Acordei com a luz do sol nos meus olhos. Me despreguicei e abri lentamente os olhos. Olhei para meu quarto e havia algo diferente nele. Não sei explicar ele apenas tinha algo diferente. Me sentei e olhei para o chão e a procura de Sehun. Ele não estava ali, nem mesmo suas malas.
Levantei e fui até a porta, coloquei a cabeça no corredor para ver se via ou ouvia alguma coisa mas nada, a casa esteva silenciosa.
- S/N porque ainda não está pronta? – meu pai apareceu de repente me fazendo pular de susto – Seja rápida ou vai se atrasar para a escola.
- Es..escola ? – perguntei baixinho sem entender e ele acariciou minha cabeça dizendo “Ainda está dormindo”. O observei ir em direção a cozinha e fechei a porta do meu quarto. – O que ele quis dizer com isso? – corri para frente do espelho e me olhei. Eu usava um pijama que me lembro de tê-lo doado a mais de um ano. Abri o guarda-roupa e olhei para o calendário que tinha na porta. 01/10/2016. – Isso não faz sentido – passei a mão por meus cabelos – A última vez que vi a data estávamos em 2017.
Peguei a primeira roupa que encontrei e me vesti. Isso estava muito estranho. Eu me lembro muito bem de ter me formado e Sehun.. ele estava aqui.
- Bom dia – minha mãe disse assim que entrei na cozinha – Quer suco do que?
- Laranja – respondi e tive um dejá vu. Era como se já tivesse vivido isso - Mãe, você sabe onde está o Sehun?
- Quem é esse filha? – perguntou e senti como se meu coração parasse ao ouvir isso, o que está acontecendo? - S/N você está bem? Está pálida
- A senhora realmente não sabe quem é Sehun? Ou S tanto faz.
- Filha eu já disse para você não ficar vendo filme até tarde, está tendo poucas noites de sono.
Senti como se minhas mãos começassem a tremer. O que está acontecendo? Ela nem sequer sabe quem é S. Ele nunca existiu? Não faz sentido.
- Mãe eu nunca falei sobre um rapaz com que eu sempre sonhava? – perguntei e ela fez a pensativa até parecer se lembrar, minhas esperanças tinha voltado até ela dizer
- Você sempre sonhou com o Adam Levine, mas faz tempo que você não fala dele. – foi até a geladeira.
Eu olhava o copo de suco e tentava raciocinar tudo. Se Sehun não existe aqui onde estou?
- Estou indo – meu pai disse – Já terminou de comer? – perguntou para mim – S/N estou falando com você.
- O que? – perguntei e ele olhou para a mesa – Ah, sim já terminei – levantei-me e fui até a porta
- Não vai levar a mochila? – minha mãe perguntou e eu voltei pega-la. Eu perdi o costume de fazer isso – Tchau amor
- Tchau mãe – mandei um beijo e fui com meu pai até o carro.
O caminho inteiro foi em silêncio. Eu tentava criar alguma teoria possível mas nada batia com a realidade. Talvez Xiumin possa me ajudar.
(..)
Quando cheguei na porta da escola fiquei parada observando todos que passavam. A tempos eu não os via. Haviam algumas caras novas também que eu não lembrava. Senti alguém trombar comigo e eu acabei derrubando meu celular no chão.
- Deveria prestar mais atenção S/N – aquela voz conhecida disse me fazendo virar. O olhei de cima a baixo e não pude acredita. – Porque está me olhando assim?
- Com certeza ficou acordada vendo alguma série – Xiumin disse aparecendo do lado do primo – Chanyeol você derrubou o celular dela.
Ele se abaixou para pegar o aparelho e me entregou. Eu ainda estava em silêncio. Não era para ele estar aqui. Do jeito que age é como se nada tivesse acontecido entre nós.
- Cara sua amiga está estranha – Chanyeol diz – Normalmente ela estaria me xingando.
- Você – disse – Chanyeol você.....
- Você está bem S/N? – Xiumin perguntou e eu não respondi. – S/N?
- Acho melhor eu ir embora – Chanyeol disse franzindo o cenho – O clima está estranho. S/N pare de ser estranha, se continuar assim quando viajarmos para o hotel fazenda você vai espantar os bichos – Xiumin deu um soco no ombro do primo que ria – Vejo vocês mais tarde – acenou e começou a caminhar para longe da escola.
