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História É Real? - Zayn Malik - Beijos


Escrita por: JuDoski

Capítulo 10 - Beijos


Deixamos de conversar um pouco depois que ele disse para eu parar de dizer coisas como as quais eu havia dito segundos atrás.

Depois dos ingressos fomos para o balcão da pipoca, no qual fomos atendidos com exclusividade por ele ser quem é. Ele já está tão acostumado a ser tratado assim que a reação dele é simplesmente zero. Ele não reage aos “favores” que as pessoas fazem para ele, ele simplesmente agradece a todo mundo e muitas vezes eu sinto que não é com sinceridade.

Ele pega uma pipoca grande e um copo de refrigerante também grande. Na hora de pegar os canudinhos, ele pega apenas um, o que me fazia questionar muitas coisas. Eu deveria comprar minha própria comida? Não, ele havia dito que compraria para mim... eu ia tomar no mesmo canudo que ele?

Fomos a caminho da sala, onde outros funcionários fizeram a questão de nos levarmos para um lugar onde ficaríamos afastados das outras pessoas.

Não fomos levados ao melhor lugar da sala, que para mim o melhor lugar é a cadeira do meio da ultima fileira. Fomos levados para a ultima fileira, só que nas cadeiras do canto direito, onde poderíamos ficar nas duas do meio, com uma cadeira vaga de cada lado.

Ao nos sentarmos Zayn me explicou o negocio da pipoca e do refri. Ele disse:

- Toma! Você segura a pipoca, pode comer quanto quiser. O refri vai ficar aqui no meio, não se importa em dividir o canudo comigo, né?

Respondo muito apaixonadamente rápido:

- Não! Nem um pouco...

Eu olhava para ele com um olhar de impressionado e ao mesmo tempo de apaixonado. Parecia que ninguém nunca tinha feito àquilo comigo, o que realmente nunca aconteceu.

Como era mesmo a primeira vez, aquela expressar era sincera.

Em seguida, ele vê meu celular no meu colo e o pega sem pedir minha permissão. Ele simplesmente toma o celular do meu colo e começa a mexer nele naturalmente, como se fosse apenas jogar um joguinho enquanto o filme não começa. Tento pegar o celular de volta e ele reclama:

- Ei! Não vou travar seu celular. Deixa-me mexer.

Ele me pede como uma criança que deseja muito ganhar um celular dos pais.

Recuo minha mão, rindo abafado com o jeito dele.

Ele olha para a minha capa de inicio que era dele, depois de debloquear o celular. Nesse momento ele fica alguns segundos olhando para se mesmo e depois comenta o seguinte:

- Sério? Essa foto de um mês atrás?

- É a mais atual que eu tenho de você. – respondo no mesmo tom que ele, com deboche, como se estivéssemos discutindo amorosamente. – a culpa é sua! Você não posta fotos no instagram. É de lá que eu tiro todas as suas fotos.

- Vem cá! – sem prestar atenção no que eu disse ou dar a mínima, ele se ajeita na cadeira e vem para perto de mim, estendendo a mão com o meu celular para tirar selfie.

- o que vai fazer?! – era obvio, mas fico assustado com a rapidez de tudo aquilo. não sou de tirar fotos.

- eu tenho 3 motivos para tirar uma selfie com você. A primeira é obvia... porque você precisa urgente trocar essa foto de papel de parede. Saiba que eu odiei aquele dia... Gigi me fez usar aquela roupa horrível. O segundo motivo é que eu sei muito bem que você só tem instagram pra ver minhas fotos, essa será a primeira que você ira postar, estou certo?

- não! – exclamo revoltado, como ele pode dizer isso sem ter visto meu instagram? Mas dai eu lembro que. – Hm... Na verdade eu exclui a única foto que eu tinha porque eu enjoei dela.

- Não disse?! – indaga ele, como um crianção após vencer uma discussão.

- Tá, mas então me fala qual é o terceiro motivo... – pergunto a ele, deixando a discussão de quantas fotos eu tenho no meu insta de lado.

- Na verdade esse motivo anula o segundo... precisamos de uma foto como casal que só eu e você tenhamos. Nunca iremos postar essa foto, ela será nossa, entendeu?

