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História E se? - Capitulo 1- Sabe aquela tia esquisitona?


Escrita por: Dark_Lohen

Capítulo 9 - Capitulo 1- Sabe aquela tia esquisitona?


Fanfic / Fanfiction E se? - Capitulo 1- Sabe aquela tia esquisitona?

P.O.V Kara

I shot for the sky

I'm stuck on the ground

So why do I try?

I know I'm gonna fall down

I thought I could fly

So why did I drown?

I'll never know why

Its coming down, down, down

 

I'm not ready to let go

Cause then I'd never know

What I could be missing

But I'm missing way too much

So when do I give up

What I've been wishing for?         

                O dia estava chuvoso, parecendo aqueles cenários de filme. Não era para menos, era o filme da minha vida. Era o meu avô ali deitado naquela grande caixa de madeira, que ia sendo levado pelos os nossos amigos. Algumas pessoas seguiam silenciosamente a estrada, enquanto outras sentavam-se no meio do caminho pondo as mãos em seu rosto gritando por seu nome. Hipócritas! Meu avô sofria com Miocardiopatia, e o que é isso? Eu vim descobrir dá pior forma possível. Eu não entendi muito bem, mas parece que isso acontece quando há alteração no músculo cardíaco que impede do coração de se contrair normalmente. De todas as formas nós tentamos, mas o transplante era muito caro e aparentemente todos estavam ocupados demais para nos ajudar. Aos poucos as pessoas saíam e era apenas eu e ele...

           - É vovô, agora somos só nos dois... sabe, eu me lembro dá primeira vez que eu fui no parque de diversões, “ é tudo tão colorido” – dizia com o sorriso em meu rosto, mas as lágrimas já estavam formadas em meu rosto – eu lembro de quando eu fui a primeira vez para a escola. O senhor realmente deve ter ficado com muita pena, até chorou mais do que eu – as lágrimas traçaram um percurso em meu rosto em linhas curvas somente parando ao encontro da minha boca – Tudo isso, tudo o que a gente passou.... Não merecia ter acabado assim... Eu... eu – as palavras não mais saiam de minha boca, agora ele estava literalmente a sete palmos do chão. Distante demais para eu dar mais um último abraço. O Padre Pietro era bastante amigo do meu avô, ele que entrou em contato com minha tia a pedido dele.

            - Vamos menina – disse o Senhor Pietro segurando em meu ombro, isso me deixava ainda pior. A ideia de deixa-lo sozinho, apesar de agora estar ao lado da vovó não me trazia nenhum conforto – não seja assim, ele não gosta de vê-la deste jeito – dizia ele me dando um de seus melhores sorrisos. Isso não vai funcionar, eu sei que tanto quanto qualquer outro ele estava triste. Seu sentimento era o único sincero dentre todos estes rostos que agora sumiam no nevoeiro do cemitério vazio. Apenas assenti com a cabeça seguindo-o. por que ela não veio ver o vovô? Será que ela é tão estranha quanto dizem?

            Uma mulher com cabelos loiros longos, acredito que com uns 35 anos acenava do outro lado da rua. Seu vestido era cumprido e ela parecia bastante abatida. Seria ela a tia estranha?

            - Vá, ela cuidará de você. Mas antes...tome isso – dizia ele me entregando um cordão com uma pedrinha muito bonita – era da sua avó, seu avô me pediu para entrega-la. Tome, é seu – tomei-o para mim como se lá estivesse ele, me pedindo para liberta-lo. Aquilo só me machucava mais.

            - Obrigada Senhor Pietro. O vovô te disse mais alguma coisa?

            - Não, apenas “se você chorar irá ficar de castigo” – aquilo de certa forma me alegrou um pouco. Realmente isso deve ter vindo do meu avô.

            - Obrigada – falei partindo em direção a mulher que agora abria a porta do carro e entrando em seguida – adeus Senhor Pietro, ponha água nas flores – falei gritando da janela do carro, o mais velho apenas sorria e acenava.

            Passamos todo o percurso em silencio, ela nem ao menos se dava ao trabalho de me olhar pelo retrovisor do carro. Ela é realmente muito estranha. Coloquei meu par de fones de ouvido e durante o caminho de ida até a “minha nova vida” pude observar os lindos campos de dente-de-leão. Aos poucos senti o carro parar em uma bela...macabra casa.



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