay! — Me curvo e retiro-me. Vou ao meu quarto escovar os dentes, para que eu posso seguir para a casa ao lado.

Assim que desço as escadas e saio pela porta principal, me pergunto se não devo ficar no jardim e depois entrar em casa, falando que eles estavam ocupados. Melhor não! Meu pai acabaria descobrindo. Okay, estou sem opções.

Sigo para a casa ao lado e peço para que o segurança da entrada deixe-me entrar. Assim que passo pelo mesmo, vou em direção à grande porta de madeira e finalmente toco a campainha. Passa alguns segundos, até que vejo uma mulher de aproximadamente 26 à 30 anos, atender a porta. Pelas suas vestes, eu diria que ela é uma empregada, já que se encontra trajando um uniforme doméstico.

— Boa tarde, chamo-me Kim Luísa. Eu sou a vizinha e venho fazer um convite em nome de meu pai. Eu poderia falar com o senhor Jeon? — A mesma encara-me, provavelmente não indo com a minha cara. Como se eu ligasse para o que uma empregada acha ou deixa de achar de minha pessoa.

— Okay, só um minuto, Srta. Kim? 

— Sim, minha querida! Kim Luísa.

Ouço uma voz grave e grossa por trás da porta e logo ouço a empregada pronunciar-se:

— Senhores, é uma tal de Kim Luísa. Ela disse que tem um convite.

— Mande-a entrar, Jisui. — fala a tal pessoa por trás da porta. 

Depois de sua fala, ouço a empregada, agora nomeada como Jisui, abrir um espaço para que eu passasse. Entro e logo vejo o Sr. Jeon e o Jungkook. Me curvo e os vejo fazer o mesmo.

— Olá, Sr. Jeon. Seja muito bem-vindo! — digo um pouco nervosa, em um tom simpático, junto com um sorriso que, eu julgaria ser bem carismático. 

— Olá, minha querida! Muito obrigado, mas o que lhe traz aqui?

— Ah, meu appa, o Sr. Kim disse que te conhece e que adoraria que vocês fossem jantar em nossa casa esta noite.

— Seu pai é o Kim Juyeyoon? Oh, eu estudei com ele em minha juventude, éramos muito amigos. Infelizmente, quando voltei para Busan, afastamos-nos e perdemos o contato.

Vejo Jungkook arregalar os olhos e aproximar-se de seu pai para sussurrar algo em seu ouvido. Jungkook parecia querer que eu não ouvisse, mas seu pai se pôs à falar e nem fez questão de sussurrar.

— Você conhece a Srta. Kim, Jeon?

— Sim, quando saí para passear hoje mais cedo, esbarrei com a mesma e com suas amigas. — Ele responde no mesmo tom que seu progenitor. 

— Ah, sim, entendo. — diz e finalmente parece disposto à dar-me uma resposta — E sobre o jantar, claro que aceitamos, será um prazer rever seu pai, Luísa. Da última vez que lhe vi, você tinha apenas 3 anos, e Jungkook 4. Não sei se lembra de mim e dele.

— Sinto muito, não lembro, Sr. Jeon... — digo com um semblante de confusão.

— Sem problemas, minha querida. 

— Bom, tenho que ir. Até mais tarde, Sr. Jeon! Até mais tarde, Jungkook! — Me curvo, e a Jisui abre a porta para que eu saísse.

Passo pelo Jardim, pelos seguranças, e logo depois passo pelo meu segurança, e meu jardim. Adentro em minha casa e meu pai sai da cozinha, reparando minha presença.

—  Ah, já voltou? O que eles falaram? Eles vão vir para jantar? Ele se lembrou de mim?

— Olá, de nada em primeiro lugar! Bom, o senhor Jeon e sua família virão sim para o jantar de hoje.

— Oh, que bom! Mas não me respondeu... O senhor Jeon lembrou-se de mim?

— Bom, ele lembrou em partes. Ele falou que vocês já estudaram juntos e lembrou também do seu nome. Se eu não me engano, falou que vocês eram bem amigos, porém afastaram-se quando ele foi para... Busan? É, acho que foi isso mesmo que ele me disse.

— Nossa, ele tem uma boa memória. Então agora que tenho certeza que eles virão, vou agora mesmo conferir os detalhes do jantar. Quero que tudo fique perfeito! E antes que eu me esqueça, obrigado por ter ido lá, mesmo que isso não passe de sua obrigação, Srta.!

— De nada, appa. Também irei deixar as coisas  prontas.

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Seoul, 19:25 PM

Finalmente chegou o horário do tão esperado jantar com os Jeon. Eu já estava pronta com meu vestido preto, que ia até meus joelhos, e com um salto não tão alto, preto também. Decido deixar meus cabelos soltos, além de passar um batom vermelho e um rímel. Não quero parecer um palhaço de circo também. Me olho mais uma vez no espelho e decido que finalmente estava faltando algo. Olho para minha penteadeira e lá estava! Sigo em sua direção e pego o colar que minha mãe me deu quando completei meus 15 anos. Coloco o mesmo e agora sim, posso dizer que estou pronta.

Desço as escadas com pressa. Adentro na sala de jantar, e lá estava meu appa e a... Satome? Vejo os dois virem em minha direção, e assim que os mesmos param à minha frente, meu appa se pôs à falar. 

— Uau, está linda como sempre, meu amor!

— Obrigado, appa! Vocês também estão perfeitos, mas a Satome não estava no Canadá, visitando a empresa dela? Não sabia que voltaria tão cedo.

— Ah, minha querida, as coisas acabaram antes do esperado e eu decidi vir para Seoul logo. Além do mais, amanhã será seu primeiro dia de aula no último ano. Eu não perderia por nada o primeiro dia de aula da minha filha postiça. 

— Obrigada, Satome, você é uma ótima madrasta! Fico feliz de saber que estará em meu colégio amanhã. — A mesma abraça-me e eu retribuo de imediato. 

Satome é minha madrasta há exatos 4 anos. Ela sempre me trata como filha, mas é nova que meu appa, pois tem apenas 36 anos, enquanto ele tem 44. A mesma apoia-me bem mais que ele, às vezes.

Ouço o som da campainha fazer-se presente e Dongyoon se apressa em abrir. Nós três seguimos a mesma e vamos até o hall de entrada. Vejo Taehyung descer as escadas rapidamente, com sua roupa social. Ele para ao meu lado, e assim como eu, direciona seu olhar para a porta de entrada.

Dongyoon abre a porta e logo vejo o Sr. e a Sra. Jeon passarem por ela. Meu appa e Satome logo vão cumprimentá-los. Olho para a porta novamente e por lá passa Jungkook, que estava com um terno vermelho. Sim, vermelho! Ele estava muito lindo. Seus cabelos estavam alinhados e eu não demorei para sentir seu aroma amadeirado. 

Tae dá um passo à frente e passa a cumprimentar os senhores. Eu sigo suas ações e curvo-me em sinal de respeito.

— Boa noite, senhores. Sejam bem-vindos. — Os mesmos apenas sorriem em resposta.

Sigo em direção a Jungkook, que não tira seu olhar de mim. Ele não desvia nem por um segundo sequer. Paro rente ao mesmo e ele morde o canto do lábio inferior, o que de certa forma foi muito sexy.

— Boa noite, Srta. Luísa.

— Boa noite, Sr. Atropelador de Garotas Indefesas, vulgo Jeon Jungkook. 

Continua...