História Eldorado - Esclarecimentos

“Não posso mudar o que disse. Sou grosso e insensível, mas peço que não fique com medo de mim. Seja um bom ômega e eu serei um ótimo alfa para ti.” Rodou o esposo para que ficasse debaixo do seu corpo despido. “Não te obrigarei a nada, então não aumente o tom de voz comigo, não discorde de mim, certo?” Fitou o mais novo com intensidade esperando uma resposta.

Baekhyun ficou surpreso com a confissão de seu marido, o corpo gritando em alívio e a mente gritando em desespero. Ele sentia medo, medo de se entregar e ouvir novamente palavras cortantes do alfa, medo de si próprio por não rejeitá-lo.

“Terei de ser submisso a ti? Satisfazer suas vontades? Apenas carregar os nossos filhos?” A voz trêmula denunciava sua ânsia por respostas vindo do alfa que apenas o olhou e sorriu, sorriu esboçando tudo o que o pequeno ômega queria ouvir.

“Parceria, pequeno Baek. Somos casados, é o meu dever de alfa e marido proteger-te e dar-te tudo o que precisar. E assim como tenho deveres, tu também tens, e esses já te instruíram.” Alisava o rosto do garoto, e Baekhyun assentia a tudo que o marido lhe falava, tudo aquilo poderia ser uma doce mentira?

Apenas se encararam, o comandante tinha o olhar predatório, e Baekhyun sentia o corpo quente do marido acima de si.

“Então me tenha em seus braços alfa...” Submissão. Ele queria se entregar de corpo e alma ao seu alfa, que lhe provara apenas queria um casamento pacífico. E Chanyeol o beijou, provou dos doces lábios do ômega com sutileza. Baekhyun não sabia onde pôr as mãos, então as levou aos ombros fortes e largos do alfa que conduzia o beijo extremamente molhado. Estalos e suspiros – maior parte vinda do ômega que descobria aquelas sensações novas – ao que Chanyeol ia descendo pelo pescoço de Baekhyun.

“Irei te tomar com suavidade, te farei ir aos céus ômega.” A voz rouca do marido lhe proporcionou arrepios. E ele cumpriu, cumpriu fazer daquela noite inesquecível ao ômega. E Baekhyun foi amado.

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Sehun voltava para o palácio tomando cuidado para não esbarrar em ninguém, afim de não ser reconhecido e não sujar suas vestes do mais fino linho. E enquanto andava por aquelas ruelas pensava sobre o que Akhu falara e memorias nem um pouco agradáveis voltaram à tona.

Luhan já havia dito ao marido que aceitava de bom grado Minseok como segundo esposo de seu alfa, afinal o ômega era de boa família e abençoado por Hator, deusa da beleza e fertilidade. E daqui alguns sóis, iria cortejar o filho ômega dos Kim.

Quando o Oh chegou na terra das propriedades dos Kim’s, viu algo que fez seus punhos cerrarem e viu o futuro ômega que seria tomado por si conversando apaixonadamente com beta pela falta de cheiro, mas mesmo assim seu lobo estava entregue a cólera tal como Set. Passou como um vendável para a residência principal dos Kim e falou com todas letras para o pai de Minseok:

“Ele é destinado a mim! Não quero vê-lo conversando com aquela beta!” inda sentia a ira correr por suas veias. Prometeu ao pai do prometido até triplicar o dote por seu filho. Mas Minseok não ouviu seu pai, estava apaixonado pelo beta, tanto que se deitou com esse. Sehun não gostou. Foi até Akhu enfeitiçar o pobre rapazote, para fazê-lo esquecer-se do maldito beta, e moveu os céus e a Terra para mandar o amado de seu futuro esposo para bem longe de si.

O Oh chegou aos domínios do palácio que se quer deu-se conta. A cabeça a mil. Tentou dispersar aquela ansiedade e seguiu pelos passadiços bem talhados, e sentindo seus pés afundarem na tapeçaria que cobria o chão insosso daqueles extensos corredores. As estatuas dos deuses o julgavam por aquele ato tão infame. Que os deuses tivessem piedade de si e que ele tivesse bastante tributo para pagar sua ida ao mundo dos mortos, já que seu coração pesaria tanto na balança de Anúbis. Um suspiro pesado de culpa se juntou ao oco barulho que as sandálias faziam. Um mesclo ao silêncio, o alfa parou em frente à escultura de concreto de Ísis. Inconscientemente pediu perdão, mas ao mesmo tempo em que queria jogar tudo as 4 pontas do Egito, o amor que sentia por seu esposo era maior do que qualquer linha de raciocínio.

