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História Edmundo e Lúcia (Shipper) - Um passado de revelações


Escrita por: Sophiabranco

Notas do Autor


OI GENTE EU PEÇO DESCULPAS PELA DEMORA 😖😖 É que estou completamente sem tempo, estou trabalhando e ainda tenho faculdade, então tudo fica mais difícil, o tempo fica escasso. Esse capítulo seria de mais ou menos 12.000 palavras, mas como estava demorando muito, decidi dividir em duas partes, pra vocês não esperarem muito.

Enfim sinto muito, estou fazendo o possível para colocar logo boa leitura 👐👐

Capítulo 22 - Um passado de revelações


Fanfic / Fanfiction Edmundo e Lúcia (Shipper) - Um passado de revelações

 

Leiam a descrição !!!!!

Em uma trilha já distante das terras de Narnia, a escuridão já estava para tomar conta, Já estava anoitecendo e, "Pedro" Arqueos seguia a frente em seu cavalo, vindo atrás Saltul a pé, e Edmundo e Lúcia em seus cavalos. 
O caminho era escuro e a neve também não ajudava. Galhos secos sercavam a trilha de árvores já em seu estado final, a morte.

- Aí! - Disse Lúcia ao ser espetada por um galho. 

- Tem certeza que sabe para onde está indo? - Edmundo perguntava sobre seu cavalo impaciente.

- Claro que sei! - Arqueos mal olhava para os que estavam atrás de si, tentava se concentrar em manter Pedro preso em sua mente, pois ao chegar em Arquêlandia ele sabia que ficaria fraco.

- Claro eu esqueci que você era aliado do homem que agora quer matar nossa irmã. - Edmundo revirou os olhos, e Arqueos o encarou.

- Edmundo pare de tentar arranjar briga! - Lúcia sussurrou.

- Ouça nossa irmãzinha Edmundo, como disse aqui não é hora e nem lugar... - Arqueos viu um velho desfiladeiro, ele o reconheceu a milénios de anos e ele ainda permanecerá ali,  ele sabia que levaria até o topo do monte e de lá teria uma vista da grande queda d'agua.

- Ah bons tempos quando eu jogava pessoas dali. - Pensou sorridente. 

Lúcia olhava diretamente para uma árvore que já estava em seu finalmente, perto do fim, ela parou sua égua ali para acariciar o tronco já seco.

- Pobre árvore, não consigo sentir nada que venha de você, o silêncio já tomou posse desse lugar, sinto muito. - Edmundo esperava Lúcia paciente.

- É por ali! - Arqueos apontou para o caminho, mas Lúcia e Edmundo ficaram ali parados.

- Vamos? Vocês não estavam com pressa? 

- Vamos Lu, esse lugar não tem mais salvação, assim como o homem que causou isso a elas. - Arqueos encarou Edmundo como se tivesse sido insultado.

- É por ali me sigam... - Ele foi direto pelo desfiladeiro mas parou com o cavalo bem a sua frente.

"Depois de tanto tempo ele ainda continua aqui o monte dos réus..." - Pensou Arqueos aquele local era o lugar onde os culpados, e os setenciados a morte era jogados ao rio por ele.

- O que fazermos aqui? Tá na cara que não tem saída. - Comentou Edmundo.

- Que rapaz de pouca fé, nunca ouviu dizer que se não há caminho constrói-se um. - Disse ele sorrindo. 

- Ah uma ponte que leva até o atalho a Arquêlandia. E é acima do desfiladeiro, devemos deixar os cavalos aqui e seguir adiante a pé. - Saltul, Edmundo e Lúcia ficaram surpresos por "Pedro" saber tanto sobre aquele lugar.

- Desculpe majestade mais como o senhor sabe tanto sobre este lugar? - A pergunta do minotauro não pegou Arqueos de surpresa em algum momento eles iriam perceber que ele sabia demais sobre seu próprio reino.

- Comecei a considerar Beltech como um inimigo após ele começar a não só me ameaçar como também as minhas irmãs. Fiquei preocupado e tomei providências de uma possível guerra. - Arqueos sempre foi um excelente mentiroso. - Porém o único que não acreditou em nada foi Edmundo.

- Mesmo assim é um tanto estranho devo dizer... - Edmundo comentou. Saltul e Lúcia tiveram de concordar com o moreno. 

Ao chegar na ponte um lapso de memória começou a passar pela cabeça de Arqueos, sua magia estava ficando comprometida.

 


A muito tempo atrás naquele mesmo desfiladeiro, um pequeno príncipe vasculhava a procura de um lugar só dele onde ele poderia pensar e imaginar como seria seu império daqui a alguns anos, esse era Arqueos o primogénito de Franco e Helena os primeiros reis de Narnia.

