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História Egoist- Sua vida cabe em minhas mãos. - Escolhas


Escrita por: T0ki

Capítulo 21 - Escolhas


Iniciei minha manhã preocupado com a promessa feita ao Yuri.  Começamos um relacionamento sério e eu estava muito feliz por conta disso, porém seu primeiro pedido para que tudo desse certo entre a gente, foi o mais difícil de todos. Será difícil ser a pomba da paz quando na verdade sou a grande lenha na fogueira da discórdia entre eles. Por conta do calor do momento, não questionei o pedido de Yuri deixando por isso mesmo, logo agora que eu estava limpando os pensamentos ruins de que ele pudesse estar competindo ainda com seu irmão usando os meus sentimentos. Não quero e não irei acreditar nisso! Yuri pode ser meio imaturo ainda, mas não é esse tipo de pessoa. Não usaria um método tão baixo, já não posso dizer o mesmo do Egoist. Esse sempre abusa de jogos sujos para alcançar seus objetivos, só de pensar que cheguei a achar que estava apaixonado por ele, me deixa irritado. 

Passei todo o tempo em meu trabalho imaginando uma forma de conversar com ele sem descumprir à promessa. Não encontrei nenhuma solução onde isso seria realmente possível, então achei melhor marcar um encontro em um local movimentado evitando que ele fizesse qualquer ação suspeita. Meu medo de que Yuri descobrisse que eu iria me encontrar com seu irmão mais velho foi tanta, que cheguei a cogitar somente enviar uma mensagem para o Ayato contando sobre o ocorrido e pedindo que não voltasse a falar comigo. Porém, achei que isso só pioraria as coisas. É como terminar por telefone, horrível! 

Respirei fundo e me enchi de coragem para discar aqueles números do cartão de visita dele. 

— Olá, Gabriel. — O tom de sua voz não era alegre como de costume.  

O que me fez lembrar da minha suspeita sobre as câmeras dentro da minha casa e do que ele poderia ter visto. Fiquei muito mais inquieto.

— Oi, Ayato...Hum, bom... Gostaria de perguntar se poderia me encontrar às seis horas de hoje aqui no shopping. 

— Esse não é o horário que está saindo do seu trabalho? 

— Exatamente, gostaria de falar com você sobre algo sério. 

— Humm...  — foi sua resposta.

— Isso é um sim? — perguntei impaciente.

— Tudo bem, Gabriel. Posso sim, passarei por aí no horário combinado.

— Obrigado, só era isso mesmo que eu queria falar, voltarei para o meu serviço agora. Boa tarde!— e desliguei a ligação antes dele falar qualquer coisa. 

Meu coração batia acelerado, estava até suando frio só por ouvir aquela voz poderosa de forma desconfiada. A última vez que senti tanto medo assim, foi quando meu pai foi me buscar na escola após ouvir e ver fotos sobre as fofocas que circulavam sobre mim. Deixando de lado o passado, estava preocupado com a forma que começaria aquela conversa. A única coisa que planejei até o momento, foi levá-lo para praça de alimentação e contar a novidade por lá. Sentaria bem no meio da praça para evitar que ele me batesse se ficasse muito irritado. Nunca se sabe, não é? Mas pensando bem, depois de tantas oportunidades que ele teve para me fazer mal, acho que ele não chegaria a esse extremo logo agora. Eu já estava com dor de cabeça de tanto me preocupar com essas coisas. É tantos problemas que surgem ao meu redor que fico desgostoso da vida. Estou namorando a pessoa por quem eu sempre estive apaixonado, e no entanto, parece que estou cometendo um crime. Antes não tinha ninguém, somente ilusões online, e agora estou envolvido em um triângulo amoroso. São tantos dramas, que posso tentar vaga em novela mexicana com esse aprendizado. 

— Qual é dessa cara enfezada? — perguntou meu gerente aproximando-se de mim. 

— Problemas amorosos, tem um momento na vida em que você está completamente sozinho e no outro tem tanta gente envolvida que você não sabe o que fazer. 

— Isso é ruim? Eu prefiro ter opções do que não ter opções. — respondeu ele rindo.

— Fácil para você que é casado há muito tempo. Não sofre com decisões como essa, você já encontrou sua companhia certa.

