Alguns minutos após ser ameaçado, Natsu já se encontrava fora da escola. O mesmo seguia em direção à sua antiga moradia para buscar os pertences necessários e assim se mudar para a casa dos Heartphilia, mas enquanto caminhava sua mente era invadida por diversos pensamentos.
Natsu – Até agora não entendi o porquê de ter sido ameaçado... Conversei apenas com quem veio falar comigo, não me lembro de ter ofendido ninguém, mas mesmo assim me derrubaram e me ameaçaram... Ainda bem que me segurei... Mais um pouquinho e eu enchia a cara daquele idiota de pancada – pensou calmamente enquanto tentava entender tudo o que havia acontecido – Ah ficou no passado, passar naquela padaria, ver se tem algum doce que a minha maninha gosta.
Logo o rosado já havia comprado o doce e já voltava em direção à sua antiga casa, se perguntando se sua irmã já tinha chegado na mesma.
Enquanto isso, Lucy caminhava um pouco desanimada, desistindo de procurar pelo rosado, sendo a única a não falar com o mesmo.
Lucy – Queria falar com o Natsu... – bufou ao pensar – Porque não fui falar com ele aquela hora? – e logo murmurou – Amanhã conversamos, voltar pra casa que é melhor – a loira então avistou um moreno em seu caminho – Não acredito, vou ter que falar com ele? Melhor passar direto e fingir que não conheço – continuou andando como se não conhecesse o indivíduo.
—... Só porque não estamos mais na mesma sala não quer dizer que tem que me evitar – o rapaz comentou em um tom mais calmo.
Lucy – Me desculpe Rogue, nem percebi que era você – a loira forçou um sorriso ao mentir.
Rogue – Sei... Então Lucy, como está o pessoal? – resolveu puxar assunto.
Lucy – Parecem bem, só o Sting que ficou abalado por não ter caído na mesma sala que você... – explicou calmamente – O choque foi tão grande que ele fica culpando o aluno novo que entrou na nossa turma.
Rogue – Idiota mesmo, podemos nos ver no recreio todos os dias – falou fechando os olhos – E se há algum culpado por eu não ter caído na mesma sala que vocês, pode ter certeza que sou eu, afinal se eu tivesse estudado e me dedicado mais ainda estaria com vocês – sorriu de canto.
Lucy o encarou surpresa – E pensar que ele é tão diferente do Sting, parece mais responsável.
Rogue – O que foi? Disse algo de estranho? – indagou ao ver como a loira o encarava.
Lucy – Não, não, apenas fiquei surpresa – deu uma leve corada – Você é totalmente diferente do Sting... Bom, vou indo... Amanhã conversamos mais – se distanciou aos poucos.
Rogue – Está certo, até amanhã! – assim que a loira sumiu o jovem abriu um sorriso maligno – Um a zero pra mim Sting, basta dizer o que elas querem ouvir que você ganha pontos ao seu favor – murmurou ao começar a andar em direção ao centro da cidade e logo teve sua cabeça invadida por certo pensamento – Então quer dizer que não estou com meus velhos amigos, por causa de um novato... Acredito que preciso conhecê-lo.
Natsu havia acabado de chegar em seu pequeno apartamento, com apenas três cômodos, sendo uma sala pequena, um banheiro e uma cozinha.
Natsu – Wendy, cheguei – informou tirando o sapato na porta
Wendy – Nii-san, bem vindo – o recebeu com um sorriso – Esse pacote é para mim? – perguntou olhando direto para a mão do rosado.
Natsu – Sim, seu doce preferido... – o entregou para a irmã. Enquanto Wendy se deliciava com o doce, Natsu se sentou no chão e a informou – Wendy, consegui um emprego e vamos nos mudar pra lá.
A pequena, que estava toda feliz se deliciando com sua guloseima, parou na mesma hora e perguntou seriamente – Que tipo de emprego nii-san?
Natsu – Mordomo – a respondeu ao se deitar no chão e se esticar.
Wendy – Mas onde? – ficou curiosa quanto aquilo.
Natsu – Na mansão dos Heartphilia – fechou os olhos ao concluir
Wendy foi tomada pelo espanto – O QUE? Mas eles são... – foi interrompida no mesmo instante pelo rosado.
Natsu – Eu sei... Mas é o único emprego que consegui, e é o único modo de te dar uma vida mais confortável – a respondeu em um tom mais sério – Vamos nos mudar mais de tarde, arrume suas coisas.
Wendy – Tudo bem, se você acha que vai ser melhor – terminou de comer o doce, pegou a mochila escolar e começou a colocar as poucas coisas que tinha na mesma. Natsu se levantou, catou uma mala que estava no canto e começou a guardar suas coisas nela.
Natsu – É tanta coisa que nós temos... Que coube em uma mala e uma mochila – falou ironicamente.
Wendy abraçou o irmão que estava de pé olhando para os cômodos vazios – Não se preocupe nii-san, será por pouco tempo, até você se firmar no seu novo emprego, ou até “ele” resolver a vida dele.