 

- Arqueos fique quieto, aqui é perigoso, não suba aí... - O rei e pai viu que o garoto já escalava o monte

- Será que um dia esse garoto vai me dar ouvidos Helena? 

- Não pergunte a mim, ele puxou o seu lado da família. - Disse a linda rainha sentado no campo. 

- Como nos dois pessoas tão calmas tivemos um filho tão levado? 

- Tenha calma Franco é só uma fase, e tem mais, Arqueos não foi criado na Inglaterra e sim em Narnia, ele não conhece nossos costumes. 

- As vezes me esqueço que somos rei e rainha desse lugar, a vida em Londres parecia bem mais fácil. 

O pequeno Arqueos perambulava pelas florestas até encontrar o grande desfiladeiro, onde escalou até o monte e viu uma grande queda d'agua. 

- Nossa deve ser muito fundo... - Ele quase vacilou no precipício, porém alguém o acudiu. Um homem alto com um cavanhaque, e robusto e sua filha uma moça linda também bastante alta. 

- Cuidado rapaz esse local foi feito para execuções e um príncipe tão jovem não deve ficar perto de algo assim. 

- Eu sei me virar senhor, Urza. Oi Jadys - Disse o garoto acenando para a garota alta.

- Meu nome é Urzabum meu jovem, Urzabum! - arqueos riu do homem para Jadys.

- Seu pai é bem chato.

(...)

- Pedro? Pedro? - Edmundo desviou as lembranças de Arqueos. 

- O que houve? - Ele perguntou tentando esquecer daqueles velhos momentos.

- Tem certeza que quer passar por essa ponte de cordas essa queda deve ter uns 20 metros. - Arqueos não pode compreender o que Edmundo acabará de dizer.

- Bom é uma queda que vai direto para a morte mas esse caminho é o único jeito de salvar Susana sem sermos mortos. Não existe outro. 

- Bem e então o que estamos esperando? - Lúcia começou a andar e passar na frente de todos mas, Edmundo puxou seu braço. 

- Ficou louca? Não vou deixar você passar por aqui! - Lúcia furiosa soltou-se do aperto de Edmundo. 

- Não ouviu o que Pedro disse não há outro caminho, E não pense que só porque estamos casados vai começar a mandar em mim. Edmundo entenda, nada vai me impedir de salvar Susana. Nada. Nem você e nem essa ponte. Então ande logo! - Edmundo ficou perplexo com a atitude de sua esposa, Lúcia prosseguia adiante pela trilha. Arqueos deu de ombros e a acompanhou. 

- Senhor nunca contraía uma mulher, infelizmente não existe outro jeito. - Saltul disse apertando o ombro de Edmundo que acompanhou o seu amigo ainda surpreso.


Ao passar pela ponte eles finalmente chegaram na floresta, que levaria até o reino da Arquêlandia, A floresta era densa, escura não se via cor apenas um cinza e preto de lama e cheiro de enxofre. Tudo estava queimado e parecia ser um incêndio de milhares de anos atrás levando em conta a decadência do solo e das plantas ao redor. Não possuía nenhuma resposta de vida naquele ambiente, os únicos bichos que habitavam o lugar eram os insetos, e algumas aves corajosas.

- Onde estamos agora? Que lugar horrível é esse? - Perguntou Edmundo. Arqueos olhou para a densa floresta que tinha interceptado o campo de visão deles.

- Ah sim, essa é a nossa passagem secreta para Arquêlandia. Ninguém entra nessa floresta é a nossa chance, esse lugar da de lado com o castelo. Perto dos calabouços. Bem vindos a ponte para o vazio. 

- Vazio? - Se perguntou Saltul mentalmente - Como sabe de tudo isso? - Perguntou Saltu.

- Porque esse reino pertencerá a mim. - Pensou Arqueos em silêncio.

- Como disse eu investiguei tudo sobre esse lugar. - Foi a única coisa que disse e foi seguindo floresta a dentro.
  
Porém Edmundo, parou Lúcia por um instante. 

- Lúcia sei ainda que pensa que Pedro é confiável, mas tenho medo de que ele esteja tramando alguma coisa. Então por favor se você tiver chance de usar o seu punhal não exite! - Lúcia preocupada assentiu, apesar de tudo ela sabia que seu esposo tinha razão. 

- Certo, vamos prosseguir.

- Nossa que lugar horrível e cheira mal. - Saltul colocou sua mão em suas vias aéreas e tampou seu nariz. 

- Você se acostuma com o tempo. - Comentou Arqueos. 

- Não tem a menor condição, de alguém viver nesse lugar, nem de se acostumar com ele, você falando assim Pedro parece até que viveu aqui por muito tempo... - Indagou Edmundo e com razão aquela floresta era chamada de floresta sombria era uma passagem para o Vazio o lugar de onde não se retorna quando você morre, uma prisão, o inferno desse mundo.