- nossa? – pergunto sabendo que ele vai entender o que estou perguntando.

- Sim. Você vai mandar para mim depois que eu te der meu numero. – diz ele, respondendo exatamente o que eu tava perguntando.

Era tudo muito rápido, eu nem podia curtir o momento de tão apresado que ele estava. Ele queria tirar logo a selfie para continuar mexendo no meu celular.

Ele direciona o braço para o alto e depois gira a mão para que o celular fique no giro que ele quer, meio de ladinho. Enquanto isso eu vou me ajeitado e me agarrando a ele. coloco meu braço entre o braço livre dele para fingir que estou segurando ele, depois viro um pouco o rosto de lado, fico atrás dele e dou um sorriso fechado, sem mostrar os dentes, mas feliz obviamente.

Ele tira a foto depois que se sente em um ângulo bonito, o que para ele não é dificil, mas mesmo assim ele procurou um ângulo. Provavelmente ele queria mostrar algo na foto... O brinco ou o maxilar marcado.

Em seguida ele permanece com o braço erguido e me pede para fazer algo diferente, que mostre sermos um casal. Eu fico sem saber o que fazer até que ele me pede para beijar a bochecha dele. Sem dizer, apenas concordo com a sugestão e faço o que ele me pede. Fico um pouco para fora da cadeira para fazer a pose e em seguida levo meus lábios até a bochecha dele. Então ele me diz:

- Pareça fofo.

E eu pergunto:

- Como eu faço isso?

- Fecha os olhos de uma forma que pareça que eles estão sorrindo e depois enche a sua bochecha de ar, fazendo biquinho.

- Isso não é pose para mulheres fazerem com os seus namorados? - Pergunto bem estereotipadamente. 

- desculpa, mas quem disse que somos um casal comum? – ele me pergunta dando-me uma bela patada em mim, que posteriormente é acompanhada de um riso abafado, significando que não era bem uma patada e sim um... elogio. – somos um casal gay, não existe o homem e a mulher, podemos ser os dois quando quisermos, ao não ser que você se importe em ser apenas masculino.

- eu me importar?! – pergunto como se fosse obvio que eu não me importava, era só olhar para mim, sou de ambos os gêneros. Minhas vestimentas são masculinas, mas meu jeito não é totalmente masculino.

- eu não me importo. Pode olhar para os meus cílios... não tem como eu ser totalmente masculino com esse tamanho de cilios. - rio deste comentário. - Podemos ser o que quisermos então?

- claro. – respondo a ele.

Foi preciso discutir o assunto antes de tirarmos a foto, que tipo de pessoa faz isso? Uma pessoa normal se olha no espelho antes de tirar uma foto, eu discuto porque eu vou fazer algo feminino na foto sendo que eu nem me importo em ser.

A foto é tirada e em seguida ele me pede só mais uma ultima coisa...

- agora vem cá! Tira esse braço do meio e vem aqui comigo. – ele se referia ao braço da cadeira que estava no meio com o refrigerante na ponta do braço da cadeira. Ele mesmo tira o braço do meio e eu dou um pulo para perto dele. Ele coloca seu braço livre atrás do meu pescoço e depois me diz o que faremos. – levanta o rosto e me da um beijo.

Aquilo já estava entrando em costume para mim, beijar ele sem ter infartos internos sem que ele saiba o quanto é bom fazer isso com ele.

Faço o pedido dele e me ajeito para beija-lo. Ele redireciona a câmera para que a foto fique de outra perspectiva. No momento em que ele vai bater a foto e eu o beijo, minha mão sobe até o pescoço dele. A foto é tirada e depois que ele a baixa o braço e permanece me beijando, eu puxo o pescoço dele para que o beijo seja mais forte e intenso.

Já havíamos nos beijado de língua, na boate, mas dessa vez era diferente. Eu não me senti comprado como eu me senti lá na boate, mesmo que ele tenha dito querer a mim e não ao meu serviço ou ao meu corpo. Esse sentimento de pose é constante por lá. Aqui esse sentimento não existe e me faz sentir ainda mais desejado por ele... Não envolve dinheiro e serviço, estamos fazendo isso porque desejamos de verdade.

