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História È Amor,Acontece... - (Sparia) - Toby


Escrita por: Invisivelmenteb

Notas do Autor


ME DESCULPEM!
Eu falei que não iria demorar e aqui estou eu com mais de um mês de atraso.
Tenho uma justificativa,justificativa a qual provavelmente vai despertar uma raiva interior em vocês...Eu esqueci :')
Sim,eu simplesmente esqueci de atualizar. Sei lá o que deu em mim,mas quando eu demorar pra atualizar de novo,podem me encher de mensagens porque é bem provável que eu tenha esquecido de novo ;-;
Maaaaaaaas,fiquem agora com este capítulo escrito com carinho e amor para vocês <3
Um beijo na bunda :*
Espero que gostem!.

Boa leitura!!!

Capítulo 35 - Toby


POV SPENCER

As meninas já dormiam. Aria estava enroscada em meu braço o abraçando com força,desvincilhei-me da mesma com cautela,fazendo o máximo que podia para não acorda-la.

Deviam ser por volta das onze da noite,coloquei um casaco e sai do apartamento,precisava de ar,podia sentir minhas mãos tremendo e o suor escorrendo pelo meu rosto. Merda.

Fechei a porta tentando não fazer barulho,as chaves ficavam se batendo com os movimentos bruscos que eu fazia. Isso está cada vez mais difícil.

Tudo parecia lento de mais,meus batimentos fora do compasso aumentavam o meu desespero,minha visão turva piorava a situação,o elevador se afastava a medida que eu tentava me aproximar. Meus pulmões trabalhavam como nunca antes e o calor parecia infernal. A única coisa que eu pensava,mas sabia que não podia,os malditos comprimidos.

Desci com a costa na parede e deslizei de forma lenta,precisava me acalmar:

Vamos Spencer…

Com os olhos fechados consegui controlar o pouco que pude da minha respiração,aproveitei e entrei no elevador rapidamente. Quem sabe o ar fresco pudesse me ajudar.

Pareceu uma eternidade até o elevador chegar no térreo,o recepcionista me cumprimentou mas me limitei a lançar um pequeno sorriso ao mesmo,era o máximo que conseguia naquela situação,ao sair do prédio uma brisa leve e rápida tocou meu rosto,aquilo me acalmou,minimamente,mas acalmou.

Eu ainda sentia o desespero,era sempre assim,não na mesma frequência de antes,mas continua a mesma coisa. Tudo começava a ficar embaralhado na minha cabeça. Essa era a famosa abstinência.

Quando me virei para o lado,um corpo esbarrou-se com o meu,suspirei,o perfume masculino que eu adorava sentir:

—Toby?.

—Spencer.- ele tinha um sorriso que logo sumiu,sendo substituído por uma expressão preocupada -Você não está bem.

Meus olhos lacrimejaram:

—Tá acontecendo de novo.

O loiro me abraçou,beijando o topo da minha cabeça enquanto afagava minha costa,começamos a andar. Não fazia ideia para onde iriamos,mas confiava subitamente nele. Só ele conseguia me acalmar nesses momentos,pois sempre foi ele a estar do meu lado quando isso acontecia.

                           (…)

Está melhor?.

Assenti sorrindo levemente:

—Obrigada.- foi a vez dele de sorrir.

O mesmo sentou-se ao meu lado no sofá,era uma pequena casa,provavelmente alugada,tapetes de crochê e vasos com flores desenhadas não é bem a cara dele:

—E então,o que faz aqui?.- perguntei enquanto ele servia café para nós dois.

—Estou construindo uma casa,bom,cheguei hoje cedo então…Não há muita coisa feita ainda.- riu fazendo uma careta logo após.

Eu sentia falta dele,desse sentimento acolhedor que ele me passa. Foram anos juntos,e essa separação repentina não é tão fácil quanto eu achei que seria:

—Mas e você,como está indo?.

Beberiquei o café antes de responder:

—Muito bem.- sorri -Eu sentia falta daqui.

—É uma cidade acolhedora.- o fitei com uma expressão de,"sério?" -Não,definitivamente não.

Gargalhamos.

E a conversa fluiu,pensei que quando nos encontrássemos novamente o clima seria pesado, porém,a atmosfera estava tão leve que mal percebi as horas passarem e até mesmo minha crise eu havia esquecido.

Toby tinha esse poder,infelizmente:

—Uou, são duas horas da manhã.

—É sério?.- ele mostrou-me o relógio em seu pulso -Passou rápido demais.

—Realmente.- sorriu parecendo lembrar de algo -Ah! Olha o que eu encontrei nessa casa.

O mesmo saiu correndo,igual uma criança quando vê um carrinho de sorvete. Soltei uma risada ao presenciar a cena.

Logo Toby voltou com uma caixa bem conhecida por mim:

—Scrabble.- disse animada.