— Não foi fácil como pensa, é a decisão mais difícil que a gente toma na vida ter que escolher uma pessoa que seja a certa para construir uma família. Namoro tem sempre aquele frenesi de que todo mundo é único, porém substituível. Porém, chega um momento que aquela pessoa especial surge em sua vida e tudo ao seu redor toma um rumo diferente. Ela é a mudança, ela te transforma em alguém muito melhor. Quando você encontrar alguém que cause essa mudança em você, positiva é claro, pode ter certeza que é a pessoa que ficará com você pelo resto da sua vida. 

— Não sabia que você era tão romântico. Quando começou a assistir novelas? — zombei com ele.

— Chegou mais clientes, vai trabalhar! — disse ele rindo envergonhado. 

Alguém que traga uma boa mudança em mim. Eu fiquei preocupado com essa frase, porque até o momento quem causou uma grande mudança em minha vida foi o Ayato, no entanto é do Yuri que eu gosto. Será que posso estar escolhendo o irmão errado? Não, não! Estou me acovardando novamente com medo de tomar uma decisão. Sou um homem, tenho que agir como um, não posso mais ficar me escondendo atrás de uma tela de computador procurando romances online quando a vida passa bem na minha frente.

Por algumas horas esqueci completamente dos meus problemas e trabalhei animado atrás de uma comissão. Mas, quando deu seis horas, meu corpo tremia, aquele medo de mais cedo voltou com força total. Psicologicamente não estava preparado para encarar o Egoist e dizer coisas que ele não gostaria de ouvir. Porém, eu devia isso a ele, além de ser algo realmente necessário para cumprir minha promessa com Yuri. Quando sai da loja, peguei o celular na intenção de ligar para ele combinando aonde deveríamos nos encontrar, mas não foi preciso. Ele estava na saída do estabelecimento, encostado na parede usando um terno escuro, com o paletó dobrado em volta do braço, e chupando um pirulito. Parecia tão tranquilo e majestoso que fiquei mais preocupado ainda de tirar aquela calma que ele estava aparentando.

— Você chegou faz tempo?— perguntei indo para perto dele. 

— Não muito.  

— Vamos para à praça de alimentação.  

— Só um momento... — pediu — Quer um pirulito? 

Um doce nesse momento poderia me acalmar. 

— Sim, por favor.— ele tirou o pirulito da boca e enfiou dentro da minha. Fiquei chocado com a atitude. 

— Isso conta como um beijo de língua indireto? — perguntou com aquele sorriso safado que ele sempre me dar quando apronta. 

— Vamos logo para a praça de alimentação, não posso demorar. Hoje voltam às aulas da faculdade. 

Nesse momento uma garota de cabelos curtos e pretos usando um suéter escuro com desenhos de flores brancas, short mini com salto alto e várias sacolas de lojas em mãos, apareceu do nada grudando-se nos braços do Egoist. 

— Você demorou. — disse ele para ela. 

— As vendedoras daqui são muito lerdas. Quem é esse? — perguntou ela me olhando de cima a baixo. Sentir-me como um produto  na vitrine sendo analisado se era bom ou ruim.

— Ele é o meu problema. — respondeu o Egoist para ela. 

— Apresente-me o seu problema. — pediu ela, soltando ele e dando voltas ao meu redor enquanto me olhava. Ela era muito bonita, mas seu comportamento era totalmente estranho e inconveniente.

— Sayuri esse é o Gabriel.  

— Olá, Gabriel. — ela virou para o Egoist e deu a ele suas sacolas. — Segura! 

— Olá...  — eu mal consegui respondê-la, ela foi me segurando pelo braço como se fôssemos íntimos.

— Nossa, você é muito lindo. Já pensou em ser modelo? Você tem estatura perfeita, um corpo bom, e um rosto maravilhoso. Seria perfeito para esse trabalho. — disse ela.

— Nunca pensei em coisas desse tipo.

Estava curioso sobre quem ela era e porque tinha tanta intimidade com o Egoist, melhor ainda, o que ela fazia com ele no horário que marcamos de nos encontrar. Quer dizer, não era um encontro, mas eu precisava falar algo sério com ele e ela era um empecilho.  

— Você daria um belo modelo, tem certeza que não quer tentar? Seus olhos são lindos, seu cabelo também é bem macio. — dizia ela tocando neles, estava começando ficar furioso.