O beijo foi longo, muito mais que um minuto inteiro. Quando então os trailers começaram a passar, eu deixei de beija-lo. Ele ainda permanecia com o meu celular, mas ele estava pouco se importando para ele neste momento após o beijo. Zayn me olhava nos olhos e eu fiquei vidrado aos dele como se não tivesse mais vontade própria para deixar de olha-lo. Ficamos quieto por uns segundos dessa forma até que ele desviou o olhar e voltou a atenção ao celular.

Ele pegou, entrou nos meus contatos e adicionou o numero dele, com o nome “Bae” (Amor/bebe de forma abreviada em inglês). Depois disso ele não me devolveu o celular logo em seguida. Ele foi até a galeria de fotos e viu a foto que tiramos do beijo. A diferença entre a foto do beijo e as outras duas, eram nítidas. A do beijo parecia espontânea e natural, como se fosse outra pessoa que tivesse tirado. As outras duas eram totalmente controladas, sem naturalidade.

Ele coloca a foto do beijo no papel de parede e depois me entregou o celular, me pedindo desculpas por ter pego. Eu o respondi:

- não peça desculpas, você tem todo direito de fazer isso quando quiser.

- agora que não tenho mais agente... Digo o mesmo para você sobre o meu. – ele tirava no mesmo instante o celular dele do bolso e me entrega.

De inicio eu não soube o que fazer, eu simplesmente abri o celular e vi a lista de contatos, onde eu estava intitulado como “Bae” também para ele, isso me deixava contente por ele ter deixado meu nome assim antes que eu soubesse que já estava assim. Isso significava que ele já havia me chamado de amor antes mesmo de ter dito fisicamente para mim, pois eu não vi ele pegar o celular em nenhum momento desde que nos vimos hoje. Ele deve ter colocado “Bae” quando adicionou meu contato hoje, antes de me ver, quando foi na boate.

Em seguida, eu devolvo para ele, mas ele me devolve novamente, justificando da seguinte forma:

- quero que fique com ele até quando formos embora, para mostrar que confio em você.

- sendo assim, fica com o meu também. – digo a ele, entregando-o o meu.

achava aquilo a coisa mais fofa.

Os trailers já estavam acabando e a partir dali ele me queria mais próximo dele. Pego o balde de pipoca e me encosto ao lado dele, ele volta a colocar seu braço atrás do meu pescoço. Depois disso ele me colocar encostado com a cabeça no seu ombro e eu coloco o balde em cima das nossas pernas. Quando então ele começa a comer.

 

Assistimos o filme quase por inteiro. Ele estava gostando mesmo do filme e eu mal estava prestando atenção. Meu cérebro estava pensando nele, toda hora de uma forma diferente. Ou de como ele estava cheiroso e com um cheiro diferente ao da noite de ontem, ou de como aquilo tudo parecia ainda irreal para mim, ou de como ele me trata da forma que eu nunca imaginei ser tratado nem por ele e nem por ninguém. Pra começar que eu nem esperava ter um namorado tão cedo.

Foi ele quem quase no final do filme deixou de prestar atenção na tela e veio me dar atenção. O que eu não estava pedindo, como fazem algumas meninas durante o filme inteiro. O deixei assistir e o deixaria ver o filme completo se ele quisesse, eu não precisava de mais nada além dele do meu lado e com o meu celular no colo simbolizando a minha confiança nele. Na verdade eu não precisava de mais nada além da consciência dele de que eu existo para ele.

Os dois anos o amando do Brasil não me fazia crer que um dia eu teria a consciência dele de que eu existo para ele.

Ele queria mais um beijo, no qual durou até o final do filme. Ficamos praticamente 10 minutos nos beijando, um beijo atrás do outro, até as luzes se acenderem.

Não fizemos tanto alarde. Os beijos eram calmos e com os barulhos controlados. Normalmente quando casais fazem isso nas ultimas fileiras eles fazem muito barulho e chama atenção dos outros que estão assistindo. Conseguirmos fazer isso sem atrapalhar ninguém, só 2 duas pessoas da fileira de baixo da nossa.



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