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História Eldarya - Uma aventura inesperada - Cap.115


Escrita por: TsukiHime0713

Notas do Autor


E olha nós aqui mais uma vez! Como foi a primeira semana do ano para vocês? Pra mim foi tão igual quanto qualquer outra...
Mas vamos lá ao capitulo.

P.S.= Tenham alguma coisa bem gostosa ao alcance da mão quando terminarem de ler, ok?




.

Capítulo 122 - Cap.115


Ēnukungi

Após o consentimento do Mestre da Ēnukungi, Eralco deu alguns dias para que todos os interessados em elaborar algum plano para capturar a Lys de Eldarya e os outros dragões e aengels de Eldarya, montassem suas sugestões. E havia chegado o dia de cada um expor o que conseguiram elaborar.

– Então estes serão os planos que tentaremos... – eles conversavam entre si depois de avaliarem cada ideia apresentada e aceita por todos.

– Nenhum deles tem 100% de garantia, mas se ao menos um funcionar... – o Mestre apenas observava a reunião feita sem impor nada sobre sua opinião em relação a cada uma daquelas ideias (que ele enxergava mais defeitos do que desejava).

– Novidades! – entrava alguém que ajudava na área de mensagens – A astronâmini Lunna está em Eel para falar com a Lys!!

– Como?!?! – todos, incluindo o Mestre, se espantavam.

– Cada um de nossos malsins está enviando uma mensagem alertando sobre isso! – entregava ele sobre a mesa as mensagens recebidas.

– É verdade... – examinava Eralco uma das mensagens, com o Mestre pegando uma outra para si e imaginando o que tal acontecimento poderia significar (ninguém da Ēnukungi tinha conhecimento da relação de Lunna e Melídia) – Segundo tudo isso, Lunna deixou bem claro que precisava conversar com a Lys de Eldarya e com a Miiko Mazushi, mas não deixou nenhuma pista sobre o quê que precisava conversar com elas...

– Rapaz. – o Mestre se fazia presente na conversa – Mande cada um enviar tudo o que conseguirem descobrir sobre isso o mais breve possível. E que não esqueçam de nenhum detalhe! Pois essa visita pode fazer toda a diferença nos planos deles. – ordenava o Mestre ao encapuzado, apontando para os reunidos na mesa de estratégias.

– Como ordenar Mestre. – se prontificou o rapaz, deixando a sala.

 

Ezarel

Aquele black-dog... Esse foi um dos piores sustos que já levei até agora. Mas ao menos a Marine finalmente retornou, apesar do estado dela. Já estava cansado de ter que fazer eu mesmo as poções arcanas de nível B para baixo, no entanto, o que raios aconteceu para essa ondina acabar em um estado tão deplorável? (E é melhor eu tomar mais cuidado ao provocar a Paladina, fiquei horrorizado com o estado daquelas senecios púrpuras! Parece que ela tem uma desenvoltura parecida com a da Marine no que se refere à agua)

Após fornecer uma poção de revitalização própria para ondinas que produzi na mesma hora para a Marine, tomei-a nos braços com aqueles três retornando para o QG por meio do poder de Absol. (Ainda não acredito que a Lunna já havia previsto isso... Aquela... O que ela é mesmo?) _recordando da Norns Visdom enquanto continua o caminho para a enfermaria_.

