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História Efeito Cinderela - Capítulo dezessete



Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece, não acha???

Mas muita coisa aconteceu, para quem está no meu grupo de fanfic sabe de tudo e também estão por dentro de toda a situação, passei por umas correrias tensas, perdi uma amiga autora também, estou trabalhando de segunda à domingo, tudo o que mais faço é chegar em casa, comer, alimentar os pets, tomar banho e dormir.

Peço perdão por fazer todos esperar tanto tempo, mas espero poder estar concluindo essa história, porque este é o penúltimo capítulo e quero que apreciem cada momento dele.

Muitos sabem que eu não sou de expressar tanta violência ou situações desagradáveis em fanfic's clichês, principalmente para não ser canc*eladx, então não relatei o fim dos personagens culpados da guerra, mas já deixei claro o que aconteceu com todos eles.

Fiquem agora com o penúltimo capítulo dessa fanfic…

Boa leitura, anjos! 💚💜

Capítulo 18 - Capítulo dezessete


Fanfic / Fanfiction Efeito Cinderela - Capítulo dezessete


Os dias foram se passando tranquilos na volta para o palácio, pois Taehyung fazia questão de cuidar da sua família, dos soldados e também dava as ordens ao Vice-General, deixando com que Yoongi pudesse liderar a tropa em seu caminho de volta e com segurança ao palácio.

Com certeza Jeongguk sentiria falta da senhora que tanto ajudou-lhe ao longo do tempo, pois Yongnam tinha lhe dado um lar, comida, aconchego e proteção de tudo ao redor da floresta. Iria recompensar a senhora ômega, mesmo que ela tenha negado tal coisa, queria não somente agradecer, mas também mostrar a sua gratidão e a sua bondade retribuindo da melhor forma.

Essa era a última noite deles montando um acampamento na floresta para que na manhã seguinte pudessem voltar em segurança, por isso os soldados se colocaram a postos e montaram as barracas.

Hoseok e Yoongi saíram para caçar, Kwang e os outros ficaram ajudando no acampamento, com Taehyung preparando o básico do jantar em uma fogueira e Jeongguk apenas estava dentro da barraca cuidando de Jaehwa que estava com frio. Por ser tão novinha, a pequena ômega se encolhia toda, tentando buscar se aquecer e também ter um conforto, pois a noite tinha uma brisa gélida que poderia trazer resfriado para qualquer um presente ao sereno.

A noite estava calma no final das contas, mas o vento denunciava uma frente fria preocupante e com alguns trovões cortando o céu, denunciando que uma chuva poderia chegar a qualquer momento. E foi por isso que Jeongguk quis ficar dentro da barraca, protegendo e aquecendo a sua filhote como conseguia, já que ele também sentia frio.

O casaco de pele do Taehyung acabou ficando com a pequena Jaehwa, já que por ela ser novinha poderia pegar um resfriado mais rápido do que todos, por isso o casal pensou na filha em primeiro lugar. Jeongguk não tinha problema algum em abrir mão de algo que poderia muito bem aquecer a sua filhote, principalmente porque queria que Jaehwa ficasse bem agasalhada e por isso preferia ele passar frio do que a sua filha.

Jeongguk estava concentrado em manter Jaehwa aquecida, toda hora levava a mão para a testa da pequena checando a temperatura dela e suspirando pesadamente, pois ainda continuava um pouco gelada, mas não tão preocupante quanto antes e por isso buscou aconchegar ela mais um pouco. Na verdade, Jeongguk queria um ninho para poder proteger a sua cria, queria aninhar-se em seu ninho e certificar de que a pequena ômega estaria segura, quentinha e também bem confortável.

Saiu dos seus devaneios quando ouviu passos pesados do lado de fora da tenda, assim como o som do vento que soprava do lado de fora, mas suspirou aliviado ao ver que se tratava de algum soldado da tropa deles, por isso buscou relaxar mais a postura e os músculos.

— Você está bem? 

