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História Eldarya - Uma aventura inesperada - Capitulo especial - Reencontros


Escrita por: TsukiHime0713

Notas do Autor


Bora lá para o capítulo da semana?
Aproveitem o especial



.

Capítulo 107 - Capitulo especial - Reencontros


Erika

Assim que fiquei sabendo que o irmão da Cris estava em Eel, na noite seguinte à tentativa de assassinato dela, não pude acreditar. Uma pequena esperança surgiu em meu peito. E quando, depois de ele nos contar a sua saga (que me aumentou a esperança), ele revelou ser capaz de se comunicar com quem estava na Terra, fazendo-o no topo da torre, esta esperança cresceu ainda mais! (Vou poder rever os meus pais... _sorriso_ E também... confirmar os efeitos da poção... _sorriso triste_).

Fiquei aliviada quando até mesmo as Sementes concordaram com a viagem que a Cris queria fazer. E a historia do Lance me foi um tremendo choque! Já naquele curupira... Não sei se senti muita confiança nele...

Quando alcançamos o hotel em que éramos aguardados, fui direto pesquisar tudo sobre mim e sobre a minha família. Minhas contas nas redes sociais ainda existiam, o que foi uma ajuda, mas pelo o que pude perceber, estava excluída de cada parente meu. Meu pai ainda era dono da mesma empresa e o endereço dele e da mamãe ainda era o mesmo, então... se eu me planejasse direitinho, eu poderia vê-los de longe ao menos. Tenho tantas saudades deles...

Chegando em São Paulo, pelo Oráculo, eu não tinha como acreditar no quão grande que a família da Cris realmente era! Mesmo com ela já tendo nos revelado que era grande, eu não imaginava que era tão grande assim (ainda bem que ela não sofreu o mesmo que eu...).

Esperei resolvermos as coisas mais urgentes primeiro, que era a troca do dinheiro e a junção de mantimentos e outras coisinhas. No dia em que o Lance nos aprontou, em que todos queriam uma pausa em nossas buscas no dia seguinte, não quis esperar por uma segunda chance.

– Olha gente, se não se importam, eu vou aproveitar para conferir algumas coisas particulares minhas, tudo bem pra vocês?

– Nenhum problema querida. Quer que algum de nós a acompanhe? – Me questionou a Huang Hua.

– Honestamente, eu só vou querer a companhia do Valkyon...

– E somente ele, não é mesmo? Consigo imaginar que particularidades sejam essas.

– Lance... – repreendia-o o Valk.

– Tudo bem Valk, – o acalmava – logo voltaremos para Eel e seu irmão fica mais comportado. – um riso escapou de quase todos.

– Vá tranquila Erika. E tenha a certeza que ficarei de olho vivo no Gelinho... – (parece que o Lance não gosta mesmo deste apelido _risinho_) – ... Tem três anos que você está vivendo em Eel, você teve ter tanta coisa quanto eu para querer organizar.

– É... tenho mesmo... Tudo bem se sairmos cedo amanhã amor? Quero acertar tudo logo.

– O que você quiser Erika. – declarou ele me segurando a mão.

– Nesse caso é melhor vocês irem dormir logo! Graças a alguém... – a Cris lançava um olhar reprovador para o Lance – O dia hoje foi super puxado.

– Você tem razão. Vou me deitar agora, boa noite pra todos. Boa noite amor. – demos um selinho.

– Boa noite querida. Que hora deseja sair amanhã? E pra onde?

– Pode deixar que eu lhe chamo. Amanhã nos falamos mais. – (ele havia concordado com a poção, não quero que se sinta mal agora).

Dei boa noite mais uma vez e me preparei para dormir.

Mesmo colocando o celular que o Christiano me emprestou para despertar às seis da manhã, acabei acordando antes dele uns quinze minutos. Não quis esperar pelo alarme. Me levantei com cuidado para não acordar ninguém e fui chamar o Valkyon. Ele acordou fácil, e tomou o mesmo cuidado que eu para não acordar os outros. Nos arrumamos, tomamos um café rápido, e saímos usando a chave reserva que tínhamos recebido autorização para carregar da Helena.

