História Effects Of Destiny - Capítulo 12 - Beijo do pecado.

Eu realmente me sentia apreensivo estando em frente ao Byun, mas tinha que manter minha pose profissional e não deixar que os sentimentos atrapalhassem, eu sabia que JongIn pode ter falado algo pra ele, mas tinha que deixar isso de lado por agora. 

- Me diga, como foi sua noite? — Pergunto me ajeitando na cadeira que coloquei em frente a si. Ele ri anasalado e abaixa seu olhar para suas mãos.

- Tirando o fato de eu estar em um manicômio e na parte mais protegida dele, está tudo bem. Realmente achei que seria muito agoniante, mas o fato de ficar isolado ao extremo aqui, tem lá suas vantagens. Não ouço as angústia dos meu colegas, isso é bom. — Ele diz e levanta seu olhar pra mim com um meio sorriso. Apenas assinto fazendo algumas anotações.

- Chany... — Ouço sua voz e volto a olhá-lo. — Não quero agir como se você fosse meu médico e eu seu paciente, somos muito mais do que isso.

Engulo em seco diante daquilo, afinal não era só eu que estava desconfortável com essa questão de médico e paciente, mas eu não podia jogar tudo pro ar agora. 

- Mas é o que somos agora, Byun, coloque-se no seu lugar. — Digo rígido e ele me olha de uma forma ofendida, mas não diz nada a não ser abaixar seu olhar e sorri minimamente. 

- Não era assim que eu esperava te encontrar...e também sei que não era dessa forma que queria me encontrar. — Ele diz e eu me mantenho quieto. — Você me odeia? — Ele questiona me olhando.

Odiá-lo? Como odiar alguém que foi tão importante em sua vida? Por mais que ele tenha feita coisas terríveis nesses anos, eu me sentia incapaz de odiá-lo. 

- Ódio é uma palavra muito forte, não acha? Ódio não é o sentimento em questão aqui, talvez surpresa se encaixe melhor. — Digo e ele sorri de lado. 

- Surpresa? Por que? Não acho que isso seja surpresa pra você, digamos que eu nunca fui uma pessoa normal. — Ele diz e eu respiro fundo. 

- Ser tímido e reservado não são adjetivos de anormalidade. — Ele nega com a cabeça e o olho questionador. 

- Ser tímido e reservado faz a mente ver as coisas com mais clareza do que as outras pessoas, eu observava todos ao meu redor, incluindo você...eu queria machucar você. — Ele diz olhando um ponto fixo no chão, como se lembrasse do passado. 

- Por que disso? —  Tento manter minha voz neutra, tento mostrar indiferença, mas por dentro me sinto destruído.

- Porque te machucando eu podia cuidar de você, te ter perto de mim, te manter longe das pessoas que iam te levar embora...VOCÊ ERA MEU, CHANYEOL E, QUANDO TEVE A OPORTUNIDADE FOI EMBORA! — Ele grita se levantando e olhando raivoso pra mim. 

Naquele momento eu concluir que não conhecia Baekhyun como achava que conhecia, concluir que tudo aquilo era culpa minha.

- Você fez isso comigo, me tornou insano e doente! Eu matei homens que me lembravam você, matei pessoas que tinham seu sobrenome, matei pessoas que me lembravam sua personalidade...e em pouco tempo me vi matando sem motivo, porque era prazeroso ver as pessoas implorando pela vida, da mesma forma que eu implorei pra você não ir, pois você era a minha vida. Você me matou e me ressuscitou como um Monstro! — Ele dizia de forma perturbada, andando de um lado para o outro como se procurasse algo. Eu me sentia sufocado com tudo que ele dizia, eu não tinha reação alguma. 

- Baek...você sabia que eu não tinha escolha, eu tinha que ir. — Digo me levantando e indo em sua direção, mas ele foi mais rápido pegando na gola do meu jaleco, me prensando na parede.

- As vozes me mandam te matar e ao mesmo tempo mandam eu te fazer meu como sempre quis...Por que você me machuca assim? Você deixou as pessoas me machucarem, me deixou fazer coisas horríveis com outras e no fim, você me colocou aqui...com você! SEMPRE, PARK CHANYEOL! — Ele grita me prensando mais contra a parede ficando centímetros de mim, era uma sensação mista de sentimentos o ter tão próximo de mim.

- Eu aceito tudo isso, Baekhyun, eu aceito que causei tudo isso com você e por eu está aqui, eu quero te ajudar a superar tudo isso. — Digo tentando manter a calma em mim voz e passar essa calma pra ele, ele me olha confuso e seus olhos começam a lacrimejar. 

- Tentar me ajudar? — Ele ri e continua. — Não, Chanyeol, quem vai precisar de ajuda aqui e você...vou te fazer sentir tudo que eu passei, vou fazer com você tudo que eu queria fazer...vou te transformar em mim. — Ele dizia de forma sádica, assustadora e profunda, sua pupila estava dilatada e suas lágrimas saiam sem parar. Sua mãos solta a minha gola e vão para o meu pescoço e sobem para meu cabelo, pousadas ali fazendo um carinho com um sorriso. Por mais que eu tentasse manter minha postura séria, tudo que ele disse foi demais pra eu aguentar, comecei a chorar silenciosamente enquanto mantinha meus olhos fechados. Aquilo era um pesadelo e eu só queria acordar e está em casa, com Sehun ao meu lado me acalmando dizendo que estava tudo bem, que nada daquilo existe, que foi apenas um pesadelo. Mas ao abrir os olhos e olhar para as irís azuis que tanto me assustavam agora, fez meu corpo tremer e chorar mais ainda.

- Eu realmente lamento por tudo que aconteceu com você, Baek, eu te amava e não queria que nada disso tivesse acontecido. — Seu sorriso parecia compreensivo, mas eu sabia que era uma máscara. 

- Lamenta? Amava? Palavras totalmente erradas para se dirigir a mim, Chan. — Ele passa sua mão em meu rosto de forma carinhosa, eu me sentia tão errado em está gostando do seu carinho. — Você não me ama mais, não é? É claro, fazem anos e eu sou um insano, quem amaria um insano? — Ele questiona com uma feição falsa de tristeza, logo sorrindo e continua fazendo carinho. — Não sabe o quanto queria está perto assim de você, ainda me lembro do nosso primeiro beijo, mas...eu quero lembrá-lo mais ainda agora, quero sentir o beijo do garoto que se tornou um homem. — Seus lábios estavam minimamente perto dos meus, nossas respirações ofegantes e quentes estavam misturadas, podia sentir sua excitação encostando na minha. Por Deus, me sentia tão sujo em ficar excitado com suas palavras. 

- Eu sou um Monstro e tenho consciência disso, Chan, mas eu fui criado por um pior. — Ele tira seus olhos dos meus lábios e olha fixamente para mim, seu olhar era profundo e sentia como se ele fosse sugar a minha alma. Meu corpo parecia que entraria em combustão, me sentia agoniado e só queria que aquilo acabasse, mas não conseguia o impedir de nada. 

- Baekhyun, por favor...não me faça pecar mais. — Digo com um fio de voz e ele sorri tirando algum restante de lágrimas em meu rosto. 

- Você não peca, Chanyeol, você é o próprio pecado que liberta os piores lados das pessoas que te amam. — Ele sussurra próximo a minha orelha e esfrega sua excitação na minha, me causando arrepio e um gemido involuntário. — Tão sensível. — Ele volta a me olhar e se aproxima mais dos meus lábios, ainda se mexendo.

- B-Baek... — Suspiro e ele ri. 

- Só quero sentir o beijo do meu pecado. — Assim que diz, sinto seus lábios nos meus.