A voz de Taehyung foi ouvida do lado de fora da barraca, pois era assim que eles tinham o costume de chamar a grande tenda montada.

— Tentando aquecê-la do frio. — respondeu Jeongguk, sorrindo mínimo e olhando para o seu alfa, vendo como ele parecia mais à vontade. — Não está com frio, querido?

— Estou na fogueira preparando nosso jantar improvisado e também estou esperando todos limpar os peixes. — disse, rindo fraco e se acomodando dentro da barraca, vendo que a pequena filhote estava dormindo depois de mamar.

— Tome cuidado. Não quero que fique doente, ainda temos muito o que resolver quando voltarmos. — avisou o ômega, sorrindo com a aproximação de Taehyung e então se deitou ao lado da filha, tendo o alfa por cima do seu corpo e suspirou pesadamente. — Vamos ter muito o que fazer, organizar, um povo para acalmar e um reino para reconstruir.

— Primeiro vamos julgar os envolvidos, amor. Depois vamos começar a organizar e ajudar o que foi danificado por causa da guerra, prestar condolências aos que perderam os seus entes queridos e restaurar a paz. — comentou Taehyung, beijando os lábios macios do seu ômega, chupando o inferior lentamente e sorrindo mínimo. — Por enquanto eu quero apenas dormir mais uma noite abraçado com vocês, protegendo minhas duas jóias, meus amores e paixões.

— Eu só quero poder viver em paz e dar uma vida de tranquilidade para nossa filha, pois tudo o que aconteceu me fez ver como o mundo está corrompido. — falou Jeongguk, olhando para Jaehwa que dormia toda encolhida e aquecida no casaco de pele do pai alfa. — Ela merece ter segurança, preocupação e também carinho. Não quero ver a nossa filha sofrendo, muito menos sendo maltratada.

— Nós vamos proteger a Jae. Não precisa se preocupar, porque iremos dar uma boa vida para ela e toda proteção que merece, amor. — sussurrou Taehyung, beijando a bochecha do seu marido e admirando a filha também, agradecendo aos céus por novamente estar tendo a grande chance de estar com a sua família novamente. — Vou voltar a dar atenção ao jantar, então tente descansar um pouco, irei trazer nossa refeição aqui.

Jeongguk apenas concordou com um aceno de cabeça, observando os detalhes do seu alfa e não deixando de sorrir, porque mesmo com a barba para fazer Taehyung ainda assim continua um lindo e nobre Rei.

Aos olhos do ômega, Taehyung sempre será aquele cujo apaixonou-se perdidamente e que vive uma grande história de amor, assim como todos os romances de livros que Jeongguk já chegou a ler. O alfa aos seus olhos sempre foi charmoso, atraente, nobre, gentil, educado e cativante, exatamente como sempre foi desde o início em que se conheceram e se viram pela primeira vez naquele baile.

— Vou ficar cuidando de vocês aqui dentro da tenda para que nada aconteça. — avisou o Kim, se aproximando um pouco e roubando um beijo de Jeongguk, ouvindo o riso baixo dele e acabou sorrindo com isso. — Dessa vez vocês não vão sair de perto de mim, muito menos vão para algum lugar sozinhos.

— Saiba que eu confio em você. — sorriu o ômega, suspirando pesadamente e se deitando melhor ao lado da pequena filhote, pois tentará descansar um pouco depois de dias tão turbulentos e cansativos. — Mas se cuide também, querido.

— Eu te amo, Guk.

— Eu também te amo, Tae.


[•§•]


A viagem para voltar ao reino Elben foi tranquila, principalmente depois dos três dias de tempestades que tiveram que enfrentar, fazendo com que todos os presentes ficassem mais cansados do que o habitual pelo caminho longo que deveriam percorrer até voltar para o reino.