– ... Bom, vejamos: a Lunna nã... _trava na voz_ Hum... A Lunna é mestiça. – (essa poção é mesmo algo desconfortável) – Ok. Agora... Quais são as descendências dela? É mais de duas raças? Não. – !?! – Seus pais são de raça pura cada um? Sim. – (Puxa!) – Hãm... A Lunna é uma astronâmini, então, a raça dela tem relação ao tipo de poder dela. Os poderes dela estão ligados com a noite? Não. _suspiro_ Ok. Nesse caso, a ligação seria a luz então? Sim. – (ótimo. Não há muitas raças ligadas à luz) – Certo. Aengel não tem como ela ser, o que nos leva às... fadas talvez? Quase. – !! – Quase? Então ela é parte ninfa? Ninfa da luz?! Correto. – (a Paladina deve ter ficado pra lá de confusa com o poder da poção da verdade, porque eu estou embasbacado!) – Muito bem, uma raça descoberta. – (que com toda a certeza é a mãe dela) – Agora vamos a outra. Ehh... Também é uma raça ligada diretamente à luz? Não. – ... – A um elemento então. Sim. ... Um elemento puro? Sim. – acabei encarando a Marine que carregava com o máximo de cuidado possível e o mais rápido que conseguia andar naquela situação. Será que... – O pai de Lunna é um ondina? Sim. _chocado_.

Inacreditável. Quase travei no lugar ao ter chutado certo logo de cara, mediante tantas opções que eu poderia ter imaginado. A luz e a agua se combinam e muito! Não é à toa que aquela mulher é tão boa no que faz. E aposto que ela deve conseguir fazer previsões por meio das aguas também já que ela compreende a astrologia e é filha de um ondina.

Me demorei um pouco mais do que desejava para conseguir atravessar os portões de entrada (existe alguma maneira daquele símbolo ser impresso na “pele” de um ondina?), mas fiz o possível para compensar esse tempo no resto do caminho até a enfermaria. Quando entrei, Ewelein pareceu se assustar tanto quanto eu.

– Marine?! Pelo Oráculo! O que aconteceu com ela?!? Ponha-a na agua, depressa!

– Tem certeza? A Paladina e eu a ajudamos um pouco, mas, é mesmo seguro colocá-la nesse estado? A Marine não vai acabar se fundindo à agua?

– Quem é que se especializou em medicina aqui? Eu ou você? – não retruquei mais e coloquei a Marine dentro da agua com cuidado – Me diz: O que você sabe sobre o estado dela até agora? Quem a encontrou primeiro? Como que você e a Cris a socorreram? – questionava-me ela já examinando a Marine.

– Quem a encontrou foi a Paladina e o Gelinho, foi por isso que o Absol me raptou do nada. Ao que entendi, a Paladina arrancou cada gota de agua de dentro das senecios púrpuras que haviam por perto e a lançou sobre a Marine. – Ewelein me encarou espantada por um minuto – Acho que a habilidade aquática da Paladina é semelhante à de Marine.

– Certo. E você? O que fez?

– Criei uma poção de revitalização própria para ela no mesmo instante em que a reconheci e lhe dei. Depois me pus a caminho daqui o mais rápido possível, já mandando a Cris e o Gelinho voltarem para cá por causa da Lunna. Ela já foi atrás da Paladina?

– Sim, ela já foi. E é ótimo que a Marine tenha finalmente retornado, afinal... – ela pegava algumas medicações que ajeitava sobre a bancada – Marine é a única em Eel capaz de completar os treinamentos de agua da Cris.

– Como?? E aquela lista de quase 20 nomes que o Leiftan criou?

– Lunna usou um encantamento que apenas a Benelli conseguiu compreender para reduzir o número de nomes. Só restou dois e o da Marine é um deles. Agora eu entendi o porquê dela ter tido que você havia sido convocado logo depois de Absol o levar daquele jeito.

– Que eu fui o quê?! Aquela meio ninfa, meio ondina... – Ewelein apena me encarou confusa – A caminho daqui, acabei curioso sobre a raça dela e decidi me aproveitar que ela praticamente me obrigou a dividir a bebida com ela, para meio que estudar o funcionamento da poção Norns visdom.

– E com isso conseguiu descobrir que ela é mestiça de ninfa e ondina?!

– Ninfa da luz e ondina. – Ewelein ficou boquiaberta, mas sem parar o que fazia – Onde ela está agora?