— Vamos exatamente para onde, Gabriel? Estou com um pouco de pressa, se puder me adiantar... — disse o Egoist parecendo entediado.

Estava ficando incomodado com ele me chamando pelo nome, e não por aquele apelido estúpido de "pequeno egoísta" como de costume.  Isso só me levava a crer que ele sabia o motivo que o chamei para conversar, e levou aquela garota, talvez alguma de suas mil mulheres, para evitar que eu puxasse alguma coisa sobre o assunto. Engano dele se pensa que irei retroceder por que ele trouxe uma desconhecida. Faz anos que vivo assumidamente como gay, não tenho problema algum em dizer na frente de quem quer que seja que estou namorando outro homem.  

— Vamos para a praça de alimentação.— respondi dando a dianteira.

— Por que não vamos em um restaurando tailandês? Adoro comida tailandesa, estava ansiosa para saborear aqueles pratos! O que acha, Ayato? — sugeriu a garota.

— Concordo com você, vamos nós três. Eu pago.  

Eu olhei para ele incrédulo, eles estavam ignorando meus assuntos e se focando nos deles. Essa situação estava me deixando estressado, não tinha restaurante tailandês no shopping, isso significava que eles estavam pensando em ir em um restaurante fora dele.  Aposto que o Egoist está usando essa garota para evitar o assunto, mas como prometi ao Yuri, iria terminar com essa perseguição hoje mesmo, e cumprir minha promessa de não ter mais contato com ele. Estava começando a ficar impaciente dentro do restaurante, olhava o tempo todo para o relógio, me via perdendo horas com aquela garota enchendo o saco para escolher um prato. Fui obrigado a fazer o meu pedido, e agir como um simples convidado em um jantar, quando minha intenção era mais rápida e menos complicada que aquela. Eu caçava a todo o momento uma oportunidade para iniciar a conversa, mas aquela garota não parava de falar sobre sua viagem para Paris, e o Egoist parecia muito interessado na sua conversa. Estava quase desistindo quando ele finalmente lembrou que eu queria falar com ele.

— Sobre o que queria me falar, Gabriel? — perguntou com seu olhar fixo em mim, o que sempre me deixava nervoso.

Eu estava esperando tanto por aquele momento que agora mal conseguia soltar as palavras presas na garganta. Estava com vergonha daquela garota, não por mim, mas por expor uma particularidade do Yuri que eu ainda não sabia se ele queria que fosse exposta. Vai que ela conhece ele também? O problema é que não posso também ficar adiando esse assunto, mas achei melhor deixa para um momento mais oportuno.

— Outra hora falamos sobre isso.— respondi.

— Colocou tanta pressão no telefone, achei que fosse algo sério. 

E era seu imbecil, pensei em respondê-lo.

— É que é algo pessoal.

— É? Não se preocupe comigo, pode falar qualquer coisa que quiser. — disse ela sorrindo. 

Respirei fundo, eu não preciso citar nomes, só preciso dizer que estou comprometido.

— Eu estou namorando, e gostaria de cortar nossa ligação, meu namorado é ciumento e não gosta de me ver de conversa com outros homens. — disse.

— Você está me dizendo que começou a namorar sério aquele bastardo? 

— O nome dele não é bastardo, é Yuri! — corrigir irritado. 

— Yuri? Ele está falando do meu irmão Yuri?! — perguntou a garota levantando da mesa surpresa e irritada ao mesmo tempo. 

— Irmão?  — repetir incrédulo.

— A Sayuri é minha verdadeira irmã mais nova. 

Como eu não havia notado até agora que eles realmente se pareciam? Acho que meu nervosismo tem afetado minhas vistas. Ela me olhava furiosa. Será que tinha algum problema ela saber daquilo? Tipo, o Yuri quer mesmo tornar nosso namoro público para as pessoas? Fiquei receoso, e achei melhor dar aquele assunto por encerrado. 

— Eu irei para casa agora, tenham uma boa noite. — disse me levantando. 

— Espera, Gabriel! — gritou o Egoist.

Eu ouvia os passos dele me seguindo, e mais rápido eu andava para a saída. Estava temendo ter falado demais, e que Yuri ficasse zangado. Aliás, eu não sei como é sua relação com a irmã, e se ela contasse que me conheceu através do Ayato para ele? E se ela dissesse a ele que eu contei que estávamos saindo? Ou pior ainda, se ela contar ao pai deles que ele anda nesse tipo de relacionamento com outro homem? Meu deus, que confusão eu causei com essa minha maldita boca! 