Jeongguk estava sobre o corpo do seu alfa, segurando Jaehwa com certa firmeza, já que Taehyung assumiu a forma lupina junto dos outros para chegarem mais rápido ao reino e evitarem mais dias com temporais arriscados. Os dois Ômegas estavam se aquecendo juntos no casaco de pele e também na pelagem do alfa, mas o vento estava frio logo pela manhã, trazendo consigo alguns flocos pequenos de neve por conta da temperatura muito baixa.

O ômega olhou para trás, vendo que todos os soldados estavam em suas posições de guarda e Taehyung liderava ao lado de Yoongi, mas não deixou de ficar preocupado, pois estavam todos tentando enxergar alguma coisa em meio a neblina densa, tendo de usar os instintos para se manter atentos a qualquer coisa ao redor.

— Tae, vamos esperar amenizar um pouco essa neblina, pois não estamos enxergando nada. — pediu Jeongguk, engolindo a seco e observando tudo ao redor, tentando enxergar algo, mas não deixando de manter a pequena filhote aquecida e segura nos seus braços. — Eu estou achando muito perigoso voltar com esse vento, pode trazer uma chuva forte.

Mas Taehyung apenas rosnou baixo, como quem diz que tem tudo sob controle e isso fez Jeongguk revirar os olhos, se encolhendo no casaco de pele com a pequena Jaehwa.

Seu olhar estava atento em todos, principalmente naqueles que estão cansados, pois ficaram fazendo a patrulha durante a noite, então suspirou pesadamente. Notou que Kwang tropeçou e quase foi ao chão, reparou também em Hoseok que parecia encolhido na sua forma lupina, então encarou os outros, todos eles pareciam exaustos, mas não queriam parar para descansar, apenas continuar caminhando até que pudessem acampar em um local com segurança.

A preocupação dominava o ômega, trazendo consigo certa aflição por ver que todos estão com pressa de chegar no reino, principalmente porque tinha noção que foram dias e mais dias longos, tenso e repletos de buscas incansáveis na floresta para encontrá-lo com a pequena ômega.

Jeongguk não pode falar nada, por isso apenas continuou em silêncio, observando tudo e todos ao redor. Não podia fazer muito também, já tinha pedido para Taehyung parar e descansar, porque pensava também no bem-estar daqueles que estavam junto deles, mas entendia o quão apressados estavam para poder chegar com total segurança em Elben.

Afinal, não estavam tão distantes do reino, por isso não queriam adiar a viagem, mesmo com a neblina e a graça nevasca que se fez presente. Jeongguk entendia a necessidade de todos de voltar para suas famílias e dar um parecer, pois enquanto esteve na presença da senhora Youngnam, recebendo dos cuidados da idosa que o acolheu com uma recém nascido nos braços, também tinha o enorme anseio de dar um sinal, nem que fosse de fumaça.

Infelizmente Jeongguk não pôde fazer isso, porque sabia que se fazendo em época de guerra, poderia estar colocando a vida de uma senhora, a sua e a de sua filha em perigo naquele tempo. Foi através desse pensamento que se contei ao longo dos dias em que esteve na presença da idosa ômega, recebendo os cuidados, acolhimento e também proteção de alguém cujo nem sabia se poderia confiar fielmente após tudo o que aconteceu consigo.

Lá no fundo o ômega sabia que era a melhor escolha evitar enviar sinais ou até mesmo deixar pistas por onde andava, pois temia não sobreviver para poder dar a luz a sua filhote e poder vê-la segura em seus braços. Jeongguk seria eternamente grato pela aquela senhora que o acolheu e ajudou-lhe sem nem ao menos conhecê-lo, chegando até mesmo a fazer o seu parto com todo cuidado e ter salvo a sua herdeira do trono.

Olhando por esse lado sabia que foi a melhor escolha, evitar chamar atenção e deixar com que Taehyung fosse atrás para procurá-lo acabou evitando grandes tragédias. Era por este motivo e razão que Jeongguk estava grato e também sentia estar em dívida com Youngnam por tudo o que ela fez para que pudesse se manter seguro com Jaehwa.

