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História Efeito Borboleta - They know the score


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 9 - They know the score


 

9— They know the score

Harry Pov

— Ei, acorde!

Abri os olhos, um pouco confuso ao sentir que havia sido atingido por algo, e me sentei, tateando o travesseiro em busca dos meus óculos, que eu sempre deixava abaixo dele.

Assim que o coloquei, pisquei atordoado, vendo o travesseiro de Rony jogado sobre mim, e olhei para ele sem entender.

— Você estava falando... enquanto dormia — Ele anunciou, e eu bocejei, um pouco cansado.

— Estava? Ofidioglossia? — Questionei, afinal era muito comum acontecer.

— Não. Gregorovitch. Você disse esse nome. Quem é Gregorovitch?

— Eu não sei — Falei, pensativo ao tentar recordar as imagens frescas na minha mente — Acho que ele esta no exterior.

— Gregorovitch? — Rony parecia não estar conseguindo acompanhar, e eu suspirei.

— Voldemort.

— Estava lendo a mente dele de novo?

— Não conte a Hermione — Pedi, suspirando — Eu não consigo evitar quando estou dormindo!

— Achei que as aulas com Malfoy estivessem funcionando — Ele comentou, e eu apenas movi os ombros, resignado.

— E estão. Mas quando... eu caio em sono profundo, não tenho muito controle. E ontem, sua mãe nos colocou para fazer tantas coisas que eu simplesmente desmaiei — Anunciei, e ele riu.

Decidi não voltar a mencionar Gregorovitch, embora estivesse tentando lembrar onde já ouvira aquele nome, e porque pensava ter relação com quadribol.

Era uma impressão forte e persistente.

— Enfim, feliz aniversário — Ele disse com um sorriso, e eu pisquei, me sentindo imediatamente cheio de felicidade ao constatar que aquele era meu aniversário.

Depois que eu conheci Ron, Hermione e o mundo da magia, aquele se tornou um dia verdadeiramente importante e feliz para mim.

E aos dezessete, o rastreador caducava, então foi realizador poder pegar a varinha e fazer um monte de magia que lembrasse.

Eu e Ronald estávamos rindo como dois imbecis enquanto eu tentava fazer a maior quantidade de feitiços idiotas que me viesse em mente, e nesse clima engraçado nós nos aprontamos para irmos tomar café.

É claro, eu achei muita graça no presente dele.

Doze maneiras infalíveis de encantar bruxas, um manual de aparência tosca que ele chamou de genial.

Assim que chegamos na cozinha, eu fui recebido com muitos abraços e presentes, e percebi que não sabia quando seria a próxima vez que aquilo poderia acontecer.

Se no próximo ano eu teria um aniversário para comemorar. Se poderíamos nos reunir. Se... estaríamos vivos.

Empurrei esses pensamentos para o fundo da minha mente, e tentei me concentrar em qualquer outro tópico.

Eu nunca pensei sobre como as coisas funcionavam na minha vida, e sinceramente, não gostava muito da ideia de perder tempo com pensamentos do tipo, porque gastava toda minha energia entre pensar sobre horcruxes e tentar ajudar com a loucura para o casamento.

Tudo estava especialmente apertado desde que a família de Fleur havia chego na Toca, e na véspera do casamento tudo parecia ainda mais louco.

E exatamente por isso que eu não quis cancelar a aula com Draco naquele dia, ainda que soubesse ser meu aniversário e que eu provavelmente poderia ter esse privilégio.

Hermione parecia interpretar isso como algo muito positivo, como uma grande dedicação para as aulas de oclumencia, porque eu não havia dito a ninguém que gostava das aulas por outros motivos.

Assim como Draco usava as aulas para ter um pretexto para sair de seu cativeiro, eu as usava para fugir daquela bagunça.

Apenas nós dois, em silencio naquele desafio mental era o máximo de paz que eu tinha por dia, e eu não estava disposto a abrir mão daquelas duas horas, ainda mais no meu aniversário.

E de qualquer forma, após minha conversa com Remus, passei e enxergar Draco de uma outra perspectiva.

