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História Dynasty - Doubts.


Escrita por: adcstefania e danvxrz

Notas do Autor


Demorei mas voltei! Hahaha como foi o carnaval de vocês? Espero que tenha sido bom. Obrigada a todos que estão acompanhando essa história!

Boa leitura.

Capítulo 13 - Doubts.


Fanfic / Fanfiction Dynasty - Doubts.

                  Meghan's Pov


Dois dias se passaram e Elizabeth ainda continuava me ignorando ou jogando na minha cara que um tal de Jasper a estava fazendo rir, o que era patético, já que ela não acha graça de e com ninguém. Confesso que aquela atitude infantil dela estava me irritando, mas ela teve as suas razões, eu também fui infantil em provocá-la com Chloe, então merecia levar o troco, mas diferente de mim, Elizabeth falava do Jasper de cinco em cinco minutos, ou seja, já estava passando dos limites. Respirei fundo ao entrar na sala de reuniões, pois os acionistas estavam loucos e indignados, já que sumiu mais cinco milhões da conta da empresa e ninguém sabe o paradeiro de tal quantia. Joguei minhas anotações sobre a mesa, chamando a atenção de alguns acionistas e da minha chefe, a mesma me olhou com uma certa raiva já que cheguei atrasada de propósito. Me sentei na cadeira e me deixei dispersa ao assunto, fechei os olhos recostando minha cabeça no encosto da cadeira e suspirei. 

– Mas isso é um absurdo! — Um rapaz falou alto, me despertando. – O dinheiro some e você não sabe o que fazer? Que tipo de presidente você é? — Olhou com raiva para Elizabeth, que sorriu irônica. 

– Eu sou do tipo que contrata uma equipe eficiente para me ajudar em tempo de crises como essa. — Ajeitou seu cabelo. 

– Tem certeza? Pois não é o que parece. — Ele retrucou com um sorriso debochado. – Bom, uma mulher na presidência, é nisso o que dá. 

Olhei brevemente para minha chefe, que respirou fundo ao se levantar, logo ela caminhou em direção ao rapaz de cabelos grisalhos, que engoliu a seco. Ela era assim, por mais que ela demonstrasse ser fraca, ela era forte e causava tremor em qualquer pessoa e não seria diferente com os acionistas. 

– Minha mãe que criou e ergueu essa empresa, meu pai de início foi contra, disse que ela não seria capaz e ela foi, deu o seu nome virou uma marca mundial, bastante requisitada, o caminho não foi fácil, pois ela sofreu com comentários machistas igual ao seu. — Respirou fundo olhando nos olhos do rapaz. – Crises infelizmente acontecem, em qualquer empresa ou em qualquer lugar, mas felizmente eu tenho uma equipe competente para me ajudar, a Srta. Murdock está aqui de prova, ela em menos tempo de empresa, é mais competentes que todos vocês juntos. 

– Sra. Sloane eu... — Tentei falar algo, mas a mesma me interrompeu com o dedo indicador. 

– Mas sabe qual o mais engraçado disso? É que o seu comentário não me abalou, mas o que te abala é saber que você é submisso à uma mulher, quer dizer, duas, você trabalhou para a minha mãe. — Deu de ombros ao voltar para a sua cadeira e se sentar. – Mas eu não preciso de você e pelo visto nem você de mim, pode pegar as suas coisas e sair por aquela porta, e quem quiser se juntar ao colega, podem ir também. — Entrelaçou os dedos sobre a mesa nos encarando. 

– Ou você poderia se afastar temporariamente. — Um outro rapaz falou ao meu lado, o encarei séria. – Por mais que essa sua secretária seja competente, ela não vai ser capaz desvendar para onde o dinheiro foi e muito menos você, então sugerimos que se afaste e deixa que nós resolvemos o problema. 

– Espera. — Elizabeth sorriu surpresa. – Vocês decidiram isso quando? Hoje? Pois bem, eu como presidente dessa empresa, decido aqui e agora que não irei sair! Ou vocês acham que eu sou alguma covarde? É o meu nome em jogo e eu vou limpar ele! — Se levantou apoiando as mãos na mesa. – Mas vocês devem achar que sou eu... Vocês dois, saiam daqui agora! — Falou séria para os homens que se entreolharam espantados. – Não escutaram? Não entenderam? Saiam! Agora!

[...]