“Marido!” Antes que pensasse qualquer outra asneira, pode ouvir a voz de Luhan então pode ver o ômega andando graciosamente até si como uma leve pluma ao relento. “Estás com uma feição tão horrenda quanto a de uma múmia.” Sorriu brevemente com o comentário. Sehun até desamarrou a dura expressão de seu rosto ao ouvir a voz calma do esposo. “Parece cansado, vamos, um banho deve revitaliza-lo.

O Oh sorriu leve.

“Onde estás Minseok, sempre andas contigo.” Disse enquanto entrelaçava o braço de Luhan ao seu – um velho costume de casais – e seguiam até seus aposentos.

“Quando o vi pela última vez, estava com Baekhyun aos prantos e logo depois me explicou que tinha que ir ao tabernáculo buscar porções ao príncipe, já que Baekhyun não estava em condições.” Disse pausadamente.

“Minseok não deveria se rebaixar a esse nível, isso é tarefa a serventes.” O alfa comentou e o ômega o olhou com repreensão. “Mesmo que seja ao príncipe herdeiro querido, não é algo que se faça, entretanto quanto terminar suas tarefas vá atrás dele.” Luhan apenas meneou a cabeça em concordância.

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Depois de passadas largas estavam a um corredor antecedente ao quarto de Kyungsoo, sentiam o cheiro cítrico do limão misturado ao agridoce do mel. Uma combinação estranhamente boa aos olfatos dos dois lobos ali. Andaram mais rapidamente em direção ao quarto almejado, chegando mais próximo ouviram rosnados de alfas. Suaram frio, pelos Deuses, nada de errado deveria acontecer com o príncipe. Virando o corretor rico em detalhes cravados nos tijolos esbranquiçados, viram os irmãos herdeiros do baixo Egito, a questão era; É bom ou ruim interferir antes que o ato acontecesse? Aproximaram-se o suficiente para chamar atenção dos alfas que tinham pupilas dilatadas e feromônios exalando por aquele transitório.

“Sabem que não podem entrar neste quarto.” A voz do beta verberou e os Kim's o olharam tomando um pouco de lucidez. “Saiam de perto da porta e sumam desse lado do palácio.” Os irmãos se olharam e mesmo febris pelo aroma do outro lado daquela porta, sentiriam o peso das palavras do sacristão.

“Não queríamos fazer isso...” O coronel disse ainda grogue e fez o que o beta o ordenou puxando consigo Jongin. E arrastou para longe mesmo contragosto.

Quando chegaram em uma parte mais arejada do castelo e sentarem-se em bancos de madeira escura, sentiram a cabeça espairecer e respirarem o ar límpido que mascarava o cheiro de Kyungsoo.

“Por Hórus, estávamos à ponto de cometer uma loucura!” Jongin sentiu o impacto da lucidez e olhou o irmão que sorria analisando o horizonte.

“O cheiro de Kyungsoo é delicioso demais para se raciocinar, se o sacerdote não estivesse lá...” Junhee foi interrompido bruscamente por Jongin.

“Não ouse terminar! Kyungsoo nunca nós perdoaria por algo tão horrendo.” Silêncio foi o que restou entre os alfas.

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Enquanto os irmãos se distanciam, Jongdae respirou fundo e olhou para o ômega.

“Mande damas ou servos atrás do meu assistente, mande avisar ao faraó sobre o príncipe e pelo menos três alfas marcados terão de ficar na porta.” Enumerou e olhou diretamente nos olhos de Minseok, sua boca até se abriu, porém nada foi tudo verbalmente, já que seus olhos transmitiam tudo.

Saudades.

Mas o Oh não percebeu, e por isso achou estranho o olhar tão intenso do beta. Apenas deixou de lado e se virou dando de cara com seu esposo ômega, Luhan, que estava um pouco distante de si. Andou para mais perto do cônjuge com um sorriso charmoso de sempre. “Hannie me ajude a achar alguns serventes?”

“Ainda a andar por aí Minseok? Sehun não gostou nem um pouco de saber que ficas por aí fazendo trabalhos do tipo.” Disse em tom de repreensão, o mais novo apenas sorriu doce.

“Só dessa vez, prometo não fazer mais isso.” Luhan se deu por vencido. “O que estava falando com o sacerdote?”

“Quando chegamos aqui os alfas prometidos do príncipe estava prestes a entrar, pareciam bem hipnotizados pelo cheiro, então o sacerdote os mandou embora e me pediu para mandar alguns guardas marcados e avisar ao faraó... então depois ficou me encarando, não entendi muito bem, então deixei passar.” A última parte deixou o tenso. Não seria bom se Sehun soubesse.

“Vamos fazer isso e ir ao joalheiro pedir algumas joias.” Desconversou. Amava seus maridos e a paz em seu casamento estava era maravilhosa para ser quebrada assim. “Oh sim, temos que ir ao templo levar oferendas a Bastet e Hórus.” Isso deveria ajudar, fertilidade e bênção sobre suas famílias, caos estava fora de questão.