História Ele está logo atrás - 9- Após tudo o que houve

"Não era somente um campo esverdeado ao redor da garota no centro daquele palco de natureza. Ela poderia sentir muito bem o vento gélido atingir seu rosto; e a grama tocar suavemente seus pés. Se não fosse pelas lápides presentes ali. Umas maiores que as outras, em cruz ou algumas eram pequenas capelas guardando corpos de uma única familia. Seus olhar passou da floresta imensa que cercava o local, e o céu a comparar com uma zenita. No qual diante daquela paz, talvez Jane Willis tenha encontrado o desespero. O que fazia no cemitério Saint Paul Joan?.

Comprimiu os lábios olhando ao redor de si. Willis nunca tivera medo de cemitérios. Diante do zunido suave da ventania incessante; ouviasse ao longe poucas vozes, quase abafadas pelo som da floresta que chacoalhava com o vento. Sem muito o que ter ideia, avistou atrás de si, três pessoas de preto sob debaixo de uma árvore grande, como as muitas espalhadas pelo cemitério. Ela andou lentamente na direção dos três homens virados de costas parados sem querer ser notada, parou a poucos passos deles. Ouvindo os murmuros no qual vinha de um padre sacerdote.

Os três homens se viraram lentamente na direção de Willis, assim que avistaram a moça parada; um deles negou com a cabeça; o homem no qual ela podia reconhecer fácilmente, Richard Pollgs. Os três homens ao mesmo tempo disseram:

-Não abaixe a guarda.

E sem mais nada a dizer, andaram lado a lado para longe, no caminho que se seguia para fora do cemitério. Willis não tinha muita noção do que estava acontecendo. Mesmo os homens longe, as vozes em uníssono roiam com o vento, repetindo a mesma frase.

Não abaixe a guarda. Não abaixe a guarda. Não abaixe a guarda. Não abaixe a guarda.

Ela se encolheu assustada com as vozes que repetiam sem parar. A sua frente, estendiasse um caixão preto e dourado sobre uma mesa de apoio. E consequentemente Willis soubera que aquele aguardava seu velório, mas ninguém estava presente se não ela.

Willis se aproximou do caixão aberto, que trazia a sensação trêmula e calafrios em sua espinha, sua cabeça pesava a medida que chegava cada vez mais perto. As vozes repetiam a frase com mais persistência e desespero.

Ela parou na frente do caixão; seus olhos arregalados de puro horror, a mão cobria a boca que se contorcia em desespero. E ele estava ali, Kyle dentro dequele caixão, usando um terno preto a pele pálida, e os cabelos penteados para trás. 

As vozes pararam.

Willis tremia de puro medo.

De repente a mão de Portman agarrava seu braço em total violência, puxando Willis para mais perto. Ela não gritava por puro choque, encarava os olhos verdes claros frios como naquele dia.

Ele sorriu cruelmente e disse:

-Não abaixe a guarda Jane!"

J.W acordou assutada, o corpo soava e os cabelos grudavam na testa. Seu corpo ainda tremia por mais que pouco, tudo melhorava após saber que era apenas um pesadelo. Willis encarou o quarto escuro, somente iluminado pela luz da lua cheia, que adentrava a janela trazendo um tom claro para o quarto  em si. Jane respirou fundo, quando  as vozes ainda matutavam em sua cabeça:

Não abaixe a guarda. 

Ela deitou na cama, o coração ainda não aceitava o fato de ser apenas ilusão de um pesadelo. Limpou a testa com as mãos e tentou dormir naquela noite inquietante.