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História E se o destino te desse outra chance? - Versão camren - 03


Escrita por: vivianNogueira

Capítulo 4 - 03


Fanfic / Fanfiction E se o destino te desse outra chance? - Versão camren - 03

Apreço

1.

Estima, consideração que se tem por alguém ou alguma coisa; admiração.

-

P.O.V Alissa/Lauren 

[Chamem como quiser, é ela mesmo]

[10:23 a.m.]

-

Está tudo bem. - uma voz feminina sussurrou em meu ouvido. - Eu amo você. - afagou as minhas costas.

Ergui um pouco o meu rosto e notei que eu estava sentada no colo de uma mulher, a mãe da Dallas.

Por que eu estava no colo dela?

Corri os olhos pelo local, era uma sala extensa, estávamos sentadas sobre um sofá branco e a minha frente havia uma lareira que estalava enquanto a madeira dentro dela queimava.

Senti algo quente escorrer pelas minhas pernas e quando olhei para baixo eu notei que era sangue, um sangue escuro e denso. Só então eu percebi que eu estava chorando. Entrei em um estado de desespero agarrando o corpo da mulher que continuava repetindo que estava tudo bem e chorei ainda mais.

Acordei em um pulo, puxando uma grande quantidade de ar que eu nem sabia que tinha fugido dos meus pulmões. Minha pele estava suada, a minha cabeça doía muito e se Elizabeth não tivesse entrado no quarto eu surtaria.

- Você está bem? - questionou se sentando ao meu lado na cama. - Eu ouvi os seus gritos.

- Eu sonhei com ela de novo. - lamentei me sentando. - O mesmo sonho.

- Deve ser porque você a viu ontem. - murmurou com o cenho franzido. - Você não conseguiu se lembrar de nada?

- Não... Mas ela e a outra mulher, acho que é Demetria o nome dela, me chamaram de Lauren. - encarei a mais velha. - Meu nome é Lauren? - perguntei fechando os olhos com força quando senti a dor na minha cabeça surgir novamente e as minhas pernas formigarem. - Eu quero me lembrar...

- Não force a sua mente. - Elizabeth disse baixo se aproximando mais de mim. - Deixe as lembranças virem no tempo delas.

- A filha dela me chamou de maman. - sussurrei sorrindo fraco. - Por quê eu não consigo me lembrar dessas mulheres? Por que eu me lembro de momentos e não do rosto das pessoas? Eu estou muito confusa, Elizabeth.

- Você tem que se acalmar. - falou com serenidade. - Não é tão rapido assim.

- Eu só queria entender o que está acontecendo comigo. - suspirei cobrindo o meu rosto com as mãos. - Eu lembro que sou cozinheira, lembro das minhas caminhadas, lembro dos meus relacionamentos frustrados, mas não lembro quem eram as pessoas com quem eu me relacionei, aliás, eu não lembro de ninguém. - Me deitei apoiando a cabeça nas pernas da mulher de cabelos grisalhos. - Droga, eu não consigo lembrar nem o meu nome. - meus olhos estavam ficando marejados e o meu peito ardia por causa do choro contido. - Parece que a minha mente está repleta de fotos onde o rosto de todas as pessoas foram cortados.

- Tenha calma. - repetiu deslizando a mão pelas mechas do meu cabelo. - Você vai lembrar.

- Eu não estou conseguindo manter a calma, Elizabeth. - esbravejei sôfrega. - Eu só quero chorar em um canto escuro.

- Você vai ficar bem, eu prometo. Infelizmente eu tenho que ir trabalhar agora. - suspirou cansada. - Tudo bem para você se eu for?

- Eu vou ficar bem. - Falei me levantando para que ela saísse da cama. - Tenho que ir para o restaurante.

- Se acontecer alguma coisa me avise, eu vou estar no mesmo lugar de sempre. - Sorriu ficando de pé.

Floricultura... - sussurrei a olhando sair pela porta.

-

Camila

[12:45 p.m]

-

Entrei na escola em que Dallas estuda e fui correndo para a sua sala, eu ja estava com mais de quarenta minutos de atraso e a menor odiava ficar sozinha. Quando atravessei a porta ela estava sentada no colo da professora emquando chorava alto.

- A mamãe tem uma ótima desculpa para o atraso. - murmurei caminhando até ela que estava com os rostinho banhado pelas lágrimas.

Dallas não me olhou, ficou brincando com os dedos enquanto soluçava baixinho.

- Você não vai falar comigo? - questionei e me curvei para pega-la no colo. - Desculpe, a mamãe não queria se atrasar. - sussurrei quando ela tombou a cabeça no meu ombro, agradeci a professora por ter ficado com ela por tanto tempo e sai da sala. - Você está com fome?

- Não... - sussurrou abraçando o meu pescoço com um dos braços.

- Você está brava comigo? - Dallas resmungou, mas não respondeu. - Então é melhor não irmos para o restaurante.

A menor afastou a cabeça do meu ombro e me encarou quando eu abri a porta do carro. - O da maman?

Suspirei a colocando na cadeirinha e prendi o seu cinto. Eu não sabia o que dizer a ela, como eu explicaria essa situação a uma criança de quatro anos?

- Sim. - falei baixo.

- Eu quero ir, mamãe. Eu quero ver a maman. - disse sorrindo enquanto limpava as lágrimas que se apossaram de suas bochechas avermelhadas e eu fechei a porta.

- Não está mais com raiva de mim? - questionei entrando no carro.

- Não sei. - sorriu e eu a olhei pelo retrovisor. - O meu dente está mole. - disse abrindo a boca e empurrou um dos dentes para trás. - Está vendo? - gargalhou o movimentando.

