Pov Elizabeth
Esse lugar é uma tortura! Tudo está sendo torturante. Eu sequer tomei um banho até agora. Malfoy é um escroto, igual meu pai! Eu acreditei no plano inútil dele e agora estou aqui.
— Onde estamos? — Luna perguntou confusa ao acordar. A loura se levantou ficando sentada na cama.
— Bem-vinda à Azkaban dos Comensais. — Falei sentado-me ao lado da mesma. — Irá ficar tudo bem, não deixarei que façam nada com você.
— Está tudo bem, Eliza? — Luna perguntara inocente.
Apenas concordei para poupar explicações. O que eu falaria? Que eu tive um leve caso com Draco Malfoy e agora estou aqui? Meus pensamentos estão a mil. Precisamos sair daqui.
— Bem, podemos cantar algumas músicas para nos distrairmos. — Luna falou calma.
Como ela consegue manter a calma em um lugar desse? Sabendo que à qualquer momento alguém pode vir nos matar e ninguém nunca mais saberá onde estamos ou estivemos.
— Não é uma boa hora pra isso. Vem, me ajude! Faça um pézinho para mim ver pela janela o que tem lá fora. — Falei para a loura enquanto a mesma caminhou até mim. Subi em suas mãos e analisei pela fresta da janela; é um local alto e em volta está repleto de árvores escuras. Desci das mãos da mesma e comecei a pensar em algum plano, andando de um lado para outro enquanto roía as unhas. Luna apenas se sentou calmamente na cama me analisando inocente.
A porta foi aberta repentinamente por duas pessoas. Lúcio e Draco.
— Venha, Luna Lovegood. — Lúcio dissera sério chamando a garota, e a mesma o acompanhou e logo ambos sumiram de vista. Draco adentrou no local e fechou a porta.
— Ele quer falar com você. — Draco falou sério. — Vem.
Não o respondi e apenas o segui, o mesmo segurou em meu pulso um pouco forte. Analisei os corredores do local, eram escuros e frios, alguns Comensais passavam por nós e me olhavam de cara feia e outros sorriam. Eu realmente estou perdida.
Adentrei em uma sala, ainda com Draco segurando meu pulso. O mesmo soltou e encostou-se na porta fechada. Analisei o cômodo e havia uma lareira, duas poltronas e alguns livros em uma estante de madeira. Voldemort estava sentado em uma das poltronas, o olhar do mesmo se dirigiu até mim e então um sorriso ladino surgiu em seus lábios.
— Sente-se, filha. — O mesmo falou calmo.
Como ele consegue me chamar disso? Eu sequer consigo imaginá-lo como meu pai.
— Por quê me chamou aqui? — Falei me sentando um pouco em receio. Draco permanecia encostado na porta.
— Ora, queria ver minha amada e querida filha. — Falou passando os dedos em volta da taça de vinho. — Lamento pelo ocorrido, mas está sendo necessário. Como ia a escola?
Ele quer mesmo se passar de pai presente, depois de tudo o que fez? Hipócrita.
— Bem. — Falei severa, com os olhos fixos no fogo da lareira.
— Não seja tão severa. Tenho ótimas notícias para você! — Falou sorrindo enquanto se levantava.
Então, Snape surgiu de um dos cantos escuros do cômodo.
— Você e Draco irão sair de Hogwarts, Snape dará aulas particulares para vocês! — O mesmo falou isto e deu uma risada nasal.
Ele é maluco. Um idiota. Babaca. Eu odeio ele! Como ele pôde? Quando ele me tirou de Hogwarts? Hermione, os gêmeos, Harry ou Rony, eles não perceberam até agora? E quanto à Luna?
— Você não pode fazer isso! — Aumentei o tom de voz e me levantei indo até o mesmo.
— Não me diga o que eu posso ou não posso fazer, Elizabeth Riddle Nott! Você jamais retornará para Hogwarts agora que está nas minhas mãos, aqui!
Engoli seco sentindo minhas mãos tremerem e o ódio percorrer por meu corpo.
— E Luna? — Perguntei com a voz firme.
— Nada que um Obliviate não resolva. Lúcio irá resolver isto, mas eu trouxe a loura aqui para que você saiba que qualquer rebeldia que você faça, sua querida amiguinha irá sofrer as consequências na sua frente. — Falou severo. — Por hora, Snape lhe dará aulas.
— Ele só sabe fazer poções! — Exclamei indignada.
— Sei o suficiente para você e o Malfoy aprenderem até o final deste ano. — Snape entrou na conversa.