– Após Lunna alterar a lista de professores da Cris, ela se dirigiu para o topo da Torre na intenção de conversar em particular com a Cris. Alguns a seguiu como a Miiko e o Nevra por exemplo, mas outros retornaram às suas tarefas como eu. A poção que vocês dois tomaram ainda vai durar muito?

– Eu preparei aquilo de modo a durar duas horas, mas como tive de tomar metade, cada um está incapacitado de mentir por uma hora pelo menos. Quanto tempo já se passou desde que bebemos da poção?

– Acho que uns quarenta minutos depois que você bebeu. E a Lunna bebeu uns dois minutos depois de você.

– Pelo menos 20min. para mim, e 22min. para ela. – ela apenas concordou com a cabeça, sem parar de tratar a Marine – Acho que vou até lá em cima para ver o que está acontecendo... Avise quando a Marine estiver bem outra vez. Só assim poderemos descobrir o que foi que aconteceu com ela.

– Pode deixar. – respondeu ela enquanto eu passava pela porta.

Mal fechei a porta da enfermaria e me impressionei de ver o black-dog acompanhando a mercenária da Purriry, carregando o que parecia ser o material de trabalho da purreka.

– Purriry? – questionei parando aqueles dois – Aonde vai acompanhada do Absol?

– Miau, parrrece que meus talentos da alta-costura se fazem necessários para a Cris. – declarava ela meio que convencida.

– Então eu acho que fiz bem em preparar uma refeição para cinco ou seis. – declarava o Karuto quase me causando uma ruptura no coração.

– Que quer dizer com “uma refeição para cinco ou seis”?

– A Rainha está acompanhada da Lunna lá em cima, certo? Não creio que esteja só as duas no quarto agora.

– Miau, não tive a chance de poder ver a Lunna... Minha loja estava lotada hoje! Até o Absol precisou esperar.

– Até o...? – encarei o black-dog que revirava os olhos e “suspirava” em seguida.

– Se vocês vêm, andem logo! – Karuto chamava a atenção já seguindo caminho, acompanhado do Absol. Purriry e eu nos apressamos em segui-los.

Durante o caminho, a Purriry ronronava; o Karuto cantarolava; e até o black-dog parecia contente! (haja paciência...) Não via a hora de chegarmos logo lá em cima, e quando chegamos... Fiquei pasmo com o que víamos.

– O quê que você está fazendo morcego? E com todos lhe permitindo?! – bronqueava o Karuto que surpreendeu a todos.

– Nevra fazendo leitura labial para sabermos o que Lunna e Cris conversam. – respondia o Jamon – Foi Lunna que permitiu.

– Miau, e só ouvir não bastava? Quanta indelicadeza para com o quarto de uma dama... – declarou a Purriry meio indignada.

– Se a Lunna não tivesse se utilizado de uma sana clypeus para esconder a conversa, não teríamos feito assim. – explicou a Miiko.

– Espera. – interrompi – Se elas estão usando uma esfera silenciadora, como que vocês podem dizer que a Lunna autorizou que vocês soubessem da conversa? – questionei aqueles quatro.

– Antes de Lunna poder entrar,... – falava o Keroshane – ...ela nos disse que queria entrar sozinha e, que “bastavam as sombras espionando a conversa”. Foi disso que concluímos que o Nevra era o único que podia estar conseguindo ficar simultaneamente a par da conversa. Mas Nevra, você não havia tido que o Absol estava lá dentro?

– Não vi Absol saindo do quarto. – respondeu ele (acaso o Gelinho está participando da conversa?).

– Sim. – acabou me escapando. E que surpreendeu alguns.

– “Sim”, o quê, Ezarel?

– Efeito da poção Miiko. Me fiz uma pergunta e a resposta saiu sem que eu quisesse. – (sendo uma reação inesperada para mim. Então não é necessariamente preciso fazer a pergunta em voz alta. Bom saber).

– Oh, a poção da verdade. Ela é mesmo uma poção poderosa! Miau.

– E-e-eu pensei q-que a Norns visdom e-era um segredo da, da Reluzente!...