Assim que entrei na garagem, após o café, vi ele ali, sentado no banco de sempre, me esperanço de maneira pontual.

Mas, diferente do habitual, ele se levantou assim que eu entrei, girando os olhos de maneira suspeita ao redor e fechou a porta, me puxando para dentro.

Arqueei o cenho ao ver ele fazer um feitiço de silencio, e finalmente me olhar.

— O que foi isso?

Ele soltou o ar pela boca, parecendo um pouco nervoso.

— Eu preciso ser rápido, antes que alguém perceba o feitiço. Todas nossas aulas são espionadas por Molly Weasley ou Remus. Eles esperam que você diga ou deixe escapar seus planos e a razão para que não vá para escola. Eu sei que hoje seu rastreador é desativado — Ele disse, tudo muito sério e rápido.

Abri a boca, mas ele me cortou com um gesto de mão.

— Eu continuo não querendo saber o que vai fazer de sua vida, ou seus planos. Mas eu tenho algo que pode ser útil, e como agora você já não tem o rastreador, pensei em lhe entregar o mais rápido possível — Ele disse, e tirou algo muito pequeno do bolso, fazendo um feitiço para aumentar.

Se tratava de um livro, e eu franzi o cenho, me aproximando dele quando Draco o pousou sobre a mesa.

— O que é isso?

— Um livro de registros — Ele explicou — Eu fiz um desse para a ordem, e pensei ser justo que você tenha uma cópia, já que seus planos, pelo o que todos acham, parecem ser sair daqui e ir fazer alguma coisa em algum lugar.

Deslizei os dedos suavemente pela capa preta, e abri o livro, virando as duas primeiras páginas que estava em branco, e finalmente notei do que se tratava.

Draco realmente era alguém metodológico e impecável.

Era um tipo de enciclopédia, em ordem alfabética, com todos os comensais e simpatizantes de Voldemort.

Haviam seus nomes, origens, se eram mestiços, puro sangue ou nascidos trouxas, e os que ele mais conhecia, haviam observações particulares sobre suas principais fraquezas, e sobre os feitiços que costumavam usar e formas de quebrar as maldições que provavelmente lançariam.

— Isso é... — Falei, me calando, e ergui o rosto para ele, que tinha a expressão um tanto franzida, ainda em muita cautela.

— Reduza, guarde e nunca diga que eu te dei uma cópia. Ninguém quer que você tenha acesso a essas coias. A ideia inicial era que o outro ficasse com você, mas Molly convenceu Remus a deixar com ‘adultos de verdade’, então decidi fazer uma cópia — Ele disse, e eu fiz imediatamente o que ele pediu, pensando em como Hermione devoraria aquele livro em pouco tempo.

Era uma das coisas mais úteis que eu tinha, e seria muito bom ter alguma vantagem.

— Obrigado — Falei muito baixo, em um fio de voz, e ele assentiu, fazendo um finite incantatem para sumir com o feitiço de silencio.

Guardei o livro diminuto dentro do bolso da calça, e ergui os olhos para Draco, pensando se deveria dizer alguma coisa.

Era sempre impossível saber o que se passava em sua mente, e as vezes eu tinha essa curiosidade enorme.

— Amanhã não teremos aula — Ele me disse, se sentando na cadeira com tranquilidade, desfazendo quase imediatamente a expressão preocupada de instantes atrás.

— Por quê? —  Questionei alarmado, pensando se ele iria querer desistir de mim.

— O casamento, Potter — Ele revirou os olhos, e eu pisquei surpreso, pois havia esquecido daquilo por um instante.

— Ah, é. O casamento — Concordei, e ele riu, negando com a cabeça.

— Como seu professor, eu entendo totalmente como Snape te odiava — Ele murmurou, e eu revirei os olhos, sem querer pensar mais sobre o assunto.

Ainda me revirava o estomago ouvir o nome de Snape.

— Você não é meu professor — Avisei, e ele suspirou.