Natsu – Sim – retribuiu o abraço –... E a partir de hoje use o sobrenome Drenei dentro da mansão, certo? Na escola pode usar o antigo, mas na mansão use o Drenei.
Wendy – Entendi, será melhor mesmo – concordou, compreendendo o motivo daquilo
Natsu – Vamos indo? – indagou com um sorriso de canto.
Wendy – Vamos – sorriu gentilmente para o irmão. Logo depois, enquanto ele fechava a porta do apartamento foi surpreendido por uma pergunta – Nii-san, por que esta usando esses óculos hoje? Por que desse visual?
Natsu – Só quero seguir um caminho diferente do da nossa antiga escola... Quero ver onde vou chegar e o que vou conseguir com esse estilo – respondeu sério ao trancar o apartamento – Diga adeus, porque não voltaremos mais aqui – falou brincalhão com a menor.
Wendy sorriu – Adeus mini apartamento, obrigado por nos refugiar, mas até nunca mais.
Os dois saíram rua a fora em direção à mansão dos Heartphilia, que ficava do outro lado da cidade.
Já eram cinco horas da tarde quando Jude chegou de sua empresa. Ao entrar em casa, percebeu como o silêncio tomava conta do local.
Jude – Que silêncio... Preferia que tivesse um pouco mais de barulho, quem sabe crianças correndo pela casa... – sorriu ao imaginar a cena – Virgo!
Virgo – Sim Sr. Jude – veio correndo da cozinha.
Jude – A Lucy já chegou? – indagou em um tom calmo.
Virgo – Já sim senhor, ela esta dormindo no quarto dela, gostaria que eu a chamasse?
Lucy – Não precisa Virgo, já estou aqui – informou enquanto descia as escadas
Jude – Virgo chame o Loke aqui, só falta ele – sentou-se no sofá, e logo em seguida pode ver a filha se sentar ao seu lado.
Loke – Mandou me chamar senhor? – apareceu junto de Virgo em pé ao lado do sofá.
Jude – Sim, eu só queria lhes informar que daqui a pouco estará chegando o novo empregado que eu contratei esta manhã – falou normalmente – E eu gostaria que vocês o ajudassem quando ele chegar.
Virgo e Loke apenas confirmaram com a cabeça.
Lucy, tomada pela curiosidade, acabou por perguntar – Novo empregado? Ele vai trabalhar de que?
Jude – Como seu mordomo particular – respondeu como se não fosse nada de mais.
Lucy – O QUE? – não pode acreditar naquilo.
Jude – Virgo prepare o quarto que tem duas camas de solteiro para ele. Loke, depois que ele chegar você ira mostra-lo a mansão e ensina-lo o principal sobre como ser um mordomo dos Heartphilia – ordenou seriamente.
Loke/Virgo – Sim senhor.
Jude – Estão dispensados – dito isso, os dois únicos empregados até o momento saíram, Virgo foi preparar o quarto enquanto Loke apenas voltou para a cozinha.
Lucy – Pai que história é essa? Agora terei que ter um cara o dia todo atrás de mim? – perguntou com um pouco de raiva – Eu não quero isso não... Sem falar que se o senhor esta pedindo duas camas quer dizer que ele é casado?
Jude – Minha filha, como eu disse, ele será o SEU mordomo, então você irá mandar nele, entende? – explicou calmamente, vendo a filhar se levantar e deixar o local rapidamente.
Lucy – Tá, tá, que seja – disse já subindo as escadas.
Jude – E ele não é casad... – parou quando percebeu que ela não estava mais ali.
Assim que chegou em seu quarto, a loira, tomada pela raiva, se jogou sobre a cama – Droga, vou ligar para a Levy – pegou o celular e telefonou para a amiga.
Levy – Alô?
Lucy – Oi Levy, você não vai acreditar.
Levy – O que aconteceu? – perguntou curiosa
Lucy – Ganhei um mordomo particular... – falou as duas ultimas palavras com indiferença.
Levy – Não creio... Como ele é? É gatinho? Velho? Casado?
Lucy – Não sei dizer a idade, ele ainda não chegou, só sei que é casado – suspirou de tédio – O que você acha da ideia de ter alguém o dia todo atrás de você lhe servindo?
Levy – Se ele fosse solteiro pelo menos... A única parte boa da história é ser servida – riu – Mas ter um cara casado o dia todo no seu pé? Que triste – voltou a rir da amiga.
Lucy – Não tem graça – fez bico – Vou desligar, daqui a pouco ele chega, tchau – desligou o telefone e afundou o rosto no travesseiro – Dormir mais um pouco – dito e feito, em poucos segundos a loira já havia voltado a dormir.
Mas logo Lucy voltou a acordar ao ouvir alguém bater na porta.
Lucy – O que foi? – perguntou ainda sonolenta.
Virgo – Hime, seu pai pediu para a senhorita descer – informou calmamente.
Lucy – Depois eu vou – resmungou enquanto tentava voltar a dormir.
Virgo – Parece que o novo mordomo chegou, ele queria que você o conhecesse – insistiu.