– Trate de ficar calmo Kero. – falei.

– Ezarel está certo, meu caro unicórnio, miau. Descobri sobre a existência dessa poção enquanto tratava de negócios com ele. E troquei um pouco da poção arcana por alguns descontos.

– Descontos?? Que descontos?!

– Tive todas as minhas dívidas com os purrekos cortadas pela metade Miiko! – falei antes que a felina comentasse sobre a redução no preço de cada frasco (eu guardei esses descontos para mim, mas se a Miiko descobre... E o meu castigo ainda não acabou!)

– Ah, tá. – _aliviado_ – Mas o uso dessa poção está sendo exclusiva para os purrekos, Purriry? – questionava a Miiko.

– Mas é claro! Se Purroy ou algum outro alquimista de nosso meio pudesse reproduzir poções arcanas, nós já estaríamos fornecendo a Norns visdom para clientes pré-selecionados. – (acho que com “pré-selecionados” ela se refere ao mercado negro ou pessoas podres de ricas) – E só utilizamos a poção para circunstâncias particulares da sociedade purreka.

– Compreendo Purriry. Então acredito estar certa em pensar que fora os purrekos e o Karuto, “ninguém” que não pertence a Reluzente tem conhecimento da existência de uma legitima poção da verdade, não é mesmo?

– Miau, até onde eu sei, sim.

– Certo todo mundo. Eu vim aqui para trazer a refeição da Rainha, elas já terminaram de conversar morcego? Já se livraram do encantamento para impedir que ouvissem a conversa?

– Ainda nã... Como?! – Nevra começou a se afastar da porta.

– O-o que aconteceu Nevra? – Kero perguntou na frente de todos.

Não foi preciso esperar que o Nevra nos respondesse, pois a porta foi aberta quase que imediatamente depois.

 

Cris

Mal a Lunna deu a ideia de abrir a porta, e ela estalou os dedos fazendo aquela esfera verde que nos cercava estilhaçar-se como algo de vidro que quebra dentro da casa do vizinho do outro lado da rua, desaparecendo no ar como um vapor que se dissipa.

– Vai lá Lys! E pode permanecer no mesmo lugar, Draco. – meio que ordenava ela.

Eu até que tentei retrucar, mas ela apenas me apresou a fazê-lo. Estava receosa de abrir a porta, temendo que alguém que não soubesse do Lance estivesse do outro lado e acabasse o vendo. E no que abri a porta, meus medos estavam meio que certos.

– Minha nossa! O que todos vocês fazem parados em minha porta?

– Os líderes, a modista e o cozinheiro podem entrar! O resto, se manda! – declarava a Lunna.

– Oh, bem. Já que é assim... – Miiko parecia sem jeito – Kero, Jamon, vocês podem descer e cuidarem de seus afazeres normais. Após tudo estar acertado aqui dentro reunimos a Reluzente para repassar o que for necessário.

– Tudo bem, Miiko. Vamos Jamon. Uma boa noite para você Cris.

– Obrigada Kero. Até mais Jamon. – os dois me sorriram e se foram pelo corredor – Ham... Entrem né! – liberava a passagem para todos eles. Notei que, assim como o Lance que coçava a cabeça, todos pareciam meio sem jeito (tirando a Lunna que sorria com simpatia). Quando Absol entrou por último, fiquei surpresa – O que é isso que você está carregando Absol?

– Minhas ferramentas de trabalho, miau. – ???? – Não me olhe desse jeito, Cris. Absol apareceu do nada em minha loja, já segurando minha maleta. Lhe questionei se acaso você estarrria precisando de meus dons e o black-dog assentiu. Como a minha loja estava lo-ta-ta hoje, não pude vir de imediato, miau.

Fiquei boquiaberta, Absol saiu para buscar a Purriry e ainda a ficou esperando?

– Agora ficou explicado porque que só o Nevra podia espionar o conversa daqui de dentro... Eu não teria conseguido disfarçar que era o Lance e não o Absol quem lhes fazia companhia. – declarava a Miiko – Sem falar do uso das sanas clypeus.

