Os raios de sol entravam pela janela do quarto de Marinette. Tikki dormia a seu lado, tranquila, fofinha. Marinette decidiu não a acordar e começou o seu dia. Quando voltou tinha uma saia cumprida castanha escura e um corpete preto que lhe segurava a camisa bege.
Tikki esfregava os olhos – Bom dia Marinette!
A morena sentou-se na cama e mostrou-lhe uma maça – pensei que tivesses fome.
Tikki voa para a peça de fruta sorrindo – obrigada.
Pouco depois Marinette desce as escadas, Tikki esconde-se na sua camisa quando ouve passos – Bom dia querida disse um homem aldo e forte.
Bom dia pai – respondeu, beijando-lhe o rosto.
Hoje passas na padaria? – Marinette termina de abraçar o pai e responde – mais tarde, vai haver aula hoje de manha.
O pai fica a olhar a jovem sair de casa sorridente, pega numa sacola de couro e sai.
A casa dos dupain não era muito luxuosa mas era encantadora, uma casa de bonecas coberta de vasos de flores e com vários campos de cultivo. A sua avó cuidava de tudo com muita ternura. Os pais trabalhavam na padaria da cidade e esse era o principal motivo para viverem tão longe de Paris. Produziam os cereais necessários para o fabrico de pão.
Marinete seguia pelo campo, o céu azul e o ar quente indicavam um belo dia de verão.
Tikki surgiu dentro da camisa de Marinette – já não estas com medo de mim?
Marinette sorriu – não, durante a noite pensei no que disseste. Ainda não percebi muito bem isso do miracolante mas acredito em ti.
Tikki ri-se e diz – miraculous! Miraculous Marinette e foste escolhida para ser a Ladybug.
Marinete – eu não tenho jeito para nada!
Tikki voa alto e diz – vais ser uma excelente Ladybug! Tem fé em ti!
Marintte e Tikki continuam o caminho sorridentes, não muito longe dali começa-se a ver Notre Dame e o rio Sena. Marinette passa por cima da ponte – bem, se temos de guardar segredo sobre ti é melhor te esconderes Tikki.
Marinette abre a mala e a pequena entra dentro dela.
A cidade tem calçada de pedras grandes, algumas carruagens atravessam as ruas, existe muito mais agitação que no campo. Todos se cumprimentam e os talhados fazem V de madeira invertidos. Marinette avança até escola da . Era comum haver escolas junto às catedrais na na época. O era quem nomeava os professores e controlava o ensino por meio de seu Chanceler.
Os camponeses por norma não frequentavam a educação na cidade mas Chanceler era um bom homem e deixava todo o povo parisiense frequentar as aulas, independentemente do seu estatuto.
Uma morena de cabelo ruivos acena de longe – Marinette aqui!
Marinette avança até ao terreiro de Notre Dame sorridente de volta – Bom dia Alya!
Alya a amiga de Marinette também era de poucas posses, sonhava um dia poder vir a ser uma tipógrafa ou professora de francês. Juntas estudavam muito e esforçavam-se para terem boas notas. O Chanceler apreciava o esforço e isso ajudava-a a permanecerem mais anos na escola.
Quando Marinette está a passar na estrada uma carroça quase a atropela, o cocheiro desvia os cavalos com sucesso. Marinette cai no chão e alguém se apressa ajuda-la – senhora! Como está?
Marinette cora ao ver quem lhe estendia a mão, Adrien filho de um nobre ricíssimo Gabriel Agreste. Ela oferece a mão e levanta-se hipnotizada pelos maravilhosos olhos verdes e cabelo loiro.
Adrien sorri e os sinos tocam marcando o sinal de entrada – peço desculpa pelas suas roupas, mas devia ter mais cuidado.
Faz uma vénia respeitosa e afasta-se deixando um sorriso a Marinette que continua estática.
Alya aproxima-se resmungando – nem sequer sabem quem nós somos! Andamos na mesma turma a anos! Só depois se apercebe do estado da amiga – Marinette! Marinette acorda! Aih Deus! Um dia vais ter de perder estes ataques!
Marinette recompõem–se e Alya continua – até porque ele é um nobre e nunca haverá nada entre vocês Marinette, pensei que essa paixão de criança já tinha passado.
