História "E se os países fossem pessoas" - Poland - Yaoi - Prólogo

Em uma linha de tempo alternativa, onde os países são pessoas, nosso protagonista se localiza no colégio interno masculino de elite, Earth High.

Comandado pela diretora ONU, o colégio é palco de inúmeras brigas entre gangues/grupos estudantis, tanto em debates quanto "corpo a corpo". Eram praticamente diárias, principalmente vindas do último ano do ensino médio, sala C. E hoje, como qualquer dia, não foi diferente.

Polônia, é um jovem loiro, baixo, com uma aparência doce e uma personalidade tão inocente quanto aparenta. Era alguém tímido, de poucos amigos. Sua melhor amiga, Dinamarca, estudava logicamente, em outra escola, o que o deixava meio solitário. Isso até se tornar amigo de França.

O rapaz, com cabelos longos e morenos, e lindos olhos cor violeta, ao contrário de Polônia, era extremamente popular, sendo um dos integrantes do quarteto mais conhecido do colégio: Os aliados, o mais forte da parte Leste.

Os aliados era o grupo liderado pelo Estados Unidos, o considerado popularmente como "O mais carismático" "O mais legal" "O melhor". Era o quarteto de elite, formado também pelo cortês Inglaterra e pelo aspero platinado, Rússia.

França, mesmo tendo um ar meio esnobe, se levou pelos encantos do pequeno Polônia, onde os dois acabaram virando bons amigos.

Nesse contexto, Polônia já estava ingressado no grupo: Até mesmo Rússia, frio como era, aceitou rapidamente o pequeno rapaz.

Mesmo sendo introvertido, tendo amizade com um grupo desses, era obrigado a assistir brigas cotidianas dos rapazes.

Após um dia comum e árduo de aula, os jovens se encontravam no fundo do colégio prontos para brigar com um grupo rival. Como Polônia evitava se meter, mesmo no diálogo, permanecia distante, apenas observando, sentado em um dos bancos do local.

Estados Unidos estava se vlangoriando para Rússia e Inglaterra, enquanto França conversava de forma extrovertida com o loiro, sentado ao seu lado.

- Qual é a graça de brigarem? - Indagava Polônia.

- Não entendo perfeitamente. Talvez pelo prazer de sair invicto. Ou para ganhar território. Poder. Entende, meu pequeno? - Respondia França, com seu sotaque invejável.

- Acho que sim...Mas não sei se é bom eu ficar por aqui. Posso acabar arranjando problemas...

- Não se preocupe, meu querido! Ninguém virá atrás de você. E caso ocorra, eu e a Inglaterra lhe protegeremos. Eu prometo. E outra, nunca deixaria nada acontecer com você. - Diz o moreno, abraçando Polônia.

- Promete? - Pergunta, levantando seu dedinho.

- Prometo. - Finaliza França, "cruzando" seus dedos mindinhos e rindo de forma exagerada. Pensava "Fofo", sobre Polônia, que estava levemente corado, como sempre. - Vou indo meu querido, nos assista. Hoje iremos brigar com a gangue mais forte da região Oeste do Colégio, o "Eixo". Vamos tirar sangue desses animais hehe.

Polônia rio levemente do comentário, mas sabia que era de nervoso. O famoso "Eixo" lhe dava calafrios. O trio conhecido por apavorar grande parte dos estudantes. Nunca ousou trombar com eles, não conhecia nem ao menos sua aparência. Costumavam roubar brigas com todo mundo. Eram os conhecidos: Alemanha, Itália e Japão.

O loiro percebe que a briga iniciaria quando viu um grande número de estudantes chegando no local, formando um círculo. O Colégio masculino contava com cerca de 80 alunos naquele período, contando com pelo menos metade desse público naquele restrito local, fora do alcance da ONU.

E então, o temido Eixo chegou. Para a surpresa de Polônia, eram menos assustadores do que pensava, e possuíam uma beleza invejável, principalmente o líder dos três: Alemanha.

Alemanha, que já chegava meio bêbado, com uma garrafa de vodka em mãos, era um loiro de olhos verdes, alto, com ombros largos e corpo tipicamente atleta. Se assemelhava bastante ao Estados Unidos, que possuia uma estatura semelhante.

O rapaz chamou atenção de Polônia. Parecia rabugento, mas por algum motivo, fez o coração do menor desparar.

Enfim, a briga começa. Estudantes animados gravando. Grupos cheios de adrenalina. Tipicamente, os líderes começam a brigar, sem armas obviamente.