– Deixarei a Lys com uma caixa delas. Tenho certeza que elas serão bastante úteis no futuro, mas... Por todas as divindades estelares, estou faminta!

– Hehehe, trouxe comida para bastante gente! – Karuto esvaziava a sacola que carregava sobre a mesa, com Lunna e Lance ajudando a liberá-la – Espero que minha comida lhe agrade madame.

– Só por esse cheiro maravilhoso sei sem consultar qualquer estrela que vou apreciar muito a sua comida!

– Hehe. Muito me agrada ouvir isso madame. Trate de me trazer as vasilhas vazias depois Nevra!

– Não se preocupe. Absol pode cuidar disso sem problemas.

– Eu disse você! Morcego atrevido. Ainda não admito o que eu vi quando cheguei lá fora.

– E o que foi que você viu? – perguntava o Lance.

– Como nem todos dos que aguardavam lá fora por vocês sabia de você Lance e, que sanas clypeus foram utilizadas, o Nevra ficou fazendo leitura labial para que pudéssemos saber um pouco sobre o que vocês conversavam. – explicava a Miiko. Isso me surpreendeu (Nevra tem mais talentos do que eu podia esperar!), mas o Lance não me pareceu muito contente com isso.

– Imagino que você só tenha conseguido utilizar essa técnica com a astronâmini aqui. – Lance parecia um pouco nervoso.

– Você e a Cris se mantiveram de costas para a porta o tempo todo. Óbvio que a Lunna, que estava de frente para a porta, era a única que me forneceria alguma coisa.

– Ok vocês dois, nada de discussões inúteis aqui, por favor. – interrompi aqueles dois – Vamos comer e depois tratamos do que nos interessa.

– Miau... Eu até que aceitaria seu plano Cris, mas eu ainda tenho muito o que fazer e não estou com fome, então... Se puderrr me contar em que exatamente sou necessária...

– Precisamos de uma armadura para o Draco. – falava a Lunna apontando o polegar para o Lance e comendo um pedaço de fruta em seguida – Uma que o esconda totalmente das pessoas... _termina de engolir_ E que lhe permita acompanhar a Lys para cima e para baixo, protegendo-a sem problemas em qualquer circunstância. Consegue algo assim, minha cara modista?

– Se eu consigo? Miau! Eu vou amar fazer esse trabalho! Arranque logo essa camisa Lance, para que eu possa tirar suas medidas e trabalhar o mais rápido possível!

– Espera. Como assim deixá-lo ficar acompanhando a Cris por tudo que é lugar? – perguntava o Ezarel.

Enquanto a Purriry arrastava o Lance para perto da poltrona em que ela subiu para alcançar as medidas mais altas dele, Lunna e eu explicamos mais ou menos tudo o que a astronâmini viu, e a ideia que eu tive para conseguir colocar tudo aquilo em prática.

– Não há muitas pessoas cujo porte se assemelhe ao do Lance... – comentava a Miiko – Mas não posso negar que essa é uma ótima ideia para despistar qualquer um sobre o Lance ao seu lado.

– E por qual nome iremos nos referir à ele?

– Qual o problema de só o chamarmos de “guardião”, Ezarel? – perguntei.

– Primeiro, porque se não dermos um jeito na voz dele, alguns poderão desconfiar. Segundo... porque estou morrendo de vontade de poder usar o apelido que você e Anya deram a ele, sem o risco de apanhar dele!

– Como é que é?!

– Fique quieto dragão! Ou não consigo tirar suas medidas direito! – bronqueava a Purriry que se equilibrava nas costas da poltrona para alcançar a cabeça dele – Uma armadura versátil normal já não é algo fácil de criar, e uma com tantas exigências é mais complicado ainda! E duvido que você esteja disposto a usar uma armadura desconfortável 24hs por dia, 7 dias por semana. Ou está?