Ajeitei meu óculos no rosto enquanto mexia em meu notebook à procura da fonte de onde havia sido retirado mais cinco milhões da empresa, é claro que eu estava desconfiando daquele usuário, mas talvez possa ter sido um erro no sistema financeiro também, nunca se sabe. Olhei a ruiva brevemente e a mesma estava com um olhar perdido em sua mesa, o queixo apoiado em sua mão direita e as pernas cruzadas, mostravam o quanto ela estava irritada com tudo e com todos, eu até iria falar algo, mas como não quero mais discutir com ela, melhor ficar calada e continuar o meu trabalho. Me ajeitei na poltrona e senti o olhar de Elizabeth em mim, logo desviei meu olhar da tela, para a ruiva. 

– Obrigada por ter ficado na reunião. — Disse em tom neutro.

– Só faço o meu trabalho. — Sorri breve para a ruiva, que balançou a cabeça.

– Você e a Chloe, estão bem? — Continuou me olhando. 

– Sim, ela é uma ótima colega de trabalho. — Voltei a olhar para a tela do notebook. Não queria entrar nesse assunto agora. 

– Entendi. — Continuou seu tom neutro. – Mas pelo visto ela está um pouco irritada com você, tendo em vista que para ela a noite não acabou muito bem. 

– Bom. — Fechei o notebook e retirei meu óculos. – Acho que vou almoçar, a senhora deseja algo diferente, ou vai ser o de sempre? — Me levantei pegando as minhas coisas, mas não a olhei. 

– Tanto faz, Murdock. — Sua voz saiu baixa e cansada. 

– Certo. — Acenei com a cabeça e saí da sala um pouco apressada.

Eu sei que Elizabeth estava chateada com meu comportamento, mas eu não quero misturar as coisas no momento, eu não estava com cabeça para isso, ainda mais agora com esse rombo dos cinco milhões, era algo a mais para me preocupar e investigar, mais dias trocando a noite pelo dia e mais preocupação com a minha chefe, pois eu sei que ela cederia para os seus remédios novamente e por mais que eu a conheça pouco, eu sei o quanto que aqueles comprimidos afetam a sua saúde. 

Resumindo tudo, eu quem estava segurando o último pedaço da corda que segurava Elizabeth Sloane do abismo e eu irei fazer de tudo para que ela não se rompa. 

--

Dei um pulo na cadeira por conta do susto, afinal, eu aproveitei o horário do almoço para tirar um breve cochilo em uma das salas vazias do andar debaixo, já que noite passada não consegui pregar o olho. Meu celular tocava um pouco alto devido ao eco que fazia, olhei no visor e era Chloe. 

– Oi. — Falei com a voz um pouco rouca. – Está tudo bem? — Me levantei ajeitando minha roupa e cabelo. 

– Sim, é que eu estava chegando aqui no prédio e o Larry pediu para te chamar. — Sua voz saiu neutra. 

– Ok, já estou descendo. — Saí da sala e tranquei a mesma recebendo alguns olhares. – Hum... Chloe? 

– Sim? — Escutei uma outra voz feminina. 

– Nada... Só avisa ao Larry que estou descendo. — Entrei no elevador e apertei o botão que levava até o saguão. 

– Eu já avisei, agora vou desligar, tchau.

Desligou a ligação me fazendo soltar o ar pesadamente, Chloe e eu ainda estávamos estranhas, mas aos poucos a estranheza estava passando, bom pelo menos por minha parte. Assim que saí do elevador, vi Chloe brevemente conversando com uma morena alta, elas estavam em um papo descontraído e alegre, já que haviam trocas de sorrisos ali, mas voltei minha atenção para Larry, que abriu a porta do carro para mim e logo deu a volta entrando no mesmo. 

– O que houve, Larry? — Falei um pouco preocupada, mas olhei o mesmo digitar algo em seu celular, o olhei sem entender, mas ele logo me mostrou a mensagem. 

"Achei uma escuta no carro, ainda não desativei, então vamos manter uma conversa formal."

– Sra. Sloane está precisando de um vestido de grife e eu não sei escolher. — Sua voz saiu naturalmente, como se ele não estivesse sabendo da tal escuta. 

– E que vestido seria esse? — Perguntei olhando para a frente, assim que o mesmo ligou o carro. 

– Ela falou que era um azul, não sei ao certo, mas que ela quer para hoje. — Me olhou brevemente. 

– Ok, mas antes podemos beber um café? Eu estou morta de cansada e mal dormi essa noite. — Sorri para o motorista que concordou. 