Olhei para Malfoy que estara quieto encostado na porta mas no mesmo instante, enquanto o loiro passava a mão com o típico anel de cobra em seu dedo, em seu terno preto, a outra mão estara no bolso da calça preta. Draco dirigiu o olhar para mim, desci o olhar em seus lábios levemente rosados mas fui interrompida por uma voz demoníaca.
— Creio que seus amigos nem irão reparar em sua falta. — Snape continuou.
— Eu posso pelo menos andar por esse lugar sem o oxigenado na minha cola? — Perguntei já sem esperanças.
Voldemort pareceu pensar.
— Vá tomar um banho e depois conversaremos sobre isto. — Voldemort olhou para Malfoy com um breve olhar de leve-a.
Suspirei e me direcionei até o louro, o mesmo apenas abriu a porta e diferente de antes, não segurou em meu pulso.
— Snape pegou suas coisas no dormitório em Hogwarts, está no seu novo quarto e não mais naquele lugar escuro que você estava. Vá tomar um banho. — Draco explicou sem olhar em meus olhos enquanto caminhávamos no local. O mesmo realmente parece não estar ligando pra mim.
Fiquei em silêncio e então o mesmo abriu outra porta, desta vez a vista era um quarto um tanto clássico, com diversas coisas em tons cinzas mas extremamente chiques. Isto realmente é um castelo, isso explica os corredores.
— Descanse e tome um banho. Mais tarde trago algo pra você comer. — Sem ao menos eu responder algo, o mesmo saiu, fechou a porta e trancou. Suspirei extremamente irritada e me dirigi à uma porta que havia ali, dando vista para o banheiro; aparentemente comum. Tirei minhas vestes enquanto minha cabeça pulsava de dor e iniciei o banho. Havia um sabão com aroma adocicado, que por sinal era muito bom; já o shampoo havia um cheiro extremamente exótico, algo como frutas. Lavei meu cabelo e então desliguei a água, logo me enrolando em uma toalha e enrolando meu cabelo em outra.
Os dias estão sendo horríveis mas tomar um banho relaxante desse é extremamente bom. — Pensei enquanto abria a porta do banheiro e indo até a cama onde estara minhas roupas para ainda arrumar. Até ver algo, ou melhor, alguém.
— O que você está fazendo aqui? — Perguntei confusa ao notar Draco Malfoy sentado na cama.
— Esse quarto não é só seu. — Falou calmo.
O que? Eu não acredito. Parece que tudo só está piorando.
— Não teria outro quarto pra mim? — Perguntei incrédula.
— Todos já estão ocupados por outros comensais.
— Eu iria preferir ficar naquele quarto gelado que eu estava, do que com você, Draco Malfoy. — Falei pegando um conjunto de roupas e roupas íntimas e indo para o banheiro novamente. Pude ouvir uma breve risadinha nasal do mesmo.
Vesti minhas vestes e saí do banheiro, o louro ainda estara na cama mas diferente de antes, agora está deitado; o que fazia seu terno marcar perfeitamente seu corpo.
Ignorei a presença do mesmo e iniciei a arrumar minhas coisas no armário que havia ali, havia dois. Provavelmente um de cada.
— Me desculpe. — A voz rouca do mesmo soou no cômodo silencioso.
— Pelo que? — Perguntei enquanto colocava alguma das pilhas de roupas, no guarda-roupas. Sem olhar para o mesmo.
— Você sabe... — Falou um pouco envergonhado.
— Vejamos... Ter feito sexo comigo e sumido? Por ter se unido à todos estes comensais idiotas? Por me tratar assim? Por ser um completo babaca? — Minhas perguntas foram retóricas.
— Eu já entendi que fui um completo idiota com você! — O louro se levantou na cama, andando até minha direção. — Por quê acha que eu estou aqui pedindo perdão? — Parou em minha frente.
Seu olhar era um pouco desesperador e triste. O meu repleto de rancor e levemente ranzinza.
— Não foi só sexo? — Falei irônica. — Foi o que você disse.
— Não! Nunca! Aquilo foi por impulso. — O mesmo falou tentando se aproximar, mas apenas recoei dando um passo para trás. — Está com medo de mim? — Perguntou parecendo confuso e triste.
— Estou literalmente sendo mantida em cativeiro, sendo obrigada a dividir o quarto com você e sendo tratada como um nada. E acha que um simples pedido de desculpas vai funcionar? Me poupe, Draco Malfoy.
Ao eu dizer isto, o louro me olhou de cima à baixo e saiu do cômodo batendo a porta fortemente, é claro, trancando a mesma.
— O inferno começa... — Mormurei para mim mesma.
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