– Termine logo com isso. – (“antes que eu resolva quebrar a cara desse elfo convencido...”) o Lance está mesmo irritado...

Passou-se um tempinho e o Karuto já havia se retirado. Terminei de explicar tudo no que se refere ao Lance e essas minhas viagens que eu teria de fazer. Faltava pouco para terminarmos de comer quando Purriry terminou de anotar todas as medidas de que precisava.

– Sua armadura pode me ser trabalhosa, miau. – ela recolhia seus materiais – Mas irei trabalhá-la com muito gosto... Ei Cris! Você resistiu por quanto tempo a esse Apolo aqui?

Eu e mais qualquer um que estava bebendo na hora, acabamos nos engasgando. Acho que virei um tomate com o comentário daquela felina, e quase não pude encarar o Lance que parecia tão envergonhado quanto eu (sem falar da imagem do Lance sob a aparência de uma divindade grega em minha mente... tomara que ele não veja isso! - “Tarde demais” - _suando frio_ POR FAVOR, TENTE ESQUECER ISSO! - “Não precisa gritar! Mas vai ser um pouco difícil lhe atender esse pedido” - Socorro meu Deus...).

– Eu sou mais bonito... – Ezarel e Nevra acabaram falando em uníssono. Ficando ambos vermelhos ao se darem conta do que haviam tido juntos.

– Será que são mesmo?! – Lunna parecia animada.

– Va-vamos voltar ao que interessa aqui sim? – pedia a Miiko extremamente vermelha – Você disse que confiou à Cris uma adaga de orichalcos, uma caixa de sanas clypeus e uma poção arcana a pedido de Melídia? Que tipo de poção, Lunna?

– Hum... Porque não pergunta à Lys e ao Draco, Joia Negra? E elfo encantado, a sua poção ainda vai durar muito? Como sabemos que o efeito dela já acabou?

– Tente mentir! Se conseguir é porque o efeito acabou. – explicava o Ezarel – Se bem... que se já tiver passado uma hora desde o momento em que você a tomou, o efeito já terá acabado com certeza.

– Não sou fã de mentiras, e só se passou 58min. se muito depois que dividi a bebida com você, então vou esperar mais um pouco para ter a certeza que não serei forçada a dizer nada que eu não deva.

– Que quer dizer Lunna?

– Você sabe melhor do que eu como o silêncio pode ser importante, meu caro Shaula. – (shaula??) – E tenho certeza que a Lys compreende como é fácil alguém alterar o futuro. Por isso... Há coisas que eu simplesmente não posso revelar no momento. Ou as coisas podem se tornar complicadas pela frente.

(“Do que essa maluca está falando?” - Depois eu lhe explico Lance) – Miiko, vamos deixar a historia da poção de lado por enquanto. O que eu pretendo mesmo é me concentrar em terminar os meus treinos. E Ezarel, o que foi que aconteceu com a Marine? Ela já está bem?

– O QuÊ?! – a Miiko e o Nevra se espantavam (qual o problema deles? - “Vai ver é porque eles não esperavam pelo retorno da ondina. Lembra que o bobo-da-corte disse que ela estava sumida há um bom tempo?” - Verdade...).

– A deixei sob os cuidados da Ewelein. Pedi que ela avisasse quando Marine estiver bem, e Nevra, é bom você esperar ela estar pelo menos 90% antes de fazer o seu trabalho com ela! Se não fosse pela Paladina e por mim, ela estaria morta.

– Como assim? O que foi que aconteceu com ela?

– Não sabemos. – respondia o Lance.

Lance e eu explicamos para todos a forma e a condição em que encontramos a ondina, com Ezarel explicando a parte dele logo em seguida. E a Marine pode ser capaz de me ajudar com o meu aperfeiçoamento sobre a agua?! Acho que eu gostei, mas preciso esperar para saber se ela estaria ou não de acordo com isso.

