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História Ela é o cara (Imagine ABO) - Needy


Escrita por: MaddieHatter29

Notas do Autor


Olá anjinhos!
Tudo bem com vocês? Porque eu estou sambando!
Ah! Uma boa dica que eu posso dar a vocês, está no título do capítulo - e no trechinho inicial. É uma música que eu costumo ouvir para escrever as partes do Jimin, então se alguém gostar de ouvir música enquanto lê recomendo que leia alguns desses momentos com essa! (E, também, prestem atenção na letra, pode dar algumas dicas sobre o casal, eu acho)
Desde já, peço perdão aos que ficaram curiosos, e digo que... bem... vão ter que esperar um pouquinho - acho que depois do próximo capitulo, provavelmente algumas coisas devem ser esclarecidas.
Obrigada anjinhos, de fundo do coração, estou amando escrever essa fanfic! E fico mais que feliz que estejam gostando dela, de verdade!

Boa leitura!

Beijinhos diabólicos!

Lola

Capítulo 9 - Needy


Diga-me como é bom se sentir necessário
Eu posso ser carente
É tão difícil me agradar
Eu sei que é muito bom ser necessário

_needy

 

– Você está... bem?

– Sim... – murmuro, fracamente, observando o garoto de cabelos castanhos me encarar com uma expressão incrédula. – Você acabou de verificar os meus sinais vitais, cara.

– Você bateu a cabeça?

Rolo os olhos.

– Pareço desorientado? – Arqueio uma sobrancelha para o mais alto, esticando meus braços, piscando lentamente devido ao cansaço.

– Não, mas...

– Então por que as perguntas?

Namjoon suspira, cruzando os braços sobre o peito, parecendo cansado.

– Nada.... mas, você tem certeza?

– Acha mesmo que eu te pediria alguma coisa se não tivesse?! – Guincho, indignada, sentando-me na cama com uma careta irritada. – Ah, quer saber? Pode deixar...

– Nem pense nisso! – Sua voz ecoa um pouquinho mais alta, fazendo-me lançar um olhar nada amigável em sua direção, arrancando outro suspiro cansado do garoto. – Eu faço.

Limito-me a assentir em resposta, voltando a me acomodar confortavelmente na cama, catando a almofada com o símbolo do Homem-Aranha antes de abraçá-la fortemente enquanto observo o Alfa se retirar rapidamente do cômodo – parecendo meio confuso.

Apesar de estar irritada por causa de suas perguntas, não posso culpá-lo, eu faria exatamente a mesma coisa se estivesse em seu lugar – lidando comigo mesma.

O que diabos eu tenho na cabeça?

Não vejo Jimin desde a nossa breve despedida nas escadas – quando fugi e me enfurnei no meu dormitório –, e... as coisas não têm saído bem como eu planejei.

Por mais que eu odeie admitir, me senti bem frustrada quando ele não apareceu à tarde – ficando ainda pior quando passei a noite em claro à espera de sua aparição repentina.

É meio estranho que, em tão pouco tempo, eu tenha me acostumado tanto com sua presença.

Foram... o quê? Dois dias?

Aliás, nem dias – madrugadas!

Me isolei do mundo pelo resto da semana, permanecendo trancada dentro do meu dormitório – ignorando completamente os convites insistentes de Suho –, passando meu abundante tempo livre fazendo algumas anotações ou lendo algum livro que eu tenha ganhado de presente da Blair para “fazer o tempo passar mais rápido”.

Foram madrugadas complicadas.

De alguma forma, por algum motivo irritante ligado à loba, eu sentia saudades daquele Ômega idiota – do seu cheiro doce e enlouquecedor.

Estou me sentindo tão patética.

Suspiro, caindo pesadamente sobre a cama, sentindo o colchão balançar levemente sob mim enquanto aperto a almofada ainda mais firmemente contra o meu peito. Sinto saudades de casa.