- Lúcia... - Lúcia conseguiu ouvir um sussurro tão baixo em seu ouvido que quase acreditou que fosse uma alucinação se não fosse um espectro de um homem passando entre as árvores.

- Quem é você? - Ela sussurrou baixinho para que ninguém escutasse.

- Lúcia... Socorr... - De repente a voz sumiu foi como se fosse desligada. 

- De onde você está vindo? Como consigo ouvir sua voz? - Lúcia comentou
 
- Lúcia ouviu alguma coisa? - Arqueos perguntou preocupado consigo mesmo.

- Não, posso ter tido alguma alucinação, essas flores devem causar algum efeito dopante. 

- De fato você é muito inteligente irmãzinha pensou Arqueos. As flores só não tinham efeito dopante como Arqueos era o único que não sofria o efeito, por um motivo específico... Porém, aquele não era seu corpo e sim o de Pedro.


Enquanto andavam Arqueos começou a ficar zonzo. Assim como Edmundo e Saltul, Lúcia parecia se manter normal. 

- Meninos vocês estão bem? - Lúcia percebeu que eles estavam tontos. Até Edmundo cair em seus braços. 

- Aí meu Deus Edmundo! Edmundo! - Disse ela tentando acorda-lo o que parecia em vão.

- Saltul se manteve firme colocou o braço de Edmundo apoiado em seu ombro e continuou a caminhar.

- Vamos majestades eu levo Edmundo, vamos terminar logo esse percurso sombrio. - Enquanto Saltul seguia a frente com Edmundo, Lúcia voltou para ajudar quem ela acreditava ser seu irmão mais velho.

- Vem Pedro você está quase desmaiando deixa eu te ajudar. - Arqueos estava apoiado em uma árvore tentando recobrar os sentidos. 

- Não precisa Lúcia, eu consigo. - Ele tentou andar, mas acabou caindo. - Corpo inútil! - Ele pensou. 

Lúcia sem pensar duas vezes pegou seu braço e pôs sobre seu pescoço ajudando Arqueos a se manter de pé


- Porque você não está como nós? - Arqueos perguntou.


- Eu não sei pode ser que só tenha efeito em homens. - Caminhando com a ajuda de Lúcia Arqueos sabia que o efeito das plantas era o mesmo para todos tanto homens quanto mulheres e até mesmo pessoas prestes a morrer. Mas Lúcia não sofreu nenhum efeito, porque? 

- É pode ser. - Afirmou Arqueos tentando desviar o foco. Ele também percebeu que Edmundo foi o primeiro a cair deveria levar algumas horas até ele desmaiar no entanto ele caiu com pouco tempo na floresta, aquilo podia ser uma prova se Arqueos estava duvidando que Edmundo era realmente o herdeiro agora ele tinha certeza. O verdadeiro herdeiro de Narnia não pode suportar as trevas que exalam da floresta sombria, as vidas que foram perdidas ali seu antigo povo.

 

Arqueos

 

"Agora seria uma ótima oportunidade para você não? Mate Edmundo e mande para o vazio" - A voz ecoou em sua cabeça aquela era Jadis.

"Não, você não vai matar meu irmão!" - Esse era Pedro

- Pedro? Eu nunca mais tinha ouvido sua voz. Aliás Porque estou ouvindo todas as vozes do Vazio? - Arqueos se perguntou 

" O nome desse lugar é vazio? Onde estou me tirem daqui " 

- De novo não, as vozes estão voltando, se eu não me concentrar vou perder o controle. - Pensou Arqueos

- Pedro você está bem? - Perguntou Lúcia a Arqueos.

- Estou, estou vamos logo. 

" Pode andar o mais rápido que puder Arqueos seu maldito, mas as almas que te atormentam nesse lugar não vão parar de te perseguir "

- Malditos. - Pensei.

Tentava controlar minha mente de todas as formas, as vozes em minha cabeça estavam cada vez mais fortes, e vários flashes do passado começaram a vir a tona. Toda a minha história começou a passar por aquela floresta e eu sabia que se não me mantivesse são, Pedro poderia voltar a residir seu corpo e tudo estaria perdido.

(...)

Quando eu era bem pequeno eu sonhava com o outro mundo a tal Londres, porque minha mãe e meu pai vieram de lá, os primeiros reis de Narnia, e eu sempre quis achar a passagem que levasse até lá. 

