História EDEN - Jikook - EDEN é Vida.

"Ele agarrou minha mão e me deu um beijo. Este foi um beijo suspeito. Este foi o beijo da morte"

  — O movimento foi ótimo hoje. A beleza do Jeon é uma vantagem.

  — Noona, isso não é verdade. Os clientes vêm pelo nosso café e biscoitos da sorte. — Yeosang parou de limpar as mesas e me olhou. — Não conquiste a Noona, ela já gosta do professor Jin.

  — Eu também gosto de uma pessoa, Yeosang-ie. Mas, as vezes isso impede das pessoas ficaram juntas. — Disse.

  — Além disso, não é porque gosto do professor que vai me impedir de ter outros relacionamentos. — A ruiva falou.

  — Você é uma pervertida, Noona. Acha que não vi que esquece até como se anda quando está com o professor?

  — Não é verdade! Diga a ele Jeon, fala que isso não acontece.

  — Ainda não tenho opinião formada sobre isso. — Voltei a organizar o dinheiro, rindo da indignação da mulher.

  — Você sempre morde o lábio quando o professor Jin está falando sobre anatomia. Costuma mexer muito no cabelo e gosta de manter o máximo de contato físico possível. — Yeosang revelou.

  — Não é novidade, faço isso com os meninos também. Mordo o lábio do TaeHyung, puxo o cabelo do Hoseok quando estou prestes a gozar e costumo tocar bastante no pau do Jimin.

  — Informação demais. — Cantarolei.

Estranhamente saber daquilo não me incomodou. Óbvio que eles já tenham tido algo, pois se conhecem há anos e eu sou apenas um novato. O olhar de Yosun ficou hesitante com a última revelação, mas deixei bem claro que tudo bem.

Gosto de Jimin, entretanto, preciso e desejo aprender algo com cada um de sua família. Dá pra ver que há mais que negócios envolvido e não quero quebrar isso por ciúmes bobo.

  — Alérgicos a pelos, cuidado! O belo gatinho chegou. — TaeHyung adentrou a cafeteria, acompanhado do Hoseok, pra variar.

  — Estou com ressaca, preciso de outro porre. — Hoseok resmungou.

Ambos se sentaram em uma das mesas, suados e ofegantes, difícil dizer se era de algum trabalho sujo ou sexo entre eles. Não faz muito tempo que percebi o afeto sexual que a EDEN sente.

  — É o Professor Jin! — O irmão de Yosun apontou para a porta antes mesmo do homem adentrar o local.

Ele claramente gosta do Yeosang assim como Yosun gosta dele. Se preocupam muito com o garoto, embora ele seja mais inteligente que eu. Graças a Yosun, ele sabe falar Japonês e Russo, além de língua de sinais e acupuntura. A ruiva o ensinou coisas importantes e não o mete em confusão, tudo que faz é pelo seu caçula e isso me deixa tão apaixonado pelo seu ser.

  — Você raramente aparece nesse horário. Aconteceu algo?

  — Desculpem aparecer de surpresa. Eu só queria vê-los. — O homem sorriu um pouco intimidado. É, ele certamente gosta da nossa Yosun.

Bom, quem não gosta?

  — Minha irmã estava falando o quanto gosta de você, Professor. Deveriam namorar logo, ela sempre sai com outros caras.

Segurei a risada na mesma hora. Yeosang rende muitas pérolas quando entrega a irmã. E ele é o único que pode fazer isso sem ser morto depois.

Meu sorriso se desfez com a chegada de Jimin, não pela sua presença, mas pela loira burra da semana passada. Mordi o lábio apreensivo largando o avental e me juntando aos outros.

  — Um café gelado pra Eva, Yeosang! — Park fez o pedido e sentou junto a burra em uma mesa afastada.

  — O negócio deve estar sério entre eles. É a primeira vez que ela vem aqui. — TaeHyung comentou.

  — Ela não é aquela modelo da Revista? — Jin indagou. Franzi o cenho na mesma hora. Como assim a vadia é famosa? — Vive entrando em polêmicas relacionadas a drogas.

  — Não me surpreende. — Yosun fez desdém. — Estou entediada.

A ruiva fez questão de pegar o pedido das mãos do irmão para servir a loira. Todos já sabíamos que daria treta só por elas respirarem o mesmo ar.

  — Meu vestido novo!

  — Jesus! Perdoe-me por isso. Meu Deus, onde estava com a cabeça. — Yosun sorria enquanto tentava ajudar a limpar a roupa da loira. Havia derramado o café de propósito. — Vou buscar outro, senhorita.

  — Enlouqueceu?! — A loira se pôs de pé e distribuiu um tapa estalado no rosto de Yosun.

  — Cadê a pipoca quando o filme está prestes a acontecer? — Hoseok gargalhou, arrumando-se na cadeira.

Estávamos incrédulos com a audácia da loira. Jimin apenas sorriu com a situação, as vezes parece que coloca as duas no mesmo ambiente de propósito.

  — Mais forte. — Yosun pediu. — Eu gosto da violência. Se for pra me bater, precisa ser forte e gostoso. Entendeu? — Empurrou a loira fazendo-a sentar novamente. — Caso não saiba, Jimin gosta de tortura e acho que você vai ser descartada logo.

  — Não quero que ela me sirva, amor. Está me insultando muito.

  — Trouxe outro café para a senhorita. — Yeosang afastou sua irmã e deixou o copo sobre a mesa.

  — Todos aqui são tão inúteis assim? O café não está gelado suficiente. — A loira voltou a berrar.

  — A sorveteria é aberta até as dez, então pode ir lá amanhã. — Yeosang falou.