Lucy –... Está bem, já estou descendo – resmungou – Droga, e lá vamos nós conhecer o velho que vai ficar no meu pé – terminou de murmurar e então abriu a porta, sendo seguida por Virgo em direção ao andar de baixo.
Ao chegar à sala, Lucy procurou pelo o novo empregado, mas não o achou – Cadê meu novo mordomo? – perguntou esfregando os olhos, já que ainda estava com sono.
Virgo – Hime, ele está na cozinha – a informou.
Lucy – Então vamos para lá – se direcionou ao local. Ao chegar viu apenas um borrão rosa e um pequeno borrão azul, a loira então esfregou os olhos novamente, foi aí que viu uma menina de cabelos azuis e seu colega de classe Natsu, os dois estavam sentados na mesa em que os empregados se alimentavam quando a mesma indagou – NATSU? O que faz aqui? – perguntou surpresa.
Natsu – Prazer em conhecê-la, a partir de hoje serei seu novo mordomo – deu uma leve curvada em seu corpo – Essa é minha irmã, Wendy.
Wendy – Oi e obrigada por contratar o meu irmão – sorriu
Natsu – Só uma pergunta, nos conhecemos em algum lugar Sra. Lucy? – indagou erguendo uma das sobrancelhas.
Lucy – Entendo, ele nem mesmo me percebeu na sala de aula... Também, nem fui falar com ele... – ficou em silencio enquanto pensava no porque de não ser reconhecida.
Natsu – Em? – insistiu na espera de uma resposta
Lucy – S-Sim, eu sou da mesma sala que você – forçou um sorriso.
Natsu – Entendo, perdão pela minha indelicadeza – se curvou mais uma vez – Bom, novamente, a partir de hoje serei seu novo mordomo... Passarei a noite aprendendo as preferências da família Heartphilia com o Loke, e amanha já poderei lhe servir como desejar – sorriu de canto – Com licença – saiu da cozinha indo em direção ao seu novo quarto junto com sua irmã.
Lucy, ainda boba com a notícia, apenas observou o rosado se afastar.
Lucy – Não acredito, Natsu será meu mordomo? – perguntou a si mesma, sem acreditar no que viu.
Virgo – Sim Hime, foi ele quem veio mais cedo pedir um emprego ao seu pai.
Logo a loira já voltava para seu quarto enquanto sua cabeça era tomada pelos pensamentos, não conseguia acreditar que seria servida por Natsu, o garoto que a fez ficar estranha o dia inteiro. Ao chegar a seu quarto, Lucy tornou a pegar seu celular.
Lucy – Preciso ligar pra Levy de novo – discou o numero da azulada, e esperou, esperou, mas nada. Tentou de novo, e finalmente foi atendida.
Levy – Alô?
Lucy – Onde você estava sua rata comedora de livros? – perguntou furiosa.
Levy – Desculpa, não tem como atender ao telefone enquanto tomo banho né? – a respondeu da mesma maneira.
Lucy – Perdão, é que finalmente descobri quem é o meu mordomo – falou ao deixar um suspiro escapar.
Levy – Me diz amiga, como que ele é? Alto? Baixo? Bonito? Feio? Velho? – perguntou no maior animo – E a esposa dele? É linda?
Lucy – Calma Levy, uma pergunta de cada vez... É alto, não sei dizer se é bonito ou não e é novo, da nossa idade.
Levy – Dezesseis anos e já é casado? Como isso? – perguntou ainda mais curiosa.
Lucy – Foi mal, parece que te passei a informação errada... Ele não é casado, a garota é irmã mais nova dele – explicou calmamente.
Levy – Isso explica tudo... – respondeu um pouco menos animada – Então Lu, isso quer dizer que pode rolar um romance – falou com a malícia estampada em sua voz – O que você achou dele? Seu tipo?
Lucy nada respondeu.
Levy – Para ter ficado em silêncio deve ser sim – riu da amiga.
Lucy – Levy nem brinca com isso... Mesmo se eu me interessasse por ele, nunca daria certo, já imaginou se meu pai descobre? – falou meio chateada.
Levy – Entendo... – novamente Levy resolveu perguntar com sua voz banhada pela malícia – Então isso quer dizer que pode se tornar um romance proibido?
As bochechas da loira acabaram por serem tomadas por um leve rubor – N-Nem brinque com isso.
Levy – Mas então Lucy, qual o nome dele afinal?
Lucy – Será que devo falar? Se eu falar ela vai me zoar ainda mais... – pensou bem se devia ou não contar à amiga.
Levy – Está ai? – insistiu, queria por que queria saber.
Lucy –... Vou falar – a loira meio receosa decidiu contar – É o Na... – parou, só então percebendo que a bateria do celular havia acabado – Ufa... – suspirou aliviada – Bom, amanhã ela descobre – concluiu, afundando a cara no travesseiro logo em seguida.
Levy ainda estava com o celular na mão, na esperança de descobrir quem era – Lucy? Alô? Droga podia ter certeza que ouvi um Na-, mas que Na é esse? – se perguntou ao jogar o celular sobre a cama.
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