Então quer dizer que nada ocorreu entre mim e Chanyeol? E também ainda não viajamos? Mas, eu me lembro que ele me beijou ,eu me lembro dele segurar minha mão e dizer que estaria ali para me esquentar.
- S/N – Xiumin segurou meus ombros e balançou – Acorda para a vida o sinal já tocou.
- Xiumin – o agarrei pela blusa e ele arregalou os olhos – Me diz , alguma vez na vida eu te falei sobre um cara chamado S?
Ele pareceu pensar até negar com a cabeça.
- Então, você nunca saiu com Min-Jee? Nunca fomos no Park´s Games em casal? – perguntei em desespero e ele tirou minhas mãos dele.
- Primeiro que fale baixo, não quero que todos saibam que eu gosto da Min-Jee, você sabe que eu nunca sai com ela, quem me dera pudéssemos sair em casal. – disse lamentando – Mas por que?
- Isso não faz sentido – baguncei meu cabelo – Xiumin nada está fazendo sentido. Eu já me formei, você já se formou, eu estava noiva.
- Eita – ele riu – Parece que você teve um sonho bem louco – pegou minha mão – Vamos, é melhor não chegarmos atrasados.
(..)
Eu entrei na sala e me sentei no lugar que costumava sentar, bom, pelo o que eu me lembro. Eu estava quieta apenas vendo Xiumin conversar com as pessoas quando senti alguém me cutucando. Olhei para o lado e arregalei os olhos ao ver Nari. Mas, eu a conheci na faculdade, como é possível?
- Porque não sentou no fundo hoje?- perguntou ficando ao meu lado – Eu até deixei uma carteira para você. – fez um bico e eu continuei a analisando para ver se era real – S/N pare de me encarar.
- Nari?
- Meu nome – sorriu – Você vai ficar comigo no intervalo neh?
- Claro – disse e cerrei os olhos tentando lembrar de alguma vez que já tenha visto ela sem ser na faculdade.
- S/N você está quieta – segurou meu braço – Porque está assim? Seu pai brigou com você?
- O que? Não – respondi – Só estou com dor de cabeça. As coisas parecem confusas para mim.
- Bom se as coisas estão confusas agora vão ficar piores – olhou para o professor entrando na sala – Eu não aguento mais ter aulas de matemática.
(..)
O sinal do intervalo tocou e eu respirei aliviada, não me lembrava do quão chato pode ser ter aulas. Na faculdade é bem mais legal.
- S/N vamos na cantina? – Nari perguntou e eu assenti. Procurei por Xiumin mas não o encontrei, ele deve ter saído antes de nós.
Estávamos no corredor quando passamos por uma sala e eu ouvi uma voz muito conhecida por mim.
- Você só pode estar de brincadeira – ele disse – Cara ela é muita areia para o seu caminhãozinho. – parei em frente a porta e olhei aquele grupo de garotos. O que falava estava de costas mas eu reconhecia muito bem sua voz.
- Kai você só fala besteira, ela está na minha mão – outro garoto que estava de costas respondeu fazendo com que meu coração se acelerasse só de ouvir sua voz. Não pode ser.
- O que está fazendo? – Nari apareceu no meu lado e olhou para onde meus olhos estavam – Fala sério S/N não sei como pode gostar desse cara.
Eu ainda olhava aqueles dois, eu sabia que um era Kai mas o outro eu precisava ver seu rosto para comprovar. De costas era exatamente igual.
- Que cara? – finalmente disse algo saindo levemente do meu transe
- Como assim que cara S/N? – disse óbvia – Oh Sehun, sua paixonite.
Foi como um baque ouvir isso. Então era realmente ele. Voltei meus olhos para ele e ouvir Nari bufar saindo da sala. Como se meus olhos chamassem por ele Sehun virou o rosto e seus olhos se encontraram com os meus. Ele sorriu de lado e ficamos assim até Kai o chamar novamente para dizer algo.
Eu sai daquela sala e coloquei a mão no peito. Eu não me lembro de ver Sehun na escola. Ele é fruto da minha imaginação é isso que ele é. Olhei para a porta de sua sala e lá estava escrito 3b.
- Será que realmente existiu um Sehun do 3b?
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