Antes de mais nada, os clássicos insultos entre gangues.

- Pronto para perder Alemanha? - Sorria de forma esnobe o Estados Unidos.

- Você deveria ter ficado cuidando da sua linha de Fast Food ou alimentando a sua águia careca, sr. Arrogância. - Retrucava Alemanha com seu sotaque puxado, deixando a garrafa de vodka do chão.

- Você é mais ridículo que o seu sotaque...

E a pancadaria começa. Em minutos, Rússia, a "força bruta" dos aliados, parte pra cima da Alemanha, comprando a briga dos EUA, que saia dali e ia brigar com o Japão, o jovem oriental que a esse ponto, já estava enfurecido contra o americano.

A violência se prolongava até que o Professor, Ásia (nota: Os professores são os continentes), encontra a situação e com ajuda de Inglaterra, separa os alunos.

A briga mal havia começado, mas teria que ser adiada. As ameaças do professor em dar detenção a todos, fazia o local esvaziar aos poucos, restando somente as duas gangues e a pequena Polônia, que ainda observava em silêncio.

Alemanha limpa o sangue que escorria de sua boca com ódio, encarando Rússia e Estados Unidos. França e Inglaterra, que não tinham se envolvido naquele dia, apenas encaravam.

- Isso aqui ainda não acabou. - Falava o germânico.

- Sei disso. Estamos dispostos a continuar. - Sorria EUA, de forma irônica.

- Apenas controle seus homens e finalize a briga que você começou, não a transfira para o seu colega. 

- Não há regras, certo? - Retruca o Russo, com seu sotaque igualmente notável.

- Não há regras, mas dignidade é bom. - Responde dessa vez, Itália, que estava pensativo até poucos momentos.

- Ok, próxima briga, sem trocas. - Finaliza França. - Marcaremos a próxima.

As gangues concordam de forma pacífica.

- Ei, o que aquele loirinho ainda tá fazendo ali? - Pergunta Japão. - Achei que todos os outros alunos tinham indo embora.

Polônia, que apenas observava, encara o pequeno grupo com uma transparente cara de constrangimento.

- É só o Polônia. Amigo nosso. - Responde Inglaterra.

- A putinha dos aliados. - Itália debocha rindo, acompanhado dos risos do Japão. Alemanha permanecia sério. 

Polônia, ouvindo a conversa, não podia deixar de ficar corado e irritado com Itália. Xingava mentamente: "Maldito Pizzaiolo..."

- Ele não desempenha o seu papel, Itália. Não ouse falar do Polônia dessa forma. - Retruca França, contra o outro Europeu.

- Quanta sensibilidade, vamos logo. - Fala Japão, puxando o resto do trio consigo. No entanto, Alemanha permanesce no lugar. - Alemanha?

- Vou ficar aqui por mais um tempo.

- Que seja...- Se retira Japão e Itália do local.

Os aliados fazem o mesmo, se dirigindo a saída. França vai ao encontro de Polônia.

- Você vem?

- Ah não...Vou ficar por aqui. Saindo daqui vou ir encontrar a Dinamarca...

O mais alto concorda com a cabeça e se despede. O local fica então, somente com Alemanha e Polônia.

Alemanha havia despertado curiosidade em Polônia. O menor estava inquieto. Observava o rapaz a alguns metros de distância, enquanto o outro brigava sozinho, bebendo sua garrafa de vodka.

- Odeio esse Estados Unidos de merda, - Diz dando um gole na bebida. - E a poha desse projeto de Elsa do Frozen, qual o nome mesmo..? Rússia? Bahh.

Alemanha resmungava. Polônia acaba soltando um risinho, que chama a atenção do mais alto. O menor entra em pânico quando vê o outro se aproximando.

- D...Desculpa, não vou falar nada...- Gagueja Polônia.

- ...Eles já sabem, de qualquer forma. Se você contasse, não faria diferença.

Para a surpresa do loiro, o outro senta-se ao seu lado, ainda com uma garrafa de bebida em mãos. Um silêncio constrangedor paira no ar.

- P...Posso...T...te ajudar? - Murmura Polônia.

- Como? - Questiona Alemanha.

- V...Você tá machucado...E sangrando...Já fiz curativos no França e nos outro aliados...Quer que eu faça em você? - Diz, sorrindo docemente.

 Aquele sorriso foi capaz de derreter até mesmo o coração do Alemanha, que acaba rindo com a fofura do outro, aceitando tal proposta e indo com ele até a enfermaria.

Continua..?