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História Ele é só meu amigo - Reis por um dia


Escrita por: Heidi_Biersack

Capítulo 25 - Reis por um dia


Finalmente, o grande dia havia chegado. Assistia e ouvia Albie fazendo seu discurso entre as dezenas de chapéus vermelhos à minha frente.

O garoto negro sorria enquanto falava, fazendo brilhar seus grandes olhos esverdeados. Ao fim do discurso, Kol beijou-me disfarçadamente, fazendo uma discreta carícia em meus ombros com suas mãos lisas. Todos iriam subir e pegar o diploma agora, um por um, por ordem alfabética. O diretor começou a anunciar os nomes, e aguardei até que dissesse o meu.

Subi e segurei o diploma, sorrindo para a câmera. Detestava sorrir em fotos, sempre parecia forçado e me fazia parecer um doido psicótico em cada fotografia.

Após a entrega, jogamos os chapéus para o alto, comemorando. Finalmente, nosso ensino médio estava concluído e no próximo ano, já iríamos ingressar em alguma faculdade.

Corri para abraçar meus pais, que retribuíram de forma apertada e carinhosa. Lágrimas de alegria rolavam dos olhos castanhos de minha mãe, que dizia orgulhosa como o garotinho dela havia crescido e agora já era um homem adulto e responsável.

Ela continuou emocionada, chorando ao pensar que no ano seguinte eu já não ocuparia mais o quarto ao lado do seu, e que agora todo seu trabalho de mãe comigo já estava cumprido.

— Tudo bem, mãe! A Bine e o Steph ainda estão no jardim de infância, a senhora ainda tem muito trabalho com eles! — sorri, abraçando-a carinhosamente.

— É, parece ontem que eu estava te empurrando em um triciclo, como o tempo passa rápido! Estou ficando velho, muito velho! — meu pai sorriu, dando uma batidinha em um de meus ombros. — Não vai demorar muito para que você e Kol se casem e adotem um bebê que vai ficar puxando o bigode do vovô!

— Melhor ir devagar! Não é, pai? — sorri. Era bom saber que ele e minha mãe aceitavam bem minha sexualidade, ao contrário de muitos outros pais. — Temos dezoito anos, e muita vida pela frente! Mas um dia vão ter um netinho, e depois mais netinhos ainda que Sabine e Stephan te darão!

— E ele ainda é responsável! Não é uma graça? — minha mãe ajeitou minha franja. — Vou sentir muita falta quando se mudar!

— Sem lágrimas, mãe! — sequei seus olhos. — É tempo de comemorar! Mas nunca se esqueça, mesmo que eu não more mais no nosso lar, eu vou amar a senhora e o pai, sempre vou.

— Também sempre vamos te amar, Matt! — respondeu, me abraçando com força. — Vá se trocar, é hora da festa com seus amigos, agora!

Fiz que sim com a cabeça e fui até o vestiário, onde tirei a beca e a guardei em uma caixa de papelão. Agora eu trajava o smoking que eu tinha usado por baixo durante a cerimônia.

— Pronto? — Kol apareceu. — Já chamei o táxi, vamos lá!

Segui Kol até o táxi, no caminho entregando a caixa com a beca para meu pai. O táxi estava lotado. Eu, Kol, Jaydah e Kai ocupávamos todo o espaço. Ao lado, uma motocicleta preta passou por nós zunindo, deixando apenas o vento e o som de uma voz familiar.

— Se segura, mona! — a motociclista ria, enquanto os cabelos multicoloridos voavam para fora do capacete.

— Como posso saber que não vai me matar? Corre menos, criatura!—               Maddie gritava aflita, segurando firmemente a cintura de Boka.

O veículo amarelo rodou mais, até nos deixar em frente à escola. Era bem mais arrumada e bonita do que a que nós estudamos, que era cheia de rachaduras e tinha a pintura manchada.

Entramos na grande quadra enfeitada por balões coloridos e faixas. Todos os alunos estavam muito bem vestidos e eram muito simpáticos e educados, nos cumprimentando com um sorriso.

— Você... Quer dançar comigo? — perguntei, estendendo-lhe a mão.

— Será uma honra! — Kol sorriu, aceitando o convite.

Ele não conseguia dançar muito bem ao som da música lenta, fato que eu estranhava por ele ter sido da alta sociedade por muito tempo. Fui guiando seus passos lentamente, e aos poucos ele foi se acostumando e me seguindo.