Quanto mais todos avançavam os passos, mais impossível ficava de enxergar o caminho a frente e Taehyung buscava ter toda a cautela para acabar não pisando em falso, porque temia machucar a sua família e colocar os seus soldados em risco também. Toda hora o alfa farejava a neve para não encontrar armadilhas ou até mesmo obstáculos que colocariam todos em riscos sérios ou graves, Jeongguk observava tudo, mas não dizia nada, porque não adiantaria de nada tentar falar ou pedir novamente, conhecia o seu alfa e a teimosia dele para saber que novamente receberia um rosnado em negação.


[•§•]


Os dias foram se passando mais depressa do que todos imaginavam, quando menos esperavam, um sol fraco começou a aparecer no céu, aquela neve ainda continuava sob o solo e dificultando boa parte do percurso de volta ao reino, mas a neblina foi diminuindo aos poucos.

Tinham descansado o suficiente nos dois últimos dias em que a tempestade de neve fez com que todos parassem e ficassem em um pequeno acampamento montado pelos alfas, mas o que realmente fez todos uivar em comemoração e alívio foi ver, não tão distante, os portões do reino, pois finalmente estavam de volta em Elben.

Jeongguk teve que segurar firme Jaehwa com um dos braços e em seu alfa, rindo baixinho quando ele começou a pegar velocidade, uivando e fazendo os outros soldados o acompanhar nos uivos, pois estavam em casa e não tinha sensação melhor. O ômega teve que observar Jaehwa para saber se estava tudo bem e acabou sorrindo ao ver que a filha sorria, mexendo as perninhas e arregalando os olhos. Kim Jaehwa desde o seu nascimento se mostrou uma filhote inteligente, observadora e também dona dos sorrisos mais gentis e fáceis que alguém possa imaginar, fazendo ela ser o centro das atenções para os soldados, pessoas ao redor e até mesmo para os dois papais que se derretiam com a filha.

Quando pararam em frente aos portões do reino, todos os soldados que ficaram de guarda começaram a comentar que eram os Reis e que ambos estavam de volta, então sem esperar nem mais um segundo abriram os portões, fazendo os lobos entrarem e o jovem Rei ômega acenou para aqueles que veio o receber de volta, notando que mesmo alguns com feições abatidas e aparentando cansaço, ainda assim continuavam firmes e prontos para qualquer tipo de situação que poderia ocorrer.

— Majestades! — exclamou uma senhora, parecendo contente ao ver os dois Reis e os guardas de volta, todos em completa segurança. 

— Eles voltaram, finalmente. — falou uma outra pessoa no meio da multidão que começou a se fazer presente, prestigiando a volta dos seus Reis e soldados, fazendo Jeongguk sorrir e acenar gentilmente.

Todos pareciam aliviados de ver que Jeongguk estava de volta, mesmo que ninguém tenha de fato descoberto que Taehyung o levou em um local seguro durante a guerra e com isso muitos levantaram as suspeitas de que o Rei ômega tivesse sido sequestrado durante as batalhas da guerra.

Os burburinhos de que o ômega Rei estava de volta fez Jeongguk se encolher um pouco. Mas Jeongguk não se sentia intimidado, mas sabia que as notícias em Elben corriam feito as margens de um rio que nunca para de correr em seu belo fluxo e era bem provável que vários rumores e até mesmo suposições teriam sido levantadas em respeito ao seu desaparecimento do reino, já que não tinha condições de se manter seguro durante a guerra e estando grávido como se encontrava no palácio.

— Vejam, trouxeram a criança herdeira do trono.

Os burburinhos eram vários, alguns curiosos e outros mais preocupados, mas não deixava de ser uma recepção, pois estavam agradecendo pela volta dos Reis.

