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História Ecstasy - Capítulo 13


Escrita por: MyG

Notas do Autor


Cheguei <3
Gente, mil desculpas pela demora, but não estou com tempo para atualizar </3
Essa semana está tumultuada com o inicio das aulas e minha volta ao trabalho também, portanto nosso encontro a partir de hoje será nos sabados :D
Anuncio também que estamos chegando ao final da história, temos mais uns dois capítulos pela frente e fim </3
Obrigada por me acompanharem até aqui e segurem os lencinhos!
BOA LEITURA

Capítulo 14 - Capítulo 13


 

Sinto-me estático.

Meu coração bate devagar, Tsunade parece estar a quilômetros.

Escuto sua voz me chamando, mas a decepção é tão grande que me trava no lugar.

Deidara e Ino?

Ino me traia?

Temari gostava de mim?

Simplesmente não consigo mais raciocinar e por vários minutos fico em silencio, digerindo – ou tentando digerir – as informações.

- Por que Tsunade? – É a única coisa que consigo perguntar. Sinto uma dor tão grande no peito nesse momento, que a sinto escorrer para fora de mim em forma de lágrimas.

- Ela não te amava Shikamaru. – Tsunade suspira e olha para o chão. – Ela queria atingir Temari a qualquer custo, era seu único objetivo.

- E por que você ou Temari não me contaram? – Minha voz sai quase em um sussurro. Eu queria poder gritar até não poder mais, mas não consigo.

- Eu queria Shikamaru, juro para você! Juro que no momento em que você passou pela porta da minha casa com Ino eu quis gritar e falar que você estava tomando uma decisão errada, mas você acreditaria em mim? – Tsunade encontra meus olhos. – Acreditaria que Ino não era quem você pensava ser? Acreditaria que Temari se apaixonou desde o momento em que cravou os olhos em você? – Reflito um pouco enxugando as lágrimas.

- Não.

- Exatamente. – Tsunade gesticula, claramente frustrada. – Eu disse para Temari ir e abrir o jogo, mas ela não aceitou. Então aceitei o que minha irmã propôs. Ela estava com raiva de Ino e com o coração partido, mas sabia que você não acreditaria em nada. Estava cego de amor. – O tom de Tsunade volta a ficar triste. – Temari quis deixar o tempo passar e fazer as coisas do jeito dela. Ela não usaria os truques de Ino, o plano desde o inicio era fazer você enxergar Ino como ela era por si mesmo. Você era irredutível, Temari me falava que dava em cima de você a torto e direito e você nem bola. Ela se mudou para o apartamento da frente na esperança de ser notada, mas você continuava na mesma posição intocável de sempre. Nenhum caso de Temari te incomodava e nenhum homem a deixava feliz. – Ela suspirou. – Temari tinha o homem que queria aos seus pés e mesmo assim ela não era feliz, caramba! Mas tudo mudou após o ensaio. – Meus olhos arregalaram-se, ela sabia de tudo! – Temari me contou que naquele dia sentiu suas estruturas ruindo. Ela chamou sua atenção e você gostou do que viu. Então ela passou ao plano “B”: te provocar ao ponto de você confessar para Ino ou abrir os olhos e ver que ela era uma megera. Bem, você os abriu e claro que Ino não ia deixar barato. – Tsunade se levanta e eu a observo. – Caralho Shikamaru, mesmo sabendo a vadia que é, Ino ainda teve a audácia de fazer Temari sair como a ruim da história! Eu não consigo mais engolir isso e é por isso que estou aqui.

Abaixo a cabeça e novamente um silêncio sepulcral se faz presente. Eu estava arrasado.  

- Obrigado Tsunade. – Murmuro finalmente após um tempo.

- Pelo que exatamente Shikamaru? – Levanto e a fito.

- Por ter me mostrado que o tempo todo, escolhi a garota errada. – Ela sorriu, mas o sorriso é carregado de tristeza e ela afaga meu ombro.

- Fico feliz Shika, mas assim como foi com meus pais, receio que seja um pouco tarde para enxergar os fatos. – O jeito com que Tsunade falou aquilo, fez meu peito se apertar ainda mais.

- Não é tarde. – Tentei falar de maneira convincente e ela me olhou com pesar.

- Temari trancou a faculdade Shikamaru. – Ela mordeu o lábio inferior. – E foi embora para o Japão hoje pela manhã.

Eu senti meu mundo rodar e de repente não tinha mais chão abaixo de mim.

Senti quando meus olhos marejaram e eu fui de encontro ao sofá, atordoado.

- Tsunade, isso é algum tipo de brincadeira? – Perguntei quando finalmente encontrei minha voz. Eu queria que fosse, mas quando a primeira lágrima rolou por seu rosto, eu sabia que ela sentia o mesmo que eu.

- Tem alguns meses que ela recebeu a proposta de uma companhia de dança de lá, eles viram alguns dos trabalhos de Temari e ficaram muito interessados. Ela não havia dado uma resposta por que pensou mesmo que o quer que estava acontecendo entre vocês iria acabar bem, mas depois de tudo que aconteceu ela... – Tsunade soluçou e eu tomei o bom senso de levantar e a abraçar. Senti suas mãos passarem por minha cintura e minha camisa molhar. – Ela não aguentou tanta pressão Shikamaru!

- Por que você me contou isso antes Tsunade? Eu dava um jeito de parar aquele avião na marra! – Minha voz embargada se misturava a sua.

- Eu não podia trair a confiança dela! Não podia ser como Ino! – Ela se afastou, tentando limpar as lágrimas que não paravam de descer. – Prometi que só contaria a verdade após a sua partida.