Decidimos ir para uma cafeteria um pouco mais longe da cidade, pois segundo Larry, a escuta perderia uma certa frequência, e só assim ajudaria na remoção do mesmo. 

– Eu estava arrumando algumas coisas no porta-luvas do carro e encontrei algo piscando, eu estranhei aquilo, mas aí quando peguei o objeto, eu percebi que era uma escuta, e bom, ele tem um limite de distância para funcionar. — Larry deu de ombros. 

– Elizabeth sabe disso? — Perguntei preocupada. 

– Não, e nem quero que saiba Srta. Murdock. — Me olhou preocupado. – Por favor. 

– Não, ela não vai saber, e por favor, me chama de Meghan. — Sorri para o motorista que concordou. – Agora é melhor voltarmos né, mas antes temos que tirar essa escuta do carro. 

– Sim, e eu acho que já sei mais ou menos como tirar.

Após irmos ao Central Park e jogarmos a escuta no lago, voltamos para o prédio e assim que eu subi, vi Elizabeth com seu casaco e bolsa em mãos, assim que a mesma passou por mim, segurei em sua mão fazendo com que ela parasse no meio do caminho e me olhasse, percebi um certo desconforto e raiva em seu olhar. 

– Está tudo bem? 

– Preocupada comigo, Murdock? — Sorriu debochada.

– Depois da reunião estressante de hoje, é algo a se preocupar. — Continuei segurando em sua mão. 

– Não precisa, eu vou me encontrar com uma pessoa agora e só volto amanhã. — Desvencilhou sua mão da minha e saiu em direção ao elevador, continuei a olhando até a porta do mesmo se fechar, quebrando o nosso contato visual. Droga Meghan, isso que dá, quis ignorar, agora perdeu a chance de se redimir com Elizabeth. Abaixei a cabeça e voltei ao meu trabalho, mas minha mente começou a martelar pensando em Elizabeth se encontrando com o tal do Jasper, eu não queria mais sentir aquilo que eu senti dois dias atrás, pois me machuca muito e não queria admitir para mim, que eu estava me apaixonando por Elizabeth Sloane.


Elizabeth’s Pov


Era a minha terceira taça de vinho tinto, e o álcool estava fazendo um eco no meu estômago vazio. Passei o resto do dia deitada no meu sofá, nada produtivo eu diria, mas eu precisava desse tempo. Meghan agora está achando que estou em algum encontro ou algo assim, e está me incomodando, mentir que estou bem e que estou saindo com alguém para ela está me deixando incômoda, é estranho, mas é como se parte de mim não quisesse mentir para ela.

Balancei a cabeça e bebi o resto do vinho da taça, enchendo a mesma novamente, fechei os olhos e puxei o ar para os meus pulmões, mas ao abrir fixei os mesmo em um ponto específico. Era um porta-retrato pequeno dourado que ficava na prateleira de frente ao sofá, nele tinha uma foto minha com a Madeleine, e ao lado um vaso com peônias, eram as favoritas da minha mãe, que consequentemente se tornaram as minhas favoritas também.

– Madeleine Sloane, por quê me deixou sozinha aqui? — Direcionei a taça para a foto e enxuguei uma lágrima que caiu solitária. – Por quê?


Flashback on.

– Eu não acredito que você vai continuar com essa palhaçada! — Eu ouvia meu pai gritar com minha mãe do corredor, eu tinha acabado de chegar da faculdade, e não estava impressionada com a gritaria dele, já era algo diário. Ele gritava e falava coisas absurdas pelo fato de que minha mãe queria tornar o seu negócio em algo gigante, e não iria ser uma dona de casa submissa ao seu homem, meu pai machista, claro que não aceitava, principalmente por minha mãe me ensinar tudo e sempre me falar que devo seguir seus passos, que devo ser uma mulher de sucesso e não deixar homem nenhum pisar em mim. Agarrei os livros em meus braços com força e fechei os olhos, iria ficar ali no corredor até que ele saísse. – Não basta você ir nesse pensamento de que será uma grande mulher de negócios sozinha, tem que arrastar a Elizabeth com você!

– Só assim ela não vai precisar lidar com esse tipo de situação. — A voz da minha mãe saía calma, ao contrário a do meu pai que estava alterada. Me aproximei da entrada da sala e pude ver ela sentada no sofá com as pernas cruzadas enquanto o homem andava de um lado para o outro. – Sabe qual o seu problema? Toda essa revolta? Por que você é um fracassado! Você não consegue enxergar que sua mulher consegue levantar um império enquanto você se afunda no seu servicinho de merda.