Independente de como estavam se comportando, sem fazer reverência ou até mesmo saudar os Reis, lá no fundo ambos sabiam que todos sofreram a mesma situação catastrófica e traumas que a guerra causou no reino Elben. Taehyung e Jeongguk tinham noção de que o povo do reino estavam aliviados após o término da guerra, mas se preocuparam em dobro com a partida do Rei Kim, onde todos acabaram levantando teorias e suposições de que Jeongguk tinha sido sequestrado pelos líderes da guerra e que Taehyung estaria entrando em uma busca incessante atrás de seu ômega e filhote.

Taehyung apenas despistou todo o povo do reino sem olhar para trás correndo em direção ao seu palácio, pois queria apenas descansar e ficar com a sua família. Ele merecia depois de tudo o que aconteceu, mas sabia que deveria se aprontar para dar o julgamento no dia seguinte quanto aqueles traidores que conspiraram contra a coroa real, isso se caso contrário sua mãe já não tivesse feito, porque Sujin saberia dar o seu veredito final para não poupar aqueles que colocou sua família em riscos graves e catastróficos.

Quando chegaram ao castelo, minutos após uma caminhada um pouco longa, todos os guardas fizeram alvoroço e as servas também já correram para poder cozinhar, pois sabiam que os Reis e os soldados chegariam famintos de sua jornada longa, mas Sujin parecia ansiosa, pois desde que o seu filho partiu naquela noite, se sentia aflita e quando soube da volta dele pelo alvoroço que todo o reino causou, queria recebê-lo pessoalmente.

— Vocês voltaram! Graças, graças. — ouviram a voz de Sujin, vendo a Rainha largando os bons modos para correr até os Reis. — Eu fiquei tão aflita e… — parou de falar, olhando para os braços do ômega e abrindo o sorriso mais contente que já fez ao longo desse tempo em que não se tinha paz com a guerra. — E vejam só… é a miinha neta.

— É uma honra revê-la novamente, Sujin. — disse Jeongguk, sorrindo por ver os olhos da Rainha carregados de lágrimas, aquele olhar carinhoso e já conhecido pelo ômega que tanto conviveu com a Kim mais velha ao longo desse tempo em que se casou. — Conheça a pequena herdeira e princesa, Kim Jaehwa.

— Vai ser uma excelente Rainha. — sussurrou a ômega, tirando a coroa de prata dela e colocando na cabeça da pequena Jaehwa, atraindo a atenção da filhote. — E a vovó vai te ensinar tudo o que sei e aprendi ao longo da juventude.

— Mãe, ela é uma bebê ainda. — comentou Taehyung ao voltar na forma humana, rindo fraco ao se enrolar em seu casaco de pele e beijando a bochecha do seu ômega, correndo pelas escadas, pois precisa vestir algum traje e tomar um bom banho.

— E eu já vou fazer de tudo para ser uma Rainha exemplar e cheia de classe. — retrucou a dona Sujin, pedindo licença e pegando a pequena filhote no colo do pai ômega, admirando a beleza da neta. — Vai ser uma linda Rainha, isso todos podemos afirmar.

— Disso não tenho dúvidas. — sussurrou Jeongguk, admirando o momento em que Jaehwa parecia confortável no colo de sua avó, abrindo o sorriso banguela e mais adorável desse universo. — Mas… e os envolvidos na guerra, Majestade?

— Eu os julguei com a guilhotina, Jeongguk. Não se tem perdão com quem conspira contra a nossa família e busca vingança por puro ódio no coração. — respondeu Sujin, voltando a brincar com a pequena Princesa e fazendo o ômega concordar com um aceno de cabeça. — Você é a Princesa mais linda desse reino. Muito, muito linda!

Jeongguk ficou observando a cena com atenção, soltando um riso baixo quando Jaehwa tocou a mãozinha na bochecha da avó e apertando-a levemente, pois às vezes ela tem esse costume para sentir a pessoa e conhecê-la.

Acreditava que agora tudo iria voltar no seu devido eixo, pois a paz voltaria a reinar em Elben e não havia mais com o que se preocupar, nem mesmo tinha o que temer estando de volta ao seu lar.