– Ok, Ez. Passarei mais tarde na enfermaria para confirmar com a Ewelein se ela tem alguma estimativa de quando poderei conversar com a Marine. Ela realmente esteve fora por muito tempo! E para retornar em um estado desses... Por coisa boa que ela não passou.

– Acho... que podemos todos ir atrás de descanso agora. – Miiko começava a reunir as vasilhas vazias, reunindo o que deixamos para o Lance em uma vasilha só – Acredito que já tenhamos um quarto disponível para você passar essa noite Lunna e...

– Vou dormir por aqui. – declarou a astronâmini (“Não, não, não, não, NÃO! Por favor Ladina... Não deixe não!...”).

– Ham... Não que eu esteja reclamando Lunna, mas... Porque no meu quarto? – Lance não era o único pego de surpresa.

– Wazn? Onde você está?! – ela chamava o pequeno bywink's que começou a piar em resposta, mas onde que ele estava?

– Seu pequeno pestinha. Sai já daí! – reclamava o Lance para... E não é que o danadinho resolveu se aninhar no dossel da minha cama! – Tem ideia do trabalho que é limpar isso daí? Cai fora!

– Lamento informar Draco, mas o Wazn só vai sair daí quando o dia amanhecer ou se o dossel pegar fogo. E onde esse arteiro ficar... Eu fico também! – (“Nem pensar que abro mão da cama!” - Lance! Comporte-se!) o Lance estava inquieto (“Já sei!”).

– Miiko! Não tem como você criar uma ilusão para fazê-lo acreditar que o tecido está em chamas? Kitsunes são capazes disso, certo?

– B-bem, sim, mas, apenas kitsunes com pelo menos cinco caudas são capazes de utilizar o poder da ilusão. E elas só são verdadeiramente convincentes se a kitsune for portadora de pelo menos sete caudas... – a Miiko declarou aquilo meio que triste consigo mesma (“Mulher-raposa inútil.” - Lance!)

– Esfria a cabeça Draco. Tenho uma cama de viagens em minha bolsa, então você pode ficar tranquilo na cama. Pode ficar abraçado à Lys o quanto quiser enquanto dorme que eu não estou nem aí...

 

Lance

Não esperava que o sanguessuga fosse capaz de poder saber da conversa mesmo com uma sana clypeus em uso (vampiro inconveniente. - “Não está de tudo errado...”), mas ao menos eu fiquei seguro dos que ainda não sabem de mim. E aquela purreka parecia querer tentar tirar uma lasca de mim durante algumas das medições dela (volta pro inferno de onde saiu, sua purreka! - “Tá querendo que eu lhe deixe na poltrona hoje como punição é?” - Diz isso porque não é você nas mãos dessa criatura - “E acaso você irá fazer pessoalmente a sua armadura? Com que ferramentas? Purriry é a única costureira em toda a Eldarya que sabe a verdade sobre você, e ela já é gente demais!” - Não posso negar...).

Não via a hora de me livrar daquela imitação de costureira (e a Negra nem aparece para me dar algumas respostas... - “Quem é Negra?”). Droga... Porcaria de poção! (é a vidente que me contata telepaticamente quando ela quer. - “Ah... Gosta dela?” - Vivo morrendo de vontade de dar ao menos um soco naquela criatura irritante! - “Oook... Não toco mais no assunto.”) Foi mal Ladina.

Quando finalmente fiquei livre da felina, não esperava por uma pergunta daquelas. Não tinha como eu não ficar sem graça com aquilo e ao ver o que a minha Ladina imaginou quando fechei os meus olhos... Ao menos não sou o único que precisa tomar cuidado com essa poção (essa mensligo ainda vai nos dar muita dor de cabeça... - “Para dizer o mínimo, não é?” - _suspiro_ É). E Afrodite que me perdoe, mas ela nem chega aos pés de minha Ladina.