Eu estava realmente sem chão e sem reação.

Temari havia ido embora. Embora para o Japão!

- Ela te deixou uma carta Shika. – Tsunade retirou um envelope do bolso do casaco que usava e me estendeu. – Espero que te ajude a entender. Eu preciso ir agora.

Assenti e acompanhei Tsunade até a porta.

Após sua partida, sentei no sofá e me permiti chorar tudo e mais um pouco que eu estava sufocando havia algum tempo.

Eu não conseguia descrever o que estava sentindo. Era doloroso e terrível.

Fiquei muito tempo protelando para pegar o envelope e o abrir. Minhas mãos tremiam no momento que me deparei com a caligrafia perfeita de Temari e meu coração doeu.

Aos cuidados de Shikamaru

Eu Shika, que sempre fui tão forte e inabalável, estou me vendo aos prantos escrevendo isso que cogito ser nosso adeus. Me desculpe, mas me vi com as forças em ruínas e o coração despedaçado mais uma vez.

Se está lendo isso, Tsunade provavelmente já te contou tudo.

Então, só venho confirmar por meio desse a veracidade dos fatos e eles são: eu te amei, ou melhor, ainda amo.

Você pode não acreditar em amor à primeira vista – tenha certeza, eu também achava isso uma besteira – até encontrar você.

Não lembro exatamente o dia, mas lembro que estava nublado. Estava fazendo uma corrida até a padaria quando te vi parado em um ponto de ônibus, lendo algum livro de maneira despretensiosa. Você era diferente, um garoto peculiar que chamou minha atenção.

Nos três dias seguintes, por pura coincidência eu precisei ir à padaria e nos três eu te vi. E bom, esse é o momento que você começa a me chamar de stalker, pois a partir daí, passei a procurar mais a respeito de você.

Bom, vamos pular a parte em que começo a descobrir tudo sobre sua vida pacata de início de curso e partir para a parte em que Ino me trai? Pois é.

Eu descobri da tal festa conversando sobre a caixa dessa abençoada padaria, mas fiquei tão sem reação com a possibilidade de puxar conversa com você que não tive coragem, portanto Ino se ofereceu para ir em meu nome.

Ela pegou seu telefone e disse que desenrolaria um encontro para nós. Eu era tão ingênua! Era obvio que ela não faria tal coisa, mas estava tão feliz por finalmente ter a possibilidade de ficar com você que acabei me deixando levar.

Alguns dias antes do nosso dito encontro - cujo qual Ino nunca comentou com você - você apareceu na minha sala de estar, chamando minha irmã de amor... Bom, não sei descrever como me senti. Talvez incrédula e traída sejam boas maneiras de tentar.

Naquele momento senti várias facas se alojando em meu corpo, mas nem isso foi capaz de me fazer te admirar menos – até por que você não tinha culpa.

Fiquei dias completamente inerte sem saber o que fazer, minha conversa com Ino foi horrível e desde aquele dia travamos a guerra. Eu deveria ter ficado longe, deveria me afastar de você e seguir em frente, mas não deu. Quanto mais eu te conhecia, mais eu me apaixonava, mas após quase um ano eu comecei a perder a fé.

Foi aí que fechei meu coração e decidi pela vida nada puritana que seguia. Um homem diferente a cada dia, aí não tinha possibilidade de quebrar o meu coração novamente, mas eis que você não facilita e chega o natal. O primeiro natal que você passou com a gente, o da foto, lembra?

E novamente eu senti uma chama de esperança nascer. Então, tratei logo de traçar um plano mirabolante com a ajuda de Tsunade.

E devo salientar que ela foi contra todos os meus princípios, mas acabou concordando.

Admito: Você é durão e foi difícil te fazer ceder, mas quando consegui, eu me senti feliz. Pela primeira vez em anos eu senti que estava perto de concluir meu objetivo e isso me cegou, Shikamaru.

Em resumo: Tsunade estava certa! Onde eu achei que isso iria parar? O que foi que pensei? Aparentemente em nada.

Fiquei obcecada em te tirar de Ino, principalmente depois de descobrir sobre as traições em Ottawa, mas nublei o que viria a seguir.

Era tão obvio que minha família ficaria louca, que Ino surtaria, que todos nos olhariam em negação, murmurariam pelos cantos como se fossemos os grandes culpados... Mas não pensei nisso, pelo menos, não na hora.

E agora estou sentindo na pele as consequências.

Admito: não está sendo fácil, estou me sentindo com cinco anos de idade, completamente insegura e sem um lugar para me agarrar que não seja Tsunade e por isso estou aceitando a proposta da companhia de dança japonesa.

É Shikamaru, estou sendo uma covarde, estou fugindo.

Estou com medo, estou cansada... Preciso de um tempo e minha família também.

Me desculpe por ser tão fraca e não conseguir mais lutar pela gente e mesmo se não desculpar, fique ciente de que todos os momentos – pervertidos ou não – ao seu lado foram incríveis.

Estamos fadados a não ficarmos juntos, mas não lamento por ter virado sua vida de ponta cabeça, sei que te livrei de algo muito, muito ruim ao lado de minha irmã.

Espero que alcance tudo que deseja Shika.

E em um último pedido, jamais deixe Ino abalar seu emocional como está fazendo comigo, por que ela com certeza irá tentar. Seja mais forte que eu fui.

Eu te amo Nara Shikamaru e PS: Lembre-se sempre dá música. 

 


Notas Finais


Temari no Japão gente? Como assim?
E agora?

Até o próximo <3
Beijão!


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