- Quero ver você sorrir assim na hora de arrancar. - murmurei a ela me olhou com os olhos cerrados. - Desculpe. - falei focando na estrada.

- A madrinha Dee vai? - perguntou com a voz abafada por causa do dedo sobre o dente.

- Ela já está indo para lá. - murmurei. - Tire o dedo da boca.

Dirigi pela cidade enquanto Dallas cantarolava baixinho algumas músicas que tocavam na rádio. Quando chegamos no restaurante carro de Demetria estava estacionado no outro lado da rua.

Estacionei o meu próximo ao da morena, sai do veículo, dei a volta no carro e abri a porta traseira, libertando Dallas do cinto. Tirei a menor da cadeirinha e a coloquei no chão enquanto pegava a minha bolsa.

Travei o carro e segurei a mão de Dallas que estava inquieta e atravessamos a rua.

Meu coração estava disparado, batendo mais que um lutador de box em uma briga pelo cinturão mais cobiçado, minha pernas estavam fracas, e graças a Deus, Demetria estava em uma mesa próxima a porta.

- Oi, madrinha. - Dallas murmurou indo até ela que se levantou para abraça-la.

- Oi, meu amor. - disse se sentando com ela em seu colo. - Oi, Camila.

- Oi. - cumprimentei correndo os olhos pelo local, e me decepcionei logo em seguida por não encontrar a minha Lauren ali.

Sim, eu ja tinha a certeza de que era a minha Nēna, e ninguém tiraria essa certeza de mim.

- Boa tarde, senhoritas Jauregui. - um garçom disse se aproximando de nós. - O mesmo de sempre? - questionou e Demetria confirmou.

- Ei. - Dallas chamou um pouco alto roubando a atenção do homem. - Eu posso ir na cozinha?

- Você sempre pode ir na cozinha, Dallas. - sorriu para ela.

- Eu posso, mamãe? - perguntou descendo do colo de Demetria.

Até eu queria ir na cozinha agora.

- Claro. - falei, mas ela nem esperou eu concluir a minha fala e saiu correndo por entre as mesas.

- Queria ser a Dallas agora. - Demi sussurou encarando a taça vazia na mesa. - Me traga um vinho. - solicitou ao garçom.

- Qual?

- Traga qualquer um. - falou baixo e o homem se foi.

- Não está em um dia bom? - questionei olhando para a morena que estava com grandes bolsas de olheiras nos olhos.

- Eu não consigo ficar tão perto da minha irmã e não poder nem chama-la pelo nome. - Me encarou com expressão triste em seu rosto. - "Alissa". - revirou os olhos. - Esse nome nem combina com ela, de onde diabos ela tirou isso?

- Eu também queria saber... - olhei para as outras mesas que estavam ao meu lado. - Eu sinto tanta falta de...

- Boa tarde.

Meu coração disparou, minhas pernas tremeram eu suspirei alto olhando na direção em que Lauren estava.

Ela estava com Dallas no colo, e uma dolma branca cobria o seu corpo, acompanhada do sorriso lindo que ela sustentava no rosto.

- Bo...bo... - tentei pronunciar algo coerente mas não consegui.

- Boa tarde. - Demetria saudou pisando no meu pé por baixo da mesa.

- Boa tarde. - falei rápido.

Lauren sorriu ainda mais e Dallas olhou para mim com um sorriso banguela de orelha a orelha. - A maman arrancou o meu dente e nem doeu.

- Era o nosso segredo, Dallas. - Lauren sussurrou franzindo o cenho para a menor que ficou com as bochechas coradas. - Não fique assim... - riu da confusão no rosto de Dallas. - Eu estou brincando.

A menor segurou o rosto da morena, deu o beijo em sua bochecha sussurrando um "obrigada" e abraçou o seu dorço.

- Bom... - Lauren me encarou (Acho que estou tremendo um pouco agora). - Eu fico muito feliz em vê-las de novo. - murmurou colocando Dallas no chão. - Mas infelizmente eu tenho que voltar para a cozinha.

Demetria estava petrificada, quase se transformando em um artigo decorativo do restaurante.

- Já? - Dallas perguntou com um bico nos lábios.

- Eu estou no meu horário de trabalho, bebê. - Lauren explicou a olhando.

- Você vai trabalhar no domingo? - Demetria questionou finalmente se pronunciando.

- Não. - respondeu olhando curiosa para a morena.

- Por que não nos visita? - Eu olhei aflita para Lauren e depois para Demetria, e depois eu repeti isso várias vezes intercalando o meu olhar entre as duas. - Dallas iria gostar muito.

- Sim. - A menor sussurrou animada batendo palminhas.

- E Camila também... - sorriu maliciosa e Lauren me olhou de novo.

- Isso não vai atrapalhar a rotina de vocês?

- Não. - Eu, Demetria e Dallas falamos juntas arrancando uma gargalhada gostosa da morena.

- Eu te mando o endereço por mensagem. - murmurei.

- Vou estar esperando então. - Alguém chamou Lauren e ela revirou os olhos bufando baixinho. - Acho que tenho que ir agora. - fez uma pequena careta. - Até mais.

Acenamos na sua direção e assim que ela saiu Demetria resfolegou alto e sorriu para mim.

- Eu não sei como você vai fazer isso, dê o seu jeito, eu quero a minha irmã de volta para a família. - olhou para a porta da cozinha. - A minha parte eu já fiz. - deu de ombros.

Não a vimos mais naquela noite, mas isso não me impediu de sorrir sorrindo até para os móveis que eu via pela frente.


Notas Finais


"DavidWozon" a minha prova foi maravilhosa, sambei na casa do professor... 🌚


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