– Cala a boca Madeleine. Cala a boca ou-

– Ou o que Harry? Vai me bater? Vai faz isso, se iguala aos seus amigos também machistas. — Minha mãe não tinha medo dele, nem de falar o que queria, e isso eu admirava nela. Meu pai não disse mais nada, apenas lançou um olhar de ódio para cima de Madeleine e subiu as escadas com pressa. Pude sentir a raiva dele sair de seu corpo e passar por toda a casa, minha mãe apoiou a cabeça em suas mãos e então eu entrei na sala, posicionando meu corpo ao lado e acariciei suas costas com minha mão direita.

– Eu sinto muito mama. — Falei em um tom baixo.

– Oh querida, não se preocupe com isso, não é nem a primeira vez que ele faz isso né?! — Ela disse sem me olhar e eu apenas assenti sem dizer uma só palavra. Minha mãe ajeitou sua postura e segurou meu rosto fixando seu olhar ao meu. – Me prometa que não deixará isso acontecer com você, me prometa que não deixará homem algum destruir sua vida, pessoal e profissional, por puro ego. Você é tão especial Liz, você tem um futuro brilhante, e você vai conseguir manter tudo que eu estou construindo, pode até criar o seu próprio negócio, eu acredito na sua capacidade.

– Oh, mama… — Ameacei lançar lágrimas mas minha mãe me repreendeu e eu suspirei. – Eu prometo, estarei ao seu lado sempre, e te darei muito orgulho.

– Eu sei meu bem. Agora vem, aposto que está faminta. — Madeleine levantou me puxando pela mão em direção a cozinha, sorri para ela e ela retribuiu o gesto e por um momento, um breve momento, eu esqueci que tinha um péssimo pai.

Flashback off.


As lágrimas não paravam de cair depois dessa lembrança, agora com a foto apoiada sobre meu peito, tudo estava desabando de vez. Eu estava sozinha no mundo, depois que minha mãe se separou do Harry ele sumiu do mapa, e depois que ela morreu… bom, eu já não tinha mais ninguém. Eu não aceitava que ela tinha ido embora para sempre, não podia aceitar que havia perdido a única pessoa que me ensinou a ser quem eu sou hoje.

O peso de tudo caía como uma âncora em meus ombros, tudo que está acontecendo, todos os problemas e essa crise, esses roubos, a culpa era minha, eu estava deixando o império da minha mãe cair e eu já sinto que não tenho forças para lutar. Coloquei a foto sobre a mesinha de centro, enxuguei as lágrimas respirando fundo e afastando todos os pensamentos negativos e depressivos e levantei do sofá um pouco tonta devido ao álcool, procurando por meu celular em minha bolsa.

– Alô Elizabeth, está tudo bem? — Após o terceiro toque pude ouvir sua voz, a voz de Meghan saiu um pouco sonolenta e apressada do outro lado da linha, o que eu estava fazendo? Passei a mão na testa nervosa, era tarde, eu bebi, estou completamente em um momento frágil e ligo justamente para minha secretária, parabéns Elizabeth Sloane, está fazendo tudo certo. – Fala alguma coisa, estou ficando preocupada.

– Desculpe, eu…

– Por favor, não diga que ligou errado, vai estar mentindo. E você mente muito mal. — Uma risada fraca mas com deboche saiu da sua boca me fazendo esboçar um sorriso largo.

– Eu só queria conversar, e acho que você é a minha melhor opção no momento. — Limpei a garganta e o silêncio reinou entre nós duas, sua respiração parecia pesada, cortei o silêncio. – Droga… esquece Meghan, tenha uma boa noite.

Desliguei.

Desliguei sem deixar que ela me dissesse algo mais. Me joguei no sofá novamente tomando todo o resto do líquido escuro da taça.


Notas Finais


Elizabeth vulnerável???? Temos!
E ai o que estão achando? O próximo vai vir rapidinho, prometo.

twitter: @/debnamchastain @/danvxrz, nos chama lá!
meu cc: http://curiouscat.me/alldebnam (mandem amor e não hate pfvr eu recebi demais esses dias e foi horrível o tanto de palavras de ódio que li).
História também postava no wattpad.

até mais <3


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