De quando, apenas o fato de ter um Beta – nosso vizinho dois anos mais velho que, por algum motivo desconhecido por mim, adorava a ideia de me fantasiar com espartilhos apertadíssimos e calças pretas coladíssimas quando ficávamos juntos – para passar o Cio era o suficiente, e a ideia de marcar qualquer coisa era algo distante.

De quando o meu contato com Ômegas era, basicamente, nulo.

Afundo minha cabeça ainda mais no travesseiro, rolando até ficar de bruços, ainda abraçando a almofada – amaldiçoando-me mentalmente por estar nessa situação deplorável.

Ainda não consigo acreditar que eu – sóbria e em total estado de sanidade – tenha pedido para chamarem Park Jimin.

Eu, realmente, preciso começar a estudar. E logo.

– Lou... – o toque suave desliza pela minha lombar, delicadamente, brincando por toda a sua extensão até chegar ao meu pescoço fazendo-me conter uma risadinha nervosa enquanto me encolho. – Ele parece bem...

– Não está quente?

A voz de Namjoon grunhe algo – que eu não me dou ao trabalho de prestar atenção – em resposta.

– Eu fico, podem voltar para a festa.

– Nem pensar, Jimin – a voz grossa retruca, indignada. – E se alguma coisa acontecer?

– Nada vai acontecer, Tae – a certeza presente no timbre suave me faz sentir ligeiramente brava, enquanto os toques cessam por alguns instantes. – E se acontecer... não posso dizer que será contra a minha vontade.

O outro bufa.

– Não se esqueça do que combinamos – resmunga Taehyung, sério, parecendo chateado.

– Como se eu conseguisse.

Não demora muito até que eles se retirem do cômodo, deixando-me totalmente sozinha com o garoto que, no momento, encontra-se fazendo cafuné em meu cabelo – bagunçando-o ainda mais.

– Sei que está acordada – murmura, próximo demais do meu ouvido, rindo baixinho quando dou um pulinho de susto. – Parece meio sensível... consigo te ver arrepiando...

Viro meu rosto em sua direção, piscando lentamente, vendo-o esboçar um sorriso travesso.

– Você está bem?

Faço um bico, pensativa.

– Fica comigo?

– Não se responde a uma pergunta com outra, moranguinho – toca minha bochecha, usando o polegar para acompanhar as laterais do meu rosto, sorrindo fracamente. – Mesmo que seja algo que eu queira ouvir, desde que decidi que seria minha Alfa.

– Devo tomar isso como um “sim”? – Arqueio uma sobrancelha, retribuindo o sorriso, divertida.

– Com certeza – pisca.

Observo o rosto bonito por algum tempo, não contendo a careta quando noto algo diferente nele, levando minha mão até as madeixas bagunçadas – que agora se encontram num tom castanho.

– Você pintou?!

– Gostou? – Indaga, empolgado, tombando a cabeça contra a minha mão enquanto fecha os olhos numa expressão adorável. – Senti que precisava mudar de alguma forma, estava ficando enjoado de ser loiro...

Sorrio.

– Ficou lindo – admito, com mais facilidade do que tinha imaginado.

Ele arregala os olhos, surpreso, antes de exibir um sorriso radiante.

– Obrigado – abaixa a cabeça, o rosto assumindo um suave tom rosado. – Posso...?

Arrasto-me para o lado, deixando espaço o suficiente para que o garoto se deite, suspirando quando ele o faz e me encara profundamente – curioso.

– Quer conversar?

Assinto.

– Saudades de casa?

Arqueio uma sobrancelha, surpresa.

– Como...?

Ele puxa a almofada com o símbolo do Homem-Aranha, fazendo-me apertá-la ainda mais contra meu peito, antes de ceder quando ele usa um pouco mais de força – o que quase nos faz rolar cada um para um lado, caindo da cama.

– Ei! – Guincho, vendo o garoto jogar o objeto longe.