— Espera! — disse Egoist ao me alcançar, segurando firmemente meu braço — Por que está correndo tão assustado desse jeito? 

— Eu só acho que falei demais, eu só queria comunicar a você que não queria mais que nos falássemos, e agora sinto que coloquei o Yuri em uma situação constrangedora. Eu sou o pior!— dizia com lágrimas nos olhos de tanta raiva que sentia de mim. Estou sempre fazendo tudo errado, eu posso ter acabado com o meu namoro quando ele mal começou. 

— A Sayuri tem mente aberta e não liga para coisas como essas. Você deveria estar mais preocupado com o que penso à respeito disso tudo. Acabou de dizer que não quer mais falar comigo por causa dele? 

— Eu... Você sabe que você e o Yuri não tem um bom relacionamento, e eu não quero me meter nessa briga. Se estou saindo com ele, eu devo manter a paz entre a gente. Não leve para o lado pessoal. 

— Não devo levar para o lado pessoal? Você não me deixa nem ser seu amigo por conta dele e acha que não tenho motivos para ficar irritado com isso? Está fazendo pouco caso dos meus sentimentos por acaso? — perguntou bem irritado, o tom de sua voz era alto, e com o silêncio do estacionamento ao ar livre, ficava mais potente ainda.

— Aqui não é lugar para falar sobre isso, Ayato. — falei olhando para os lados conferindo que não tinha mais ninguém no local.

— Qual melhor lugar seria? Na sua casa? Oh, lembrei, não posso porque o bastardo não deixa.

— Volte para o restaurante, sua irmã ficou lá sozinha. O que eu tinha para te falar já foi dito. 

— Ela sabe se virar, qualquer coisa liga para o motorista para buscá-la. Venha comigo. — disse me arrastando até seu carro e me obrigando a entrar. 

— Aonde irá me levar? — perguntei depois de ser forçado a sentar no banco dos passageiros, assim que entrou, fez questão de travar as portas. Me senti sendo sequestrado.

— Não sei, estou muito irritado no momento. A única garantia que tenho que não é para sua casa. Fique feliz, seu namoradinho não ficará preocupado em me encontrar por lá. — respondeu enquanto dirigia sem olhar para o meu rosto. 

— Você não pensa em me matar e depois jogar meu corpo em algum terreno baldio, não é? — perguntei aflito.

Ele me lançou um olhar fuzilante, e decidi ficar calado até chegar sabe-se lá onde ele estava indo. Meu celular tocou, e quando olhei em sua tela era uma ligação do Yuri, eu não sabia o que fazer. Se eu atendesse, ele saberia que estava naquele momento sozinho com o Egoist, mas se não atendesse poderia ficar preocupado da mesma maneira. O outro percebeu minha reação ao ver de quem era a ligação, pegou o celular de minha mão e atendeu. 

— Bastardo, aguarde sua hora! Estamos conversando nesse momento. — e desligou o telefone colocando dentro do bolso da sua calça. 

Eu o olhei boquiaberto, me faltavam palavras para xingá-lo.  

— O que você pensa que está fazendo com o celular de outra pessoa? O que você quis dizer com "espere sua hora"? Sou algum garoto de programa trabalhando no momento? — gritei para ele, mas não fui respondido, comecei a gritar mais ainda — Devolva meu celular, Ayato! Devolva a porra do meu celular agora! 

— Devolverei quando chegarmos, e pare de gritar nos meus ouvidos que não sou surdo. Nada adianta ficar fazendo cena, só me deixará irritado e bateremos o carro. Quer realmente participar de um suicídio à dois?

— Isso é sequestro, por isso estou gritando, e gritarei ainda mais se não parar esse carro agora e devolver meu celular!

— Você pode gritar à vontade, não é como se alguém te ouvisse do lado de fora com as janelas fechadas a travadas. Vamos, continue gritando até ficar sem voz, poupará meus ouvidos depois.— respondeu continuando dirigindo.

— É sério, eu vou matar você! — disse com raiva, eu só conseguia pensar no que o Yuri poderia estar achando dessa situação.