Após uma expedição com os meus pais eu me perdi, e acabei achando algo muito mais legal, duas árvores, uma vermelha e outra branca de uma se emanava neve e frio e da outra não sei explicar seu aroma era tão bom, tinha frutas belíssimas, Acabei adormecendo naquele belo lugar, e ao acordar estava com uma fome tremenda, de repente a arvore vermelha ao qual estava deitado, me ofereceu uma flor comestível ela possuía diversas cores. E então a árvore me perguntou. Se era normal ouvir as vozes das árvores? Em Narnia meu amigo, era um dom que poucos possuíam.

- Criança essa flor têm o poder de realizar teus pedidos, pense, peça e realize. - Parecia até bom de mais para ser verdade.

- Bom eu quero ser um grande rei e conhecer e governar todos os mundos.

- Então assim será. - Após eu comer a flor. De repente as árvores começaram a tomar forma a virar uma pessoa. Um homem e uma menina.

- Olá rapaz meu nome é Urzabum o escarlate e essa é minha pequena filha Jadis.

(...)

- Resista Arqueos as lembranças da sua infância vão te deixar fraco. Resista! - Essa era Jadis falando em minha cabeça.

- Pedro você está muito quente, será que você foi envenenado? - Lúcia perguntou a mim preocupada.

- Não, é só um dos efeitos colaterais da floresta continue por favor. - Ela me levou calmamente até o lado de Saltul que também não estava se mantendo de pé com o já desacordado Edmundo.

- Vamos meninos falta pouco agora a trilha já está acabando! - Novamente a minha visão ficou turva e comecei a voltar para a minha época.

 


" - Arqueos você terá grande propósito nesta terra, eu consigo ver através de você, será um grande rei " - Eu era bem pequeno nessa época e não sabia o que o futuro me reservava, Urzabum um homem que eu comecei a chamar de mestre simplesmente por ele contar com detalhes que meus sonhos de ser um grande rei se tornariam realidade se eu apenas tomasse da fonte de uma árvore a flor.

Eu era bem ingénuo naquela época, tinha apenas 7 anos mas, eu amava muito minha vida de príncipe eu seria rei de Narnia, porém Urzabum me ofereceu uma proposta melhor e minha mãe não gostou nenhum pouco disso.

- Quem é você? Saia de perto do meu filho - Franco meu pai me tirou dos braços de Urzabum.

- Pai calma ele está aqui para me guiar. - Eu me lembro que Franco ficou triste por perceber que seu pequeno filho agora jovem, tinha sido seduzido pelo feiticeiro. Eu era apenas uma criança

- Helena tire Arqueos daqui. - Helena minhá mãe foi me levando para longe, porém mesmo assim pude ouvir a conversa.

- Saia de perto do meu filho Urzabum ou irá enfrentar a fúria de Aslam.

- Você é muito estúpido Franco seu filho vai pertencer as trevas não a salvação para ele, ele será o único capaz de enfrentar Aslam está destinado a grandes feitos. Sua intromissão causará somente morte. Deixe eu cuidar de Arqueos. 

- Nunca! Arqueos é meu filho. 

- Está errado de novo. - Urzabum o feiticeiro não pode deixar de dar uma alta gargalhada.

- Era uma promessa, o primeiro filho de Helena não seria seu e sim meu. Arqueos ja partilha o meu sangue e também será um feiticeiro assim como minha filha. É só questão de tempo.

- Seu filho veio de uma profecia antiga muito antiga, Franco. 

- A profecia do filho da escuridão, o filho de outro mundo traria o fim de qualquer forma de vida. Ele governaria sem remorso e sem humildade. O único com poder suficiente para derrotar o criador e a criação.

- Isso é mentira ele é só um menino! 

- Que será o seu pior pesadelo.

É, parece ser palavras horríveis de se ouvir, perceber que daqui alguns anos eu seria talvez o pior inimigo do meu pai, um homem que era tão bom para mim. Eu não compreendia.

Urzabum sempre me contava quando me via as escondidas, desde criança que, estava destinado a ser um grande líder e lutar contra Aslam o grande leão. Meus pais rei e rainha de Narnia contaram belíssimas histórias sobre ele, eu passei grande parte da minha infância e juventude dividido.

- Urzabum quando o meu pedido vai se realizar? 

- Logo meu pequeno príncipe logo.

Urzabum contou que eu seria um rei capaz de tudo que eu quisesse, e nada iria me impedir. Sim eu sonhava em governar não só Narnia, mas todo lugar em volta dela. Não somente esse mundo mas também o outro de onde vim. Ele me ofereceu o poder para isso e eu aceitei, ao comer de sua flor eu teria o poder para realizar o meu sonho. 

E com o tempo vieram as mudanças, a diferença, a exclusão, fui deixado de lado muitas vezes, pois para ficar com o meu poder tive que dar algo em troca que eu ainda não sabia o que era. Mas depois que aceitei da árvore, ninguém exceto Urzabum e Jadis queriam minha companhia. E eu já com quinze anos comecei a me sentir menosprezado.