No ônibus, eu fiquei ansiosa durante toda a viagem, pois eu morava na zona oeste da cidade e estávamos bem longe de lá. Valkyon não falou nada, apenas me segurava a mão e me dava olhares de ternura que me ajudavam a manter um pouco de calma. Gastamos quase duas horas de ônibus, e tivemos que caminhar mais quinze minutos, até pararmos diante de um imenso casarão branco envolto por um jardim cercado por muros de grade de ferro negro (parece que não mudou nada...).

– Erika... – Valk me chamava com um pouco de temor na voz.

– O que foi Valkyon. – falei sem deixar de continuar observando as rosas e azaleias que havia ajudado a escolher.

– Este lugar... Acaso ele é...

– Sim. – respondi sentindo uma lágrima me correr pelo rosto enquanto observava tudo – Era aqui que eu vivia.

Pude ouvi-lo engolir seco. E o mais triste, é que eu só pude viver ali umas três semanas depois que nos mudamos do apartamento em que vivíamos antes e viajarmos para visitar os meus avós. Valkyon começou a me abraçar por trás e... minha mãe saiu para cuidar dos jardins! E ela também não mudou muito nesses três anos...

– Aquela...

– Mamãe. – ouvi o Valkyon dando um longo suspiro.

Ficamos lá, observando em silêncio por um tempo, e pude ouvir um carro parando próximo de nós.

– Posso ajuda-los em alguma coisa? – (papai!!) – Senhor? Senhorita? – (ele não me reconhece... não se lembra de mim...).

– D-desculpe. Nós... nós estávamos só olhando... – meu pai sempre foi desconfiado com estranhos, e aquela pestana erguida era um dos sinais que ele dava quando pensava em ligar pra polícia.

– Nos desculpe senhor, é que esta casa é parecida com a casa que minha noiva vivia algum tempo atrás. – me ajudava o Valkyon – Não temos nenhuma má intenção.

– Sério o que ele está dizendo moça?

– Infelizmente... – falei com as lágrimas de tristeza escorrendo – Já faz uns três anos desde que meus pais... bem... – (me tiveram arrancada de suas memórias).

– Algum problema querido? – minha mãe se aproximava de nós pelo outro lado.

– Nenhum querida. É só essa moça que viveu em uma casa parecida com a nossa, antes de... perder os pais? – não consegui dizer nada, apertando os olhos e os lábios (agora entendo a dor daqueles que tem algum parente com alzheimer).

– Oh, minha querida... Sinto muito.

– Eles... não morreram exatamente... – acabei falando.

– E o que foi que aconteceram com eles então? – (vocês me esqueceram, papai).

– Houve um incidente. – explicava secando as lágrimas – E os dois perderam toda a memória relacionada a mim.

– Tanto o seu pai quanto a sua mãe se esqueceram de você?!

– Não quis acreditar. Mas quando fiquei diante deles... – (de vocês!) – Nenhum deles me reconheceu...

– Hãm, Erika, meu anjo, porque... Porque não damos uma volta? Para acalmar? – pedia-me o Valkyon.

– Seu nome é Erika?

– Sim. – (mamãe...) – E este grandão aqui é o meu noivo, Valkyon.

– É um belo rapaz com toda a certeza. Você é estrangeiro? Tem um nome e uma aparência bem diferentes. Tinge o cabelo?

– Mais ou menos senhora. E... sou assim desde que nasci.

– Exótico... tirou a sorte grande menina!

– Mirian!

– Não precisa ficar com ciúmes querido. Acha mesmo que eu ainda estaria casada com você se não o amasse como é? Depois de todos esses anos!... – nem eu e nem o Valkyon conseguimos evitar de rir –  E por sinal Richard, não era pra você estar na empresa agora? – (é verdade!...).

– Lembra que você ficou me cobrando ao menos uma folga de três dias do trabalho?

– Se eu lembro?! Já tinha até desistido!