Arrumamos o tabuleiro em cima do sofá,eu realmente estava animada. Scrabble é o melhor jogo de tabuleiro que já joguei,e Toby viva jogando comigo quando estávamos no tédio:

—Que os jogos comecem.

—Você sabe que vai perder,Cavanaugh.



POV ARIA

Spencer tinha um lindo sorriso no rosto,trajava um vestido branco de brilho estonteante que combinava com a pequena coroa do véu. Seus cabelos estavam presos em um coque perfeitamente arrumado,seus lábios estavam mais vermelhos por conta do batom.

Linda.

Meu peito se enchia de alegria a cada passo que ela dava,o descompasso da minha respiração denunciava o tamanho nervosismo. Sorri. O maior sorriso que já dei em toda minha vida.

De relance pude ver que minha família e a de Spencer estavam presentes,mais alguns amigos e…Céus,tem bastante gente aqui.

A marcha nupcial começou a ser tocada,suspirei fechando os olhos por alguns instantes,Spencer aumentou o sorriso em seu rosto e iniciou sua caminhada em minha direção.

E tudo passou em câmera lenta,seu rosto perdendo o riso devagar,a palidez surgindo e ao fundo todos gritando e começando a se esbarrar. Mas antes,um som de tiro. O vestido antes branco,agora tinha uma coloração vermelha no peito,no lugar onde se encontra o coração.

Spencer caiu no chão,mas antes,foi perceptível um "eu te amo" sair de seus lábios.


Acordei com a respiração acelerada e um aperto no peito.

Tampei meu rosto com as mãos e soltei um soluço abafado. Eu odeio pesadelos:

Aria…?.

A voz rouca de Amy chamou,logo senti o assento ao meu lado afundar e seus braços me rodearem:

—Você está suando frio.- apontou com calma,ela sabia.

As lágrimas escorriam com rapidez pelo meu rosto,repassava as palavras da psicóloga em minha cabeça,"não é real,Aria". Retribui o abraço que recebia,e inspirei fortemente o perfume de Amy,ele me acalmava,a vida inteira ela usou esse mesmo perfume:

—Quando se sentir melhor,a gente vai na cozinha e você toma uma água enquanto eu conto minhas histórias de Londres. Pode ser?.- assenti ainda abraçada a ela.

Foram alguns minutos assim,o aperto em eu peito foi afrouxando conforme as carícias de Amy em meu cabelo,minha respiração suavizou e as lágrimas cessaram.

Desencaixei meu rosto de seu pescoço e ela sorriu:

—Água?.

—Água.- sussurrei em resposta.

Levantamos juntas rumo a cozinha,observei minha prima pegar o copo e enche-lo de água para logo após me entregar. Bebi o mesmo em poucos segundos,eu estava com muita sede:

—Eu te contei o porquê parei de fazer minhas corridas matinais?.- neguei me sentando no balcão -Um cachorro me perseguiu um dia.

—O que?.- prendi a risada.

                           (…)

Meu Deus!.

Eu gargalhava junto a Amy,minha barriga doía e o ar me faltava, parecíamos duas hienas:

—Eu não tive culpa! Ele que não parava de me encher o saco em plena tpm.

Limpei as lágrimas depois de mais algumas risadas,um sorriso calmo preenchia meu rosto e o de minha prima também.

Julie me lançou aquele olhar de quem pede permissão,suspirei:

—O que te deixou tão desesperada quando acordou?.

Mordi meu lábio ao me lembrar da cena:

—Tive mais um daqueles pesadelos,só que dessa vez foi com a Spencer.

—Fazia tempo que não tinha eles?.

—Algumas semanas.- meus ombros caíram junto com meu rosto,que logo foi levantado.

—Não acha melhor voltar com as consultas?.- neguei.

—Eu consigo resolver isso sozinha,Amy.

—Tudo bem.

Escutamos o barulho da porta sendo aberta,imediatamente nosso foco mudou para uma Spencer entrando toda sorridente no apartamento. Quando nos viu o sorriso em seu rosto sumiu gradativamente.

Não havia notado a ausência da mesma:

—Spencer?.- Amy perguntou tão confusa quanto eu.

—Ah,oi meninas.- trancou a porta -Eu…Fui só tomar um ar lá fora.

O perfume masculino que ela exalava não dizia o mesmo:

—Certo.- recebi um pequeno aperto no meu ombro e logo a Jordan se retirou.

—O que vocês faziam acordadas?.- a Hastings perguntou tirando o casaco que usava.

—Eu tive um sonho ruim.

—Está melhor?.

—Estou.

Ela se aproximou me abraçando. Esse literalmente não é o perfume dela,droga Spencer:

—Eu te amo.- sussurrou.

—Eu também te amo.



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