- Eles me odeiam! - Disse arremessando uma pedra no lago com força. Jadis e eu estávamos na beira de um lago longe do reino esperando Urzabum.

- Eles não te odeiam isso é medo, você deve encarar isso como um elogio eles temem o seu poder.  

- Elogio? Ser temido? - Jadis se levantou de onde estava sentada pegou uma pedra no chão, e no momento que ela a tocou, virou um gelo cristalino, ela jogou na água e a cada pulinho que ela dava, a água congelava.

- Ser temido pelo seu poder é o que te vai tornar rei, Arqueos. - Disse ela seria, Jadis nunca foi de rir muito, ela era muito decidida determinada, ambiciosa, as vezes tinha inveja de mim, por Urzabum me dar mais atenção.

- Você tem certeza que é com o medo que vou conseguir me tornar rei? Eu não sei isso parece... Certo. 

- Acha mesmo? Você não acha certo fazer as pessoas que te odeiam pagar por isso, eles te odeiam porque? Você não fez nada contra eles, ainda. - Disse ela com um sorriso ameaçador. - Agarrei a cintura de Jadis e a rodopiei no ar depois ficamos ali parados naquela posição, logo ela me empurrou.

- Imbecil. - Ela disse.

- Você gosta de brincar com vidas inocentes branquinha? - Ela riu foi a primeira vez.

- Um dia você também vai gostar. 

Ela tinha razão, com um tempo ficamos mais próximos, era tão previsível que eu e Jadis ficaríamos juntos, claro que prometi o trono a ela, iria fazer dela a minha rainha.

 

E sim eu sofri, sofri muito a dor de ser diferente, eu tinha poderes, poderes ruins que trazia mal a quem chegasse perto, eu tinha o poder da praga, eu conseguia apodrecer qualquer um que tivesse vida, era horrível, eu não tinha controle logo também meus pais se afastaram de mim, e me baniram de Narnia, e finalmente eu entendi o que Jadis tanto me dizia sobre traição.

Ela nunca entendeu o fato de Urzabum me escolher em vez dela, depois de um tempo nos conhecendo ela começou a me admirar.

Agora fazer as pessoas que deram as costas para mim, me olhar em cima de um trono, as pessoas que me feriram, se ajoelharem, as pessoas que me torturaram morrerem, Parecia cada vez mais próximo.

- Não a escolha Franco você deve deixar nosso filho com Urzabum, é o único jeito dele controlar sua magia. - Helena parecia triste em entregar seu filho, mas ela e Franco sabiam que não haveria outro jeito. 

- Você sabe quem ele vai se tornar não é Helena? - Disse Franco triste.

- Talvez daqui para frente ainda possa a ver alguma esperança. 


Não havia mamãe. Aquilo ficou guardado no meu coração por muito tempo, nunca abandone um filho. Fui criado pelo feiticeiro Urzabum que me ensinou a controlar minha magia, junto de Jadis. Ele me contou para que eu estava destinado. Eu seria o Armageddon, eu seria o apocalipse. Meu poder era tão grande que todos se ajoelhariam perante mim, não só meus pais, mas também Aslam.

Naquela época ser rei era tudo que importava, eu queria ser forte, queria ser um feiticeiro, como Urzabum e Jadis. 

Jadis tinha o incrível poder de dominar o gelo, A feiticeira branca, Urzabum seu pai tinha o poder de controlar e manipular a mente das pessoas. O feiticeiro escarlate

Eu também queria tais dons, só que eu já possuía.

Me tornei o feiticeiro negro, tinha o poder da praga. Eu podia destruir e manipular qualquer tipo de vida, eu era uma espécie de executor. 

Então eu cresci, e com o dez anos longe de Narnia e dos meus pais estava na hora de voltar. Essa seria a minha primeira batalha com o grande leão. Eu queria meu trono de volta.


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Já com 22 anos eu já estava pronto para conquistar o mundo.


- Ei imbecil parece que você não sabe quando parar. - Jadis apontou para um oponente que encontrei na floresta o deixei desacordado mas com o meu poder fiz ele ser engolido pela terra, não pela minha vontade obvio.

- Mas, eu não fiz isso. 

- Sei como é quanto mais velho nós ficamos, mais forte fica nosso poder hoje sinto que posso espalhar um inverno eterno em todo esse lugar.

- Nós realmente somos as piores armas que seu pai criou, você nem imagina o que sinto que posso fazer. 

- Acabar com tudo?

- Sinto que posso fazer toda essa cidade virar cinzas da noite pro dia.

- Então por favor majestade deixe eu te ajudar. - Disse ela rindo, tive de rir junto.