— Eu te amo. — sussurrei em seu ouvido, continuando a dançar.

— Eu te amo também, Matt. — Kol enlaçou os braços em volta de meu pescoço, enquanto seu corpo ainda bailava lentamente.

Segurei sua cintura e fui me aproximando de seus lábios, até tocá-los. Continuamos daquele jeito até o fim da música. Depois, interrompemos nosso beijo ao ouvir a coordenadora chamar a atenção dos alunos. Era hora de anunciar o rei e a rainha.

— Os rei e rainha desse ano são... Thomas e Lindsay, parabéns! — respondeu, batendo palmas.

Todos aplaudiram os vencedores, que subiram animados para serem coroados. Entretanto, o rei aproximou-se do microfone, dizendo:

— Jerome,o rei do ano passado, venha até aqui!

O garoto negro saiu de entre a multidão, segurando sua coroa do outro ano. Ele não era mais daquela escola, porém estava ali presente.

— Como podem ver, eu o convidei para o baile desse ano. — Thomas disse. — Motivo? Precisava de duas coroas de rei. E por quê? Porque esse ano, temos dois reis aqui. Não são da nossa turma, mas merecem essa coroa mais do que nós dois.

— Fiquei sabendo que ele fez questão de vir ao nosso baile só para dançar com quem ele ama, já que na escola dele não permitiram. E claro, fez isso por todos os amigos gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e travestis. Ou seja, ele salvou o baile que os amigos iriam perder e substituir por uma noite tediosa na frente da TV comendo frituras! — Jerome riu. — Matthew Miles, traga seu parceiro aqui contigo, mano!

Levei Kol pela mão. Subimos até o pequeno palco e Thomas e Jerome posicionaram-se em nossa frente, deixando as coroas sobre nossas cabeças. Sorri um pouco nervoso, não era acostumado com tantos olhos me encarando como naquele momento.

— Senhoras e senhores, esses são os verdadeiros reis do baile. Palmas para eles! — exclamou Jerome batendo palmas, logo sendo seguido pelos outros alunos.

Um pouco tímido, puxei Kol para um beijinho. Eu queria comemorar o fato de que pela primeira vez, eu havia deixado de ser um perdedor sem graça e agora era um rei. E por isso eu e Kol estávamos comemorando. Éramos reis por um dia.

Aquele havia deixado de ser um baile à moda antiga depois daquele momento. Logo se percebia ao ouvir Time Of Our Lives tocando ao fundo, enquanto a galera sacudia o esqueleto. Puxei Kol para a pista, que aceitou o convite e começou a dançar, bem animado.

As luzes coloridas piscavam, me deixando um pouco tonto. Talvez fosse por eu já ter virado três dos copos verdes fosforescentes goela abaixo, e eu não era muito de beber. Mas mesmo tonto, eu queria mais. Peguei outro copo com uma bebida que não consegui identificar e o virei de uma vez, bebendo tudo em um gole só. Aquilo era forte.

Dançava cambaleando sob as luzes que agora haviam se tornado nauseantes, sempre pensando que ia cair a cada vez que eu perdia o equilíbrio e deixava meu corpo pender para um dos lados.

Entre a fumaça densa, minha visão turva conseguiu identificar Kol. Este que agarrou minha mão e me puxou até uma escada, que descemos de maneira desajeitada até uma grande porta de ferro.

A abri e entramos, aquele era o porão. Acendi as luzes fracas de um pequeno abajur e olhei em volta. Estávamos prontos para realizar uma de nossas fantasias mais incomuns, e a bebida foi um empurrãozinho a mais para que acontecesse.

Tranquei a porta do porão e caminhei um pouco tonto até Kol, que também trocava as pernas vez ou outra. Juntei meus lábios aos seus e o gosto da bebida ainda estava lá. Deixei seus lábios e fui até seu pescoço. Senti o forte cheiro de eucalipto misturado ao seu suor vindo de seu pescoço, por onde comecei a distribuir beijos molhados e algumas mordidas.

                Afastei-me e peguei um retalho de pano preto que encontrei sobre uma caixa e cobri seus olhos, criando uma espécie de venda. Deitei Kol sobre uma velha mesa de professor em um dos cantos e continuei a mordiscar seu pescoço enquanto roçava freneticamente meu membro contra o seu, causando-lhe arrepios por todo corpo e gemidos cada vez mais altos.