Os culpados foram pegos e também foram julgados por ordens da Rainha, pois Taehyung decidiu assim, então Jeongguk tentaria seguir em frente. Queria não ter que participar disso tudo e também ter sido um dos principais motivos ou alvos que levou a guerra a ser causada de forma tão fria e arrogante, mas sabia o quanto era necessário como Rei também ter de enfrentar as suas batalhas e superar seus obstáculos de cabeça erguida, ainda mais porque o atentado causado foi contra a família real e não apenas consigo.


[•§•]


Alguns dias se passaram após a volta dos Reis, mas não tinha um dia do qual Jeongguk não despertasse antes do nascer do sol, afirmando que estaria tomando a frente da organização do reino e dos materiais que os súditos teriam de ter para que pudessem reconstruir partes de suas casas ou até mesmo para reformar o reino danificado.

Taehyung não conseguia ter um tempo para conversar com o seu ômega sobre tudo o que ocorreu no reino e também o quão aflito tinha ficado ao saber do desaparecimento dele, mas se sentia orgulhoso de ver que Jeongguk levava jeito com o povo e que todos pareciam apoiá-lo como Rei, pois o ômega temia nunca ser aceito como Rei e marido do Kim, mas hoje ele consegue enxergar que todos já o amam.

Antes do nascer do sol, Jeongguk já se encontrava vestindo um traje mais simples do que os nobres e reais que costuma usar desde que se tornou Rei. Taehyung que acordou com toda a movimentação na cama e o agito do ômega, apenas ficou observando Jeongguk se arrumar, pegar a lista de afazeres do dia, amamentar Jaehwa, trocar a fralda de pano da filhote e simplesmente levá-la consigo para a cozinha, pois gostava de tomar os seus cafés da manhã junto dos empregados e fofocar com eles as notícias que corriam ao seu respeito.

Quando Taehyung se levantou, sabia que Jeongguk não estava presente no palácio, por isso tomou o seu café da manhã e seguiu o seu caminho ao pegar seu cavalo, indo diretamente para as aldeias do reino. Sabia que o ômega estaria andando por aquelas redondezas das feiras, comércios e também vendas, pois muitas das barracas ou lojas foram abatidas pelo fogo que os inimigos causaram em algumas partes do reino.

Não precisou chegar perto do local para ver Jeongguk com as mãos na massa, martelando a madeira para reconstruir o telhado da padaria, pois além de organizar a lista de necessidades, ele também ajudava e se sujava como uma criança trabalhando duro para que tudo fosse concluído até o fim do dia.

Jaehwa estava no colo da senhora Bongyo, já que a idosa não podia fazer esforços como os jovens, soldados e alfas que ajudavam Jeongguk na reconstrução do telhado de sua padaria, mas estava feliz pelo desempenho do jovem Rei ômega, pois lá no fundo já tinha a sua resposta e também julgamento ao respeito do caráter dele.

— E ele continua o mesmo jovem ômega que fugia e se mostrava sempre disposto a ajudar o próximo com tamanha empolgação e determinação. — comentou Taehyung, parando ao lado da senhora que segurava a sua filha e deixando um sorriso brotar em seus lábios.

— Eu vejo o quão amado Vossa Majestade se tornou ao longo desse pouco tempo de reinado e vendo agora como realmente é o seu caráter, entendo o porquê de ter escolhido ele para desposar, Majestade. — disse Bongyo, rindo ao ver que a filhote começou a mexer as perninhas ao ver o pai alfa, buscando chamar a atenção dele para que a visse.

— Desde que eu o vi naquele baile, soube que não seria mais ninguém além dele que me faria ser livre como um pássaro e feliz como um desabrochar de um botão de uma linda rosa. — falou o alfa, pegando Jaehwa do colo da senhora e voltando a encarar Jeongguk que dava algumas instruções e ordens sobre a reforma do telhado da padaria. — O papai Gguk é um tesouro raro nas nossas vidas, pequena Jaehwa. É por isso que vamos amar e valorizar com todo nosso ser.