Com o passar do tempo me tornei impiedoso fiz de Jadis minha rainha, tomei tantos lugares, com uma facilidade quase que diariamente, ninguém tentava me enfrentar, alguns corajosos tentaram, fracassaram. O reino vizinho de Narnia eu tomei para mim e fiz daquela terra o meu reino e dei o meu nome Arquêlandia. Tão grande quanto o rei. 

Ah, e quantas vidas eu tirei, As pessoas adoravam ficar no meu caminho, me atrapalhando de conquistar o mundo que era meu por direito. Eu era invencível. Eu queria ser rei de tudo, conquistei várias cidades e reinos. Mas não o que era meu por direito. E de acordo com a lei somente Aslam poderia entregar o reino para mim. 

Eu tinha planos maiores não só conquistar Narnia mas também o mundo de onde eu vim, e que somente em Narnia havia a passagem, o lugar onde o tempo não para, onde o tempo se comportava de forma diferente pelo que meus pais disseram um ano no outro mundo equivale 1300 anos em Narnia eu seria imortal. Mas antes de realizar esse sonho tinha que passar por um único obstáculo.


No meu primeiro encontro com o leão eu disse que seria piedoso, não machucaria ninguém. Se ele apenas me desse o que era meu, mas claro que Aslam não teve medo, ele nunca tinha.

- Arqueos o garoto seduzido pelo poder, eu tinha uma visão diferente do seu futuro meu filho, mas Urzabum a quem acredita ser seu verdadeiro pai te enganou e te distorceu a imagem dele.

- Me enganou? Ele apenas me ensinou a não esconder o meu dom, meus pais me odiavam por ser diferente.

- Não, você acredita em sua própria mentira filho. Seu dom veio de uma árvore amaldiçoada, a culpa não foi sua, era só uma criança, mas veja no que se tornou? Ainda dá tempo Arqueos, se você desistir do seu poder, eu o perdoo. - Aquela conversa começou a me chatear, eu era bem impaciente eu podia matar Aslam ali mesmo, porém ele mesmo me impediu meus poderes não funcionavam em Narnia, não funcionavam onde havia vida, naquele momento eu percebi a fraqueza do meu poder, Narnia nunca havia sido banhada de mortes ou sangue, as árvores mesmo no inverno ainda floresciam, eu só podia destruir o que já estivesse destruído. E aquilo me deixou com muito mais ódio.

- Está vendo você não é invencível, desista agora,desista dessa desilusão.

- Desistir? Não! Meu poder me fez ter tudo o que sonhei, eu não quero apenas um reino, quero um império, quero ser uma lenda. Não vou desistir do meu poder, estou tão perto agora. 

- E sua família?

- Se tentarem me impedir ou ficar no meu caminho não terei outra escolha. - Disse convicto.

- Pois bem se é assim Arqueos, o garoto que acha que é um grande homem, manipulado, iludido, enganador, você não tem piedade pela vida e, você não tem amor por ela, é por isso que você não merece ter a chance de te-la, ou ver e sentir. Hoje que te seja revogado a honra de ter em tuas mãos, o sentido da vida, deve apodrecer junto com o teu poder, em Narnia você jamais governará, enquanto ainda existir alguém no trono.

Aslam me jogou uma maldição de que qualquer reino que eu possuísse, nada cresceria em meus solos, nenhuma árvore cantaria para mim, nenhum rio daria os peixes que eu precisava. Ele disse que eu só me tornaria rei se não existisse ninguém para governar. Ele tirou o meu dom de ouvir as árvores.


Aslam também criou das lágrimas dos meus pais, um lugar sem vida abaixo dos solos de Arquêlandia em um lugar específico, a floresta confusa onde existiam árvores e vida, porém aquelas eram árvores dopantes e venenosas, onde você não via o bem, ali Aslam aprisionou Jadis e Urzabum no subsolo, um lugar que ele nomeou de Vazio.

A principal passagem para o meu reino se tornou um lugar sombrio e sem Urzabum e Jadis para me ajudar o que eu iria fazer? 

Tentei queimar a floresta mas de nada adiantou ela apenas ficou mais sombria, as árvores antes bonitas agora secas e mortas, era o que eu pensava, aquelas árvores não morriam, não podiam. 

Então com um tempo acabei me acostumando com a minha maldição, aquilo só fez aumentar o medo que os outros tinham sobre mim, não tive outra escolha se não declarar guerra contra meus pais pois eu não tinha mais nada a perder

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- Está ali o castelo de Beltech! - Acabei acordando quase que de um sono profundo, eu estava perto dos portões do meu antigo castelo, Lúcia estava ao lado de Edmundo que havia acabado de acordar.

- O que aconteceu? - O bastardo ainda parecia zonzo, como se tivesse sofrido uma pancada na cabeça, Saltul o minotauro não parecia diferente a única que estava sã era Lúcia.