Nesse momento, ele deve estar achando que eu descumprir com sua promessa e estou em algum encontro com o Egoist. Talvez nunca me perdoe por isso e acabará terminando comigo por causa desse idiota do Egoist. Estou com tanta raiva, minha vontade é de esganá-lo, mas não poderia fazer isso com ele no volante. Sobraria para mim também. Entreguei-me as lágrimas de ódio até o carro parar em frente a mansão das rosas. Por que ele me trouxe para cá? O carro entrou assim que os grandes portões se abriram. 

— Desculpe, não queria te deixar irritado. — dizia ele. 

Olhei ele com ódio, como ele tem coragem de ser tão sacana?

Saímos do carro e ele me levou direto para o jardim das rosas, próximo ao muro forrado de plantas que separava a casa da outra residência. Ele segurava minha mão fortemente, enquanto encarava a parede. Eu não conseguia entender aonde ele queria chegar com aquilo. 

— Ver esse muro? Foi aqui que tudo começou, foi onde eu me apaixonei por você e desde então, fiz de tudo para te encontrar. Eu estudei seus gostos, sua vida a fundo, aprendi sobre o tipo de pessoas que andava e gostava, até te livrei de algumas que te faziam mal, tudo isso para você escolher aquele bastardo para namorar? Me diz, o que ele fez de bom para você? Além de ignorar sua existência todo esse tempo?— perguntou bastante zangado.

Eu sei que ele se referia ao muro por onde entrava para roubar as flores do seu jardim, e que acabou acarretando em nosso primeiro encontro. Mas, isso não era motivo para ele se meter em minha vida.

— Ele nunca fez nada disso porque ele não é louco que nem você! Ele não sou obrigado a gostar dele somente por ele gostar de mim. É algo mutúo, sentimos  o mesmo, e ninguém é obrigado a nada, muito menos invadir a vida um do outro para consegui atenção! O Yuri deixou as coisas ocorrerem naturalmente, tanto para ele quando para mim, é o que pessoas normais costumam fazer! Respeitar o espaço do outro e decidir as coisas em conjunto não por si só!  Se eu tivesse escolhido você ao invés dele, eu duvido que o Yuri faria uma cena como essa. Tenho certeza que ele aceitaria minha decisão. Já você é imaturo o suficiente para me sequestrar e falar besteiras para ele, desconsidera minha opinião, não aceita me ver feliz com ninguém que não seja você  e acha que isso é amor? Você não gosta de mim, você acha que sou sua propriedade, uma dessas rosas que escapuliu do seu jardim e você quer de volta. Sinto te informar que não sou e nunca fui sua propriedade! — gritei para ele.

Ele tentou me tocar, mas o impedir batendo em sua mão. Não queria que ele me tocasse nunca mais, estava sentindo muita raiva dele. Minha vontade era pegar aquelas rosas, removê-las e dar uma surra nele com os espinhos.

— Eu  odeio como você me desarma, nem sei o que responder para você, ou o que devo fazer para que olhe somente para mim. — falou, parecia que era mais um desabado pessoal do que algo dito para mim. 

Quem sabe no fundo ele tenha realmente algum sentimento e pode estar reconsiderando sua maneira de agir comigo. Ele e o Yuri podem dividir laços de sangue, mas são pessoas completamente diferentes. O Yuri é calmo, tranquilo, respeitador, já o Ayato parece ter vindo de outro mundo, mimado, prepotente. Trata as pessoas como coisas.

— Pedirei que o motorista te leve para casa— respondeu me dando as costas, e seguindo andando, eu fui atrás, porém, antes de sumir entrando na mansão, ele disse : — Eu não desistir de você, ainda ouvirei dizer que me ama, ainda perceberá que sou muito mais fiel aos meus sentimentos do que qualquer cara que você namorou, e que está muito enganado ao meu respeito. Te deixarei em paz até lá. 

— Tenho certeza que isso nunca irá acontecer. — retruquei sobre ele dizer que eu mudaria de ideia.

Ao me ouvir dizer isso, ele voltou e veio perto de mim, recuei alguns passos, mas ele só chegou próximo ao meu ouvido para sussurrar mais alguma coisa.

— Eu continuo amando você, mesmo depois de ter transado com ele. — disse me roubando um beijo e entrando em seguida na mansão, logo depois que entrou o motorista saiu e abriu a porta do carro para mim.

Fiquei embaraçado em confirmar que ele realmente me viu transando com o Yuri.



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