Retirou o copo levando-o de volta, mas a loira o impediu puxando os cabelos do garoto. Senti um arrepio na espinha assim que vi Yosun sufocar a garota obrigando-a a largar Yeosang.

  — Bata em mim o quanto quiser, mas no meu irmão ninguém toca.

Eva foi jogada no chão e teve o rosto chutado inúmeras vezes pela ruiva. Olhei para Jimin presenciando seu divertimento com a cena. Talvez eu tenha entedido tudo errado. Sr. Parquinho deve seduzir garotas que fazem coisas sujas e as deixa serem torturadas.

Acho que preciso aprender a interpretar melhor minha nova e perfeita família.

  — Ela não vai acabar matando-a? — O Professor Jin indagou preocupado.

  — Talvez. — TaeHyung respondeu. — Seu ponto fraco é um gatilho sensível.

  — Eu amo tudo que a Yosun faz. — Hoseok falou e eu concordei.

Apenas dez minutos se passaram com a loira desmaiada no chão da cafeteria e todos nós bebiamos Soju juntos. Pude ver os sorrisos alegres e assuntos exóticos mais um pouco. Jimin passou a ser meu foco assim que entendi seu lado. Ele é uma pessoa suja que se aproveita da beleza e bom papo para ganhar a confiança das pessoas, embora todos confiem nele, talvez seja melhor ter um pé atrás.

  — Quando chegou aqui não queria olhar na minha cara, mas agora está com um brilho novo nas orbes escuras e inocentes. — Park me tirou do transe.

  — Ocorre quando você fica fascinado por algo.

  — Posso saber pelo o quê está assim?

  — Pela EDEN. Pela barreira entre você e eu, pelo carinho e proteção da Yosun, a amizade com Yeosang, lágrimas de alegria pelas piadas de TaeHyung e pela loucura do Hoseok. — Ditei pausadamente. — Sinto que a EDEN esperava por mim.

  — Não tem medo de nós?

  — Estou apaixonado por cada um de vocês.

  — Quando quiser uma suruba é só pedir. — Hoseok sussurrou em meu ouvido.

Acabei lembrando que não éramos os únicos alí. Restava apenas os integrantes da EDEN após a ida do Professor Jin e a saída de Eva.

  — Você sente isso porque é como nós, meu bebê. Não teve o que nós temos, isso é uma válvula impossível de desligar. — A ruiva pronunciou. — Aqui somos todos filhos da puta que sofreram com algo e encontraram apoio um no outro.

  — É por isso que somos uma família. — Yeosang completou.

  — Ainda que não tenhamos apostado o braço em algum jogo, já considero você meu irmão caçula. — Hoseok acordou do seu cochilo para falar.

  — Eu sou seu irmão caçula, porra. — Yeosang disse.

  — Quem ensinou palavrão pro meu irmão, caralho?

  — Você mesma. — TaeHyung levantou do chão onde dormia e sentou normalmente.

Eu estava feliz. A família mais exótica e perigosa que alguém poderia ter estava bêbada ao ponto de falar coisas sem sentido e fazer um garoto vazio rir até sentir-se vivo pela primeira vez na vida.

Nunca tive uma refeição assim com a minha família. Estava sempre mostrando a personalidade que queriam ver, aceitando tudo o que me davam e esquecendo que também era humano. Mas aqui não, eles me deixam a vontade sem me colocar rótulos nem dizer o que devo fazer.

  — Acha que aprende rápido, Sr. Jeon?

  — Como é?

  — Aprende rápido o que lhe ensinam?

  — Acho que sim.

  — Prove o resultado da aula de Yosun.

  — Porra, essa eu quero ver. — A ruiva berrou acordando os outros que babavam em cima da mesa. — Enfia logo a língua na boca dele.

Os outros começaram a bater palma gritando beija logo sem parar.

A expressão séria de Park começou a me deixar febril pelo contato visual. Minhas pernas tremeram como bambu enquanto fui em direção ao meu guarda costa. Ele certamente não estava bêbado quando me puxou para sentar em seu colo e aproximar nossos rostos.

Meu coração batia mais rápido que o normal, minha língua molhava meus lábios a todo momento recebendo o olhar sensual do loiro. Suas mãos se envolveram na minha cintura apertando-a com pressão, seu olhar marcava território em minha boca e um sorriso de sua parte fez lavagem cerebral em mim.

  — Por que está tão nervoso agora, Sr. Jeon?

  — Queria saber o que se passa na sua cabeça. — Ele riu nasal com minha resposta. — Você é previsível, mas agora não está sendo.

  — Como não? Deixei bem claro que quero chupar seus lábios até ficarem anestesiados e vermelhos como sangue.

A temperatura do meu rosto subiu em um nível absurdo a prova disso foi sentir os dedos gelidos acariciando meu rosto antes de me puxar para o beijo. De forma lenta ele se aproveitou do sabor do álcool gemendo pelo contato eletrizante quando puxava seus cabelos, a velocidade aumentava a cada rebolada minha em seu membro pulsante e tentativa desesperada ao apertar minha bunda.

Sr. Parquinho grunhiu um "puta merda" antes de retomar o beijo.

Para quem não queria ele estava bem assanhado. O loiro resmungou quando separei por conta própria, não estava sentindo mais meus lábios e nem precisava de espelho para saber que estavam demasiadamente vermelhos como sangue.

  — Espero que tenha sido suficiente para fazê-lo ir a faculdade.

  — Não se preocupe. A Máfia Italiana nunca quebra promessas.

  — Isso foi melhor que pornô. Deveriam fazer mais vezes, só pra testar. — Yosun falou.

  — Foi só pelos negócios. — Jimin deixou claro.

  — Então não precisava deixar meus lábios dormentes. — Provoquei.