A senhora Bongyo acabou sorrindo com o comentário que Taehyung fez sobre Jeongguk, não deixando de notar como eles combinavam e construíram uma linda família.

Quando Jeongguk notou a presença de Taehyung sorriu, acenando todo empolgado como se fosse uma criança que acabou de ver o pai chegar do trabalho. Acabou pedindo licença para todos que estavam reconstruindo o telhado, tomando cuidado ao segurar a corda e descendo como um macaquinho pendurado no cipó ao pisar no solo com as suas botas surradas.

Lentamente se aproximou de Taehyung, observando Jaehwa toda sorridente no colo do seu alfa e apenas parou na frente da sua família, sorrindo mínimo. Seus olhos ganharam um brilho animado por ver que Taehyung veio supervisionar o seu trabalho e empenho, isso sim deixava Jeongguk satisfeito, pois tinha alguém para avaliar seus bons feitos para o povo de Elben.

— Devo dizer que além de ser o mais belo ômega do reino, você também é um ótimo faz tudo? — questionou Taehyung, beijando a testa da pequena filhote e voltando a encarar o seu amado.

— Depende do que “um ótimo faz tudo ” significa,sabe? Às vezes posso ser bom em algo e a outra pessoa pode ser melhor ainda. — respondeu Jeongguk, beijando a bochecha do seu alfa e acariciando os cabelinhos ainda ralos de Jaehwa, vendo que Taehyung negou levemente com um aceno de cabeça. — Claro que sim, amor. Sempre haverá alguém que saberá algo que eu não sei e então terei de aprender para poder aplicar no cotidiano.

— Olhando por este lado você não está errado. — sorriu o alfa, encarando os seus soldados e também moradores ajudando na reconstrução dos comércios danificados pela guerra. — Mas estou orgulhoso de ver que conquistou o respeito e amor do povo de seu reino, Majestade.

— Eu não sei quem é esse tal de Majestade, mas eu me sinto enciumado apenas por falar o nome dele na minha presença. — brincou o ômega, lembrando-se de quando Taehyung brincava desse jeito consigo logo no início do relacionamento e arrancavam-lhe risos tão fáceis e melodiosos. — Pelo que eu saiba, eu sou Kim Jeongguk e não esse tal sujeito chamado de Majestade que se parece tão nobre.

Taehyung não conseguiu evitar o riso ao notar que o feitiço voltou-se contra o feiticeiro, principalmente porque Jeongguk fez questão de fazer a careta que sempre fazia quando falava isso para o ômega.

— E o aluno supera o mestre. — sussurrou Taehyung, piscando na direção do ômega e ficando de frente para poder encará-lo. — E eu te amo mesmo você me superando às vezes.

— Eu também te amo, meu amado. — sorriu Jeongguk, roubando um beijo de seu marido e pegando Jaehwa do colo dele, voltando ao seu posto para dar as ordens necessárias e prestar ajuda. — Vamos terminar esse trabalho antes do sol se pôr rapazes.

E Taehyung sorriu contente e orgulhoso, não conseguindo evitar de não admirar o seu amado ômega que antes tanto foi maltratado pelo próprio pai que o deserdou por ser um filho fruto de traição e hoje se tornou tão amado pelo povo do reino de Elben quando se assumiu Rei.

O orgulho e amor que sentia não se comparava com a determinação e carisma de Jeongguk, pois ambos se elevavam na mesma porcentagem.







Notas Finais


Eu acabei resumindo tudo nas notas iniciais o que preciso falar, caso queiram saber mais a fundo, entrem em contato comigo no direct do Spirit que mando o link do meu grupo.

O próximo capítulo é o epílogo, então… espero que tenham aproveitado cada segundo e momentos dessa história.

Beijos e conheçam minhas outras obras também Taekook entrando no meu perfil aqui no Spirit.

Até logo 💜💚💜


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