– Bom meu amor, eu consegui! A partir de hoje, e pelos próximos quatro dias, eu só quero estar entre aqueles que amo! – (pena que não vou estar entre vocês, né pai...) – E eu estava pensando... porque que nós dois não aproveitamos que o Erik está com a sua mãe... – (quem é Erik??) – ...e damos uma volta naquele parque juntos? Aquele, que seu irmão adora fazer acampamentos de vez enquanto.

– Isso é sério mesmo?! – meu pai só assentiu com a cabeça como resposta – Cinco minutos! Me dê cinco minutos que a gente já sai! – pediu ela já correndo para dentro em seguida. Valkyon me pediu baixinho para irmos indo e acabei aceitando.

– Ei vocês dois!

– Sim? – (o que foi papai?).

– Estão indo aonde?

– Acho... que pra casa? – me questionava o Valk.

– Porque não vem com a gente? Não sei por que, mas eu gostei de vocês.

– Vamos de carro para chegarmos no parque Alfredo Volpi. O lugar é lindo e ainda tem mata nativa. Venham! Meu marido não é o único que gostou de vocês dois.

– Nossa Mirian! Bateu o seu record!

– O meu querido... Quando o milagre acontece a gente aproveita! Não o perde...

Mais uma vez Valkyon e eu acabamos rindo. Meus pais sempre discutem, mas a maioria das “brigas” são tranquilas. Valkyon e eu ainda tentamos rejeitar o convite, mas acabamos convencidos a acompanha-los.

No parque, meus pais contavam historias de quando eram jovens, e como Valkyon e eu estamos noivos, eles também nos davam dicas de como vivermos uma longa vida juntos. Também contamos um pouco do que fazíamos em Eel (sem parecermos ser de outro mundo, é claro) e como foi que nós acabamos juntos. Sem querer eu acabei me arranhando no braço ao tropeçar em uma brincadeira e minha mãe usou o lenço de mão dela para proteger o meu corte.

Ficamos bem dizer o dia inteiro juntos. E aquele tempo com eles... mesmo sendo tratada como uma desconhecida... foi muito bom.

– Está ficando tarde... – comentava a minha mãe – Acho que agora é hora de irmos todos pra casa.

– Concordo com a senhora. – Valk se erguia (mas, porque eu comecei a ter um mau pressentimento?) – Precisa de ajuda Erika?

– Não! Eu estou bem. – falei já me erguendo (não gosto dessa sensação) – Foi um imenso prazer passar todo esse tempo com os senhores, senhora Mirian e senhor Richard.

– Nós é que agradecemos querida. Foi como se você fosse a filha que nunca tivemos. – _olhos marejados_ (oh mãe...).

– E pra mim, foi como estar ao lado dos meus pais outra vez. Muito obrigada mesmo aos senhores.

– Ô minha cara... Assim você nos honra! É bom você cuidar bem dela rapaz! Não encontrará outra moça que nem ela tão cedo.

– Pode deixar senhor Richard. Sou capaz de atravessar mundos se for preciso apenas para fazê-la feliz.

– Wow... Espero poder encontra-los novamente. Não estava brincando quando falei que havia gostado de vocês dois.

– Nós realmente agradecemos muito, senhora Mirian, e... Acho que se eu e Erika tivermos uma chance, podemos vir a vê-los novamente. – senti uma alegria dentro de mim ao ouvir isso.

– Então torçamos para que você esteja certo rapaz. Querem carona para algum lugar?

– Não é preciso... – (...pai.) – Podemos voltar por nós mesmos, mas... O estacionamento costuma ser tão vazio assim nesse horário? – (meu mau pressentimento não parava de me incomodar).

– Faz poucas semanas que finalmente terminaram de vacinar todo mundo contra a pandemia. Ainda tem gente que evita de sair nessa região. – respondia a minha mãe.

– Ok. É melhor nos despedirmos logo, ou ninguém vai conseguir voltar pra casa.

– Richard! Isso é jeito de falar com as pessoas? – e mais uma vez acabamos rindo.