Marinette pestaneja algumas vezes sem perceber muito bem – ham? Alya! Não é nada disso!
Alya – Marinette! Marinette onde é que vais? Ao ver Marinette a seguir a sua frente corre para a tentar alcançar. E junto com os restantes alunos entram na Catedral de Notre Dame.
O anfiteatro é gigantesco e dois grupos separam-se por um corredor que os professores percorrem. De um lado o podo e do outro lado os nobres.
Na escola de Notre Dame parente-se de tudo, literatura, matemáticas, historia, artes, línguas de outros países.
O dia passa rápido e as aulas terminam, do lado de fora os coches esperam pelos seus senhores. Na saída Marinette é empurrada com força por uma loira alta de olhos claros e vestes elegantes. Chloé segue o seu caminho de braço dado com a Adrien, que gentilmente a ajuda a subir para o coche.
Marinette despede-se dos amigos e apreça-se a regressar a casa.
Ao passar no mercado Marinette tem atenção prendida num comunicado da família real.
O pajem fala com a voz colocada para uma multidão – Sua Alteza real por este feito e todos os outros agradece publicamente a Sr Chat Noir por sua proteção e selo pela nossa adorada cidade de Paris.
Uma senhora olha para Marinette e diz – Graças a Deus que podemos contar com a proteção do Chat Noir, ontem salvou os nossos impostos que quase foram roubados por bandidos fora da cidade.
Marinette ouve e diz – oh!
A senhora avança com a multidão com orgulho, saudando o herói e aplaudindo o discurso do Pajem da corte.
Marinette tem de voltar para casa e segue o seu caminho, Tikki aparece na sua mala – Char Noir?
Marinette olha para a pequena criatura e responde – estavas a ouvir? Tikki e se te vem?
Tikki – ninguém me viu Marinette.
Marinette começa aproximar-se da margem do rio e Tikki pergunta – como é esse Chat Noir?
Marinette diz – não sei, nunca o vi, ele protege a nossa cidade, é muito importante! Só o conheço dos cartazes que as vezes alguém afixa.
Tikki parece intrigada – será que?..
Marinette para na ponte percebendo o silencio da pequena – Tikki? Esta responde – temos de o ver!
Marinette ri-se – e como? Ninguém sabe quem ele é, ou quando algo de mal acontece.
Tikki sai da mala e voa junto de Marinette perguntando lhe sobre de tudo um pouco. Existiam varias coisas que ainda não compreendia.
Algumas vezes também esclarecia dúvidas de Marinette.
Marinette já com a cidade de Paris no horizonte tenta responder as perguntas de Tikki - Vivemos sobre a regência da família real, Paris é normalmente uma cidade pacífica mas na fronteira são comuns as invasões de tropas inimigas.
Tikki parece refletir sobre o que ouvira – e a tua família sempre viveu em Paris?
Marinette – não, os meus pais são de longe da China, pensavam que vir para a Europa ia subir a sua qualidade de vida mas continuamos pobres. Ao menos somos felizes.
Tikki sorri e volta a fazer perguntas – aquelas pessoas todas hoje eram tuas amigas?
Marinette responde – algumas sim, Alya é a minha melhor amiga, conhecemos nos desde pequenas.
E o rapaz de manhã? – pergunta Tikki, Marinette ri-se – não! O Adrien é um nobre. Alias foi a primeira vez que falei com ele, ou melhor não falei nada.
Tikki – gostas dele?
Marinette sorri – toda a gente gosta! Ele é muito bonito e até parece ter um bom coração. Mas a Alya tem razão ele vai casar com a Chloé Bourgeois, ele vem de uma família rica de a várias gerações, nunca percebi muito bem o que fazem mas o Rei tem lhes muito respeito e sede-lhes muitos títulos e terras.
Tikki – já alguma vez viste o rei?
Marinette – sim, algumas vezes quando visita as ruas de Paris mas só de longe. Marinette apercebendo-se de algo e diz Ai não!
Tikki – o que foi? Marinette olha frustrada – esqueci-me que iria ajudar os meus pais para padaria!
Já estavam nos campos de trigo e Marinette respirou fundo mais uma vez antes de retomar o caminho para trás.
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