Ela viu a morte de seus pais. Ele viu o nascimento do irmão.
Ela foi abandonada pela família. Ele acolheu o irmão.
Ela ficou em depressão. Ele ficou alegre até não poder mais.
Ela era invisível. Ele a viu.
Ela se perdeu. Ele a procurou.
Ela cortava os pulsos. Ele os enfaixava.
Ela não tinha sentimentos. Ele só tinha por ela.
Ela se desesperava. Ele a aconselhava .
Ela apontou a faca para si mesma. Ele se declarou.
Ela se chocou. Ele se envergonhou.
Ela caiu de joelhos. Ele a abraçou.
Ela aceitou. Ele se alegrou.
Eles estariam juntos. Ela estaria feliz e ele também. Mas na hora de atravessar a rua da casa dela, um carro o atropelou.
Ela gritou.
Ela chorou.
Ela correu.
Ela o abraçou e chamou por seu nome.
Ele não respondeu.
Ele estava pálido.
Ele não possuía mais pulsação.
Ela molhou o sangue dele com suas lágrimas.
Com suas unhas meio roídas ela arranhou seu próprio pescoço. De novo e de novo. Com gritos agudos penetrantes como agulhas.
O motorista saiu do carro para para-la, mas ela já estava sangrando.
Ela já estava caída sobre o garoto.
Seus sangues já estavam misturados.
E a última coisa que ela falou em vida o motorista guardou como uma sentença.
Você foi a melhor coisa que eu nunca tive....
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