– Shh... – estica os braços em minha direção, puxando-me para perto antes que eu tenha tempo de protestar, acomodando-me em seu peito. – Só... me deixe cuidar de você agora, okay?

Por algum motivo, atendo ao seu pedido, ficando quietinha enquanto o garoto acaricia minhas costas gentilmente – as batidas sutis e compassadas de seu coração servindo como melodia aos meus ouvidos, já que me encontro com a cabeça apoiada em seu peito.

– Você está carente – conclui, lentamente, deslizando sua mão pela lateral do meu rosto até alcançar o meu queixo, puxando-me delicadamente para encarar seus olhos castanhos. – Muito.

Pisco sonolenta, bocejando, tombando um pouquinho a cabeça para o lado – não escondendo o quão desconfortável me sinto sob seu olhar desconcertante.

– Vai me dizer que nunca ficou carente? – Resmungo, irritada, desviando meu olhar para a janela. – Sou uma anormal, por acaso?

Ele ri.

– Quanta agressividade – ele puxa meu rosto para mais perto, atraindo meu olhar, mordendo o lábio inferior. – É óbvio que eu já fiquei carente...

Rolo os olhos, fingindo uma careta entediada, apoiando meu queixo em seu peito enquanto observo o rosto bonito do Ômega.

Jimin é, sem sombra de dúvidas, um dos garotos mais lindos que eu já conheci em toda a minha vida – pessoalmente e com quem tenho “contato constante”. Com seus lábios cheios e rosados, rosto ovalado, pele perfeita e olhos encantadores – que ficam ainda mais lindos quando sorri – ele já conseguiu se tornar uma das minhas mais frequentes fantasias.

Estou enlouquecendo.

Sim, enlouquecendo.

Antes isso do que acreditar que, talvez, ele possa ser o Ômega – ou que eu esteja gostando dele.

É cedo demais para isso e eu, simplesmente, me recuso a acreditar que esteja seguindo mais o lado da loba do que o meu lado racional.

– Inclusive, estou agora... – comenta, distraidamente, atraindo a minha atenção novamente para a conversa. – Sabia?

– Aceitou vir aqui porque estava se sentindo... carente? – Mordo o interior da bochecha, não conseguindo conter a careta decepcionada.

Não que eu esteja esperando por uma resposta diferente, afinal, eu o chamei pelo mesmo motivo – ou, talvez, apenas esteja tentando me convencer disso (o que é uma possibilidade bem pequena mesmo). Nada mais justo do que ele retribuir da mesma forma.

– Não só por isso – sinto seu polegar fazer uma carícia suave em meu lábio inferior, contornando-o distraidamente, antes de puxar o meu rosto para perto. – Fiquei feliz em saber que precisava de mim.

Franzo o cenho, confusa.

– Por que sumiu?

– Eu não sumi – retruca, delicado, sorrindo envergonhado. – Apenas... tive alguns imprevistos.

Assinto, mordendo o canto da boca, tentando ignorar a sensação de desconforto que cresce e se espalha rapidamente em meu estômago. Eu não posso estar com ciúmes. Não. Não. Não mesmo.

Qualquer coisa menos isso.

Não é possível.

– Quer falar sobre nossos filhos?

Arqueio a sobrancelha, surpresa, antes de soprar uma risadinha incrédula.

– Você é terrível – balanço a cabeça negativamente, rindo.

– Hm... dois? O que acha de três? – sugere, fazendo-me rir ainda mais, sua mão deslizando para a minha nuca aonde faz um carinho gentil. – Se forem dois uma menina e um menino...

– E quem disse que eu vou ter filhos com você? – Interrompo, ainda risonha, encontrando seus olhos escuros e brilhantes. – Hm?

– Estamos destinados, moranguinho – pisca, brincalhão, puxando-me ainda mais para perto. – Eu sou seu Ômega e você é a minha Alfa.