- Estão todos bem? - Perguntou Lúcia.

- Gostaria de estar melhor. - Respondeu Edmundo ainda confuso.

- Certo Pedro já chegamos, pra onde agora?

- Espere um momento... Eu estava tão desnorteado que mal via a paisagem tudo veio muito rápido, mais tudo que estava embaçado começou a ficar nítido e pude ver. 

Estávamos nas paredes sul do castelo, não havia nenhuma porta ou acesso por ali, eu mesmo aconselhei a não construir, porém um certo homem cuja a sabedoria vinha de outro mundo, conseguiu achar uma saída de minha fortaleza, e ainda bem que eu a deixei ali mesmo.

- Vamos ter que escalar o muro. - Lúcia me  olhou perplexa. 

- Eu já imaginava. - Disse Edmundo não surpreso se levantando com a ajuda de seu minotauro.

- Como vamos escalar um muro tão alto? - Olhei para Lúcia com sarcasmo. 

- Ora, com as mãos. - Disse sendo o primeiro a subir, as paredes sul do castelo que eram cheias de pedras o que facilitava a escalada, lá em baixo, Vi os três começando a subir de forma lenta. 

- Imbecis. - Comentei

Lá em baixo no solo Lúcia olhava pasma para Edmundo.

- Mas será que Pedro não tem medo de morrer? Essas paredes têm uns 30 metros.

- Pelo menos agora sabemos como ele chega tão rápido em nossos castelos, isso só faz eu duvidar ainda mais dele. - Disse Edmundo já a subir.

- Tente se controlar senhor estou todo tempo de olho em Pedro - Comentou Saltul 

- Pra quem acabou de ser dopado por um bando de árvores venenosas vocês estão ótimos. - Lúcia disse revirando os olhos.


O mar da Carlomania ficava ao redor das paredes e ele batia feroz nas grandes muralhas do castelo, a dificuldade de subir só aumentava, o sal dificultava a visão e as paredes cada vez mais molhadas e escorregadias como já estavam na metade do caminho uma queda dali seria morte certa.

- Pedro!! Pedro!! Não tem como vamos morrer! - Gritou Lúcia desesperada.

- Escutem falta pouco, não desistam.

- Vamos Lu não fique parada continue a subir, lembre-se por Susana. - Edmundo demonstrou coragem a Lúcia que subiu com eles, Saltul não tinha dedos, eram apenas cascos ele não podia escalar o rochedo, prometeu que encontraria outra entrada pelo mar, mais Arqueos sabia que era suicídio, " Bom, menos um" Ele pensou.

Ao comando de Arqueos eles pararam a quinze metros do final da muralha os três estavam paralelos um ao outro. Então Arqueos começou a cavocar as pedras de onde escalava. 

- O que está fazendo quer morrer? Se tirar as pedras onde irá se apoiar? - Gritou Edmundo

- Confie em mim. - Arqueos continuou e finalmente achou o buraco que precisava era uma porta, que estava trancada.

- E agora gênio? - Comentou Edmundo. - Arqueos deu um sorriso cínico e tirou uma chave do  bolso de sua camisa e abriu a porta para dentro do grande castelo. 

 

Susana

 

Depois de adormecer por um tempo, acordei naquele mesmo lugar horrível 

- Parece que de qualquer forma, dormindo ou não, sonhando ou não, meu destino será esse mesmo. Droga! - Disse chutando as barras.

- Deixa eu recapitular tudo até agora, bem... Pedro foi substituído por um homem de milénio atrás, e até agora já se passaram cinco anos que ele sumiu, e mesmo voltando por pouco tempo não se lembrou de nada. - Nesse momento pensei em quanto Pedro sofreu nesses cinco anos preso nas mãos daquele homem asqueroso. 

- Lúcia que passou três anos longe de mim, por conta dessa guerra idiota, ela abdicou de tantas coisas, inclusive deu sua mão para Edmundo somente para que não fosse banido. Ah é o meu irmão, perdeu tanto, seu reino, sua coroa e também... Sua família. Tudo por culpa do homem, Arqueos que me tirou a chance de ter um filho. - Comecei a chorar um pouco, mais com o ódio se acumulando em mim eu enxuguei as lágrimas.

- Não, eu não vou desistir, vou me vingar de Arqueos, vou me vingar pela minha família, e por mim mesma! - Disse gritando.

- Susana. - Olhei para trás e num sobressalto voei no chão, com o susto uma sombra escura, na parede de concreto conversava comigo.

- Quem é você? - A sombra que parecia nítida depois começou a perder sua forma, estava de cabeça baixa como se estivesse triste, sua forma ia e vinha, parecia um canal que precisava sintonizar.