Estava um pouco ansioso para poder ficar sozinho com a Cris e assim conversarmos mais sobre a poção, mas a maluca das estrelas tinha que declarar que ficaria aqui à noite?? Eu praticamente me desesperei! E não demorei nem um pouco para perceber o esconderijo que o pestinha havia escolhido para si. E a Miiko tinha que ser inútil quando eu mais precisava dela? Porcaria...

– De qualquer forma Lance, vem logo comer o seu e tomar um banho em seguida. Isso se você realmente quiser dormir em minha cama hoje.

– Se importam se eu tomar um banho também? Minha viagem de casa até aqui foi realmente longa...

– Tudo bem Lunna, precisa de alguma coisa para o seu banho?

– Oh, não Lys. Tenho tudo em minha bolsa. E pode relaxar Draco, que amanhã mesmo, depois do café da manhã é claro, eu volto para minha casa. Sente-se melhor assim?

– Eu não tenho muita escolha, tenho? – sentava-me para começar a comer o meu jantar.

– Quer realmente saber?! – aquela “disposição” dela me dá calafrios...

– Não. Vá logo pro chuveiro ou use os banheiros públicos para se lavar.

– Miau, estou indo agora. Avisarei vocês imediatamente quando a armadura ficar pronta. – declarou a purreka já passando a porta.

– Ai droga. Esquecemos de avisar a Purriry sobre as cores da armadura!

– Fique tranquila Lys... Isso é desnecessário.

– Como pode ter tanta certeza?

– Simples, meu caro Shaula. Eu não analisei apenas uma linha de tempo, mas várias delas! E em todas, as cores usadas pelo Draco, são sempre as mes-mas.

– Linhas de tempo?

Tanto a Lunna quanto a Cris forneceram as explicações sobre o assunto (não esperava que você soubesse tanto sobre “futuros”, Ladina. - “Sei bastante coisa porque são curiosidades que adquiri, mas não tenho nenhum conhecimento aprofundado. Só o básico mesmo.” - Ainda assim, Ladina. Ainda assim).

O excesso de gente saiu e a astronâmini foi para o banho dela. Terminei de comer o meu e ainda tive de aguardar uma meia hora para poder tomar banho (“Doce...” - Como é? - “Meus doces acabaram... Estou com vontade de comer doce.” - Acabou de comer e já quer mais? - “Não estou falando de frutas adoçadas, estou falando de doce, doce! Da Terra de preferência...”) acabei fechando os olhos por um instante, mas os reabri quase imediatamente. Ela estava com a imagem de dezenas de doces “brilhando” na cabeça dela!

– E o que exatamente você está querendo comer?

– Aaaaaiiii... Um bolo de chocolate com recheio de frutas, ou um pavê de frutas e chocolate feitos pela a minha mãe... Torta de limão com merengue... Croissant de chocolate... Trufas variadas... Pão-de-mel recheado com brigadeiro ou beijinho... Sorvete de flocos, sensação, de bombom, passas ao rum, abacaxi ao vinho, chocomenta e sei lá mais quais sabores mais acompanhados de caldas também de vários sabores e coberturas de granola, frutas picadas, granulados, biscoitos e...

– Chega, chega! – pra cada doce que ela mencionava uma imagem apetitosa daquilo lhe aparecia na mente, me atiçando também – Tente pensar em alguma outra coisa porque você está me fazendo babar! – ela choramingava igual um mascote – Pense... em algo de sal! Quem sabe assim não lhe diminua a vontade de comer um doce.

– De sal... – essa não – De sal também há coisas que estou com vontade de comer... – por favor, nã... – A torta de frango que a minha mãe faz... – ai – Pão de batata recheado com requeijão... Frango frito acompanhado de polenta e batata fritas... Pizza x-tudo... Rodízio de sushi... Lasanha de molho branco... Um mec ou um king... Risoto de pêra com castanhas!... Arro...

– Para, para, para Ladina! Você está me fazendo babar! Não me torture assim, por favor...

 

 


Notas Finais


Semana que vem, nos vemos mais uma vez!


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