— Certo, certo. Vamos, vamos fazer isso logo. Se quiser posso te liberar mais cedo. É... seu aniversário.

— Não, estou ótimo — Falei, e não precisei explicar qualquer coisa, porque era de comum acordo.

Ele sabia que eu o usava para escapar, da mesma forma que Draco fazia comigo.

Nós dois estávamos bem com isso, então eu sinceramente aproveitava daqueles minutos.

Quase como se a garagem fizesse parte de um universo alternativo, onde minha única obrigação era aprender a fechar a mente. Nada de eleito, nada de Voldemort, nada de horcruxes. Eu só tinha que fechar a mente, e me focava totalmente nisso enquanto estava com Draco.

E por incrível que pareça, estava sendo cada vez mais fácil conviver com ele.

Era alguém silencioso, muito calmo, reflexivo e ponderado.

Mas é claro que ele ainda era Draco Malfoy, então era totalmente dramático, reclamão e constantemente fazia comentários ácidos e mórbidos que me davam ganas de socar a cara dele.

Mas todas as vezes que eu ficava irritado com ele, eu simplesmente me lembrava da conversa com Remus, e me via incapaz de fazer qualquer coisa.

Sentia como se ultimamente estivesse vendo Draco mais como um Black do que como um Malfoy, e provavelmente isso estava relacionado com Sirius.

Mas, ao mesmo tempo...

Eu também conseguia ver um pouco de mim em Draco.

A maneira como ele parecia totalmente perdido entre a ordem soava como o Harry de onze anos no mundo da magia, inseguro e confuso.

Também órfão, mas de uma maneira diferente.

Eu havia perdido meus pais por causa de uma fatalidade. Por causa de Voldemort.

Draco havia perdido os dele por escolhas.

Deveria ser doloroso pensar que os seus pais não te queriam. Que eles poderiam estar ali, mas não estavam por que... você não era bom o suficiente para eles.

Eu não sabia ao certo se minha guarda baixa com Draco estava assim por causa de Sirius, por causa da vontade de honrar Dumbledore ao não virar as costas para Draco, por causa de mim mesmo, ou se era... compaixão.

De qualquer forma, eu percebi que qualquer rancor sobre ele não existia mais.

— O livro... Obrigado. É de grande ajuda — Falei com gratidão e ele assentiu com um gesto curto de cabeça.

— Considere uma troca justa.

— Uma troca justa?

— É, em retribuição ao meu grande e significativo favor, você se livre de Você-sabe-quem.

— Ah, com certeza. É algo bem fácil de se fazer — Resmunguei com ironia, e ele assentiu.

— E que seja antes do meu aniversário. Eu tenho planos para uma grande festa, odiaria ter que adiar —  Insistiu com desdém ensaiado.

— Malfoy, o seu aniversário ainda vai demorar! — Acusei, e ele sorriu, um pouco mais parecido com aquele Draco insuportável e irritante.

— Isso significa que você tem tempo suficiente para matar ele.

— Você está foragido, como pode estar planejando uma grande festa de aniversário?! —  Me exasperei, indignado.

— Não existem muitas coisas a serem feitas quando se está preso com um lobisomem. E grandes festas não se planejam do dia para a noite, Harry Potter — Disse, com ar esnobe e eu revirei osolhos.

— É claro —  Resmunguei irônico.

— E não estou pedindo grande coisa, de qualquer maneira.

— Só para me livrar de Voldemort — Reclamei, revirando os olhos.

— Só para se livrar de Voldemort — Ele concordou, e por um longo instante, eu apenas parei para pensar que era aquilo que todos esperavam que eu fizesse.

E por mais que não quisesse soar negativo sobre isso...

Eu não sabia o que fazer, por onde começar, ou como concluir a missão.

Ser Harry Potter, às vezes, não era nada... legal.


Notas Finais


Eu sei que a história está bem parada, mas estamos em fase de transição. Esse e o próximo marcam o fim dessa fase como vocês conhecem, e traz algo diferente, com algumas interações Drarry maiores e emoções (rs)
Espero que estejam gostando!


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