- Me diga o seu nome! - Ele parecia mais longe, fui até a parede tentei pegar nele, encostar, sentir algo, mas era fraco, por algum motivo sentia que aquela sombra precisava da minha ajuda.

- Por favor fale comigo, sinto que vou enlouquecer! 

- Preciso que durma. - Ele disse e depois a sombra se sentou no outro lado.

- Dormir? Mas porque? - Fiquei confusa.

- Só assim irá entender, não posso dizer meu nome, você terá que descobrir, mas aqui você pode saber, se Dormir tudo será revelado e vou poder responder qualquer uma de suas perguntas.

- Você sabe quem é o Arqueos? - A sombra fez sim com a cabeça.

- Ele possui alguma fraqueza? - A sombra não disse mais nada. - Aquela voz, era uma voz grave bem grave, como se estivesse cobrindo a verdadeira voz por trás da sombra, eu não queria mas, precisava confiar nela só assim talvez eu iria me libertar e libertar meus irmãos.

- Certo mas logo vai anoitecer e amanhã será minha sentença se estiver errado, que por Deus não esteja, não vou ter mais chances de fugir. - Parecia que a sombra se conteve, se mostrava feliz.

- Certo tudo bem... - Disse voltando para a cama encostando minha cabeça em um bolo de panos que fiz para substituir um travesseiro. Respirei fundo tentando encontrar o sono, mas sabia que ia demorar um pouco. - Eu espero... Eu espero...

 


Do lado de fora ainda Saltul procurava uma forma de entrar no castelo, sem ser visto, já estava para amanhecer, o mar também não ajudava, Saltul foi descendo as lacunas, atravessando pedregulhos, e quase sendo derrubado pela água que batia forte por onde ia, Era difícil escalar pedras, ainda mais molhadas e pela noite, logo ele se viu no subsolo do castelo, onde tinha uma caverna, sem fim, de onde não se via luz, Saltul não tinha outra escolha, só possuía aquela entrada. 

- Bom vamos lá.


- Entrem! Entrem! Entrem! Já está amanhecendo. Lúcia e Edmundo entraram com muito esforço, na porta escondida achada por Arqueos. 

- Eu não posso acreditar uma porta em meio às muralhas, não faz sentido. - Disse Edmundo ainda sem acreditar.

- Vamos procurar por Susana, temos que nos separar, devemos nos encontrar aqui de novo antes que o sol reflita sua luz na grande janela, e a com Susana de preferência. - Arqueos disse autoritário.

- Tudo bem, eu vou com a Lúcia. - Arqueos olhou diretamente para Edmundo.

- Não! Devemos todos nós separar, aqui não podemos ficar juntos, eles vão desconfiar, todos devem ir sozinhos.

Como é? - Edmundo se alterou e Lúcia revirou os olhos.

- Sabe de quem eu estou desconfiado? Você Pedro, você. Como você, sabe tanto sobre esse castelo? Conhece entradas, saídas, atalhos e inclusive tem até uma chave, de uma porta que eu acho que só você sabia a existência, Não pense que sou burro. - Edmundo foi até Arqueos é o encarou nos olhos com escárnio, Arqueos fez o mesmo.

- O que você realmente quer? - Disse Edmundo num sussurro, pegando Pedro pelo colarinho. E no mesmo momento Arqueos pensou o que ele mais queria a morte de Edmundo, porém não disse nada apenas ficou em silêncio.

- Ei vocês dois! - Os dois olharam ao mesmo tempo para Lúcia que já estava em direção ao corredor norte.

- Não ligo se Pedro é um traidor ou se você está preocupado com a minha segurança Edmundo eu vou atrás de Susana com ou sem vocês. - Disse partindo.

- Lúcia espere! - Arqueos segurou o pulso de Edmundo o que fez o moreno ficar irado pois perdeu Lúcia de vista.

- Deixe Lúcia ir... - Edmundo deu um soco no rosto de quem ele achava ser Pedro.

- Jamais fique entre mim e Lúcia de novo, nunca confiei em você, sei que está tramando algo. Eu vou achar Lúcia e Susana. E se alguma coisa acontecer com elas eu mato você.

- Eu digo o mesmo. - Falou Arqueos se levantando, Edmundo foi correndo na direção de Lúcia e após ele ir, Arqueos soltou uma gargalhada alta, com todos separados, ele sabia com certeza o destino de cada um. E como ele conhecia o castelo sabia exatamente para onde ir para achar Susana, e esperar que matassem Lúcia, Edmundo e Saltul como ele planejou.

- É tão bom voltar em casa, me sinto ótimo, uma nostalgia.


Notas Finais


Mais uma vez milhares de desculpas pela demora, o próximo capítulo sai próxima semana prometo, me cobrem kkkk

Realmente está sendo difícil e espero que possam compreender 💓💓💓


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