Antes que eu possa rebater sua fala, seus lábios esmagam os meus num beijo necessitado, que eu correspondo de imediato apesar de estar surpresa. Uma de suas mãos se mantém firme em minha nuca, enquanto a outra me puxa para cima de si, deslizando pela lateral do meu corpo até chegar à minha cintura – apertando-a firmemente.

Ajeito-me em seu colo, ainda sem descolar nossas bocas, movendo-me sutilmente sobre ele – ainda meio sem jeito – enquanto o ouço gemer roucamente durante o beijo.

– O que acha de nós tentarmos?

– É uma ótima ideia – murmuro, afastando-me um pouquinho para recuperar o fôlego, sorrindo maliciosamente antes de mordiscar seu lábio inferior. – Você está vestido demais.

Ele ri, erguendo os braços enquanto eu puxo sua camisa para cima, despindo-o lentamente antes de deslizar minhas mãos pelos seus braços até chegar ao peitoral malhado. Suspiro.

– Tão lindo...

Volto a unir nossos lábios, invadindo sua boca com minha língua, sentindo o meu corpo esquentar à medida que o beijo vai se aprofundando, tirando todo o meu ar. Engraçado como, apesar de eu odiar admitir – e estar repetindo constantemente para mim mesma que quero distância dele –, sinto que posso passar o resto da minha vida beijando Park Jimin.

Sentindo seus lábios doces e macios, suas mãos me apertando e deslizando pelo meu corpo, ouvindo seus gemidos roucos e manhosos ecoando em meus ouvidos. A sensação de estar com ele é boa. Quente. Agradável.

Tenho medo do quanto isso pode avançar.

Movimento-me lentamente em seu colo, sentindo o que parece ser o começo de uma ereção contra minha intimidade – mesmo tendo as camadas de tecido impedindo o contato direto entre nós –, esboçando um sorriso malicioso.

– Sabia que você fica sexy assim? – Grunhe, roucamente, apertando minha cintura com firmeza aumentando a intensidade dos meus movimentos. – Tão...

Antes que ele possa terminar de falar, somos interrompidos pelo barulho da porta se abrindo bruscamente, fazendo-me saltar de cima do garoto de imediato – escondendo-me debaixo das cobertas o mais rápido que consigo – enquanto finjo que está tudo sob controle, apesar de estar amaldiçoando mentalmente todas as gerações possíveis do indivíduo que interrompeu nosso momento.

Que merda!

– Jimin hyung!

– Jungkook – grunhe o garoto, entredentes, irritado. – O que diabos você pensa que está fazendo aqui?

– Olá – cumprimento, sem graça, esboçando um sorriso amarelo. – Existe algum motivo especial para que não tenha batido na porta?

O rosto do recém-chegado assume um leve tom avermelhado, enquanto desvia seu olhar de nós para o chão, o cabelo negro e bagunçado atraindo a minha atenção por alguns instantes. Será que é tão macio quanto parece?

Condeno-me mentalmente ao me dar conta do que estou fazendo, não é possível.

Caramba! Essa loba só pode estar de brincadeira comigo!

– Jimin hyung, lembra daquele assunto? – Do nada a expressão envergonhada some, assim como a postura submissa, fazendo-me estremecer levemente. A mudança é estranhamente brusca e, para a minha total falta de sorte, Jimin parece ter entendido sem que o outro precise explicar o assunto em voz alta. – Precisamos conversar.

– Sério? – Choramingo, inconformada, atraindo um olhar estranho do garoto na porta.

– Eu volto – retruca Jimin, virando seu corpo para mim, apertando minha mão delicadamente antes de se levantar e me dirigir um sorriso meigo. – Será rápido.

Assinto, apesar de não estar nada convencida.

Jogo a culpa toda na carência e na saudade de casa, afinal, por que mais eu traria aquele Ômega aqui?


Notas Finais


Espero que tenham gostado!

Até a próxima! ;)


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