                Após atirar seu blazer no chão, minhas mãos abriam impacientemente os botões de sua camisa e minha boca percorria cada área revelada pelos botões abertos. Lambi e suguei seu mamilo esquerdo enquanto minhas mãos brincavam com o direito o apertando e beliscando com cuidado. Joguei meu rosto para o outro lado e agora fechei meus lábios sobre o mamilo direito, começando a sugá-lo enquanto minha língua o acariciava rapidamente durante a sucção. Kol gemeu baixinho ao sentir meus lábios descerem por seu abdômen e chegarem até o zíper da sua calça.

                Livrei-me do resto de suas roupas e lentamente abocanhei seu membro, começando a chupá-lo devagar. Kol gemeu, entrelaçando os dedos entre meus cabelos e os puxando devagar. Engoli um pouco de seu líquido antes de me afastar e voltar meus lábios para os seus.

                Kol tirou a venda, agora a colocando sobre meus olhos e invertendo nossas posições. Não enxergava nada, apenas sentia as mãos de Kol passeando por meu corpo e removendo cada peça de roupa que eu usava.

                Seus lábios quentes desciam por meu abdômen, passando por meu membro já ereto centenas de vezes até finalmente me fazer senti-lo entre seus lábios.

                Kol chupava rapidamente e com cada vez mais vontade. Senti que meu sexo já estava inteiro dentro de sua boca e sua língua o contornava prazerosamente. Kol engoliu meu líquido sem se importar e depois tirou a venda de meus olhos.

                — Sua vez de usá-la de novo. — sussurrei, vendando seus olhos novamente.

                Coloquei Kol sobre a mesa mais uma vez, afastando suas pernas, fazendo o uso do lubrificante e depois colocando o preservativo sobre meu membro. Kol gemeu ao sentir-me roçar meu membro ereto contra sua entrada lentamente, fazendo aqueles movimentos repetidas vezes.

                — Matt... — gemeu por meu nome.

                — Vou esperar você implorar primeiro. — disse, continuando a provocá-lo.

                — Anda logo... — respondeu. — Por favor...

                — Por favor o que? — continuei, sorrindo ao vê-lo enlouquecendo lentamente.

                — Não se faça de besta! — Kol irritou-se. — Pare de me torturar e acabe logo com isso! Por favor, vai...

                — Está bem! — ri. — Impaciente, hein?

                Comecei a penetrar devagar, aumentando minha força lentamente. A cada movimento mais brusco, Kol gemia alto. Coloquei minha mão sobre sua boca e abafei seus gemidos, eu temia que alguém pudesse nos ouvir lá de cima.

                Kol entrelaçou as pernas em volta de minha cintura, enquanto suas mãos puxavam com força meus cabelos. Continuei a mover com mais força e rapidez, tornando cada vez mais difícil a tarefa de abafar seus gemidos. Apertava com força suas nádegas, e minha mão pedia por mais a cada toque. Tirei minha outra de sua boca e continuei a acariciá-lo.

                Em um movimento rápido, mudei Kol de posição e o deixei de quatro para mim, aumentando o ritmo e a força de meus movimentos, atingindo-o cada vez mais fundo. Minhas mãos ainda percorriam por seu corpo, agora segurando seus quadris e sentindo o ritmo acelerado no qual se movia contra meu corpo.

                Era incrível sentir Kol remexendo suas nádegas contra minha virilha, aquilo estava me fazendo delirar. A cada gemido e qualquer mínimo movimento de seus quadris contra os meus, eu cedia à vontade de penetrar-lhe cada vez mais fundo, tentando chegar ao máximo que eu conseguisse.

                Movi minhas mãos até seu membro ereto, por onde comecei a fazer movimentos de vai e vem cada vez mais rápidos. Kol gemeu alto e eu senti seu fluido lambuzar uma de minhas mãos.

                Por fim, cheguei ao meu clímax, mas não deixei seu corpo imediatamente. Continuei ali dentro por mais alguns segundos, antes de sair e remover o preservativo, que atirei em um dos cantos do porão. Kol tirou a venda e eu dei-lhe a mão para ajudá-lo a sair do chão, de onde recolhemos nossas roupas e as vestimos rapidamente para que pudéssemos voltar para o andar de cima.

                Joguei sobre a mesa o pedaço de pano preto que nos serviu como venda e subi as escadas, apagando as luzes e deixando o local.



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