Meus pais entraram no carro, e Valkyon e eu os víamos começar a se afastar. De repente, o barulho de um louco queimando pneu começou a se aproximar de onde estávamos. E antes mesmo que meus pais tivessem a chance de deixar o estacionamento, o mesmo louco invade o lugar e bate contra o carro dos meus pais com tanta força, que ele não só foi atirado contra a janela dele, como também fez o veículo dos meus pais girar.

– PAI!!! – acabei gritando e correndo até eles com Valkyon atrás de mim – Pai! Mãe! Respondam! – eles me pareceram atordoados, eu estava me desesperando com isso (droga de mau pressentimento! E ele continua por quê?!).

– Dá licença Erika. – pediu-me o Valkyon que usou de força bruta para arrancar a porta e assim me permitir tirar minha mãe do carro e arrasta-la até onde estávamos antes. Ele fez o mesmo com o meu pai após eu tirar os cintos dos dois.

Pelo pouco que aprendi com a Ewelein, podia dizer com toda a certeza que os dois não estavam nada bem – Valkyon... eu imploro. Por favor, usa o seu poder para salvar eles. A ajuda não vai conseguir chegar a tempo.

– Mas Erika...

– Por favor! Eu repasso minha energia pra você se for preciso, mas por favor Valkyon... Eles podem não se lembrar, mas ainda são os meus pais! Não os deixe morrer Valk... – minha visão embaçava com minhas lágrimas.

Ele começou a olhar ao nosso redor enquanto suspirava – Tudo bem. – (OBRIGADA!) – Mas preciso que me ajude. Há bastante maana por aqui, mas não quero me arriscar.

– Tudo bem.

Passei toda a energia que podia à ele, e ele cuidou dos meus pais. Os dois ao mesmo tempo. Eles ainda estavam em choque e por isso ficaram inconscientes. Mal ele terminou de cuidar dos dois e o carro em que eles estavam resolveu explodir. Sem pensar duas vezes me joguei sobre os meus pais e o Valkyon se jogou sobre mim. As chamas não conseguiram chegar perto de nós, mas havia o risco de atingir as arvores próximas (as câmeras já eram!).

– Tem como você enfraquecer o fogo antes que ele destrua o parque?

– Sim. Mas pra isso... – ele se afastou um pouco de nós e começou a se concentrar. Pude sentir claramente ele absorvendo a maana presente a nossa volta, e depois ele atraiu uma parte daquelas chamas pra si. Amenizando a ameaça que elas apresentavam. Comecei a ouvir o som de sirenes – Que barulho é esse?

– São sirenes. A ajuda está a caminho.

– Então é melhor partimos agora. Não sei se podemos evitar a verdade do que aconteceu aqui. – pedia ele me ajudando a levantar – Acho que podemos nos limpar no lago e os seus pais já estão fora de perigo.

_suspiro_ – Você está certo Valkyon. Quando começamos a nos despedir, tive um mau pressentimento. E depois que você reduziu as chamas, ele foi embora.

– Mais um sinal que podemos ir.

Olhei mais uma vez para os meus pais e meus olhos se marejaram novamente. Valkyon precisou me “arrastar” para que eu me afastasse deles, no chão. Nos limpamos no lago. Captamos a maior quantia de maana possível para conseguirmos voar para longe o suficiente do parque sem sermos percebidos (Valkyon aprendeu de verdade a usar ilusões um pouco antes de deixarmos Eldarya).

Após tomarmos uma distância segura, pegamos o ônibus para voltarmos. Foi só quando chegamos que eu percebi que havia perdido o lenço de minha mãe! E ainda bem que chegamos a tempo de assistir o noticiário. Era impossível que aquele incidente não acabasse aparecendo. E quando finalmente mostraram a noticia sobre os meus pais... fiquei aliviada de ouvir que eles estavam bem e que poderiam receber alta do hospital em breve.

Agora sim eu podia voltar tranquila para Eldarya.

 

 


Notas Finais


E deem um pulinho no "Castigo de Ezarel" depois!


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