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História E se fosse amor? - Flashback


Escrita por: Kori-sofias

Capítulo 6 - Flashback


Fiquei chocada com a cena que vi. Eu não estava sozinha na empresa. O Andrien estava lá. Sua sala estava uma bagunça, cadeiras viradas, um forte odor de álcool e o chão... O chão estava cheio de cacos de vidro.

O Andrien estava sentado e sua mesa era uma bagunça de garrafas de cerveja e uísque. O que para mim não seria uma boa combinação. Com cuidado, passei pela sala. 

Balancei seu corpo na expectativa de acorda-lo mas não houve nenhuma reação. Só depois de chamar seu nome algumas vezes ele abriu um pouco os olhos. Ao perceber que era eu quem estava ali fez uma cara de tédio e voltou a dormir.

- Não. Você não vai dormir de novo.

Ele abriu os olhos e levantou a cabeça.

- Quem é você para me dar ordens?

Ótimo. A grosseria não saiu com a bebida. Decidi ignora-lo e fazer alguma coisa para ajudar.

- Vamos me dê sua mão - falei estendendo a minha para ele se apoiar - por favor.

Quando ia me dar sua mão percebi uma coisa. Ela estava sangrando. Devia ter se cortado com os pedaços de vidro. Mal dava para olhar.

- Sabia que iria mudar de ideia - falou de modo presunçoso. Com certeza deveria estar doendo muito.

- Claro que não - me abaixei um pouco e coloquei meus braços em sua cintura.

- O que pensa que está fazendo? - ele perguntou como se eu estivesse o agarrando.

- Relaxa. Sua honra vai permanecer intacta. - falei com ironia -  Não estou fazendo nada de mais. Você devia é me agradecer.

Coloquei seu braço em volta do meu ombro e, com um pouco de esforço, o levei até uma cadeira mais afastada da  bagunça.

- Não se mecha. - falei com meu tom mais ameaçador.

Fui a ala de funcionários da  limpeza peguei o material necessário e voltei. Estava varrendo, então.

- O que você veio fazer aqui? - Andrien que até então estava quieto ainda sentado me observando limpar meio zonzo e com a língua enrolada perguntou.

- Vim pegar umas coisas.

- Veio roubar minha empresa!

- O quê? Não! Claro que não. Você só está afetado por causa do álcool.

- Droga. Não queria que me visse assim. - murmurou mais pra si mesmo do que pra mim.

- Bom, acabei agora só falta sua mão. - falei apontado para a mão ensanguentada .

- O que? De jeito nenhum. Você não vai nem encostar na minha mão. - falou com nervosismo e medo.

- Que foi? Você está com medo?

- Claro que não.

- Então... Não seja medroso e deixe com a especialista.

Eu estava tirando os cacos de vidro dá mão dele com uma pinça e ele fazia tantas caretas que tive que me controlar para não rir. Mas não consegui e ri um pouquinho. Tá, tá. Ri um pouco mais do que só um pouquinho.

- Você já fez isso antes? - perguntou fazendo drama.

- Bom, mais ou menos.

- Não sei por que mais isso me assusta mais do que se você tivesse dito não.

- Você é muito medroso quando está bêbado... Bom, sei que não é dá minha conta mas por que tudo isso aconteceu? Por que bebeu além da conta?

- Você tem razão, não é dá sua conta.

- Tudo bem, eu ja imaginava.

De alguma maneira ele percebeu que eu fiquei incomodada e decepcionada.

- Hoje faz 11 anos que minha mãe foi embora .

No momento parei de cuidar dá mão dele.

- Como assim embora?

- Eu era muito próximo dela. Ela era ótima. Dizem que sou parecido com ela - sorriu fraco - há 11 anos ela desapareceu. Meu pai disse que ela tinha morrido mas ele e Nathalie, que sempre cuidou de mim, agiam como se ela não prestasse falavam que tinha morrido com uma expressão de nojo e  ódio como se realmente quisessem que ela tivesse morrido. Por anos eu odiei meu pai por isso. Recentemente descobri que ela não morreu. Está viva.

- Mas como?

- Ela me abandonou. Abondonou meu pai. Abandonou nossa família. Coitado de meu pai. Eu o tratei mal todos esses anos. Nos afastamos. Não temos mais uma relação de pai e filho.

- Eu sinto muito.

- Você não tem culpa.

- Deve ter sido difícil.

- É difícil. As vezes tento me aproximar dele mas...Nunca vamos conseguir nos relacionar bem.

- Acabei. Felizmente não vai precisar de ponto. Você está bem?

- Estou, obrigado. Vamos mudar para um assunto mais alegre. - concordei com a cabeça - Por exemplo, você sabe qual foi a primeira coisa que pensei quando você veio trabalhar aqui no seu primeiro dia?

- Não.

- Vai ser difícil me concentrar com uma secretária gostosa assim... - falou me analisando, os olhos percorrendo meu corpo com entusiasmo.

- Ah... é ....que ...eu ..ah ...

- Relaxa. Não estou fazendo nada de mais. Você devia é me agradecer. - falou imitando super errado minha voz.

- Agradecer pelo o que seu idiota?

- Pelo elogio.

Num piscar de olhos, ele se ajoelhou na minha frente colocando suas mãos ao redor dá minha cintura. Não me movi. Seus lábios tocaram levemente os meus e seu hálito quente fez minhas pernas se contorcerem. Abri minha boca o suficiente para sua língua entrar e explorar cada centímetro com dedicação. Ele sabia o que estava fazendo em cada movimento, sabia o ritmo certo, quando morder meus lábios em provocação e em segundos achou um ponto em meu pescoço que me fazia gemer. Notei que certo tempo depois estávamos deitados no chão, seu corpo em cima do meu fazendo uma pressão deliciosa e eu não fazia ideia de onde minha blusa havia parado.

O beijo ficava cada vez mais profundo e necessitado. Andrien se afastou um pouco para tirar a camisa e naquele momento entendi o que ele queria. Ele queria transar comigo.

- O que pensa que está fazendo?

Ele me olhou como se eu fosse doida, deu de ombros e falou:

- Tirando a roupa .

- Posso saber para que? - perguntei tímida.

Ele olhou em volta confuso então voltou a olhar pra mim e sorriu maliciosamente. Veio até mim e sussurrou no meu ouvido:

- Não sabia que você era do tipo inocente.

- Inocente é você que pensa que vou transar com você.

Ele me empurrou para o chão fazendo bater minha cabeça de leve. Engatinhou para cima de mim e começou a beijar meu pescoço naquele maldito ponto, me fazendo arfar, seus beijos subindo para o nobulo dá minha orelha.

Então sussurrou no meu ouvido com uma voz rouca e sexy.

- E quem disse que não vou transar com você?

- Você é convencido demais - falei tentando me afastar, apesar de no fundo não querer sair debaixo dele. Andrien prendeu meus braços acima dá minha cabeça.

- Pensei que era inteligente... Nós temos um contrato.

- E o que isso tem haver?

- Tsc,Tsc. Você não se lembra né? Ok, vou refrescar sua memória. "A empregada será submetida à todas ordens e desejos de seu patrão."

- Isso é um trecho do nosso contrato mas e daí?

- E daí ? Que eu desejo que seja minha hoje.











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